sexta-feira, 30 de abril de 2010

Biografias





(Fonte da Imagem: Sociedade Espírita Ermance Dufaux)


Ermance Dufaux

Autor: Mauro Quintella

Transcrito do site do Instituto do Pensamento e da Cultura Espírita (Anápolis, GO)

Ermance De La Jonchére Dufaux nasceu em 1841, na cidade de Fontainebleau, França. Próxima a Paris, abrigava a residência oficial de Napoleão III e de outros nobres. O pai de Ermance, rico produtor de vinho e trigo, era um deles. Tradicional, a família Dufaux residia num castelo medieval, herança de seus antepassados.

Em 1853, a filha dos Dufaux começou a apresentar inquietante desequilíbrio nervoso e a fazer premonições. Por causa desse problema, seu pai procurou o célebre médico Cléver De Maldigny.

Pelo relato do Sr. Dufaux, o médico disse que Ermance parecia estar sofrendo de um novo distúrbio nervoso, que havia feito diversas vítimas na América e que, agora, estava chegando à Europa. As vítimas da doença entravam numa espécie de transe histérico e começavam a receber hipotéticas mensagens do Além.

O médico aconselhou o Sr. Dufaux a trazer Ermance a seu consultório, o mais rápido possível. Assim foi feito. Alguns dias depois, a mocinha comparecia à consulta.

Maldigny colocou um lápis na mão da menina e pediu que ela escrevesse o que lhe fosse impulsionado. Ermance começou a rir, gracejando, mas, de súbito, seu braço tomou vida própria e começou a escrever sozinho. Ao ver-se dominada por uma força estranha, Ermance assustou-se, largou o lápis e não quis continuar a experiência.

Maldigny examinou o papel e confirmou seu diagnóstico. Os pais de Ermance ficaram extremamente preocupados. Como a família era famosa na corte, a notícia logo se espalhou em Paris e Fontainebleau, chegando aos ouvidos do Marquês de Mirvile, famoso estudioso do Magnetismo.

O Marquês visitou o castelo dos Dufaux e pediu para examinar Ermance. Os pais aquiesceram, mas a mocinha teve que ser convencida. Por fim, Ermance colocou-se em posição de escrever e Mirvile perguntou ao invisível:

- Está presente o Espírito em que penso? Em caso positivo, queira escrever seu nome por intermédio da garota.

A mão de Ermance começou a se mover e escreveu:

- Não, mas um de seus parentes remotos.

- Pode escrever seu nome?

- Prefiro que meu nome venha diretamente à sua cabeça. Pense um instante.

- São Luís, rei de França (1), primo do primeiro nobre de minha família?

- Sim, eu mesmo.

- Vossa Majestade pode dar-me um prova de que é realmente o nosso grande rei?

- Ninguém nesta casa sabe que você e seus parentes me consideram o Anjo da Guarda da família.

Se Maligny via o caso de Ermance como doença, o Marquês também tinha suas explicações preconcebidas. Na sua opinião, ela apenas captava as idéias e pensamentos presentes no ambiente. Isso na melhor das hipóteses. Na pior, a jovem estava sendo intérprete do Diabo, pois, como católico, ele não acreditava que os mortos pudessem se comunicar. Uma análise conclusiva deveria ser feita pela Academia de Ciências de Paris.

O Sr. Dufaux, no entanto, não levou o caso adiante. Embora também fosse católico, ele preferiu acreditar que sua filha não era doente ou possessa, mas apenas uma intermediária entre os vivos e os mortos. A família foi se acostumando com o fato e a faculdade de Ermance passou a ser vista como uma coisa natural e positiva.

Os contatos com São Luís passaram a ser frequentes. Sob seu influxo, ela escreveu a autobiografia póstuma do rei canonizado, intitulada "A história de Luís IX, ditada por ele mesmo". Em 1854, esse texto foi publicado em livro, mas a Censura do Governo de Napoleão III proibiu a sua distribuição. Os censores acharam que algumas passagens podiam ser entendidas como críticas ao Imperador e à Igreja.

O posicionamento favorável dos Dufaux ao neo-espiritualismo (spiritualisme) gerou retaliações. Numa confissão, Ermance recusou-se a negar sua crença nos Espíritos, atribuindo suas mensagens a Satanás, e foi proibida de comungar. A Imperatriz também esfriou seu relacionamento com a família. No entanto, o Imperador Napoleão III ficou curioso e pediu para conhecer a Srta. Dufaux.

Ela foi recepcionada no Palácio de Fontainebleau e recebeu uma mensagem de Napoleão Bonaparte para o sobrinho. A mensagem respondia a uma pergunta mental de Luís Napoleão e seu estilo correspondia exatamente ao de Bonaparte.

Com o tempo, os Espíritos também começaram a falar por Ermance. Em 1855, com 14 anos, Ermance publica seu segundo livro "spiritualiste" (na época, não existiam os termos espírita, mediunidade, etc). O primeiro a ser distribuído e vendido: "A história de Joana D'Arc, ditada por ela mesma" (Editora Meluu, Paris).

Segundo Canuto Abreu, a família Dufaux conheceu Allan Kardec na noite do dia 18 de abril de 1857. O Codificador teria dado uma pequena recepção em seu apartamento e os Dufaux foram levados por Madame Planemaison, grande amiga do professor lionês.

No final da reunião, Ermance recebeu uma belíssima mensagem de São Luís, que, a partir dali, tornaria-se uma espécie de supervisor espiritual dos trabalhos do Mestre. Segundo o ex-rei, Ermance, assim como Kardec, era uma druidesa reencarnada. Os laços entre os dois se estreitaram e ela se tornou a principal médium das reuniões domésticas do Prof. Rivail.

No final de 1857, Kardec teve a idéia de publicar um periódico espírita e quis ouvir a opinião dos guias espirituais. Ermance foi a médium escolhida e, através dela, um Espírito deu várias e ótimas orientações ao Mestre de Lion. O órgão ganhou o nome de "Revista Espírita" e foi lançado em Janeiro do ano seguinte.

Como o apartamento de Allan Kardec ficou pequeno para o grande número de frequentadores da sua reunião, alguns dos participantes decidiram alugar um local maior.

Para isso, porém, precisavam de uma autorização legal. O Sr. Dufaux encarregou-se de obter o aval das autoridades, conseguindo em quinze dias o que, normalmente, levaria três meses. Conquistada a liberação, o Codificador e seus discípulos fundaram a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em Abril de 1858. Ermance foi uma das sócias fundadoras.

Durante o ano de 1858, Ermance recebeu mais duas autobiografias mediúnicas. Desta vez, os autores foram os reis franceses Luís XI e Carlos VIII. O Codificador elogiou o trabalho da Srta. Dufaux (2) e transcreveu trechos das "Confissões de Luís XI" na Revista Espírita(3). Nesse mesmo ano, Kardec divulgou três mensagens psicografadas pela jovem sensitiva (4). Não temos notícia sobre a possível publicação das memórias de Carlos VIII.
Canuto Abreu revelou que Rivail a utilizou como médium na revisão da 2ª edição de O Livro dos Espíritos.

Em 1859, Ermance não é mais citada como membro da SPEE nas páginas do mensário kardeciano. Isso leva-nos a crer que ela teria saído da Sociedade. Outro indício dessa suposição é que São Luís passou a se comunicar através de outros sensitivos (Sr. Rose, Sr. Collin, Sra. Costel e Srta. Huet). Não há, igualmente, registros da continuidade do seu trabalho em outros grupos.

O que teria acontecido com Ermance? Teria casado e deixado a militância, como Ruth Japhet e as meninas Baudin? Teria se desentendido com Kardec? Teria mudado da França? Teria desanimado com o Espiritismo? São perguntas que só ela poderia responder. Seja como for, o Codificador continuou a divulgar seu trabalho. Em 1860, ele noticiou a reedição de "A história de Joana D'Arc ditada por ela mesma", pela Livraria Lendoyen de Paris.

Em 1861, enviou vários exemplares desse livro, junto com suas obras, para o editor francês Maurice Lachâtre, que se encontrava exilado em Barcelona, Espanha. O objetivo era a divulgação do Espiritismo em solo espanhol. Esses volumes acabaram confiscados e queimados em praça pública pela Igreja Católica no famoso Auto-de-fé de Barcelona.

"A história de Luís IX ditada por ele mesmo", foi liberada pela Censura e finalmente publicada pela revista La Verité de Paris em 1864. No início de 1997, a editora brasileira Edições LFU traduziu "A história de Joana D'Arc" para o português.

NOTAS:

(1) Rei francês, filho de Luís VIII e Branca de Castela, nascido em 1215, coroado em 1226 e morto em 1270. Luís IX teve um reinado bastante conturbado. Até 1236 enfrentou a Revolta dos Vassalos e a Guerra dos Albigenses. Venceu duas batalhas contra os ingleses em 1242. Em 1249, organizou uma Cruzada, foi vencido e aprisionado. Resgatado, ficou na Palestina até 1252, quando voltou à França. Empreendeu mais uma Cruzada e morreu de peste ao desembarcar em Tunis. Foi canonizado pela Igreja em 1297.

(2) Página 30 do Volume 1858, EDICEL.

(3) Páginas 73, 148 e 175, ibidem.

(4) Páginas 137, 167 e 317, ibidem.

BIBLIOGRAFIA:

ABREU, 1992.
KARDEC, 1993.
KARDEC, ?

_____________

Algumas Informações Adicionais sobre Ermance Dufaux (GEAE)

Pesquisando na Internet verificamos que Ermance Dufaux publicou livros na década de 1880 que foram citados em obras de outros autores e traduzidos para outras linguas. Edições impressas ainda existem a venda em sites de livros raros e versões digitalizadas podem ser encontradas no site da Biblioteca Nacional da França.

Algumas das referências que encontramos:

1) No site da Biblioteca do Congresso Americano há uma página dedicada a preservação da memória americana com a digitalização de obras raras (http://memory.loc.gov/ammem/index.html). Encontramos nesse site um livro de 1909 - Traité Pratique et Thèorique de La Danse (Tratado Teórico e Prático da Dança, BOURGEOIS, 1909) - que traz na sua bibliografia a indicação de duas obras em nome de Ermance Dufaux. Não há dadas de publicação indicadas:
  • Le savoir-vivre dans la vie ordinaire et les cérémonies civiles et religieuses, par Ermance Dufaux. 1 vol. in-18 (O saber viver na vida cotidiana e nas cerimônias civis e religiosas).
  • L'enfant, hygiène et soins médicaux pour le premier âge; par Ermance Dufaux de la Jonchère. Nombreuses gravures. 1 vol. in-18 (A criança, higiene e cuidados médicos na primeira idade).
2) No site da Amazon Books em francês há a indicação de uma obra histórica de Ermance Dufaux de 1885:
  • La vie du vaillant bertrand du guesclin, de d'Aprés les Chanson de Geste du Trouvère, Tx Rajeuni par E. Dufaux de la Jonchere. Description: dos léger , cartonnage perca. décoré édition tranche dorées, illustration de Tofani in et hors texte Garnier , 1885. (A vida do Valoroso Bertrand du Guesclin, conforme as canções de gesta dos trovadores, em prosa contemporânea por E. Dufaux de la Jonchere).
3) A página do DICTIONNAIRE DES AUTEURS / ECRIVAINS traz a seguinte relação de obras de Ermance Dufaux:
  • Auteur : DUFAUX DE LA JONCHERE ERMANCE
    Livre : LE SAVOIR-VIVRE DANS LA VIE ORDINAIRE ET DANS LES CEREMONIES CIVILES ET RELIGIEUSES
    Edité par Garnier freres - Paris en s.d.(ca 1883)
  • Auteur : DUFAUX DE LA JONCHERE (MLLE E.)
    Livre : LA VIE DU VAILLANT BERTRAND DU GUESCLIN, D'APRES LA CHANSON DE GESTE DU TROUVERE CUVELIER ET LA CHRONIQUE EN PROSE CONTEMPORAINE. Edité par Garnier - Paris en 1885
  • Auteur : DUFAUX ERMANCE
    Livre : HISTOIRE DE JEANNE D'ARC PAR ELLE MEME
    Edité par Philman - Paris le 25/09/2000
  • Auteur : DUFAUX ERMANCE
    Livre : LE SAVOIR-FAIRE DANS LA VIE ORDINAIRE ET DANS LES CEREMONIES CIVILES ET RELIGIEUSES
    Paris en 1883
4) O livro de Ermance Dufaux sobre higiene e cuidados na infância teve uma tradução para o espanhol em 1888. Esta informação foi encontrada em um site de leilões: Durán Sebastas de Artes (acesso 25/09/2006):
  • DUFAUX DE LA JONCHERE, Erm.- "EL NIÑO Higiene y cuidados maternales dela infancia PARA USO DE LAS MADRES JOVENES Y DE LAS NODRIZAS... Versión castellana anotada y arreglada por D. Gonzalo de Lorenzo". París, Garnier Hermanos. 1888. 8º, tela edit., estamp. 475 pgs. Figuras en texto.
5) No site Gallica da Biblioteca Nacional da França está disponível para consulta e download o livro Le Saivoir-Vivre e no seu início há uma carta datada de 1883.

6) No mesmo site há outro livro dela de 1884:

  • Ce que les maîtres et les domestiques doivent savoir [Texte imprimé] / par Mlle E. Dufaux de la Jonchère (O que os patrões e os criados domésticos devem saber). Paris : Garnier frères, 1884. 461-36 p. Sujet: Employeur et employé (droit) -- 19e siècle.
Vários livros de autoria espiritual de Ermance Dufaux foram psicografados através do médium Wanderley Soares de Oliveira a partir de 2000. Segundo o site da Livraria Espírita Candeia, Wanderley atua em Belo Horizonte (MG) como expositor e médium. Os livros são publicados pela editora Dufaux:

Seara Bendita (2000 - em parceria com outros espíritos)
Laços de Afeto (2002)

Mereça ser Feliz (2002)
Reforma Íntima sem Martírio (2003)
Unidos Pelo Amor (2004 - em parceria com outros espíritos)
Atitude de Amor (opúsculo - em parceria com outros espíritos)
Lírios de Esperança (2005)
Escutando Sentimentos (2006)

Referências Bibliográficas

ABREU, S. C. O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórico e Lendária. São Paulo: Edições LFU, 1992.

BOURGEOIS, E. Traité pratique et théorique de la danse. Paris: Garnier frères, 1909. Disponível em: http://memory.loc.gov/cgi-local/query/r?ammem/musdi:@field(DOCID+@lit(musdi235))
. Acesso em 25 de setembro de 2006.

DOYLE, A. C. The History of Spiritualism - Vol I. Australia: Projeto Guttemberg, 2003. Disponível em: http://gutenberg.net.au/ebooks03/0301051.txt


DUBY. G. Histoire de La France. 3. ed. Paris: Larousse, 2003

KARDEC, A. Coleção da Revista Espírita. São Paulo: EDICEL, ?

______. Obras Póstumas (Coleção das Obras Completas de Allan Kardec - Volume XIX). São Paulo: EDICEL, 1976.

______. Obras Póstumas. Rio de Janeiro: FEB, 1993

______. Revista Espírita - 1858. Tradução Salvador Gentile. 1.a ed. São Paulo: Mundo Maior Editoria, 2003.

MORAL, A. M. El Segundo Imperio. Historia y Vida - n° 413. Barcelona (Espanha): Editora Mundo Revistas, agosto de 2002.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Datas alusivas ao Movimento Espírita Internacional

01/01/1846 – Nasce o filósofo da Doutrina, Leon Denis, autor de vários livros doutrinários.
01/01/1858 – Surge o primeiro número da Revista Espírita, fundada por Allan Kardec.
02/01/1884 – É eleita a primeira diretoria da Federação Espírita Brasileira, tendo como presidente o major Francisco Raimundo Ewerton Quadros.
02/01/1870 – Desencarna o advogado Jean Baptiste Roustaing, autor de Os Quatro Evangelhos.
03/01/1412 – Nasce na França Joana D”Arc.
04/01/1903 – Desencarna o cientista, ligado ao Espiritismo, Alexandre Aksakof.
06/01/1868 – Surge nas livrarias a primeira edição de “A Gênese”, de Allan Kardec.
07/01/1895 – Nasce o esperantista e médium psicógrafo Porto Carreiro Neto.
09/01/1862 – Nasce na cidade de Gênova, Itália, Ernesto Bozzano, pesquisador de fenômenos espíritas.
10/01/1969 – Desencarna a professora Zilda Gama, médium psicógrafo, tendo produzido por intermédio do Espírito Victor Hugo, diversos romances mediúnicos.
11/01/1971 – Desencarna o médium José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, vítima de acidente automobilístico.
13/01/1910 – Desencarna Andrew Jackson Davis, um dos precursores do Espiritismo.
15/01/1861 – Aparece a primeira edição de “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec.
17/01/1875 – Nasce no Maranhão Luís Olimpio Guillon Ribeiro, tradutor das obras de Kardec e presidente da Federação Espírita Brasileira.
18/01/1969 – Desencarna no Rio de Janeiro Ismael Gomes Braga, espírita e esperantista.
20/01/1919 – Desencarna a Prof.ª Anália Franco, trabalhadora incansável da caridade, tendo fundado diversas instituições para abrigo dos necessitados.
21/01/1883 – Desencarna Amélie Gabrielle Boudet, esposa de Allan Kardec, aos 87 anos de idade.
30/01/1938 – Desencarna Cairbar de Souza Schutel. Fundador do jornal “O Clarim” e da “Revista Internacional de Espiritismo”.
01/02/1905 – Nasce Peixotinho, Francisco Peixoto Lins, na cidade de Pacatuba, Ceará; médium de efeitos físicos, notabilizando-se pelas materializações luminosas.
- Nasce no ano de 1834, na Província de Sergipe, Francisco Leite de Bittencourt Sampaio, médium espírita, autor dos livros “A Divina Epopéia”, “Do Calvário ao Apocalipse” e “Jesus Perante a Cristandade”, todos publicados pela Federação Espírita Brasileira; foi também Magistrado e Político.
- Nasce em Resende, Rio de Janeiro, no ano de 1856, a professora Anália assistência social.
- Nasce em 184l, em Buffalo, Estados Unidos, o médium Henry Davenport.
02/02/1895 – Desencarna a fundadora do Hospital Psiquiátrico Antonio Luiz Sayão, Dra. Genny Villas Boas Mercatelli.
03/02/1953 – Lançada em São Paulo a “Campanha Auta de Souza”, na Fed. Espírita do Estado de São Paulo.
05/02/1876 – Em Manchester, Inglaterra, são apresentadas moldagens em parafina de mão e pés de espíritos materializados por intermédio do médium William Osley.
06/02/1915 – Desencarna no Rio de Janeiro o médico Joaquim Carlos Travassos, tradutor em língua portuguesa das obras de Allan Kardec.
- Em 1832 realiza-se o casamento de Allan Kardec com a professora Amélie Gabrielle Boudet.
- Em 1837 nasce em Salvador, Bahia, um dos pioneiros do Espiritismo no Brasil, Julio César Leal.
- Em 1843 nasce na Inglaterra Frederic William Myers, pesquisador de fenômenos mediúnicos.
07/02/1901 – Data do desencarne da poetisa Auta de Souza, na cidade de Natal, RN.
08/02/1891 – Nasce em Pernambuco João Pinto de Souza; criou em 1937 a “Hora Espiritualista”, programa radiofônico no Rio de Janeiro.
- Desencarna em 1936 o Sr. Manoel Porteiro, colaborador do movimento espírita na América do Sul.
09/02/1877 – Data de fundação da “Associação Espírita Constância”, em Buenos Ayres, Argentina.
- Em 1980 Corina Novelino, trabalhadora da doutrina espírita no campo de assistência social.
10/02./1844 – Nasce Sir. William F.Barret, estudioso de fenômenos psíquicos; foi Presidente da “Associação de Investigações Psíquicas”, sediada em Londres.
- Em 1979 desencarna Luiz Postiglioni, trabalhador espírita na Argentina. Franco, criadora de várias instituições educativas e de
12/02/1809 – Nasce Abraham Lincoln. Foi presidente dos Estados Unidos e realizava sessões mediúnicas na Casa Branca.
- Em 1929 desencarna o pesquisador da mediunidade de efeitos físicos, Albert von Scherenck-Notzing.
13/02/1967 – Desencarna na cidade de Natal, RN, o antigo presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Norte, Abdias Antonio de Oliveira.
14/02/1982 – Desencarna em Recife, Pernambuco, o ex-presidente da Cruzada Espírita Pernambucana, Severino Ramos da Fonseca.
- Em 1988 o médium Divaldo Pereira Franco realiza palestra na cidade de Nova Delhi, Índia.
15/02/1926 – Desencarna Gabriel Delanne. A Federação Espírita Brasileira publica seus livros que abordam o aspecto científico da Doutrina: “A Alma é Imortal”, “O Espiritismo Perante a Ciência”, “A Evolução Anímica”, “O Fenômeno Espírita”, “A Reencarnação”.
- Em 1925, Cairbar Schutel lança a “Revista Internacional de Espiritismo”.
16/02/1947 – Jésus Gonçalves, fundador da Sociedade Espírita Santo Agostinho, dentro de um leprosário, desencarna no Hospital Colônia de Pirapitinga. Era também vítima da hanseníase.
17/02/1927 – Desencarna o grande mestre João Henrique Pestalozzi. Allan Kardec foi seu discípulo.
18/02/1943 – Desencarna Inácio Bittencourt, médium curador espírita.
- Em 1891 é fundado pelo Dr. Bezerra de Meneses o “Grupo Espírita Regeneração”.
20/02/1822 – Desencarna em Salvador, Bahia, a freira Joanna Angélica de Jesus. Hoje, como Joanna de Angelis, trabalha em favor da Humanidade, pelo médium Divaldo Pereira Franco.
22/02/1968 - No ano de 1968. Fundação do Centro Espírita Allan Kardec da Cidade de Rafard. (SP)
26/02/1842 – Nasce Camille Flammarion, astrônomo e divulgador da Doutrina dos Espíritos. A Federação Espírita Brasileira publica seus livros: “Deus na Natureza”, “A Morte e os Seus Mistérios”, “Estela”, “O Fim do Mundo”, entre outros.
- Em 1928 desencarna Henri Saísse, biógrafo de Allan Kardec.
- Em 1802 nasce na França o romancista Victor Hugo; era adepto do Espiritismo.
27/02/1853 – Nasce no Rio de Janeiro Francisco de Menezes Dias da Cruz. Foi médico Homeopata e presidente da Federação Espírita Brasileira.
01/03/1944 – A Federação Espírita do Estado de São Paulo lança o jornal “O Semeador”.
02/03/1948 – Data do desencarne, em Lisboa, de Antonio Joaquim Freire, ex-presidente da Federação Espírita Portuguesa.
02/03/1927 – Surge a revista “Light”, publicada pela Aliança Espírita de Londres.
03/03/1880 – Nasce Gaston Luce, escritor espírita francês.
04/03/1858 – Desencarna o magnetizador e pesquisador de fenômenos paranormais, Bento Mure; foi ainda o introdutor da Homeopatia no Brasil.
05/03/1815 – Desencarna Mesmer, Franz Anton, médico e magnetizador, pai do Mesmerismo.
08/03/1938 – Desencarna Sebastião Paraná de Sá, fundador da Federação Espírita do Estado do Paraná.
09/03/1979 – Data do desencarne de José Herculano Pires, autor de vários livros e tradutor das obras de Kardec.
10/03/1986 – Desencarna no Rio de Janeiro Francisco Klors Werneck, escritor espírita.
11/03/1951 – Desencarna na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, um dos organizadores do 1o. Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, João Batista Chagas.
16/03/1893 – Data do desencarne do pioneiro do Espiritismo no Brasil, Luiz Olimpio Telles Menezes. Fundou o Grupo Familiar do Espiritismo e o jornal “Eco d*Além Túmulo”.
19/03/1839 – Nasce em Portugal, na Freguesia de Águas Santas, Antonio Gonçalves da Silva Batuíra, médium curador espírita.
19/03/1963 – Desencarna Ângelo Watson Campelo, substituto de Caírbar Schutel em “O Clarim”.
19/03/1819 – Nasce José Maria Fernandez Colavida, tradutor das obras de Kardec para o espanhol. A Fed. Esp. Brasileira publica “A Barqueira do Júcar”, um dos seus livros.
20/03/1833 – Nasce na Inglaterra aquele que foi considerado o maior médium de efeitos físicos, Daniel Dunglas Home.
21/03/1880 – Bittencourt Sampaio, Antonio Luiz Sayão, Frederico Junior, entre outros, fundam o Grupo Espírita Fraternidade.
21/03/1945 – Data do desencarne de Frederico Augusto da Silva, um dos fundadores da Federação Espírita do Rio Grande do Sul.
22/03/1882 – Esta data assinala a publicação pela primeira vez na língua portuguesa o livro “A Gênese”, de Allan Kardec.
23/03/1857 – Nasce Gabriel Delanne. “o cientista da Codificação Espírita”. A Federação Espírita Brasileira publica seus livros: “A Alma é Imortal”, “O Espiritismo Perante a Ciência”, “A Evolução Anímica”, “O Fenômeno Espírita”, “A Reencarnação”.
23/03/1876 – Data de fundação da Sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade, sob a inspiração de Ismael, Guia Espiritual do Brasil.
24/03/1881 – Surge o jornal “União e Crença”, publicado em Areias, São Paulo.
25/03/1939 – Desencarna José Petitinga (José Florentino de Sena), fundador da União Espírita da Bahia.
26/03/1964 – Desencarna Antonio Lima. Alem de tradutor das obras de Kardec, escreveu livros, tendo a FEB publicado “A Caminho do Abismo”, “Estrada de Damasco”, “Senda de Espinhos”, “Vida de Jesus”.
27/03/1896 – Surge “Alvião”, jornal espírita publicado na cidade de Taubaté, São Paulo.
28/03/1905 – Nasce Francisco Klors Werneck, um dos fundadores da Liga Espírita do Brasil.
29/03/1772 – Desencarna o médium Emmanuel Swedenborg, um dos precursores do Espiritismo. Em 1688, na mesma data de 29 de março, nasceu na Suécia.
30/03/1969 – Data do desencarne de Sebastião Lasneau. Poeta cego, um dos criadores da “Semana Espírita”.
31/03/1869 - Desencarna em Paris, vitima de um aneurisma, Allan Kardec, “O Codificador da Doutrina Espírita”.
- No ano de 1942 é fundado em Capivari (SP) o Centro Espírita João Moreira”
31/03/1903 – Desencarna Antonio Luiz Sayão, escritor espírita. A FEB publica sua obra “Elucidações Evangélicas”.
31/03/1870 - É inaugurado em Paris, no cemitério de “Pére-Lachaise”, o monumento funerário de Allan Kardec.
31/03/1897 – Data de fundação da Livraria da Federação Espírita Brasileira”.
O1/04/1858 - Data de fundação da Sociedade Espírita de Paris, tendo como fundadores Allan Kardec e outros colaboradores.
- Surge o jornal “A Caridade”, no ano de 1858, na cidade de Ouro Preto.
02/04/1869 - Data do sepultamento, no cemitério de Montmartre, do Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec.
- Nasce em Pedro Leopoldo, no Estado de Minas Gerais, no ano de 1910, o médium Francisco Cândido Xavier.
- Desencarna em 19l8, o Fundador do jornal “La Fraternidad”, e um dos fundadores da Confederação Espírita Argentina, o Sr.Antonio Ugarte.
03/04/1947 - Desencarna em Curitiba o conferencista espírita Parigot de Souza.
04/04/19l9 - Data do desencarne de William Crookes, pesquisador espírita e membro da Academia de Ciências de Londres. Seu livro “Fatos Espíritas”, é publicado pela Federação Espírita Brasileira.
07/04/1926 - Apresentado no Senado dos Estados Unidos, um projeto de lei de autoria do senador James L. Whitley, dando aos médiuns o direito de exercerem livremente os seus dons mediúnicos.
08/04/1888 - Data do nascimento de Paulo Hecker, que se tornaria mais tarde presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul.
10/04/1901 - Data do desencarne de Pierre Gaétan Laymarie, redator-chefe e editor da Revista Espírita. Foi médium e discípulo de Kardec.
- Desencarna em 1885 Louis Alphonse Cahagnet, um dos pioneiros do Espiritismo.
- Em 1775 nasce na Alemanha o “Pai da Homeopatia”, Christian Friedrich Samuel Hahanemann.
11/04/1900 - Desencarna no Rio de Janeiro o “Médico dos Pobres”, Dr. Adolfo Bezerra de Menezes.
12/04/1927 - Desencarna o “Filósofo da Doutrina Espírita”, o francês Leon Denis. A Federação Espírita Brasileira publica várias de suas obras, entre as quais: “Depois da Morte”; “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”; “Cristianismo e Espiritismo”; “No Invisível”; “O Porquê da Vida”; “O Grande Enigma”; entre outras.
- No ano de 1942 é fundado no município de Rio das Pedras (SP) o “Centro Espírita Dr Alfredo Cardoso”.
13/04/1931 - Desencarna o fundador do Instituto Metapsíquico Internacional, Jean Louis Mayer.
- Em 2002 é fundado em São Pedro (SP) a Sociedade Espírita “Missionários da Luz”
15/04/1905 - O médium Domingos Filgueiras é indiciado por exercício ilegal da medicina, por ocasião de uma ação da Saúde Pública, invadindo a sede da Federação Espírita Brasileira.
- Em 1864 é lançada em Paris a primeira edição do livro “Imitação do Evangelho”, de Allan Kardec. A partir da segunda edição tomou o nome definitivo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
16/04/1835 - Data do nascimento de Frederico Augusto da Silva, fundador da Federação Espírita do Rio Grande do Sul.
- No ano de 1945 é fundado no município de Charqueada SP a “União Espírita de Charqueada”
18/04/1857 - Surge a primeira edição de “O Livro dos Espíritos”. Esta data é considerada como um marco da doutrina.
- Em 1957 surge o primeiro selo espírita do mundo, no Brasil,comemorando o centenário do aparecimento de “O Livro dos Espíritos”.
19/04/1862 - Nasce em Portugal, Inácio Bittencourt, médium curador, que se transferiu para o Brasil, tendo destacada atuação no movimento espírita brasileiro.
20/04/1890 - Instalado na Federação Espírita Brasileira, por Polydoro Olavo de Santiago, o Departamento de Assistência aos Necessitados.
21/04/1889 - Nesta data o Dr. Bezerra de Menezes funda o Centro Espírita do Brasil, e a primeira escola de médiuns, juntamente com Augusto Elias da Silva.
22/04/1904 - Desencarna Florence Cook, médium, por intermédio da qual o Espírito Katie King se materializava, dando ensejo ao cientista William Crookes estudar o fenômeno com detalhes.
- No ano de 1997 é fundado o “Instituto de Cultura Espírita de Piracicaba”
23/04/1923 - Desencarna a médium Anna Prado. O escritor espírita Raymundo Nogueira de Faria, no seu livro “O Trabalho dos Mortos”, editado pela FEB, detalha os fenômenos de efeitos físicos nos quais Anna Prado era o agente mediúnico.
24/04/1984 - Desencarna Deolindo Amorim, escritor espírita.
25/04/1882 - Desencarna o autor do livro “Provas Científicas da Sobrevivência”, Johann Karl F. Zollner.
29/04/1909 - Desencarna em Barcelona a médium Amália Domingo Soler.
01/05/1880 – Nasce Eurípedes Barsanulfo na cidade de Sacramento, Minas Gerais. Foi médium devotado e fundador do Colégio Allan Kardec.
- Em 1911 é fundado por Ignácio Bittencourt o jornal espírita “Aurora”.
- Em 1864 a Igreja Católica coloca os livros espíritas no Index.
02/05/1827 – Data de nascimento do redator-chefe da Revista Espírita, Pierre Gaétan Leymarie; foi discípulo e colaborador de Kardec.
03/05/1949 – Desencarna na Bélgica José Lhome, Presidente da Federação Espírita Belga.
- Nasce em 1892, Maria da Cruz Xavier, colaboradora de Eurípedes Barsanulfo.
05/05/1927 – Nasce em Feira de Santana, Bahia, Divaldo Pereira Franco. Fundador da Mansão do Caminho, médium psicógrafo e tribuno, com mais de cem livros publicados, que garantem suas obras assistenciais.
06/05/1950 – Desencarna Djalma Montenegro de Farias, jornalista e orador; foi presidente da Federação Espírita Pernambucana.
07/05/1934 – Pelo Decreto-Lei 4.765, a Federação Espírita Brasileira é considerada de utilidade pública.
No ano de 1878, nasce Pedro de Camargo, dedicado às tarefas de educação e evangelização espíritas. Autor de vários livros sob o pseudônimo de Vinicius.
08/05/1938 - Fundado na cidade de Piracicaba (SP) a “Associação Espírita Bento do Amaral França”.
09/05/1928 – Desencarna um dos fundadores da FEB, Léo Quádrio.
13/05/1849 – Nasce em Edimburgo, na Escócia, Elizabeth D’Esperance, médium de efeitos físicos; sua autobiografia está no livro “No País das Sombras”, publicado pela FEB.
15/05/1925 – Realiza-se em Lisboa o 1o. Congresso Espírita Português.
19/05/1973 – É conferido à Francisco Cândido Xavier o título de Cidadão Honorário de São Paulo.
- Em 1929 é fundado o Centro Espírita Terezinha de Jesus, tendo como um dos seus fundadores o Senhor Sebastião Borges, médium receitista.
20/05/1877 – É fundada a Congregação Espírita Anjo Ismael, no Rio de Janeiro.
22/05/1859 – Nasce Arthur Conan Doyle, o criador de “Sherlock Holmes”, cujas aventuras são lidas com interesse até hoje. Espírita, autor da obra “A História do Espiritismo”.
Em 1867 Adolfo Bezerra de Menezes assume sua cadeira como Deputado na Assembléia Geral do Império.
Em 1865 Desencarna Victor Hugo, grande romancista e adepto da Doutrina dos Espíritos.
23/05/1991 – É conferido à Divaldo Pereira Franco, pela Universidade de Montreal, Canadá, o título de “Doctor Honoris Causa in Humanities”.
24/05/1957 – Desencarna o esperantista Francisco Waldomiro Lorenz.
26/05/1733 – Anton Mesmer, estudioso do magnetismo.
30/05/1431 – É levada à fogueira da inquisição Joana D’Arc.
03/06/1925 – Data do desencarne de Camille Flammarion, astrônomo famoso em sua época, espírita, colaborador de Kardec, tendo pronunciado emocionante discurso fúnebre junto à tumba do Mestre. A Federação Espírita Brasileira publica algumas de suas obras, entre as quais, Deus na Natureza.
05/06/1947 – Data de fundação da USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo.
05/06/1849 – Data de nascimento de W.T. Stead, médium psicógrafo inglês.
07/06/1974 – Data do desencarne do ex-presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Paulo Hecker.
09/06/1861 – Data de nascimento de um dos antigos presidentes da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Israel Corrêa da Silva.
10/06/1854 – É fundado em Nova York o jornal “The Christian Spiritualist”.
11/06/1941 – É fundada a Sociedade de Medicina e Espiritismo do Rio de Janeiro.
12/06/1851 – Nasce Sir Oliver Lodge, escritor e pesquisador inglês. Abordou nos seus livros, temas sobre a mediunidade.
14/06/1894 – Data de nascimento de Edgard Armond, que exerceu a presidência da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Autor de vários livros, entre os quais “Os Exilados da Capela”
16/06/1966 – Data do desencarne de Peixotinho (Francisco Peixoto Lins), médium de efeitos físicos.
19/06/ 1974 – Data do desencarne de Pedro Ribeiro. Foi presidente da Federação Espírita do Estado da Bahia.
21/06/1886 – Data do desencarne do famoso médium britânico, Daniel Dunglass Home.
24/06/1943 – Data do desencarne de Ernesto Bozzano. A Federação Espírita Brasileira publica algumas de suas obras, entre as quais, “Animismo ou Espiritismo?”, “A Crise da Morte”, “Pensamento e Vontade”, “Xenoglossia”.
30/06/1953 – Data de fundação da Sociedade Pró Livro Espírita em Braille.
01/07/1869 – 1a. edição de “Eco de Além Túmulo”, jornal espírita criado por Luiz Olimpio de Menezes.
02/07/1843 – Desencarna em Paris o criador da Homeopatia Samuel Frederico C. Hahenemann.
04/07/1948 – Data do desencarne de Monteiro Lobato.
06/07/1932 – Aparece a primeira edição do livro “Parnaso de Além Túmulo”, pela mediunidade de Chico Xavier.
06/07/1881 – Aparece a primeira edição do jornal espírita “A Cruz”.
07/07/1930 – Data do desencarne de Arthur Conan Doyle, criador do famoso detetive Sherlock Holmes. Adepto do Espiritismo, Conan Doyle escreveu “A História do Espiritismo”.
09/07/1918 – Desencarna na Itália a famosa médium Eusápia Paladino.
09/07/1925 – Data do desencarne de Aristides de Souza Spínola, que ocupou a presidência da Federação Espírita Brasileira.
12/07/1902 – Data de nascimento de Jésus Gonçalves. Hanseniano, internado na colônia de Pirapitingui, dirigiu um Centro Espírita naquele local.
12/07/1891 – Data do nascimento, em Minas Gerais, do esperantista Ismael Gomes Braga.
12/07/1936 – É fundada nesta data a Federação Espírita do Estado de São Paulo.
14/07/1924 – Data de desencarne de Gustav Geley; fundou o Instituto Metapsíquico Internacional..
15/07/1880 – É fundado o Grupo Ismael, no Rio de Janeiro.
17/07/1919 – Data do desencarne de William Crookes, físico de renome internacional, descobridor da energia radiante, tornou-se espírita ao estudar os fenômenos de materialização do espírito Katie King.
19/07/1925 – É fundado do Rio de Janeiro o Grupo Espírita Vicente de Paulo, hoje, com sede própria na Rua Nossa Senhora das Graças, 364 no bairro de Ramos.
20/07/1918 – Data do desencarne da médium Elizabeth D*Esperance.
21/07/1964 – Data do desencarne de Porto Carreiro Neto, médium e esperantista.
25/07/1928 – Data de nascimento do médium, orador e escritor espírita Newton Boechat. Escreveu, entre outros, o livro “O Espinho da Insatisfação”.
26/07/1825 – Data de nascimento de Luis Olímpio Telles de Menezes, fundador do “Grupo Familiar do Espiritismo”.
30/07/1943 – Desencarna João Pinto de Souza.
01/08/1865 – Aparece a 1a. Edição de “O Céu e o Inferno” de Allan Kardec
02/08/1873 – Fundado o Grupo Confúcio
03/08/1895 – Dr. Bezerra de Menezes assume a presidência da Federação Espírita Brasileira.
10/08/1946 – É fundada a União Espírita Carlos Chagas, cuja sede própria está na Rua N.S. das Graças, 364 – Ramos, RJ
11/08/1826 – Data do nascimento de Andrew Jackson Davis, famoso médium norte-americano
15/08/1952 – É fundada a Mansão do Caminho, obra social de amparo a criança
15/08/1905 – É fundada a Editora “O Clarim”, em Matão, São Paulo
17/08/1940 – Data do desencarne do pesquisador dos fenômenos mediúnicos, Sir Joseph Oliver Lodge
18/08/1886 – Data do nascimento de Pietro Ubaldi, em Foligno, Itália. Sua extensa obra é publicada no Brasil pela IPU – Instituto Pietro Ubaldi
22/08/1957 – Desencarna Leopoldo Machado, grande incentivador das mocidades espíritas
29/08/1831 – Data do nascimento de Adolfo Bezerra de Menezes, em Riacho do Sangue, Ceará. Sua biografia consta de nossa Revista, item: Personalidades
29/08/1850 – Data de nascimento de Aristides de Souza Spínola; foi presidente da Federação Espírita Brasileira
30/08/1914 – Desencarna Frederico Pereira da Silva Junior, médium da FEB
02/09/1914 – Data do desencarne de Albert de Rochas, pesquisador francês. A Federação Espírita Brasileira publica o seu livro “A Levitação”.
03/09/1951 – É fundada nesta data a Federação Espírita de Goiás.
04/09/1991 – Desencarna o médium psicógrafo João Nunes Maia.
06/09/1881 – Data do 1o. Congresso Espírita no Brasil.
07/09/1947 – Divaldo Pereira Franco funda o Centro Espírita Caminho da Redenção.
08/09/1886 – Realiza-se em Barcelona, o 1o. Congresso Espírita Internacional.
09/09/1853 – Data de nascimento de Pedro Richard.
17/09/1865 – É fundado o Grupo Familiar de Espiritismo, reconhecido como a primeira sociedade espírita aparecida no Brasil; localizava-se em Salvador, Bahia.
18/09/1971 – Data de desencarne de Hubert Forestier, diretor da Revista Espírita.
22/09/1868 – Data de nascimento de Cairbar Schutel, médium, escritor e divulgador da doutrina espírita.
25/09/1914 – Data do nascimento de José Herculano Pires.
25/09/1926 – O Dr. Dias da Cruz preside o 1o. Congresso Brasileiro de Homeopatia.
26/09/1943 – Data do desencarne do Dr. Guillon Ribeiro, ex-presidente da Federação Espírita Brasileira, um dos tradutores das obras de Kardec e tradutor da obra de Roustaing.
30/09/1891 – Data de nascimento de Leopoldo Machado.
30/09/1937 – Data de desencarne do Dr. Dias da Cruz, médico homeopata, presidente da Federação Espírita Brasileira.
02/10/1919 – Data de nascimento do médium e escritor espírita, Rafael Américo Raniere.
02/10/1860 – Data de nascimento, na Espanha, de Angel Aguarod, fundador e presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul.
02/10/1998 – Data da abertura do Congresso Espírita Mundial, realizado em Portugal.
03/10/1804 – Nasce o Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec.
03/10/1947 – Data de abertura do 1o. Congresso Espírita Pan-Americano, realizado na Argentina.
05/10/1949 – É assinado o Pacto Áureo na FEB, objetivando a unificação do Espiritismo em todo o País.
06/10/2001 – É fundado em Piracicaba (SP) a “Casa Espírita Sementes de Luz”
09/10/1861 – Data em que foi realizado o Auto de Fé de Barcelona, quando por ordem da Igreja Católica, através de um de seus ministros, foram queimados diversos livros enviados por Kardec a um livreiro espanhol.
10/10/1865 – Data do desencarne de Francisco Leite Bittencourt Sampaio, médium e escritor.
- No ano de 1961 é fundado em Piracicaba (SP) o Centro Espírita “Caminho de Damasco”
11/10/1966 – Data do desencarne de Pedro de Camargo, mais conhecido como Vinícius. A FEB publica livros de sua autoria, entre outros: Na Seara do Mestre e Nas Pegadas do Mestre.
13/10/1926 – Data do desencarne de Miguel Viana de Carvalho, militar e grande tribuno espírita.
17/10/1841 – Data de nascimento de Francisco Raimundo Ewerton Quadros, engenheiro militar, médium, e primeiro presidente da Federação Espírita Brasileira.
- Em 1959 é fundado em Piracicaba (SP) o “Centro Espírita Manoel Augusto Girão”
19/10/1909 – Desencarna na Itália, César Lombroso, criminalista e observador espírita.
20/10/1950 – É fundada a Federação Espírita do Piauí.
23/10/1918 – Desencarna Pedro Richard, um dos fundadores do Grupo Ismael.
24/10/1944 – Desencarna Aura Celeste(Adelaide Augusta Câmara), médium espírita de atuação marcante no amparo à criança e à velhice.
25/10/1943 – Data do desencarne de Luiz Olímpio Guillon Ribeiro, tradutor das obras de Kardec e de Roustaing. Foi presidente da FEB.
27/10/1937 – Numa ação arbitrária da policia, sem qualquer justificativa, a FEB é fechada por um período de 3 dias.
01/11/1918 – Data do desencarne do “Apóstolo do Triângulo Mineiro”, Eurípedes Barsanulfo.
03/11/1990 – Realiza-se na Bélgica o Congresso Mundial de Espiritismo.
05/11/1839 – Data do nascimento de Stainton Moses, pastor protestante, mais tarde convertido ao Espiritismo. A FEB publica seu livro “Ensinos Espiritualistas”.
05/11/1930 – É fundada a Federação Espírita Sergipana.
06/11/1835 – Data do nascimento de César Lombroso.
10/11/1923 – Data do nascimento do médium João Nunes Maia.
10/11/1835 – Data do nascimento de Amália Domingo Sóler.
14/11/1876 – Nasce na Bahia Manoel Philomeno de Miranda. Divaldo Pereira Franco tem psicografado diversos livros desse Espírito.
20/11/1919 – Desencarna o marechal Francisco Raimundo Ewerton Quadros. Foi o primeiro presidente de Federação Espírita Brasileira.
23/11/1795 – Nasce Amélie Gabrielle Boudet, mais tarde esposa de Allan Kardec.
29/11/1982 – Data do desencarne de Edgard Armond, ligado à Federação Espírita do Estado de São Paulo.
02/12/1886 – Data de nascimento de José Petitinga, conhecido espírita baiano. Nesta mesma data nasceu na Tchecoslováquia Frederico Figner que se tornou diretor da Federação Espírita Brasileira.
02/12/1868 – Data de desencarne do responsável pela primeira edição das obras básicas da codificação, o livreiro Didier.
04/12/1935 – Data do desencarne do criador da metapsíquica, Charles Richet.
10/12/1944 – Data de fundação da Cruzada dos Militares Espíritas.
10/12/1874 – Data do nascimento de um dos maiores tribunos espíritas: Manuel Viana de Carvalho.
11/12/1761 – Data de nascimento de Joanna Angélica, em Salvador, Estado da Bahia. São bastante conhecidas suas obras trazidas através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco, sob o nome de Joanna de Angelis.
15/12/1859 – Nasce Lázaro Luiz Zamenhof, o criador do Esperanto.
18/12/1903 – Data do desencarne de Augusto Elias da Silva, fundador da revista Reformador e um dos fundadores da FEB.
24/12/1900 – Data do nascimento de Yvonne do Amaral Pereira.
24/12/1872 – Data de nascimento do esperantista Francisco Waldomiro Lorenz.
25/12/1915 – É fundada a Federação Espírita do Estado da Bahia.
30/12/1935 – É fundada em Piracicaba (SP) a “Associação Espírita Urubatão”

ESTERILIZAÇÃO em massa Entidade paga para viciados não terem filhos

ONG americana Project Prevention paga para usuários de drogas e álcool não terem filhos. Segundo a instituição mais de três mil viciados receberam cerca de US$ 300 por pessoa em anticoncepcionais e tratamento de esterilização. Agora a entidade deseja agir na Inglaterra. Cerca de 350 mil crianças na Grã-Bretanha têm pelo menos um pai viciado em drogas e a maioria sofre alguma consequência do vício dos pais, por isso, a ONG americana defende que pessoas viciadas não devem ter filhos, mas sua ideia é combatida por outras entidades britânicas, uma delas inclusive a classifica como uma farsa que lembra políticas nazistas. "Tudo o que dificulte a marcha da natureza é contrário à lei geral", explicação dada pelo Espírito Verdade em "O Livro dos Espíritos", questão 693, quando questionado sobre os obstáculos à reprodução. (MÁRCIA CRISTINA DE ALMEIDA/FOTO DIVULGAÇÃO)

A psicografia do médium Divaldo Franco – V Diferentes temas e estilos literários

Prosseguindo na análise temática e estilística dos livros do médium Divaldo Franco agora vamos nos ocupar de outros Autores Espirituais.

O Espírito Manoel Vianna de Carvalho (1874‑1926), nascido em Icó/Ceará, foi engenheiro militar, bacharel em matemática, ciências físicas, destacando‑se como um dos maiores tribunos do Espiritismo de seu tempo, inspirando a fundação de vários Núcleos Espíritas em diversos Estados do Brasil. Tendo abraçado o ideal espírita desde os 17 anos, foi também polemista e um grande incentivador da evangelização infantil e de jovens, além de ter igualmente trabalhado precocemente pela causa da unificação dos espíritas brasileiros. Ele ditou 4 livros por Divaldo, utilizando uma temática totalmente diferente dos outros Autores Espirituais, se valendo de inúmeras citações históricas, científicas e filosóficas de muita erudição, expondo seu pensamento com reflexões e linguagem próprias, completamente diferentes dos outros Autores Espirituais já vistos:

Quando a filosofia altera sua estrutura com Hegel, Marx e Engels, estabelecendo a desnecessidade da alma para a interpretação da vida e a compreensão do Universo; no momento em que Florens e Cuvier declaram nunca haver encontrado a alma nas centenas de cadáveres que dissecaram; no instante em que Broussais, Bouillaud, zombaram da alma imortal e Moleschot, Büchner e Karl Vogt afirmam que o espírito é uma exsudação cerebral, surge Allan Kardec com a força demolidora da lógica e da razão, apoiando-se na linguagem insuperável dos fatos, para afirmar a Causalidade do Universo, a preexistência da alma ao corpo e a sua sobrevivência ao túmulo, apresentando uma ciência ímpar, resultado de laborioso trabalho de investigação fundamentada na experiência e que resistirá ao pessimismo, à perseguição e ao descrédito.Vianna de Carvalho (Reflexões Espíritas, LEAL/BA, pág. 12)

Filosofia e ciência são os temas utilizados pelo Espírito Vianna de Carvalho.

Já o Espírito Joanna de Ângelis, o Guia Espiritual do médium Divaldo Franco, ditou a ele mais de 50 livros, dos quais cerca de 15 deles compõem uma Série Psicológica. Nesta Série Psicológica, este Espírito discorre com propriedade a abordagem ligada à história da Psicologia, numa linguagem própria e com várias citações históricas e acadêmicas. Muitos destes livros são verdadeiros Ensaios Psicológicos e várias vezes, pessoalmente, ouvimos estudantes de Psicologia, de várias cidades brasileiras, informando ao médium Divaldo que eles estavam estudando estes referidos livros do Espírito Joanna de Ângelis na Faculdade e que eram considerados de extrema atualidade. A última encarnação conhecida do Espírito Joanna de Ângelis ocorreu em Salvador/BA, como Joana Angélica de Jesus (1761‑1822), religiosa que auxiliava moças desamparadas, desencarnando no Convento da Lapa por resistir pacífica e heroicamente à invasão de tropas contrárias à Independência do Brasil. Outra encarnação sua conhecida ocorreu no México, como Sóror Juana Inés de la Cruz (1651‑1695), nascida na aldeia de San Miguel Nepantla, aprendendo a ler aos 3 anos. Foi religiosa, teóloga, poetisa e poliglota, considerada uma das maiores intelectuais de seu tempo, desencarnando vítima de uma peste, contraída em razão da assistência que prestava às doentes contaminadas. O Espírito Joanna de Ângelis teve também uma encarnação conhecida em Assis/Itália, no século XIII, ocasião em que teve próximo contato com Francisco de Assis e as clarissas, juntamente com as quais assistia aos leprosos. Outra encarnação que se conhece do Espírito Joanna de Ângelis ocorreu no tempo de Jesus, como Joana, a esposa de Cusa, despenseiro de Herodes Ântipas. Joana foi uma das santas mulheres que auxiliavam o Mestre, sendo citada pelo Evangelista Lucas (8,3 e 24, 10) e descrita pelo Espírito Humberto de Campos, em a obra A Boa Nova (cap. 15), psicografada por Chico Xavier. Foi martirizada no ano 68, em Roma, por ser cristã.

Consideremos alguns trechos de um de seus livros:

O psicólogo americano pragmatista, William James, classificou os biótipos humanos em espíritos fracos e fortes, enquanto Ernesto Krestchmer, psiquiatra alemão, considerou as personalidades de acordo com a compleição do indivíduo em pícnico, ou pessoa redonda; atlético, ou pessoa quadrada; e o astênico, pessoa delgada. Face a tal conclusão, afirmou que há espíritos esquizóides e ciclotímicos, enquanto Carlos Jung os considerou introvertidos e extrovertidos. Em todos há uma ânsia comum: os fracos fortalecerem-se, os ciclotímicos harmonizarem-se e os introvertidos exteriorizarem-se.

As psicoterapias são aplicadas conforme as revelações do inconsciente, arrancando dos arquivos do psiquismo os fatores que geraram os traumas e determinaram os conflitos, interpretando as ocorrências dos sonhos nos estados oníricos e as liberações catársicas nas demoradas análises. Somente a sondagem cuidadosa dos arcanos do ser pretérito enseja o encontro das causas passadas, geradoras dos problemas atuais. Uma análise transpessoal libera-o dos tabus, inclusive, da visão distorcida da realidade, que deixa de ser a exclusiva expressão terrena, para transportá-la para a vida imortal, precedente ao corpo e a ele sobrevivente, demonstrando que o êxito, o triunfo, o fracasso, o insucesso, não se apresentam conforme a proposta social imediatista, porém outra mais significativa e poderosa.

Joanna de Angelis (O Ser Consciente, LEAL/BA, 1ª ed., pág. 53)

O vocabulário e a temática utilizados pelo Espírito Joanna de Ângelis nestes livros é totalmente específico da ciência psicológica e já ensejou Seminários e Congressos espíritas em vários Estados do Brasil e até mesmo no Exterior. Isto representa sem dúvida uma nova fase da literatura mediúnica, onde a Espiritualidade passa a atuar mais diretamente na realidade humana.



Divaldo na Academia de Letras?

A bixenoglossia



Continuando o incisivo estudo literário/mediúnico é necessário fazer um comentário do notável poeta, romancista, dramaturgo, político, jornalista e orador francês Victor Hugo, nascido em 1802 e desencarnado em 1885, considerado como um dos maiores e mais fecundos escritores de todos os tempos. Desde 1993 está sendo feita uma gigantesca pesquisa sobre este escritor francês (com base nas suas obras completas), comparando-se suas características literárias com as constantes em todas as obras psicografadas pelo médium Divaldo Franco. Divaldo psicografou 8 obras atribuídas a este Espírito. Foram anotadas milhares de características em comum entre o escritor Victor Hugo e o Espírito Victor Hugo (metáforas, hipérboles, anticreses, antíteses, neologismos, vocabulário, cor local - isto é, a ambientação -, citações em latim, em espanhol, em inglês, o grotesco, o burlesco, onomástico, peculiares linguísticas, método enfático, citações geográficas, históricas, mitologia etc). Os resultados desta exaustiva comparação literária já se vislumbram...

As obras do Espírito Victor Hugo através de Divaldo são romances, isto é, algo totalmente diferente dos livros poéticos, contos, teológico, crônicas, narrações evangélicas, familiares e outros, como também muito diverso é o estilo e a temática do Espírito Victor Hugo, totalmente distintos dos estilos e temáticas dos outros Autores Espirituais. Victor Hugo foi um latinista porque ainda na puberdade ele já tinha um conhecimento que superava ao de seu professor de latim e, púbere, Victor Hugo já fazia traduções dos clássicos latinos. Nas obras psicografadas por Divaldo também se encontram dezenas de citações latinas. Citaremos só uma, pois tem o agravante que nela se encontram bixenoglossia (dois casos simultâneos de xenoglossia), pois ao mesmo tempo que a citação foi escrita em latim o foi igualmente em italiano:

Cor magis tibi Sena pandit (Siena t’apre un cuore più di questa porta) (Siena te abre o coração mais que a sua porta), em Párias em Redenção, Victor Hugo, Livro Primeiro, 6, pág. 81.

Faremos mais duas citações (dentre milhares anotadas), onde o burlesco (isto é, satírico) se mistura com o metafórico:

Como encarnado, em Os Miseráveis, um dos principais e mais famosos romances do escritor Victor Hugo, encontramos:

Na presença de Jeová ele subiria pulando com os pés juntos os degraus do Paraíso. Os Miseráveis, Victor Hugo, Terceira Parte, Livro Primeiro, Cap. IX, vol. 3, pág. 296.

Se alguém conseguisse sobreviver a um tiro de canhão recebido em pleno peito, não teria expressão diferente da de Fauchelevent naquele instante. Os Miseráveis, Victor Hugo, Segunda Parte, Livro Oitavo, Cap. V, vol. 3, pág. 216.

Observa-se claramente o burlesco (o satírico), permeado com a linguagem metafórica. Nas obras psicografadas por Divaldo, ditadas pelo Espírito Victor Hugo, encontra-se essa mesma característica (o burlesco metafórico):

e eu era também um cadáver que respirava. Sublime Expiação, Victor Hugo, Livro Primeiro, 6, pág. 94.

Seria o mesmo que pedir à leoa faminta que cuidasse dos filhotes recém-nascidos da gazela. Quedas e Ascensão, Victor Hugo, Segunda Parte, 4, pág. 129.

Podemos lembrar ainda a característica dele descrever minuciosamente os personagens, material e psicologicamente, seu vestuário, sempre se valendo das metáforas:

Em O Corcunda de Notre Dame, outra de suas mais conhecidas obras, temos:

estava de pé, na sombra, imóvel como estátua, um homem vigoroso e membrudo, de arnês de guerra e casaca brasonada e cujo rosto quadrado, fendido por dois olhos à flor, rasgado por enorme boca, escondendo as orelhas sob dois largos anteparos de cabelos chatos, sem testa, tinha simultaneamente o que quer que fosse de cão e do tigre. Notre Dame de Paris, Victor Hugo, Segunda Parte, Livro Décimo, Cap. V, vol. 9, pág. 343.

Nas obras psicografadas por Divaldo ditadas pelo Espírito Victor Hugo encontra-se igualmente esta mesma característica descritiva:

As calças muito justas, presas nas meias altas que se fixam com beleza e a faixa na cintura, muito bem ajustada sobre a camisa normalmente em rendas finas e trabalhadas, são completadas com o jaleco enfeitado e folgado nas mangas, para facilitar a movimentação do toureador. O cabelo preso, terminado em delicado rabo de cavalo curto e preso, dão ao conquistador da arena um porte elegante, que impressiona a massa adoradora. O sapato escarpín, bem ajustado aos pés, é complemento indispensável para a corrida, próprio para facultar a rápida movimentação do verdadeiro passo de balé. Complementado pelo gorro que raramente vai posto na cabeça, o herói está preparado para a batalha. Quedas e Ascensão, Victor Hugo, Primeira Parte, 2, pág. 40.

Entrar no universo hugoano precisaria ser algo exclusivo, para estudar literariamente este grande escritor, agora em Espírito, ele que já escreveu 8 romances pelo médium Divaldo Franco. Mas este trabalho que está sendo feito terá sua oportuna publicidade, mas acreditamos que já deu para ter uma pequeníssima ideia. Considerando que foi possível nestes 11 anos de pesquisa recolher muitas informações da literatura hugoana está no prelo somente uma coletânea das obras mediúnicas do Espírito Victor Hugo através do médium Divaldo, que servirá como que um ¨aperitivo¨ para o gigantesco estudo que foi realizado de suas Obras Completas e que há de ensejar várias obras (literárias e espírita).

No próximo artigo continuaremos a enfocar as diferenças temáticas e estilísticas de alguns Autores Espirituais que ditaram livros através do médium Divaldo, desta vez de Autores Espirituais que são Prêmio Nobel de Literatura.

Já está demonstrado insofismavelmente que o conteúdo da obra mediúnica do médium Divaldo Franco é, repetimos, ¨enciclopédica¨ e incompatível com a sua formação intelectual, ele que nem o ginásio cursou.

Destacamos que o que até agora foi visto foram somente partes de mensagens de alguns livros, mas não podemos esquecer que são mais de uma centena de livros inteiros psicografados por Divaldo, como centenas e diferentes são os Autores Espirituais, tudo isso para que vejam os que têm olhos para ver...



Artigo gentilmente cedido por Washington L. N. Fernandes, de São Paulo, SP.

Em 08.03.2010.

3o CONGRESSO ESPÍRITA BRASILEIRO

REUNIÃO ESPECIAL DO CONSELHO FEDERATIVO NACIONAL DA FEB HOMENAGEIA CHICO XAVIER

Na véspera do 3º. Congresso Espírita Brasileiro desenvolveram as reuniões conjuntas das Comissões Regionais do CFN da FEB e reunião especial do CFN. A reunião conjunta das Comissões Regionais do CFN contou com oito a dez representantes credenciados por cada uma das Entidades Federativas Estaduais.

Houve Abertura Geral, seguida de Reuniões das Áreas e dos Dirigentes; Reuniões das quatro Regiões (Norte, Nordeste, Centro e Sul). Em seguida, ocorreu a Reunião do Especial do CFN. O tema principal das Comissões Regionais foi o andamento do “Plano de Trabalho para o Movimento Espírita Brasileiro (2007-2012)”.

Estas reuniões foram coordenadas pelo secretário geral do CFN Antonio Cesar Perri de Carvalho. A reunião do CFN foi presidida pelo presidente da FEB Nestor João Masotti e houve apresentação da síntese do andamento do referido Plano, tratou-se da difusão do Espiritismo e do Centenário de Chico Xavier. Este, com saudação do presidente da União Espírita Mineira Marival Veloso Matos.

Houve participação especial da equipe de produção e direção do filme Nosso Lar. Nestas reuniões do CFN foi lançado o livro “Orientação aos Órgãos de Unificação”, que surge como fundamentação com recomendações para as ações federativas, contendo subsídios para a montagem de processos de capacitação de dirigentes e trabalhadores para as atividades dos Órgãos Federativos e de Unificação do Movimento Espírita.

O novo documento de trabalho aprovado pelo Conselho Federativo Nacional e editado pela FEB foi lançado na Reunião Conjunta das Comissões Regionais, em Brasília.

CONGRESSO BRASILEIRO HOMENAGEOU CHICO XAVIER

O 3º. Congresso Brasileiro de Espiritismo, promovido pela Federação Espírita Brasileira, foi realizado com pleno êxito entre os dias 16 e 18 de abril de 2010, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Cerca de cinco mil congressistas participaram do evento tendo como tema central: “Chico Xavier: Mediunidade e Caridade com Jesus e Kardec”.

A abertura contou com apresentações artísticas de alto nível e da Banda dos Dragões da Independência. O evento foi aberto pelo presidente da FEB Nestor João Masotti. O vice-presidente da República José de Alencar compareceu e fez uso da palavra. Integraram a mesa o ministro da Previdência Social Carlos Gabas, representantes dos Correios, da Casa da Moeda, deputados federais Raquel Teixeira e Luiz Carlos Bassuma, Eurípedes Higino dos Reis, o secretário geral do CFN da FEB, os presidentes das 27 Entidades Federativas Estaduais, Marlene Nobre representando as Entidades Nacionais Especializadas. A palestra inicial foi proferida por Divaldo Pereira Franco. Houve o lançamento nacional do Selo Comemorativo e da Medalha Comemorativa do Centenário de Xavier.

O programa foi seguido de acordo com o planejamento previamente divulgado com apresentações de dezenas de expositores e depoimentos de colaboradores de Chico Xavier e de artistas. Houve apresentação de trailer do filme Nosso Lar e apresentação da equipe de produção, direção e de artistas. A “Sinfonia do Amor”, composta por Plínio Oliveira em homenagem a Chico Xavier, foi apresentada e lançada no evento.

O Congresso teve sua transmissão, ao vivo, para o Brasil e para o mundo diretamente pela TV do Conselho Espírita Internacional (www.tvcei.com). Mais de 12.000 pessoas participaram do evento, com repercussão na grande mídia como na Rede Globo (clicar: http://g1.globo.com/videos/jornaldaglobo/v/comeca-congresso-espirita-em-brasilia/1249173) e no Jornal Nacional (clicar: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/04/espiritas-se-reunem-em-brasilia-para-homenagear-chico-xavier.html).

No encerramento do Congresso, após palestra de José Raul Teixeira, foi lida a mensagem psicográfica do médium Wagner Gomes da Paixão “Na Luz do Amor”, de Chico Xavier.

Na tarde do dia 18, houve uma homenagem a Chico Xavier franqueada ao público, com a participação dos Corais do Distrito Federal, dos artistas Nando Cordel e Carlos Vereza, seguindo-se palestra de Divaldo Pereira Franco. Ao final, este transmitiu mensagem psicofônica do espírito Bezerra de Menezes. Foi lida a mensagem psicográfica do médium Wagner Gomes da Paixão “Brasil para Jesus”, do ex-presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek de Oliveira. Esta etapa pública foi também transmitida ao vivo pela TVCEI e para cerca de 20 auditórios e salões de instituições espíritas de Brasília, incluindo a FEB, dotados de telões.

Foram lançados vários livros editados pela FEB: edição especial de “Parnaso de Além Túmulo”; o “kit” (livro e dois DVDs) “Depoimentos sobre Chico Xavier” (Organizado por Antonio Cesar Perri de Carvalho e Oceano Vieira de Melo), “Chico Xavier, o Obreiro do Senhor, e Castro Alves, o Apóstolo da Liberdade” (Organizado por Marta Antunes de Moura), “Orientação aos Órgãos de Unificação”. E o Conselho Espírita Internacional lançou “Chico Xavier – O Homem e o Médium”, de Mikael Ponsardin (edições em francês e em português) e a tradução do Novo Testamento, feita por Haroldo Dutra. Todos congressistas receberam a revista “Reformador”, edição especial de abril em homenagem a Chico Xavier.

O bem sucedido Congresso insere-se no “Projeto Centenário de Chico Xavier”, aprovado pelo Conselho Federativo Nacional da FEB e que vem sendo implementado desde o dia 1º. de janeiro e prosseguirá até novembro deste ano.

Raul Teixeira responde:

- Como você analisa as cestas básicas de alimentos, os receituários homeopáticos e a cirurgia espiritual nas casas espíritas?

Raul Teixeira: Quando falamos em cirurgias espirituais, temos que destacar aquilo que os Espíritos fazem e de que, muitas vezes, não temos consciência. Eles trabalham no campo do perispírito, utilizando-se dos recursos fluídicos do mundo espiritual e do poder mediúnico que a casa tem, em função do seu corpo de médiuns, e que nem ficamos sabendo. Quando passamos a saber, costumamos fazer em torno disso um verdadeiro carnaval. Então, surgem celeumas, discrepâncias, desentendimentos, jogos de interesse e cerimoniais plenamente desnecessários para o trabalho em questão.

Quando se tratar de cirurgias com utilização de instrumentos de perfuração ou corte, a casa espírita deverá todo cuidado possível porque essa não é a proposta da Doutrina Espírita. Com todo respeito devido aos médiuns curadores que utilizam as facas, canivetes, bisturis, serras, agulhas, etc, cumpre saibamos que não é essa a finalidade de um centro espírita, evitando, sempre que possível, semelhantes práticas em nossas instituições. Perfurações, cortes, extirpações de órgãos e tudo o mais nessa órbita são da alçada da medicina humana, e devemos respeito aos facultativos, respeito à ciência.

Temos à nossa disposição a fluidoterapia, que é uma forma de tratamento que os Espíritos nos ensinaram, conforme as referências de Allan Kardec, no cap. XIV, itens 32 e 33, de A Gênese, o que deve ser observado e realizado com profunda unção, identificando os princípios da fluidoterapia com as perfeitas leis da natureza.

Há, contudo, médiuns com possibilidade de realizar essas atividades de cura espiritual, sem que pertençam a centro espírita algum, mas quando pertencem, é comum haver muita indisciplina em torno desse tipo de atividade, porquanto são raros os dirigentes que não se põem extasiados diante dessa expressão mediúnica, passando a devotar aos médiuns uma perigosa veneração e por isso se sentem desencorajados de lhes chamar a atenção para a indispensável vigilância e a urgente renovação, enquanto atuam nos labores do bem ao próximo.

É muita gente que procura essa faceta mediúnica, é muita gente que a deseja e diversos são os médiuns que se dedicam a essa lida, mas que se sentem impossibilitados de vivenciar a disciplina que o Espiritismo propõe, e passam, em nome do exercício da caridade, a dedicar um tempo muito grande a essas práticas, deixando de lado o tempo precioso para os estudos indispensáveis para refletir em torno da sua própria atividade, para saber como atuam os Espíritos por seu intermédio, que objetivos têm eles ao se prestar a esse serviço; e por desconhecer o sentido da mediunidade para a vida dos médiuns, menosprezam os esforços da autorrenovação, conquanto se apoiem, quase sempre, numa visão distorcida do que seja a prática da caridade. Esse é um aspecto perigoso das práticas cirúrgicas nos centros espíritas. É certo que os Espíritos dedicados ao bem do próximo realizam verdadeiros prodígios sem que o saibamos. Outros dão-se a conhecer, mas investem recursos na melhoria íntima daqueles aos quais oferecem curas físicas, em nome do Senhor.

No Rio de Janeiro há instituições muito conhecidas que, como o Templo Espírita Tupyara, realizam respeitáveis trabalhos de tratamento de saúde física, que se tornaram dignos de confiança pelos resultados obtidos, em razão dos médiuns que lidam nesse labor serem instados às disciplinas e à boa conduta, para que possam merecer o auxílio dos Bons Espíritos. Realizam tratamentos cirúrgicos à distância sem que nenhum médium necessite furar ou cortar os pacientes. É comum que as pessoas sintam os resultados e as curas são realizadas, demonstrando, exatamente, aquilo que O Livro dos Médiuns nos ensina, ou seja, quando há mérito do enfermo e um médium em boas condições para a realização do fenômeno da cura, ela se dá.

Os indispensáveis cuidados que o centro espírita deverá ter são: primeiro, verificar se há médiuns com essas habilidades todas - que são raros - e, depois, que tipo de trabalho será chancelado pela instituição, em nome do Espiritismo. O tratamento da saúde alheia é algo de muita responsabilidade.

Quanto aos receituários, os Espíritos (segundo O Livro dos Médiuns) trabalham com o laboratório do mundo invisível. Diz Allan Kardec que os Espíritos não têm nenhuma pretensão de competir com os farmacêuticos e inventores de reconstituintes da Terra (O Livro dos Médiuns, cap. VIII, questão 13.ª, nota de Kardec), o que nos permite entender que o trabalho de lidar com as dificuldades da saúde humana, de tratá-la e medicá-la pertence à humana medicina.
O receituário mediúnico não deveria ser uma coisa realizada sem sentido, aberta ou escancarada, em que as pessoas com indisposição para ir ao médico, ou as que não desejam enfrentar as filas dos institutos de previdência, ou as que se valem dos motivos mais banais se alistam, por comodidade, no rol dos necessitados e vão ao centro espírita para que os Espíritos as mediquem. Naturalmente, os Espíritos não se negam a dar uma orientação, desde que haja razão de ser no pedido, restando saber se o centro espírita dispõe de um médium receitista conforme manda o figurino, ou se serão pessoas receitando placebos para enganar a boa fé dos consulentes, enquanto as reais enfermidades se vão agravando.

O fato de um médium ser psicógrafo não significa que ele tenha que ser um médium receitista. O receituário mediúnico é uma especialização que pode ser através da psicografia, da psicofonia, da inspiração ou da intuição. Não nos cabe, apenas por querer imitar outros grupos e instituições, "inventar" um médium receitista para atrair multidões, pois não é essa a função dessa expressão mediúnica. As consequências dessa "invenção" costumam ser muito danosas, muito dolorosas mesmo.

Quando se descobre que no centro espírita há médiuns com essa habilidade para o receituário mediúnico, aqueles que conseguem estabelecer contato psíquico com médicos desencarnados em prol dos necessitados humanos, então se deverá providenciar uma reunião para esse mister. O trabalho do médium Chico Xavier nesse caso é um exemplo muito interessante, pois se realizava uma reunião de estudos doutrinários, com os comentários dos participantes, enquanto o médium receitista, no caso, o próprio Chico, era situado numa outra sala, com a ajuda de um auxiliar, a fim de atender às solicitações que lhe chegavam, com os mais variados tipos de solicitação. No caso, deverão ser selecionados os pedidos de orientação para os casos de saúde. As leituras, estudos e comentários ajudarão a criar e a manter o clima de salutar vibração para que o receitista possa atender ao seu compromisso.

Essas atividades de receituário devem ser muito bem pensadas, para que não modifiquemos a proposta da doutrina espírita, em nome de um suposto movimento de caridade. É importante que não desenvolvamos uma ação de "descaridade" para com o Espiritismo, em nome da caridade.

A coordenação dos trabalhos doutrinários do centro espírita deverá persuadir, caso seja necessário, o médium a participar das reuniões de estudos, para que ele não se apresente como um livre atirador, nem fique à mercê dos inimigos desencarnados de todos os que, embora se dediquem ao bem, mostram-se relapsos ou negligentes com suas responsabilidades pessoais. Os médiuns, quaisquer que sejam, não podem visitar o centro espírita somente nos dias de reuniões mediúnicas, alegando não ter mais tempo para as demais atividades da instituição. Se não participa dos estudos, se não desenvolve disciplinas e se não participa de uma obra social em que teria chance de pôr em prática o seu discurso teórico, o resultado será o envolvimento na má inspiração, em razão da fuga deliberada da sintonia dos bons Espíritos. Esses são cuidados cabíveis a uma instituição espírita dinâmica e responsável.

Quanto às cestas básicas, vestuários, remédios, médicos, etc., deveremos ter a nítida consciência de que fazemos isso por causa dos descompromissos das autoridades governamentais, a quem caberia tais providências. Precisamos ter a consciência de que esse não é o papel fundamental do centro espírita. Não será de bom alvitre abrir-se um Centro Espírita com essa finalidade, uma vez que o centro deve ser o educandário básico da mente popular.

Entretanto, com base no Evangelho de Jesus, se nos chega alguém padecendo fome, não adiantará fazer discursos bonitos e doutrinários para essa pessoa; ela precisa é de alimentação. Tem que se lhe dar comida. Se se aproxima alguém ao relento, desnudo, precisando de roupa, não adianta oferecer-lhe comida, será preciso dar-lhe uma peça de roupa. Por outro lado, se aparece em nossa instituição alguém doente, não valem discursos nem peças de roupa; há que se lhe providenciar um atendimento médico, seja num posto de saúde, seja num hospital para que seja devidamente tratado. Assim, atenderemos os nossos irmãos do caminho em função das carências que apresentem.

Não viveremos para dar cestas básicas ou roupas. Seria um trabalho de mera filantropia e nós, os espíritas, precisamos ter a consciência de que isto é o de menor importância na pauta de nosso trabalho. Torna-se por demais importante ensinar as pessoas a se conduzir no mundo, ensinar-lhes a viver... Ao lado de tudo o que o centro espírita possa ofertar, a importância maior recairá sobre aquilo que possamos dar de nós mesmos aos necessitados de quaisquer matizes. Muitas vezes somos hábeis na entrega de muitas "coisas" a necessitados, embora tenhamos muita dificuldade de abrir o coração às pessoas. Costumamos ficar sempre longe deles; não procuramos saber quem são, seus nomes, ou quais são as suas necessidades verdadeiras.

Os nossos irmãos necessitados não deverão ser transformados em números fichados, a fim de que os espíritas os utilizemos para sermos caridosos, às custas da exibição da miséria ou das carências deles. O aprendizado espírita nos faz compreender que são, todos, nossos irmãos, são os filhos e as filhas do calvário. Por isso é que todos os trabalhos desenvolvidos pelo centro espírita devem ser bem pensados, devem ter um porquê, precisam ter um sentido, uma razão de ser, a fim de que não percamos tempo realizando atividades que podem ser comparadas às de quem enxuga gelo.

Jamais deveremos fazer algo somente por fazer, sem que haja um sério e espiritual objetivo nessa realização.

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Entrevista realizada na sede da SEF - Sociedade Espírita Fraternidade, publicada no jornal Correio Espírita em março/2007.

(Extraído de http://www.oconsolador.com.br)

A ciência comprova: fazer o bem faz bem

“Fazer o bem faz bem!”. Esta frase, que poderia perfeitamente ser atribuída a um espírita, é o título de um artigo sobre os avanços das neurociências.

Com o advento dos exames de neuroimagem, os pesquisadores dessas áreas estão conseguindo desvendar os segredos do cérebro. Muitos dos seus estudos não estão mais restritos aos meios científicos. Pelo interesse que despertam, estão chegando ao público leigo por meio de livros, revistas, vídeos e artigos na internet. Foi assim que tomamos conhecimento de alguns avanços dessa área que, ao serem cotejados com ensinamentos cristãos-espíritas, mostram perfeita sintonia. Tal é o caso dos benefícios advindos da ação no bem.

Dois neurologistas brasileiros, atualmente trabalhando no Rio de Janeiro, mas que há algum tempo desenvolviam pesquisas nos Estados Unidos – Dr. Ricardo de Oliveira Souza e Dr. Jorge Moll Neto –, realizaram um experimento bastante interessante, tentando descobrir o que acontece no cérebro de quem se dispõe a ajudar o próximo.



Do ponto de vista metodológico, o experimento consistiu, basicamente, em submeter 19 voluntários, estudantes universitários, a exames de ressonância magnética funcional enquanto realizavam uma tarefa determinada pelos pesquisadores. Antes do exame, os voluntários receberam U$128,00 e a explicação que essa quantia poderia ser doada a determinadas instituições beneficentes apoiadas pelo Fundo das Nações Unidas, e que o saldo (ou todo o dinheiro, caso quisessem), poderia ser embolsado pelo participante. Em seguida, receberam explicações sobre as ações desenvolvidas pelas referidas instituições.

Durante o exame, em intervalos de sete segundos, em um telão eram projetados os nomes dessas instituições (40, ao todo) e os voluntários teriam que decidir se queriam fazer doações no valor de cinco dólares para cada uma delas ou ficar com o dinheiro.

Os resultados mostraram uma intensa ativação do sistema de recompensa do cérebro sempre que o voluntário decidia reter o dinheiro para si. Ou seja, ganhar dinheiro gera prazer. Um dado inesperado, no entanto, surgiu quando se observou os exames dos que resolveram fazer doações para as referidas instituições. Além do sistema de recompensa, outra área do cérebro
também fora ativada, o córtex pré-frontal, no qual se situam os sentimentos de empatia e que entra em ação quando nos ligamos afetivamente a alguém ou quando praticamos uma caridade. Ou seja, o ato de doar gerou prazer e esse veio acompanhado de um sentimento de solidariedade para com aquelas pessoas atendidas pelas instituições beneficentes.

Esse resultado permitiu aos pesquisadores inferirem que fazer o bem traz sensações prazerosas àquele que o faz, sensação acrescida de um sentimento positivo: a empatia para com o beneficiado. Ou seja, há uma recompensa ao praticar o bem. O corpo confere, através de mecanismos internos automáticos, um prêmio àquele que o praticou. Ganha quem recebe e ganha quem pratica o bem.

Pode-se enquadrar essa reação do corpo como um processo homeostático. De forma automática e inconsciente, todos os organismos vivos nascem com dispositivos que solucionam automaticamente, sem qualquer raciocínio prévio, os problemas básicos da vida com a finalidade precípua de garantir a manutenção da vida e promover o bem-estar. Nisso consiste a homeostasia.

Refletindo acerca dos resultados da pesquisa, nos indagamos se Deus não teria permitido que, ao longo da evolução, o homem desenvolvesse esse mecanismo compensatório a fim de que florescesse inicialmente como grupo e, a partir daí, se expandisse até chegar à atual configuração da sociedade humana.

É certo que o homem primitivo só conseguiu sobreviver porque pôde contar com a ajuda dos que lhe estavam próximos. Tantos e tão perigosos eram os desafios que enfrentavam no dia a dia, que agrupar-se e prestar colaboração recíproca foram os únicos caminhos possíveis para a manutenção da própria vida. Então, a recompensa interna seria uma forma de motivá-lo a continuar ajudando o seu próximo. Não nos parece de todo absurdo pensar que as ativações cerebrais resultantes da boa ação sejam processos homeostáticos que, apesar de inconscientes, passaram a ter uma profunda função social.

Portanto, ajudar ao próximo, praticando a caridade, tal como preconiza a Doutrina Espírita, corroborando a máxima cristã, está na nossa própria natureza, faz parte do ser humano. A rigor, como já temos uma recompensa interna, não seria necessário esperarmos por qualquer recompensa externa para tal prática. Deveríamos nos contentar com a alegria dela decorrente, a verdadeira alegria cristã de que nos fala André Luiz: “Atenda ao bem pela alegria de servir, sem cobrar tributos de gratidão” (“Agenda de Luz”).

Perturbações religiosas

Toda religião pretende levar os seus adeptos ao entendimento da vida interior da criatura, à busca do Ser Criador, do Inefável, da melhora de si mesmo.

Se a religião não tiver por esse escopo o caminho que todos devemos alcançar, se não for esse o objetivo de toda crença, fatalmente conduzirá seus adeptos, seus seguidores à desarmonia, ao fanatismo.

Quando afirmamos crer em alguma coisa que não entendemos, já estamos derrapando para o vale do fanatismo.

E, quando chegamos nessas profundezas do fanatismo, imaginamos que somos os senhores absolutos da verdade e aqueles que não compartilharem do nosso modo de pensar, da nossa igreja, do nosso templo, da nossa casa de fé, aqueles que não usarem as mesmas palavras que nós, os mesmos trejeitos que nós, estarão condenados ao fogo do inferno, o que não deixa de ser uma tolice, uma ingenuidade.

A religião deve levar a criatura a autossuperação, e não a autoperturbação.

Cada vez que não entendermos qual é o sentido de sermos religiosos, vamos encontrando, ao longo da História e na atualidade dos nossos dias, os fenômenos mais hediondos, absurdos ligados à área da crença religiosa.

Ouvimos e vimos pela História, as chamadas guerras santas. Imaginemos se isso tem sentido: guerra santa.

Uma coisa que é santa não pode destruir, não pode aniquilar, não pode ser covarde, não pode ser prepotente.

Em nome da crença religiosa ouvimos falar em Inquisição. Aqueles que não creem conforme queremos, serão destroçados e mortos.

Ouvimos falar, em nome da crença religiosa, em morte aos infiéis, os infiéis na nossa concepção, aqueles que supostamente eram ou são inimigos de Deus.

Como é que nós sabemos? Quem foi que nos disse que os nossos irmãos são inimigos de Deus? Concepção do nosso fanatismo.

Podemos imaginar a quantidade de desequilíbrios que a Humanidade vem vivendo ao longo dos tempos, desde que a crença religiosa surgiu no pensamento humano fazendo o sofrimento de tanta gente, levando incontável número de criaturas à morte, desde as épocas mais remotas, das ofertas humanas aos deuses sanguinolentos, aos deuses sanguinários, a Moloc, estamos acompanhando esses desajustamentos em nome da crença religiosa.

É natural admitirmos que isto não pode ser a verdade da fé.

Por causa disso, encontramos o fanatismo, que gera toda sorte de tormentos na esfera da crença, quando a gente não sabe porque crê. Nós não entendemos porque cremos, nem entendemos o que cremos.

Então não cremos. Nós admitimos, aceitamos, engolimos porque a crença é formada num mix de entendimento, de razão e de sentimento.

A fé é produto do nosso saber intelectual, do nosso sentimento e do nosso aspecto moral. Sem isto não podemos chamar de fé, ou podemos chamar de fé cega.

Toda fé cega é aquela que leva os indivíduos a agir sem razão, a agir sem saber, a agir por impulso, como quem iça um animal e ele ataca, quem iça uma fera e ela avança.

Gradativamente, precisamos ir modificando a nossa concepção de crença religiosa, para sairmos dessas perturbações que nos fazem inimigos dos nossos próprios irmãos, imaginando, na nossa enfermidade moral, que esses indivíduos que não aceitamos devido aos preconceitos que assumimos, são também inimigos do Criador.

Não passará isso de uma doença moral muito grave que, lamentavelmente, tem se espalhado na Humanidade, mas que tem seus dias contados.

* * *

Torna-se necessária a compreensão quanto à Paternidade de Deus. Sim, Deus, nosso Pai, não importa como O chamemos.

Costumamos chamá-Lo Deus na nossa realidade ocidental, na nossa língua portuguesa, mas Ele pode ser chamado por vários nomes.

Ouvimos chamar a Deus de Alá, outros O chamam Jeová, outros dizem-No, Natureza da Natureza, ou Natura Naturans, para falar em latim. De qualquer maneira, desde que tenhamos essa convicção do Criador não criado do Universo é a Deus que estamos nos referindo.

Então, essa reflexão em torno do nosso Pai Criador é fundamental para o equilíbrio da nossa crença religiosa.

Quando admitimos que aqueles que não creem como nós são inimigos de Deus é porque não entendemos exatamente que Deus é a Inteligência Suprema do Universo.

Ela não está do nosso lado e nem contra nós. Essa Inteligência flui de todos os pontos do Universo, nos abraça e nos envolve, desde o filho mais santo ao filho mais réprobo, mais atormentado.

Se Deus ama os filhos que cresceram e que se iluminaram, como é que Ele destituiria do Seu amor os filhos que estão aprendendo a caminhar, aqueles que estão engatinhando ou os que tropeçam na marcha?

Vale a pena pensar que, quando adoecemos no campo da fé, quando admitimos e alimentamos uma fé enceguecida, passamos a nos tornar pessoas exclusivistas.

Temos aquele grupo de eleição, temos o povo escolhido, passamos a nos tornar pessoas fechadas, não nos abrimos para o próximo, para a vivência da fraternidade, carregamos manias que admitimos pertencerem à crença, quando são manias da personalidade, são vícios nossos que transferimos à crença.

É por isso que, ao longo da Humanidade, foi havendo necessidades de oferecer a Deus o próprio sangue humano.

Depois de se oferecer à Divindade sangue dos animais, depois de se oferecer frutos, flores, pedras preciosas, essências, húmus, imaginamos que Deus precisava do sangue do nosso semelhante ou do nosso próprio sangue.

Quantas foram as pessoas que se imolaram fisicamente em nome da fé e, hoje em dia, quantas ainda o fazem.

Cravam-se, se cortam, se atormentam, se ferem fisicamente, mas são incapazes de fazer movimentos da alma, de perdoar o próximo, de respeitar o semelhante, de dizer palavras amáveis ao seu companheiro de estrada.

Então, são pessoas emocionalmente afetadas, emocionalmente enfermas, que se admitem religiosas.

Mas o tempo, na medida em que vai passando, nos vai mostrando a necessidade de mudarmos esse quadro e adotarmos uma crença que não seja desmentida pelos fatos, que não seja desmentida pela Ciência, que não seja destronada pelos estudos humanos.

Isso levou o eminente Allan Kardec a dizer que o mundo tem necessidade de ter uma religião que seja científica. Ser científico é ter a índole de pensar e de questionar. Isso é ser científico.

Ao mesmo tempo, ele disse que precisávamos de uma Ciência que fosse religiosa, uma Ciência que não admitisse que todos os fenômenos da vida devessem ser atribuídos à matéria, somente à matéria.

Graças a isso, estamos entendendo que, nada obstante com passos muito lentos, vagarosos, a criatura humana está se aproximando da verdade total que não está em nenhuma religião, está no somatório do amor de todas as criaturas.

Essa verdade que não está em nenhum indivíduo isoladamente, mas está na conjunção de todos os indivíduos.

É por causa disso que marchamos gradativamente para sairmos da patologia da fé, dos desequilíbrios da crença, quando passarmos a adotar, de fato, a verdadeira religiosidade, aquele sentimento que brota de dentro de nós e que nos torna pessoas melhores, porque vamos em busca do próximo, porque ninguém será capaz de amar a Deus ao qual não vê, se não conseguir amar o próximo que está ao seu lado e a quem ele vê.



Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 168, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em setembro de 2008. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 08.11.2009.

Disponível no DVD Vida e Valores, v. 4, ed. Fep.
(http://www.raulteixeira.com/mensagens.php?not=190)

A Criança Obsidiada

“Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência. Não se vê em crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação?
Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação em nada contribuiu para isso?”

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questão 199-a.)

Crianças obsidiadas suscitam em nós os mais profundos sentimentos de solidariedade e comiseração.

Tal como acontece ante as demais enfermidades que atormentam as crianças, também sentimos ímpetos de protegê-las e aliviá-las, desejando mesmo que nada as fizesse sofrer.

Pequeninos seres que se nos apresentam torturados, inquietos, padecentes de enfermidades impossíveis de serem diagnosticadas, cujo choro aflito ou nervoso nos condói e impele à prece imediata em seu benefício, são muita vez obsidiados de berço. Outros se apresentam sumamente irrequietos, irritados desde que abrem os olhos para o mundo carnal. Ao crescer, apresentar-se-ão como crianças-problemas, que a Psicologia em vão procura entender e explicar.

São crianças que já nascem aprisionadas — aves implumes em gaiolas sombrias —, trazendo nos olhos as visões dos panoramas apavorantes que tanto as inquietam. São reminiscências de vidas anteriores ou recordações de tormentos que sofreram ou fizeram sofrer no plano extrafísico, antes de serem encaminhadas para um novo corpo. Conquanto a nova existência terrestre se apresente difícil e dolorosa, ela é, sem qualquer dúvida, bem mais suportável que os sofrimentos que padeciam antes de reencarnar.

O novo corpo atenua bastante as torturas que sofriam, torturas estas que tinham as suas nascentes em sua própria consciência que o remorso calcinava. Ou no ódio e revolta em que se consumiam.

E as bênçãos de oportunidades com que a reencarnação lhes favorece poderão ser a tão almejada redenção para essas almas cow turbadas.

A Misericórdia Divina oferecerá a tais seres instantes de refazimento, que lhes chegarão por vias indiretas e, sobretudo, reiterados chamamentos para que se redimam do passado, através da resignação, da paciência e da humildade.

Na obra “Dramas da Obsessão”, Bezerra de Menezes narra a vida de Leonel, que desde a infância apresentou crises violentas, evidenciando a quase possessão por desafetos do pretérito. Este mesmo Leonel, já adulto e casado, acompanhou a espinhosa existência de sua filha Alcina, que como ele era obsidiada desde o berço.

Crianças que padecem obsessões devem ser tratadas em nossas instituições espíritas através do passe e da água fluidificada, e é imprescindível que lhes dispensemos muita atenção e amor, a fim de que se sintam confiantes e seguras em nosso meio. Tentemos cativá-las com muito carinho, porque somente o amor conseguirá refrigerar essas almas cansadas de sofrimentos, ansiando por serem amadas.

Fundamental, nesses casos, a orientação espírita aos pais, para que entendam melhor a dificuldade que experimentam, tendo assim mais condições de ajudar o filho e a si próprios, visto que são, provavelmente, os cúmplices ou desafetos do pretérito, agora reunidos em provações redentoras. Devem ser instruídos no sentido de que façam o Culto do Evangelho no Lar, favorecendo o ambiente em que vivem com os eflúvios do Alto, que nunca falta àquele que recorre à Misericórdia do Pai.

A criança deve ser levada às aulas de Evangelização Espírita, onde os ensinamentos ministrados dar-lhe-ão os esclarecimentos e o conforto de que tanto carece.

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O número de crianças obsidiadas tem aumentado consideravelmente. Há bem pouco tempo chegaram às nossas mãos, quase simultaneamente, cinco pedidos de orientação a crianças que se apresentavam todas com a mesma problemática de ordem obsessiva.

Um desses casos era gravíssimo.

Certa criança de três anos e alguns meses vinha tentando o suicídio das mais diferentes maneiras, o que lhe resultara, inclusive, ferimentos: um dia, jogou-se na piscina; em outro, atirou-se do alto do telhado, na varanda de sua casa; depois, quis atirar-se do carro em movimento, o que levou os familiares a vigiá-la dia e noite. Seu comportamento, de súbito, tornou-se estranho, maltratando especialmente a mãe, a quem dirigia palavras de baixo calão que os pais nunca imaginaram ser do seu conhecimento.

Foram feitas reuniões de desobsessão em seu benefício, quando se verificaram as origens do seu estado atual. Atormentada por muitos obsessores, seu comprometimento espiritual é muito sério.

As outras crianças mencionadas tinham sintomas semelhantes: acordavam no meio da noite, inconscientes, gritando, falando e rindo alto, não atendiam e nem respondiam aos familiares, nem mesmo dando acordo da presença destes.

Todas são menores de cinco anos.

Com a terapêutica espírita completa, essas crianças melhoraram sensívelmente, sendo que três retornaram ao estado normal.

Livro: Obsessão e Desobsessão

(Extraído de http://www.oespiritismo.com.br )

Moradores de rua

Hoje, a cidade de São Paulo possui 13 mil pessoas vivendo em situação de rua. É o que revela censo realizado no fim do ano passado e que será divulgado nos próximos dias. Pela nova contagem, nos últimos nove anos a maior metrópole brasileira ganhou 4.000 novos desabrigados.

Entre as principais causas do problema apontadas pela pesquisa estão o aumento no consumo de drogas, principalmente o crack, e álcool, desemprego e falha em políticas sociais. Atualmente, a capital paulista possui pouco mais de 7.000 vagas em albergues da prefeitura, 1.000 a menos que no ano passado, quando uma unidade foi fechada.

São informações de reportagem dos jornalistas Evandro Spinelli, André Caramante e Letícia de Castro, publicada na edição de 1o de março da “FolhaOnline”.

A propósito do tema, vale recordar a página “Mensagem do homem triste”, de Meimei, parte do livro “Ideal Espírita” (ed. CEC), de Espíritos diversos, psicografado por Francisco Cândido Xavier:

“Passaste por mim com simpatia, mas, quando me viste os olhos parados, indagaste em silêncio porque vagueio na rua.

Talvez por isso estugaste o passo e, embora te quisesse chamar, a palavra esmoreceu-me na boca.

É possível tenhas suposto que desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje, bati, em vão, de oficina a oficina... Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar dignamente o meu pão, como se a madureza do corpo fosse condenação à inutilidade; e outros, desconhecendo que vendi minha roupa melhor para aliviar a esposa doente, despediram-me apressados, acreditando-me vagabundo sem profissão.

Não sei se notaste quando o guarda me arrancou à contemplação da vitrina, a gritar-me palavras duras, qual se eu fosse vulgar malfeitor. Crê, porém, que nem de leve me passou pela mente a ideia de furto; apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçarem com fome, quando retorno à casa.

Ignoro se observaste as pessoas que me endereçavam gracejos, imaginando-me embriagado, porque eu tremesse, encostado ao poste; afastaram-se todas, com manifesto desprezo, contudo não tive coragem de explicar-lhes que não tomo qualquer alimento há três dias...

A ti, porém, que me fitaste sem medo, ouso rogar apoio e cooperação. Agradeço a dádiva que me estendas, no entanto, acima de tudo, em nome do Cristo que dizemos amar, peço me restituas a esperança, a fim de que eu possa honrar, com alegria, o dom de viver. Para isso, basta que te aproximes de mim, sem asco, para que eu saiba, apesar de todo o meu infortúnio, que ainda sou teu irmão.”