sábado, 15 de maio de 2010

Chico Xavier Cisco de Deus

Música que homenageia o grande médium Chico Xavier que através da psicografia consolou muitas almas sofridas e deu continuidade a Obra dos Espíritos.

Mensagem de Chico Xavier

Uma mensagem de Chico Xavier adaptada com imagens do cachorrinho Snoopy...


Chico Xavier recebe a visita do espirito da mãe dele.

November 30, 2008 — Chico Xavier recebe a visita do espirito da mãe dele enquanto o mesmo estava internado no hospital, a imagem é gravada por um cinegrafista de uma emissora de TV.


Comercial "Espírita" Sobre Deus

Pode dizer-se que o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido especial, também o mal não é atributo distinto; um é o negativo do outro. Onde não existe o bem, forçosamente existe o mal.
Assim resume Allan Kardec, em A Gênese, Cap. 3, item 8, a contribuição espírita para o conhecido Problema do Mal que há tantos séculos divide teístas, agnósticos e ateus. O mal existe? Se sim, de onde ele vem? De Deus? Do Diabo? Por que Deus permite que ele nos aflija? E por aí se sucedem os questionamentos que já levaram, e continuam a levar, inúmeros seres humanos a negarem a possibilidade de existir um "deus bom" - ou mesmo um deus de qualquer tipo.

De nossa parte, já nos aventuramos demoradamente nesses devaneios filosóficos. Foram longos e inconclusivos debates com céticos, materialistas, anti-espíritas e filósofos diletantes. Proveito sempre há quando nos permitimos admitir, ainda que em tese, o oposto do que nos parece certo e verdadeiro. Abre-se a mente, ampliam-se horizonte e, talvez o mais importante, ganhamos uma chance única de entender melhor o outro.

É que quando eu me permito assumir a visão alheia, fica muito mais fácil desbravar o terrenos obscuro das motivações e necessidades profundas da alma. Daquilo que todos nós costumamos esconder sob o véu de uma certa "racionalidade", de uma certa "objetividade", pelo simples fatos de não sermos capazes de encarar de peito aberto e mente desarmada. Aí criamos teorias, motivos, razões, explicações e uma série de outros artifícios para encobrir vazios ou incompletudes existenciais. E nos aferramos a eles.



FONTE:http://espiritodearte.blogspot.com/
O vídeo a seguir mostra como as coisas podem ser simples e, ao mesmo tempo, profundamente significativas. Ele faz parte de uma campanha social promovida pelo Ministério da Educação e da Ciência da Macedônia. O cabeçalho já diz tudo: Religiosidade também é conhecimento, que deve ser levado novamente para dentro da escola.

PS: Vale observar que o texto não é de fato de Albert Einstein. Contudo, como dizia Kardec acerca dos ensinamentos dos Espíritos, não é a pessoa deles o que nos interessa, mas o ensino que nos proporcionam. Ora, desde que esse ensino é bom, pouco importa que aquele que o deu se chame Pedro, ou Paulo. Deve ele ser julgado pela sua qualidade e não pelas suas insígnias. Portanto, fica a singela, mas edificante, reflexão para todos nós.

Ler Matéria - Jornal O CLARIM

Quem foi o inventor da morte?
Octávio Caúmo Serrano

Ser espírita é uma felicidade. Além de saber que a vida na Terra é provisória e secundária, o espírita deixa de ter medo de morrer porque já compreende que a morte é o coroamento da vida; viveu bem, morre bem; viveu mal, morre mal.
O que precisamos definir é o que realmente é viver bem ou mal. Em razão do mundo material, extremamente apelativo, confundimos viver bem com ter casa grande e bonita, comer do bom e do melhor, vestir as grifes mais famosas e ter um corpo que sirva de espasmo sensual para quem olha.
Viver bem é sinônimo de poder temporal, de ocupação de cargos, mesmo conquistados à custa de atos desonestos, o abuso da força pela posição social com opressão dos mais fracos. É ser bajulado pelos que querem tirar algum proveito de seu valor diante dos homens.
Viver mal é ter um emprego miserável, viver em casa modesta, estudar em escola rudimentar e passar fome como rotina de vida. É vestir roupas doadas e ter brinquedos de segunda mão. Viver mal é fazer sacrifícios permanentes para conseguir a sobrevivência e ser quase sempre confundido com marginal, porque vive em comunidades sem as mais elementares estruturas.
Viver mal é não ter um modesto plano de saúde e precisar do SUS nas horas de angústia, esperando atendimento nos corredores transformados em UTIs nos hospitais. Viver mal é morrer por falta de assistência que afronta os mais elementares direitos humanos.
Mas, se depois de viver bem, conforme relatamos atrás, e não contabilizarmos méritos para receber de Deus a paz de consciência, por meio da ajuda que prestemos ao semelhante, não vivemos bem! Ao contrário, se vivemos mal, mas demos à nossa vida a utilidade para a qual viemos ao mundo, servindo, amando e mantendo intacta a moralidade e a dignidade, a par de uma fé imperturbável, não vivemos mal!
Uma coisa é o mundo material e outra, bem diferente, é o mundo espiritual.
Se analisarmos Teresa de Calcutá, veremos que ela poderia ter vivido como rica. No entanto, a partir de 1931, com 21 anos de idade, foi para a Índia onde tornou-se missionária na defesa dos deserdados da sorte. O mesmo se deu com Chico Xavier que poderia ter sido milionário com a edição de mais de quatrocentos livros, o primeiro com 21 anos de idade, e que desencarnou pobre, mas com uma bagagem espiritual maior que a dos reconhecidos e canonizados santos. Poderiam ter vivido bem, no conceito dos homens, mas preferiram viver bem, no juízo de Deus.
Verifiquemos, cada um de nós, se estamos vivendo bem ou mal. Mas que a nossa análise não se restrinja aos valores do mundo, mas ao que estamos plantando para o futuro, que sempre chega mais depressa do que imaginamos.

Ler Matéria - Jornal O CLARIM

Estudo sobre a vontade e a habitabilidade dos mundos
Cairbar Schutel

Publicado em 7 de novembro de 1925

“Ide, ensinais a todas as nações; batizai-os em nome do Criador!”
O Criador vos enviando preencher uma existência vos disse:
“O progresso é de acesso difícil e vos mando na frente valorosos e fortes, a fim de abrirdes o caminho e preparar a vinha!”
“Tereis de combater passo a passo o prejuízo, a ignorância, o ódio cego, o absolutismo; tereis de lutar com o passado, porém eu vos darei os meios de sairdes vitoriosos da prova, pondo-vos em condições de compreender o valor da ideia de que sois encarregados de implantar na Terra: – Progresso!”
“Sois, e deveis ser, meus apóstolos; por consequência vós também sereis conduzidos à montanha e voltareis transformados depois de terdes sido testemunhas da transfiguração.”
Essas belezas, essas maravilhas que os apóstolos gravaram na montanha, não a tendes e o Espiritismo não é a transfiguração do catolicismo?
O Espiritismo é um aperfeiçoamento relativo; é a religião da verdade, a melhor filosofia de tudo o que pode neste mundo suportar a humanidade terrestre.
Esforçai-vos para apreciar em seu justo valor esta página da vida do Cristo!
“Ele se mostrou tal, diz a Bíblia, que os preferidos que Ele tinha levado consigo, caíram, ficando deslumbrados e transformados a tal ponto, que não queriam mais deixar a montanha onde uma tão grande felicidade lhes tinha sido concedida!”
Amigos, estais lá! Por nada no mundo não queirais descer a montanha que subistes e portanto o momento solene da transfiguração não saberia durar sempre!
O coração dos apóstolos tornou-se forte e devotado; é preciso que a seu exemplo, depois da contemplação do raio de luz descido até vós, depois de nossa presença, nossas instruções, nossa proteção, é preciso, digo, que vossas almas reentrem na vida prestes ao combate, fortes contra tudo, mesmo contra a morte.
A transfiguração simboliza para mim o momento em que o espírito, compreendendo enfim a extensão de sua missão, se reveste da armadura fluídica que chamei Vontade.
Vontade em toda a sua plenitude, Vontade agindo ora sobre o sentido, ora sobre o espírito! Vontade potência renovando um mundo, sepultando debaixo de seus passos os absurdos, os abusos do passado; Vontade chamada, ora reforma, ora filosofia e ora ciência. Vontade potência, ao serviço das inteligências, filha da força magnífica e transformando a barbaria em civilização. Vontade, desde o gênio forçando as inteligências a se curvar, transformando por seu turno a civilização em progresso, e o progresso em perfeição, até o humilde filantropo, trabalhando modestamente, porém com fé, sem descanso e como a formiga ajuntando grão a grão!
Transfiguração! Momento abençoado na vida do espírito em que a verdade ilumina, em que a felicidade é entrevista, em que o devotamento é para sempre aceito!
Quando, depois desta transfiguração, a Terra e suas agitações nos deixarem quase indiferentes, quando para vós não haja mais sacrifício a preferir entre o vosso e o da humanidade, quando virdes em todo ser uma alma para levá-la a Deus, podereis vos servir desta vontade que será vossa; podereis projetar com intensidade os fluidos, dizendo em nome do Criador:
“Marchai, eu vos batizo, vós entreis desde já no caminho em que eu estou!”
Vós já não contais mais, assim espero, com o que se dirá, com o julgamento dos homens, com a sua má vontade? Começai desde já o primeiro passo dessa vida de devotamentos; aplanai, subi, transfigurai-vos vós mesmos, elevai-vos pela força da Vontade até ao Criador, em nome do qual transmitis a palavra.

Ler Matéria - Jornal O CLARIM

Suspensão da mediunidade
Redação

A faculdade mediúnica está sujeita a intermitência e a suspensões temporárias.
O que mais influi nesse sentido é o uso que o médium faz da sua mediunidade.
Bons Espíritos podem abandoná-lo quando dela se serve para coisas frívolas ou com propósitos ambiciosos; quando se nega a transmitir palavras ou fatos por eles produzidos com fins determinados.
Esse dom, de Deus, é concedido ao médium para sua melhora espiritual e dar a conhecer a verdade aos homens.
Pode acontecer de a suspensão ocorrer para provar ao médium que sua faculdade não depende dele próprio, razão não havendo para que dela se vanglorie.
A interrupção da faculdade nem sempre é uma punição, tendo a pausa por objetivo proporcionar ao médium repouso material de que os bons Espíritos o julguem necessitado.
A suspensão da mediunidade pode servir ao médium, também, para pôr à prova a sua paciência e perseverança, bem como dar-lhe tempo para meditar sobre instruções recebidas, a fim de constatar a sinceridade do seu ideal espírita.
Há médiuns que não têm sua faculdade suspensa apesar de abusarem dela. Entretanto sofrerão as consequências desse mau uso, representando-lhes um aprendizado.
Esse é o resumo que Kardec coloca na questão 220 de “O Livro dos Médiuns”.
Importante, pois, refletir sobre os ensinos dos Espíritos, tendo por base as obras da Codificação.
Importante, também, o exercício do amor fraterno visando o bem do próximo.
O estudo da Doutrina e a vivência dos bons sentimentos permitem ao médium maior vigilância e melhor sintonia, no sentido de não servir de instrumento a adversários do bem, desencarnados, sempre dispostos a promover a discórdia e a desunião, ainda que, algumas vezes, de maneira sutil.
O médium ativo e atuante, de regra, está tendo a oportunidade de saldar débitos do passado através do trabalho na seara do bem. Com isso vai se aprimorando espiritual e moralmente na direção da maturidade que o ajuda a acertar cada vez mais em suas intenções, unindo teoria e prática no bom caminho da caridade.
O desprendimento substitui o personalismo, como a simplicidade e a modéstia substituem a vaidade e a presunção.
Importante ter em mente os objetivos maiores da mediunidade.
Como coloca o Codificador no item 10 do capítulo XIX de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, nos tempos atuais, de renovação social, cabe aos médiuns uma missão especial; são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplicam-se em número para que abunde o alimento; há-os por toda a parte, em todos os países, em todas as classes da sociedade, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que em nenhum ponto faltem e a fim de ficar demonstrado aos homens que todos são chamados.
Por isso mesmo importa não desviar do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida.
Nada melhor para o homem, ao retornar à pátria espiritual, do que ter a consciência tranquila do dever cumprido, de haver levado a cabo a sua programação reencarnatória.
Dessa forma, fazer o médium bom uso da sua mediunidade é caminho seguro para manter-se em harmonia com benfeitores espirituais, tanto durante o período de permanência na existência física quanto por ocasião da volta à verdadeira vida, quando chegar a hora.

Ler Matéria - Revista RIE

Evolução científica e religiosa
Cairbar Schutel

Publicado na RIE em setembro de 1925

A permanência das doutrinas rotineiras não permitirá à humanidade dar um passo para a perfeição.
No mundo científico, como no mundo religioso, com suas áreas restritas e limites preconizados pelos métodos nimiamente adstritos às aquisições arcaicas, os investigadores se perdem num labirinto em que os próprios princípios que formam suas bases se convertem em embaraços e inconcludências, sem que os mais rudimentares fundamentos da psicologia lhes apareça mesmo na penumbra.
Por mais que se doutrine ou dogmatize, as investigações psico-fisiológicas, em face das religiões e das ciências oficializadas, são incapazes de formar um corpo unitário de doutrina.
A fisiologia pregoando o materialismo, assim como as religiões proclamando o milagre nas manifestações de caráter anímico e espírita, prejudicam-se e se constituem barreiras inexpugnáveis para o crescimento do Ideal.
A ciência parece ter caminhado muito, entretanto não deu ainda um passo no campo espiritual que há quase um século tem sido submetido concomitantemente à sua observação.
E não se digna que algo lhe tem faltado para que ela tome parte na renovação que o Espiritismo vem fazendo desde a sua manifestação no mundo, pois até aparelhos constatadores da força-psíquica foram construídos, demonstrando a existência de inteligências extraterrenas que por eles têm provado a sua ação.
E a ciência como a religião não devem estacionar, visto não poderem conciliar estas duas proposições: saber ou não saber.
Sem dúvida o absoluto não cabe no limitado, mas o progresso não conhece fronteiras; a sua ação é constante, persistente, infinita.
Limitar a verdade aos conhecimentos adquiridos por uma centena de doutos é o mesmo que prender a um poste uma águia, privando-a dos seus elevados surtos.
A experiência diuturna tem demonstrado que a ciência e a religião oficializadas não podem absolutamente solucionar o problema do eu, o motivo da vida com suas peripécias empolgantes.
Além disso, os fatos que são tudo, fatos brutais, incoercíveis, eloquentes, inutilizam todos os conhecimentos que foram circunscritos em área determinada.
É indispensável que os pensadores presos ao grilhão da ciência e da religião oficial rompam o círculo dessas ideias obsidentes, nutridas, sem dúvida, à custa das melhores faculdades do seu talento e se tornem pioneiros de uma nova região de trabalhos e de buscas necessárias à realização do progresso humano.
Quando há setenta anos(1) Allan Kardec lançou à publicidade os fundamentos de uma nova Gênesis que deveria modificar o estado dos conhecimentos humanos impregnados do maravilhoso e do dogma, inscreveu no frontispício da sua obra o seguinte desafio: “A ciência é chamada a constituir a Gênesis, segundo as leis da natureza”.

* * * *

A solução do problema do destino humano, como já se tem dito, é a que mais importa, pois o seu inquérito não pode deixar de interessar a todos os espíritos. E essa tarefa está entregue tanto à ciência como à religião que têm como máximo dever investigar todos os fatos que lhes são apresentados, a fim de erguerem sobre essa base sólida novas edificações filosóficas destinadas a modificarem os preconceitos do passado.
A constituição da nova Gênesis há de ter como ponto de partida a existência do princípio anímico e sua sobrevivência à morte corporal, sem o que seria proclamado o neantismo, ou seja, a queda de todas as instituições e consequentemente a desagregação e destruição da família humana.
Pelo estudo indutivo do Animismo e do Espiritismo, não podem deixar, estas duas formas do progresso — Ciência e Religião —, até aqui antagônicas, de chegar a um entendimento conciliatório, o que lhes daria um aspecto valiosíssimo, uma vantagem moral extraordinária, para o desempenho da missão a que se avocaram com direitos.
A compreensão nítida da Vida lhes colocaria numa esfera propícia de evolução e os seus propugnadores ou pioneiros encher-se-iam de estímulo intenso para proclamarem, baseados em fatos concludentes, a necessidade do nosso progresso moral para melhoria da nossa situação futura.
Ao passo que relegados os fenômenos como coisa de pouca importância, postas à margem as valorosas contribuições que esses fatos proporcionam, torna-se absolutamente impossível vencer o abandono e o desprezo em que é tido por todos o estudo preparatório da individualidade psíquica, cujo entendimento no período de transição e lutas em que nos achamos, nos conduzirá necessariamente à melhoria das situações futuras.
Nenhum outro estudo traz consigo a vantagem moral que é o que constitui assunto desta REVISTA, tanto mais que ele não se funda unicamente num fato isolado, mas lhe servem de base os mais numerosos e diferenciados fenômenos. Ainda mais, não se trata de uma hipótese meramente pessoal, mas de milhares de votos ponderados por mentalidades sadias, cuja proficiência se deixa ver nos mais profundos trabalhos científicos. Além disso esses fatos são constatados, formando um complexo e latíssimo montão de fatos positivos que nenhuma objeção conseguiu destruir.
Concluamos estas linhas lembrando que a natureza na expressão muda e eloquente da manifestação dos seus fenômenos insiste para que estudando e pesquisando nos assenhoremos dos seus segredos.
Deixemos de lado as simplistas negações ou conjeturas teóricas, e agora que a atenção dos físicos e dos fisiologistas está voltada para uma nova ordem de fenômenos, que tem como intermédio o corpo humano, estudemos e trabalhemos, porque quando outros frutos não se colhessem de tais pesquisas, não deixariam de aparecer aqueles já bem compensadores que resolvem o problema da Vida e nos dão a certeza da Imortalidade.

1- Em abril/2010 completou 153 anos (18/abril/1857).

Ler Matéria - Revista RIE

Chico Xavier e o plágio
Eliseu Mota Júnior

Na polêmica matéria de capa da revista Superinteressante (edição 277 de abril de 2010), a repórter Gisela Blanco sugere que o médium Chico Xavier poderia ter plagiado o filósofo francês Ernest Renan, autor do célebre livro Vida de Jesus. De fato, uma hipótese para explicar a psicografia é a do plágio, que pode ser definido como a indevida apropriação intelectual pela cópia que o agente faz de uma criação literária ou artística já existente, tomando posse total ou parcial de obra alheia, de forma explícita ou implícita, dando à luz uma criatura espúria e dela assumindo a paternidade inexistente. No Brasil esta conduta é criminosa e está contida na ampla tipificação do art. 184 do Código Penal, que define o delito de violação de direito autoral.
Mas é evidente que a obra literária psicografada não é plágio apenas pelo fato de ser mediúnica, ainda quando versar sobre uma ideia ou tema já antes abordado, porquanto o “plágio só surge quando a própria estruturação ou apresentação do tema é aproveitada. Refere-se, pois àquilo a que outros autores chamam a composição, para distinguir quer da ideia quer da forma (José de Oliveira Ascensão, Direito de autor e direitos conexos, p. 65-66). E essa melindrosa questão do plágio remonta aos primórdios das artes, quando, segundo relata Antônio Chaves, o “plágio era, sem dúvida, praticado e reconhecido, mas não encontrava outra sanção senão a verberação do prejudicado e a condenação da opinião pública” (Criador da obra intelectual, pág. 39).
Por seu turno, Washington de Barros Monteiro, diante da sutileza do assunto, prudentemente adverte que o “plágio constitui matéria delicada, cujo reconhecimento demanda prova muito cuidadosa. Com efeito, autores notáveis, que sempre desfrutaram da maior nomeada, não lograram subtrair-se à pecha de plagiários. Assim, afirma Villenave que os poetas da antiguidade, como Virgílio, eram cheios de imitações, que, hoje, passariam por plágios. De modo idêntico, diz-se de Shakespeare que muitos de seus versos foram transcritos e outros modificados. Só uma pequena parte seria exclusivamente original. Aliás, escreve Somerset Maugham que vê com indulgência semelhante delito, acrescentando que os escritores tomam o respectivo material de uma fonte ou de outra (je prends mon bien où je le trouve) e apenas reconhecem a sua dívida, quando não têm outro remédio” (Curso de direito civil, Direito das coisas, p. 256/257).
A propósito, Emilio Rodrigué, psicanalista argentino formado em Londres e radicado no Brasil, publicou uma alentada biografia de Sigmund Freud, alertando que dificilmente deixaria de abordar detalhes da vida do célebre criador da psicanálise que seus biógrafos anteriores não tivessem revelado. Estaria ele confessando um plágio? Vejamos como Rodrigué responde a essa indagação, no seu próprio idioma: “¿Cómo haver un cierto ilegítimo abuso de la producción ajena? ¿Cuáles son los límites del decoro en el jardín de la propiedad privada intelectual? Ahora bien, considero que plagiar es un crimen ‘hediondo’ de menor cuantía. ‘Que me corten la mano...’, sería una alusión literal, en la medida en que plagiar trae ecos masturbatorios, de práctica secreta, de una apropiación imaginaria autoerótica —particularmente si consideramos que el plagio más común es el plagio a uno mismo. El plagio, como todo vicio, fascina. Estoy en buena compañía. “Plagiar —le escribe Freud a Jung—, ¡qué tentación!. Y le confiesa a Ferenczi: “Tengo un intelecto francamente complaciente y una fuerte tendencia al plagio” (Sigmund Freud — El siglo del psicoanálisis, Vol. I, p. 11-12). Na verdade, para a psicanálise parece que a tentação ao plágio é instintiva, pois, de acordo ainda com Rodrigué, “Freud se refiere a la ‘apropiación’ como una modalidad de los instintos del yo. Está en la naturaleza íntima del hombre” (Idem, em nota de rodapé).
Note-se que não estamos incentivando e muito menos aprovando o plágio. Longe disso. Apenas reiteramos que obra psicografada não é obra plagiada somente porque foi criada por meio mediúnico. Entretanto, como em qualquer outro tipo de obra literária, também na psicografada podem acontecer casos de apropriação parcial ou total de criação literária alheia preexistente — a conduta punível que configura o plágio —, caso em que a responsabilidade civil e penal deverá recair sobre o médium e seus editores, porquanto a eles cabe o dever de verificar a autenticidade daquilo que se decidem a publicar.

Ler Matéria - Revista RIE

Seareiros do bem
Redação

Vez por outra é útil uma pequena pausa com vistas a fixar nossas diretrizes para o futuro e refletir sobre o passado.
Felizmente podemos estar hoje irmanados num trabalho renovador e construtivo ombreando com benfeitores espirituais.
Nossos caminhos cruzaram-se nesta jornada porque um dia tivemos a oportunidade de escolher o caminho do bem, exercitando o livre-arbítrio de maneira um pouco mais amadurecida.
Os mentores espirituais que nos amam gratificam-se por isso, guardando a expectativa de nossa perseverança na trajetória atual, podendo, assim, atenuar incontáveis equívocos do passado.
Todos os seareiros do bem têm a oportunidade de, na presente existência, continuar lutando pela reforma íntima e melhoria incondicional do âmago tão conturbado no pretérito, mas agora engajado no propósito de progresso espiritual e moral.
No sentido amplo todos somos médiuns interagindo com os dois planos da vida, podendo ajudar a terceiros, encarnados e desencarnados, mesmo não tendo alcançado elevados patamares evolutivos.
A vigilância frente à imperfeição que ainda nos permeia o íntimo deve merecer o maior cuidado de nossa parte, objetivando retificação cotidiana, contínua.
O trabalho que realizamos agora serve efetivamente de reparação a débitos de outrora, mas a luta contra as más tendência é que conduz à depuração gradativa do imo da alma.
Trata-se de tarefa dupla: quitar dívidas e progredir espiritualmente, promovendo a regeneração dos sentimentos.
As atividades idealistas que hoje desenvolvemos não representam mero exercício de satisfação pessoal.
Trata-se de ação caritativa que não deve trazer renda alguma ou benefício para o seu detentor, seja material ou mesmo em relação à imagem, não devendo mover ninguém a uma posição de superioridade ante os demais. Em outras palavras: não pode servir de instrumento de vaidade, ambição, poder ou cobiça.
É tempo de evitar o mau exercício da fé. Seareiros do bem precisam exemplificar nesse sentido.
Os benfeitores espirituais ficam felizes de estarem ao nosso lado quando a participação no trabalho é ativa e o esforço na busca da reforma íntima é sincero.
Estudar, divulgar e praticar os ensinamentos de Jesus, hoje compreendidos à luz da Doutrina Espírita, é fundamental, procurando estreitar nossos laços com os benfeitores espirituais que nos orientam, sustentam e amparam na tarefa.
Nossa programação, a nível ideal, está traçada e a realização e amplitude da tarefa requer atenção e zelo, responsabilidade e disciplina.
O êxito do empreendimento que nos envolve está vinculado tanto ao livre-arbítrio quanto ao processo de reforma íntima.
O mau uso do livre-arbítrio pode afastar o seareiro do bem, da sua meta, e a ausência da reforma íntima também.
Não basta, assim, a intenção e a vontade de realizar a tarefa. É preciso determinação para realizá-la de fato.
Estejamos alertas com os passos equivocados na atualidade para não repetirmos erros do passado nem comprometermos os trabalhos do presente e do futuro.
Evitemos problemas que interfiram na consecução dos objetivos precípuos da nossa programação reencarnatória.
Continuemos firmes, motivados, otimistas, na nossa tarefa na Seara do Bem.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

música espírita - Ao encontro de Jesus

Banda Eternamente Luz - SP.


COMO O SOL A BRILHAR Ery Lopes - Clip Espírita

"COMO O SOL A BRILHAR" é uma versão espírita da música "Bridge over troubled water" (Paul Simon & Garfunkel).
Veja mais em www.luzespirita.org.b


Salmo 23 em música espírita

Música - Prece - Espírita

Elis Regina - No Céu da Vibração

Raro vídeo da Elis cantando essa música em 1980, feita por Gilberto Gil em homenagem a Chico Xavier para ela cantar.

Ela chegou a gravar essa música em estúdio, mas essa gravação ao vivo está muito mais bonita. Ela está acompanhada por músicos do show "Saudades do Brasil"
Que saudades desta Pimentinha e do Chico Xavier !!!!


Orai e Vigiai Tema: Orai e Vigiai: Prece do Servidor

CILADA das almas gêmeas- JOANA ABRANCHES

A Doutrina Espírita é clara no que diz respeito às almas gêmeas. Não existem metades que precisam se completar para desfrutar a eterna felicidade. Cada um de nós é uma individualidade que estabelece laços e afinidades com outras individualidades, através dos tempos e das vivencias sucessivas. Se substituirmos o termo “gêmeo” por “afim”, vamos perceber que são muitas as almas afins que encontramos e reencontramos por esse mundão de meu Deus, e que todas elas, cada uma seu modo, têm seu espaço e importância em nossa caminhada. Podemos dizer então que são várias as nossas “almas gêmeas”. Amigos, filhos, irmãos, pais, mães, maridos e esposas, entre outros, formam a imensa fileira das relações de afinidade construídas vidas afora.
Porém, apesar da clareza dos ensinamentos espíritas, ainda vemos muita gente boa, dentro do nosso movimento, cair nessa armadilha emocional, que está mais para conto do vigário que para conto de fadas, e pode gerar graves conseqüências, não só na vida pessoal, como também no núcleo espírita em que trabalham.
Temos presenciado histórias preocupantes. Aqui, são aqueles dois médiuns, ambos casados com outros parceiros, que se descobrem “almas gêmeas”. E aí, tentam se enganar que estão “renunciando”... Mantém-se em seus casamentos, mas tornam-se “irmãos siameses” na Casa Espírita. Sentam-se lado a lado nas reuniões, são vistos juntos em todos os lugares, dão sempre um jeitinho de fazer parte da mesma equipe (isso quando não arranjam uma missão que “a espiritualidade designou somente aos dois”) e se isolam pelos cantos em conversas particulares sem fim. Só tem olhos um para o outro e, em tal enlevo, não se dão conta que à sua volta todos sentem o que está acontecendo, sobretudo seus maridos e esposas, humilhados publicamente no melhor estilo adultério por pensamento e intenção, embora sob a máscara do amor fraternal. Sim, porque o fato de não partirem para o ato sexual não os exime do abandono afetivo e da traição emocional em relação aos cônjuges.
Acolá, é aquela irmã solitária e carente, que se depara com o eloqüente e carismático orador. Que palestra!... Que palestrante!... Que homem! Ele só tem um defeito: É casado!... E logo com aquela senhorinha já envelhecida e meio sem graça... Que desperdício!... E eis que de repente ele também a vê na platéia... Bonitona, elegante, jovial e olhando-o com aquele olhar de admiração apaixonada que há muito ele não percebe na companheira... Afinal, o casamento - como todos após lá seus trinta anos - já entrou na rotina. Oh céus! Ali mesmo cupido dispara a flecha e zás!... Começam as justificativas íntimas: “Como não tinham se descoberto antes?!... Por certo eram almas gêmeas que há muito se procuravam... O casamento foi um equívoco; o reencontro uma programação para que pudessem trabalhar juntos para Jesus.” Resolvem então assumir o romance. A mulher dele, abandonada após anos de companheirismo e convivência, entra em profunda depressão, os filhos se revoltam, a família se desestrutura, os companheiros se retraem, decepcionados e temerosos... “Ora, quem tem suas mulheres e maridos que se cuide, pois se aconteceu com o fulano, que era um exemplo, ninguém está livre”...
Instala-se então o tititi e a desconfiança. Daí para o escândalo é apenas um passo, e para o afastamento constrangido dos próprios envolvidos, sua família e outros tantos trabalhadores desencantados com a situação, é um pulo. Sofrimento, deserção e descredibilidade. Tudo pelo direito ao “felizes para sempre” junto à sua “metade da laranja”... Mas, onde é que está escrito, no Evangelho, que é possível construir felicidade sobre os escombros da felicidade alheia ou edificar relacionamentos duradouros em alicerces de leviandade e egoísmo?
Temos visto estrondosos equívocos desse tipo mexer seriamente com estruturas de famílias e casas espíritas, fazendo ruir instituições e relações que pareciam extremamente sólidas. Temos visto companheiros valorosos das nossas fileiras, que caminhando distraídos de que “muito se pedirá àquele que muito tiver recebido”, de repente resolvem jogar para o alto o patrimônio espiritual de uma vida inteira, em nome do “amor”. E assim, cônjuges dedicados e dignos são descartados como se não tivessem alma nem sentimentos, em detrimento de aventuras justificadas por argumentos inconsistentes, sem nenhum respaldo ético/moral ou espiritual. Isto quando ainda há um mínimo de honestidade e se pede a separação, porque alguns preferem continuar comodamente em seus relacionamentos “provacionais”, porém mantendo, na clandestinidade, um “afair” paralelo com a tal “metade eterna”, sob a desculpa esfarrapada de que a família deve ser poupada, pois “família é sagrado!”.
Logo se faz sentir o efeito dominó. Lá adiante, após vários corações feridos e muitas quedas morais, a convivência faz a alma gêmea virar “alma algemada”. As desilusões chegam, inevitáveis, com todo o peso resultante das atitudes ditadas pelas paixões, mas na maioria das vezes, já é tarde pra retomar, ainda nesta existência, o percurso abandonado.
Reflitamos. Ninguém chega atrasado na vida de ninguém. Se chegou depois é porque não era para ser. E se não era para ser há um bom motivo para isso, visto que as Leis Divinas são indiscutivelmente sábias, justas e providenciais. Não tem para onde fugir: Quando o teste nos procura, ou somos aprovados ou forçosamente teremos que repetir a lição futuramente, e em condições bem mais adversas...
Podemos reencontrar, no grupo de trabalho espírita, grandes amores e paixões do passado que nos reacendem sentimentos e sensações maravilhosas? Sim. Podemos olhar para companheiros de ideal espírita com outros olhos que não sejam os do amor fraternal? Sim. Nada mais natural. Mas sabemos, pelo Apóstolo Paulo, que poder nem sempre significa dever... Portanto, o bom-senso nos diz que investir ou não afe-tivamente nessas pessoas, vai depender de que ambos estejam livres para fazê-lo.
Alguém haverá de argumentar que casamento não é prisão e que aliança não é corrente; que ninguém está preso a ninguém “até que a morte os separe” e que o próprio Cristo admitiu a dissolução do casamento. Porém, o espírita não desconhece que, na maioria dos casos, muito além dos compromissos cartoriais existem profundos compromissos e dívidas emocionais entre aqueles que se escolheram como marido e mulher nesta vida. Compromissos muito sérios para serem dissolvidos porque o corpo requer sensações novas, porque a mulher envelheceu, perdeu o brilho ou porque o marido ficou rabugento... Como se o outro estivesse só quebrando um galho enquanto a “outra metade” não chegava...
Todos almejamos felicidade, e no estágio evolutivo em que nos encontramos, isso ainda tem muito a ver com realização afetiva. Por isso mesmo, não devemos ignorar que só a quitação de antigos débitos emocionais é que nos facultarão essa conquista. Precisamos interiorizar, de uma vez por todas, que os casamentos por afinidade ainda são raros neste momento planetário, e que se ainda não conseguimos amar o parceiro que nos coloca em cheque ou aquele que não corresponde aos nossos anseios, o conhecimento das leis morais exige que ao menos nos conduzamos com um mínimo de retidão e tolerância diante deles. Tal consciência nos exige também, caso nos sintamos atraídos por companheiros já comprometidos, que nos recusemos terminantemente, sob qualquer pretexto, a desempenhar o deprimente e desrespeitoso papel da terceira pessoa numa relação, pois não há conversa fiada de alma gêmea que dê jeito no rombo emocional aberto pela desonestidade afetiva, nem justificativa de carência e solidão que nos permita desviar da rota do dever sem que tenhamos, forçosamente, que colher amargos frutos, porque “se o plantio é livre, a colheita é obrigatória”.
Não se colhe rosas plantando espinhos. Sejamos responsáveis diante daqueles que escolhemos e que nos escolheram para compartilhar a vida. Acautelemo-nos contra as ilusões. Se os nossos anseios são irrealizáveis por agora, respeitemos as limitações impostas pelo momento que passa. Por mais possa doer olhar de longe um dos muitos seres amados, que cruza o nosso caminho nesta vida, mas que já optou por outra pessoa, só a dignidade de nos manter à distância é que vai possibilitar, pelas justas leis da vida, que conquistemos por mérito, lá na frente, em outras circunstancias, a alegria do reencontro e a partilha do afeto junto àquele que nos é tão caro, porque estaremos redimidos dos ônus afetivos do ontem através das atitudes renovadas do hoje.
“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e tudo o mais vos será acrescentado” (Mateus 6.33)
Saibamos buscar... Saibamos esperar... Trabalhemos por merecer... Afinal, temos pela frente a eternidade!

DIVÓRCIO e Espiritismo- WELLINGTON BALBO

Acredito que a separação conjugal é um dos processos mais dolorosos a que estamos sujeitos na Terra. Quando o casal tem filhos então, a dor toma proporções gigantescas.
Sentimento de fracasso, vazio e culpa são algumas das sensações que transitam pelo coração daqueles que se propõem a separar as “escovas de dentes”.
Sofrem todos: filhos e cônjuges, familiares e amigos.
A família é, pois, reestruturada completamente a partir da ausência de um dos cônjuges. Dúvidas que surgem, temores, receios...
Como educar os filhos de agora em diante? Mudará nossa relação? E os amigos em comum, será que ainda teremos contato?
Enfim, é uma nova vida, um recomeço...
Diria que um recomeço mais complicado também sob o aspecto financeiro, porquanto as despesas multiplicam-se em velocidade vertiginosa.
No entanto, prosseguir é preciso.
Por isso mesmo o ideal é o entendimento de marido e esposa, a compreensão, o apoio mútuo.
A união de homem e mulher visa, naturalmente, a evolução daqueles espíritos ligados pelos laços do matrimônio.
Portanto, sou a favor da reconciliação sempre que possível, sou partidário de que a separação deve se dar apenas em casos extremos.
Todavia, pela falta de entendimento dos objetivos da existência humana e, principalmente, a dureza de nossos corações, conforme acentua Jesus, os casos de casamentos que chegam ao nível do insustentável, gerando agressões físicas e verbais ainda existem. Nessas circunstâncias a separação do casal é inevitável.
Melhor a separação do que cultivar as feridas abertas constantemente pela imaturidade humana que transforma o lar em ringue.
Fui casado por dez anos e dessa união tive dois filhos. Separamo-nos e posso afirmar a dificuldade que enfrentei. Todavia, depois dos obstáculos hoje me sinto melhor e em paz.
Reitero que sou a favor do entendimento. Separação só mesmo em casos extremos.
Muita gente, ao saber de minha separação, fez o seguinte alerta:
Você está desertando de seu compromisso!
Apenas lamentei: Uma pena, mas na atual conjuntura a separação foi inevitável. Em realidade já estávamos separados há tempos. Próximos geograficamente, distantes emocionalmente.
Como fez com diversos temas que inquietam as pessoas, Allan Kardec também analisou o divórcio. Em "O Evangelho segundo o Espiritismo", diz o codificador: o divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina.
O bom senso de Kardec é notável. Óbvio: o divórcio apenas legaliza a distância imposta pela falta de entendimento.
Embora não seja o ideal, o divórcio pode, não raro, salvar vidas. Quando o respeito perde seu espaço para as agressões a relação torna-se insustentável, até por uma questão de segurança à integridade física dos cônjuges a separação configura-se como medida prudente.
Amigo leitor, melhor adiar um compromisso do que se comprometer ainda mais perante as leis divinas.
Muita gente afirma que suportará seu companheiro pelo resto da vida para ver-se livre dele em posterior existência. Ledo engano, porquanto suportar o outro não é o que Jesus espera de nós.
O mestre quer que nos amemos uns aos outros, pois apenas o amor liberta. Quem aspira liberdade cultiva o amor.
Se alguma experiência trago em face da separação conjugal é a de que devemos utilizar o tempo de namoro como abençoada oportunidade de conhecer as pessoas que pretendemos nos unir em matrimônio. Quais suas aspirações e objetivos? Temos afinidades além da paixão carnal? Gostamos de conversar, bater papo? Temos sonhos em comum? O ciúme ultrapassa os limites do razoável?
Na época do namoro são diversos questionamentos interiores que podemos fazer para que as chances de sucesso conjugal aumentem, possibilitando-nos, assim, construir uma família alicerçada na harmonia.
Eis a importância de planejar os passos capitais da existência. O casamento é um deles, por isso deve ser planejado com zelo e carinho, calma e prudência. Assim o passar dos anos e o arrefecimento da paixão não serão passaportes para o triste “suportar o cônjuge”, pois amá-lo verdadeiramente é o objetivo principal, na certeza de que conquistamos um amigo para a eternidade.
Contei o fato relacionado à minha vida porque considero importante compartilhar as experiências para que mais pessoas tomem nota e, se possível, beneficiem-se do que já vivemos.
Separar é muito complicado, por isso, amigo leitor, pense bem, analise e reflita com muito cuidado antes de dar o importante passo do casamento em sua vida.

JUSTIÇA divina - JOSÉ REIS CHAVES

Deus dá a cada um segundo suas obras, e não segundo as alheias. Para fugirem da lei divina, bíblica e universal da reencarnação, e que tem muito a ver com a lei de causa e efeito ou cármica, há religiosos meio desorientados com a realidade da reencarnação. E como que querendo tampar o sol com a peneira, tentam, em vão, incutir na cabeça das pessoas simples e ingênuas a ideia absurda e blasfema de que nós pagamos os pecados dos nossos antepassados.
É absurda e blasfema essa ideia, porque se ela é repudiada até pela justiça humana imperfeita, como atribuí-la à justiça perfeita de Deus? Segundo eles, os netos ou bisnetos pagam os pecados dos seus antepassados, porque o sangue dos antepassados corre nas veias dos seus descendentes! Dá para acreditar nisso? Esses religiosos devem achar que o povo é besta! Se fosse assim, teríamos o outro absurdo de todos os netos e bisnetos sofrerem também as conseqüências. Doutrinas desse tipo é que fazem aumentar os ateus oriundos do cristianismo! Sabemos, isso sim, que o resgate do pecado pode não acontecer na mesma vida em que ele foi cometido, ficando, pois, para ser resgatado numa vida futura. E, assim como o sangue do avô ou bisavô corre nas veias de seus netos e bisnetos, o que é uma realidade, também o espírito do avô ou bisavô pode estar presente (reencarnado) num desses seus descendentes, pois é comum um espírito voltar em um corpo de um familiar seu. E, neste caso, como o espírito do descendente é o mesmo do avô, é o próprio avô que paga o seu pecado. Só assim, admitindo-se a reencarnação, se entende sem mistérios o ensino bíblico de que é o próprio autor do pecado quem paga o seu pecado. (Jeremias 31,30). Realmente, nós colhemos o que plantamos. E Jesus até diz que pagamos tudo até o último centavo.
Quando o Espiritismo e a reencarnação começaram a conquistar terreno no Brasil, a partir da segunda metade do século 20, (hoje, cerca de 80% dos católicos de melhor nível cultural creem neles), as passagens bíblicas antigas que trazem ideias espíritas e reencarnacionistas tiveram suas traduções alteradas para ocultarem-nas (as Bíblias Ortodoxa e Anglicana conservam intactas essas partes). Um exemplo: “Visito a iniqüidade dos pais nos filhos “na” terceira e quarta gerações daqueles que me aborrecem”. (Êxodo 20,5). Filhos aqui são os descendentes, pois se trata da terceira e quarta gerações (netos e bisnetos), pois nelas, o avô ou bisavô, geralmente, já desencarnou, podendo, então, o seu espírito reencarnar num seu neto ou bisneto.E para ocultar essa ideia da reencarnação, os tradutores bíblicos trocaram a preposição “em” mais o artigo “a” (na) das traduções antigas pela “até”, nas novas, ficando assim: “até a terceira e quarta gerações”, ridicularizando a justiça divina, já que lhe atribui o absurdo de que os filhos, os netos e os bisnetos vão pagar os pecados dos seus antepassados. A Vulgata de são Jerônimo (5º século) confirma o que dizemos: “in tertiam et in quartam generationem”, (“na” terceira e “na” quarta gerações, e não “até a” terceira e quarta gerações). Mesmo quem não estudou latim sabe que “in” significa “em” e não “até”. (Para saber mais, recomendo meu livro: “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência”, 7a edição, pág. 96, EBM Ed., SP).
Sigamos a Bíblia que nos ensina que a justiça divina dá a cada um segundo suas obras, e não as de outro, pois quem pecou é quem realmente tem de pagar seu pecado, se não nesta vida, em outra, pois, como diz o antigo adágio popular: “aqui se faz, aqui se paga!”

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José Reis Chaves escreve esta coluna, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO. Pode ser lida também no site www.otempo.com.br (clicar colunas). Esta liberada para a publicação. Nas publicações, fico grato pela citação de meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com. Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Para Ângelo Antônio, fazer Chico Xavier foi caminho para espiritualidade

THIAGO STIVALETTI
Colaboração para o UOL, do Recife*
“Eu sou tímido pra falar, né?”. É difícil arrancar qualquer resposta de Ângelo Antônio, o ator que brilha em dois dos maiores sucessos do cinema brasileiro: “Dois Filhos de Francisco” e “Chico Xavier”. Ele mantém um ar distraído, pensa bastante pra falar, usa frases curtas, não gosta muito de divagar sobre seus personagens.

Ângelo é o protagonista de “Não se Pode Viver Sem Amor”, o último filme exibido na competição do Cine PE. No longa, ele vive Pedro, professor que é confrontado com vários acontecimentos importantes e simultâneos em sua vida, como a morte do pai e o encontro inesperado com uma moça e um menino que vêm do interior.

Como em “Chico Xavier”, o filme é permeado de eventos sobrenaturais, mas desta vez não é o personagem de Ângelo que vive essas experiências. “O Jorge Durán é um diretor intuitivo que traz essa dimensão mágica pro cotidiano. Ele deixava a história conduzir o seu trabalho”, diz ele, em entrevista exclusiva ao UOL Cinema.

Mesmo sendo um ator global conhecido há quase 20 anos, Ângelo viu o seu assédio aumentar (e mudar) com “Chico Xavier”, que já soma mais de 2,5 milhões de espectadores e é o terceiro filme mais visto nos cinemas brasileiros neste ano. “É impressionante como o cinema chega às pessoas. Muitos espíritas vêm falar comigo, mas não só eles. Aqui no Recife, até o cara que vende coco veio me cumprimentar e falar do filme. E uma mulher começou a contar todos os sofrimentos da vida dela. Fiquei lá ouvindo um bom tempo e percebi que ela estava falando com o Chico de certa forma”, conta ele, rindo.

Católico de formação, hoje ele não pratica nenhuma religião. “O que me interessa é a espiritualidade. Interpretar o Chico foi uma possibilidade de trilhar esse caminho. Desde os meus tempos de estudante de teatro com o Antunes Filho, também me interessei pelo conceito do zen e os preceitos do budismo”.

Para viver o grande médium mineiro no cinema, ele preferiu não ler nenhum dos mais de 400 livros psicografados por Chico, e sim os livros que ele costumava ler, como “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, além de diários escritos por pessoas que conviveram com ele na cidade natal de Pedro Leopoldo e em Uberaba (MG).

Ângelo conheceu Daniel Filho, diretor de “Chico”, em 1997 na Globo, quando fez uma participação na série “A Justiceira”. “O Daniel me disse uma vez: ‘Você é um ator de cinema’. E nunca me explicou o que queria dizer com isso”.

Recém-saído de “Cama de Gato”, ele ainda não sabe qual será sua próxima novela na Globo. Mas seu futuro no cinema já está garantido com mais três filmes. Ele vive um pajé em “Amazônia Caruana”, de Tizuka Yamazaki; encena depoimentos de casais reais em “Amor?”, de João Jardim; e faz uma participação especial em “À Beira do Caminho”, novo filme do diretor de “Dois Filhos de Francisco”, Breno Silveira.

"Não Se Pode Viver Sem Amor"
A noite de ontem foi marcada por um filme no mínimo estranho que desagradou grande parte dos jornalistas. “Não Se Pode Viver Sem Amor” é o terceiro longa de Jorge Durán, chileno radicado no Brasil que fez há pouco tempo o sensível “É Proibido Proibir”, com Maria Flor e Caio Blat.

No novo filme, um menino sensitivo e sua mãe de criação (Simone Spoladore) saem do interior e chegam ao Rio em busca do pai do menino. Em paralelo, um professor (Ângelo Antônio) vive uma crise no casamento e busca conforto no pai (Rogério Fróes). Numa terceira história, um advogado desempregado que não consegue passar em concursos públicos (Cauã Reymond) resolve assaltar para poder bancar a mulher que ama, uma dançarina (a excelente Fabíola Nascimento, de “Estômago”).

Por obra do acaso e da obstinação do menino sensitivo, cuja força de vontade pode fazer até chover, esses personagens vão se encontrar de forma completamente imprevisível, mas ligados pela necessidade de afeto expressa no título.

Ainda que um pouco quadrado na direção, Durán faz um filme corajoso, que não tem medo de incorporar elementos de sobrenatural para mostrar como as pessoas carentes buscam reconstruir uma família. Será mais que merecido se levar algum prêmio importante na premiação deste domingo à noite.

domingo, 2 de maio de 2010

A força do ESPÍRITO

IMPULSIONADOS PELO FILME CHICO XAVIER, QUE JÁ BATEU RECORDES DE BILHETERIA, CENTROS ESPÍRITAS PERCEBEM A PROCURA DE CURIOSOS EM BUSCA DE MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O ASSUNTO

Talvez seja o tom de mistério que leva doutrinas como o espiritismo a despertar tanto interesse no público, mesmo que o assunto já tenha sido esmiuçado em tantas obras. Mas o fato é que o filme Chico Xavier reacendeu a curiosidade daqueles que nunca pisaram em um centro espírita. O tema estava adormecido pela mídia desde 2002, depois da morte de seu mais ilustre representante brasileiro, mas voltou a fazer parte das rodas de discussões e a aquecer o mercado cinematográfico sobre o assunto.

Em todo o Brasil, o filme inspirado na obra do jornalista Marcel Souto Maior e que estreou no dia em que o médium Francisco Cândido Xavier completaria cem anos, bateu o recorde de bilheteria no primeiro fim de semana de exibição, com 590 mil espectadores. Depois de três semanas em cartaz, mais de duas milhões de pessoas já assistiram ao longa. A arrecadação até agora é de R$ 18,5 milhões. Em Joinville, as duas empresas de cinema estrearam o filme em quatro horários diários e seguem as exibições com quase o mesmo número de sessões. No GNC Cinemas, por exemplo, a média de público foi de três mil na primeira semana, 2,2 mil na segunda e mil na terceira. Para se ter uma comparação, “Os Normais 2”, em todo o período em que ficou em cartaz, levou quase seis mil pessoas, número que o filme do médium já bateu, e ainda vai aumentar.

Sucesso nos cinemas, o filme também pode ter ajudado nas vendas do estande da Federação Espírita Catarinense na Feira do Livro de Joinville, um dos mais visitados nos dez dias do evento. As vendas de obras sobre espiritismo e psicografia disponíveis tiveram um aumento de 80% em relação ao ano passado.

Nunca os sete centros espíritas de Joinville receberam a visita de tantos interessados na doutrina. Até espíritas que estavam afastados retomaram a participação nos encontros, segundo o presidente da Federação Espírita Catarinense, Elonyr Teixeira. “Motivados pelo filme, muitos vêm buscar soluções para os problemas e inquietações, mas o que pregamos é a orientação espiritual. A solução está dentro das pessoas”, explica Teixeira, que acha o número de centros na cidade pouco para atender a grande procura. “O ideal é que tivesse um centro em cada bairro”, reforça.

O fato é que depois de conhecer a vida de Chico Xavier, inevitavelmente as pessoas passaram a se interessar pela doutrina. Mesmo que a versão de Daniel Filho tenha sido baseada em relatos do próprio médium e de pessoas que conviveram com ele, floreadas com algumas estratégias ficcionais, como em qualquer outra produção cinematográfica, Teixeira, que conheceu o médium pessoalmente, afirma que de forma geral o longa foi bem fiel à realidade e traz uma boa imagem para o espiritismo.

Uma das únicas cenas que fogem da vida real foi o velório do padre que dava conselhos a Chico Xavier quando, ainda criança, ele se comunicava com a mãe desencarnada. A situação na verdade não ocorreu, foi apenas uma “licença poética”, lembrada pelo presidente da Sociedade Espírita de Joinville, Alberto Ferreira. Inclusive, o padre Sebastião Scarzello, interpretado no filme, morreu há pouco tempo em Joinville, onde se tornou monsenhor da Igreja Católica.

Ferreira ressalta que não foi apenas o filme a fonte que despertou a curiosidade das pessoas. A novela que recém estreou na Rede Globo, “Escrito nas Estrelas”, também é baseada em uma obra de Chico Xavier, intitulada “E a Vida Continua”.

Seguindo a onda de sucesso de bilheteria, “Nosso Lar”, adaptação do best-seller de Chico Xavier, escrito em 1942, também ganhará adaptação para o cinema. O longa-metragem que trata da história de um médico atuando no mundo espiritual tem estreia prevista para setembro. Outro trabalho que será lançado em breve é o de Luis Eduardo Girão, que no ano passado financiou “Bezerra de Menezes” e, agora, retorna com o longa “As Mães de Chico Xavier”.

Nelson e Ângelo falam sobre espiritismo e atuações em ‘Chico Xavier’

  • Ator diz que o ofício não é o mais importante em sua vida Divulgação

  • Ambos atuam no filme “Chico Xavier”, lançado no início de abril e já recordista de público">
    Ambos atuam no filme “Chico Xavier”, lançado no início de abril e já recordista de público


    EXPRESSÃO GNT

    Neste domingo (25), às 22h, Ângelo Antônio e Nelson Xavierparticipam do “Marília Gabriela Entrevista”. Ambos atuam no filme “Chico Xavier”, lançado no início de abril e já recordista de público: mais de um milhão e 300 mil espectadores assistiram ao longa nos dez primeiros dias de exibição. Ângelo Antônio interpreta o médium na juventude e Nelson Xavier, no período maduro.

    Dirigido por Daniel Filho, o filme foi baseado no livro “As Vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior. A entrevista inicia com Nelson Xavier comentando que interpretar o médium, este mineiro de Uberaba que sempre pautou sua vida no amor ao próximo, mudou definitivamente a sua vida. “Quando recebi o livro há seis anos, com uma linda dedicatória do Marcel, biógrafo de Chico Xavier, fiquei ‘tomado’. Ao longo da minha vida, meus amigos sempre falavam que eu era parecido com ele, e na verdade eu não gostava”, conta Nelson. E continua: “Durante as filmagens, ver os objetos dele me emocionava muito, eu chorava muito. Foi uma emoção forte”.

    Nelson diz que o ofício de ator não é o mais importante em sua vida, surpreendendo Gabi. “Na verdade, eu queria ser diretor, cineasta. A vida me levou para a EAD – Escola de Arte Dramática - e estou aqui”. Marília então questiona o que significa ser ator pra Nelson. Ele faz uma pausa para refletir e responde: “Sem querer ser nostálgico, ser ator na minha época era querer salvar o mundo. Aquele cara que procurava a verdade”, define.

    Nelson Xavier revela que tem como hobby escrever poesias. “É um bom contraponto ao trabalho visceral do ator”, diz. Ao ser perguntado sobre sua visão deste momento do cinema nacional, Nelson compara: “Lá se vão quase 50 anos do Cinema Novo. Acho que Paulínia [o Festival de Cinema] é a prova de que o cinema nacional está se estruturando. Agora a gente tem equipes profissionais por trás das câmeras, gente formada em cinema”, argumenta Nelson.

    Logo no início de sua entrevista, Ângelo conta sobre suas primeiras vivências envolvendo o espiritismo: “Quando eu era pequeno tinha medo dessas coisas de espírito. Me dava arrepios, um medo de criança. Quando comecei a tomar contato com a história do Chico, percebi que ia recuperar aquelas sensações deixadas lá na infância”. Gabi pergunta se algo sobrenatural aconteceu durante as filmagens do filme. O ator narra um acontecimento marcante: “Já estava filmando em Uberaba e fui passear numa cachoeira que me disseram ser muito bonita. Chegando lá, sentei numa pedra e comecei a ter uma sensação estranha. Era a presença de uma menina que estava bem ao meu lado. A sensação foi ficando mais forte! Logo depois uma senhora veio perto de mim e eu perguntei: ‘estou com um pressentimento que existe uma criança aqui’. E ela me falou: ‘Há algum tempo, uma garota se matou aqui neste mesmo lugar! Fiquei tão impressionado que à noite não conseguia dormir, fiquei muito assustado. Tive que dormir com a luz acesa”.

    Ângelo Antônio coleciona histórias impressionantes, depois de sua vivência em “Chico Xavier”. Certo dia, em Curvelo, sua cidade natal, com sua mãe, viveu uma experiência única: “Peguei um pedaço de papel e comecei a escrever, deixei o fluxo da minha mente fluir... Fui escrevendo coisas. Neste momento chega em casa uma tia e pergunta se nós conhecíamos algum remédio para os males do intestino. Quando olhamos no papel que eu havia acabado de escrever, tinha uma receita com sementes de mamão que é uma velha receita mineira para o intestino”. Gabi pergunta se ele acha que a receita foi psicografada e ele responde: “Chamo isso de sincronicidade”, responde emocionado o ator.

    Frase de Nelson Xavier: “Procure sempre mostrar para todos a alegria, porque é a única coisa que você pode dar de graça”.

    Frase de Ângelo Antônio: “Não importa de que maneira você veja a face da verdade, contanto que a veja”

Televisão

Após acidente na Globo, Carlos Vereza se converteu ao espiritismo
Após acidente na Globo, Carlos Vereza se converteu ao espiritismo

Carlos Vereza, que está na novela das seis "Escrito nas Estrelas" (Uol Televisão)

O ator Carlos Vereza, 69, recebeu apenas cachê simbólico para interpretar o protagonista do filme "Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito". Espírita desde 1990, ele também está feliz com o papel do espírito de luz Athael na novela das seis da Globo, "Escrito nas Estrelas". Em entrevista à Folha, o ator contou ter se convertido ao espiritismo após sofrer um acidente de trabalho na Globo.

"Eu não tinha nenhuma religião. Sempre acreditei em Deus, mas esse mundo era distante. Você chega ao espiritismo pelo amor, pela dor ou razão. Eu sofri um acidente de trabalho na Globo, um tiro, um efeito especial mal feito. Colocam pólvora no local e acionam por um controle remoto. Era um seriado medíocre chamado 'Delegacia de Mulheres'", lembrou.

Vereza conta que seu ouvido interno foi atingido. "Fiquei com labirintite e tive que parar de trabalhar, o que me levou à depressão. Os médicos diziam que não tinha como resolver. Fui internado em várias clínicas. Procurei o centro Frei Luiz, indicado por uma tia católica que me disse que um primo havia sido curado lá de leucemia. Em sete meses, eles me curaram", disse.

Depois disso, Vereza se tornou médium e é voluntário no centro até hoje. Ele acredita que o sucesso do filme "Bezerra de Menezes", visto por mais de meio milhão de pessoas, abriu uma "corrente de obras espiritualistas". "Se está tendo sucesso, e isso é lei de mercado, é porque as pessoas estão precisando. Os produtores fazem pesquisas e começam a perceber que o público precisa de um pouco de paz, de uma respiração".

Sobre a novela, cujo protagonista morre no primeiro capítulo e segue como espírito na trama, Vereza disse que, até onde leu o roteiro, "está absolutamente fiel à doutrina espírita".



Fonte: UOL Televisão

A BIBLIA E O ESPIRITISMO PARTE 3

A BIBLIA E O ESPIRITISMO PARTE 2

A BIBLIA E O ESPIRITISMO PARTE 1

ESPIRITISMO - TV MUNDO MAIOR - A ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

Vídeo disponível no site da TV Mundo Maior, uma emissora da Fundação Espírita André Luiz, sobre a controvertida e mitológica Ordem dos Cavaleiros Templários.

Tudo Passará (Mensagem) Chico Chavier

Divaldo Franco - Amalia Domingo Soler

Psicofonia recibida en la III Reunion del CEI Sudamerica en la Ciudad de LIMA PERU - 12 de octubre 2008

Livro de Humberto de Campos É Resenhado

Leandro Couto


O livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho foi publicado pela editora da Federação Espírita Brasileira em 1938, sendo de autoria do espírito Humberto de Campos e tendo sido psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. Em sua formalidade, a obra possui:
• um prefácio escrito por Emmanuel, que foi o espírito que acompanhou o médium em vida;
• um texto inicial de Humberto de Campos, intitulado “Esclarecendo”;
• 30 capítulos que percorrem o período a história do Brasil entre o último quartel do séc. XIV d. C. (1.37...) e a última década do séc. XIX d. C. (1.89...), na qual se consolida a maturidade da nação brasileira.

Uma possível classificação das obras psicografadas por Chico Xavier , enquadra o livro de Humberto de Campos na classe “Prosa Histórico-Geográfica” junto à obra A Caminho da Luz e aos romances que retratam o cristianismo primitivo, todos livros autoria espiritual de Emmanuel. Ao ler Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, surge-nos a oportunidade de aprofundar a compreensão sobre o livro através de vários caminhos. E um deles, ao qual me arrisco, é o literário.

Nosso livro possui uma estrutura textual narrativa, pois foca ações que ocorrem num dado tempo, praticadas por personagens em um determinado espaço e apresentadas pelo narrador, que lhes interpreta assumindo um ponto de vista sobre os fatos. Há, assim, o reconhecimento da subjetividade do autor impressa na obra. Na análise de fatos da história do Brasil, Humberto de Campos tem por objetivo demonstrar:
• a missão evangelizadora da nação brasileira, identificando no Brasil a condição de “coração espiritual da Terra”, evidenciada pela espontânea e enorme acolhida que a Doutrina Espírita teve em nosso país;
• o acompanhamento feito por Jesus do processo evolutivo brasileiro, baseando-se em dados colhidos no Plano Espiritual para tecer comentários sobre a escravidão, os movimentos nativistas, a Inconfidência Mineira, a Guerra do Paraguai, o Espiritismo e o Movimento Espírita no Brasil.

Corresponde ao gênero literário Épico, menos subjetivo que o Lírico, sendo do tipo Romance: uma narrativa de maior extensão na qual são apresentados vários episódios que formam a história de um ou vários personagens centrais (protagonistas), podendo explorar profundamente aspectos físicos, sociais ou psicológicos das personagens. O romance Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho tem o povo brasileiro como protagonista e lhe explora os aspectos espirituais.

Diferencia-se dos demais romances de prosa histórico-geográfica por possuir uma entidade coletiva como protagonista ao invés de indivíduos. Conforme Humberto de Campos, na formação da alma coletiva do povo brasileiro, os índios representavam os simples de coração, os brancos europeus chegavam sedentos da justiça divina, e, mais tarde, com os negros, veio a expressão dos humildes e dos aflitos.

Em uma visão geral da história do Brasil, por um prisma eurocêntrico, temos a Pré-história brasileira (de 58.000 a. C. até 1.500 d. C.), a Colônia (de 1.500 até 1.822), o Império (de 1.822 até 1.889) e a República (de 1.889 até a atualidade). Todavia, o intervalo histórico contemplado pelo livro de Humberto de Campos começa no final da pré-história brasileira e termina com proclamação da república, evento que atesta a maturidade coletiva do povo brasileiro.

Aproveitando o ensejo da metáfora, na adolescência, sob a tutela de Dom Pedro II, com equívocos e acertos, o povo brasileiro desenvolveu o senso de liberdade e aprimorou a sua fraternidade, somando-os à mansidão. Retrocedendo mais um pouco, o período colonial brasileiro corresponderia à infância do Brasil, ainda bastante preso à saia de sua mãe, Portugal. O século XIV d. C., no qual Portugal tem seu apogeu histórico com as grandes navegações e o encontro de novas terras além mar, seria como o período de gestação do Brasil. Nas palavras de Fernando Pessoa, “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”

A diferença com o livro A Caminho da Luz é mais profunda por ser este em estrutura textual dissertativa, consistindo em um esforço de síntese em contribuição “à tese religiosa, elucidando a influência sagrada da fé e o ascendente espiritual, no curso de todas as civilizações terrestres” .

Para Emmanuel, no prefácio de Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, “se outros povos atestaram o progresso pelas expressões materializadas e transitórias, o Brasil terá a sua expressão imortal na vida do espírito, representando a fonte de um pensamento novo, sem as ideologias de separatividade e inundando todos os campos das atividades humanas com uma nova luz.”

As contribuições do povo brasileiro serão (já são) expressões espirituais em favor do mundo.

Novela da Tv Globo

"Sempre acreditei que há vida após a morte", diz autora de novela da Globo


LAURA MATTOS
FERNANDA MENA

Católica, a autora da novela das seis da Globo, "Escrito nas Estrelas", Elisabeth Jhin teve assessoria de espíritas para escrever sua trama, que atingiu 25 pontos de média nas duas primeiras semanas (1,5 milhão de domicílios na Grande SP).
O cineasta Wagner de Assis, que está dirigindo o filme "Nosso Lar", baseado em livro de Chico Xavier, foi um dos que a auxiliaram, conta Jhin, em entrevista à Folha
. Ela também leu livros do psiquiatra Brian Weiss, que estuda reencarnação.


Folha - O que achou do resultado de audiência da novela até agora?
Elisabeth Jhin - Estou muito feliz com a repercussão. Escrever novela é um trabalho árduo. Saber que o público está gostando é uma alegria. O entusiasmo de toda a equipe é grande, e isso é essencial para um bom resultado no ar.
Folha - O tema espiritual colabora para o sucesso?
Jhin - Sim, se considerarmos que estamos refletindo sobre inquietações pelas quais todos passamos. Minha intenção é enfocar a espiritualidade no seu sentido amplo, aquela busca pelo sagrado que existe dentro do homem desde que ele se pôs de pé e conseguiu olhar para o alto.
Folha - Por que novelas espíritas costumam fazer sucesso?
Jhin - O estudo da espiritualidade reflete sobre questões pertinentes a todos. Imagino que a identificação do público pelo tema tenha a ver com isso, independentemente de religião. Mas não acho só o tema determinante para o sucesso da empreitada, que envolve o talento de muita gente.
Folha - A autora Andrea Maltarolli [morta em 2009] estava fazendo a sinopse de uma novela sobre fantasmas para este ano. É coincidência que você tenha optado pelo espiritismo ou a Globo tinha planos de abordar o tema agora?
Jhin - A ideia desta novela surgiu a partir de um artigo sobre reprodução humana e os aspectos éticos ligados à ciência genética. Pensei em como seria uma mulher gerar um filho com o sêmen de um homem morto e comecei a me perguntar sobre as implicações de um ato desses na esfera espiritual. Quando criei a novela, não pensei no centenário do Chico Xavier, foi coincidência.
Folha - Como católica, como fez para conceber a história?
Jhin - Sou católica de formação, estudei em colégio de freiras, mas não pratico nenhuma religião. A busca da espiritualidade sempre foi uma constante em minha vida. Sempre acreditei que existe vida após a morte, ela continua de outra forma e em diferentes dimensões. Para a novela tive vários encontros com Luiz Queiroz e Wagner de Assis, que me ajudaram a entender a espiritualidade. Também li muito, principalmente livros de Brian Weiss [psiquiatra norte-americano que pesquisa reencarnação e terapia de vidas passadas].
Folha - Como é criar um mundo desconhecido?
Jhin - Em uma obra de ficção, a imaginação é fundamental, seja para criar um mundo desconhecido ou mesmo conhecido. Também buscamos estudar e entender sobre aquilo que vamos escrever. É uma pitada de cada coisa.