domingo, 2 de maio de 2010

Nelson e Ângelo falam sobre espiritismo e atuações em ‘Chico Xavier’

  • Ator diz que o ofício não é o mais importante em sua vida Divulgação

  • Ambos atuam no filme “Chico Xavier”, lançado no início de abril e já recordista de público">
    Ambos atuam no filme “Chico Xavier”, lançado no início de abril e já recordista de público


    EXPRESSÃO GNT

    Neste domingo (25), às 22h, Ângelo Antônio e Nelson Xavierparticipam do “Marília Gabriela Entrevista”. Ambos atuam no filme “Chico Xavier”, lançado no início de abril e já recordista de público: mais de um milhão e 300 mil espectadores assistiram ao longa nos dez primeiros dias de exibição. Ângelo Antônio interpreta o médium na juventude e Nelson Xavier, no período maduro.

    Dirigido por Daniel Filho, o filme foi baseado no livro “As Vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior. A entrevista inicia com Nelson Xavier comentando que interpretar o médium, este mineiro de Uberaba que sempre pautou sua vida no amor ao próximo, mudou definitivamente a sua vida. “Quando recebi o livro há seis anos, com uma linda dedicatória do Marcel, biógrafo de Chico Xavier, fiquei ‘tomado’. Ao longo da minha vida, meus amigos sempre falavam que eu era parecido com ele, e na verdade eu não gostava”, conta Nelson. E continua: “Durante as filmagens, ver os objetos dele me emocionava muito, eu chorava muito. Foi uma emoção forte”.

    Nelson diz que o ofício de ator não é o mais importante em sua vida, surpreendendo Gabi. “Na verdade, eu queria ser diretor, cineasta. A vida me levou para a EAD – Escola de Arte Dramática - e estou aqui”. Marília então questiona o que significa ser ator pra Nelson. Ele faz uma pausa para refletir e responde: “Sem querer ser nostálgico, ser ator na minha época era querer salvar o mundo. Aquele cara que procurava a verdade”, define.

    Nelson Xavier revela que tem como hobby escrever poesias. “É um bom contraponto ao trabalho visceral do ator”, diz. Ao ser perguntado sobre sua visão deste momento do cinema nacional, Nelson compara: “Lá se vão quase 50 anos do Cinema Novo. Acho que Paulínia [o Festival de Cinema] é a prova de que o cinema nacional está se estruturando. Agora a gente tem equipes profissionais por trás das câmeras, gente formada em cinema”, argumenta Nelson.

    Logo no início de sua entrevista, Ângelo conta sobre suas primeiras vivências envolvendo o espiritismo: “Quando eu era pequeno tinha medo dessas coisas de espírito. Me dava arrepios, um medo de criança. Quando comecei a tomar contato com a história do Chico, percebi que ia recuperar aquelas sensações deixadas lá na infância”. Gabi pergunta se algo sobrenatural aconteceu durante as filmagens do filme. O ator narra um acontecimento marcante: “Já estava filmando em Uberaba e fui passear numa cachoeira que me disseram ser muito bonita. Chegando lá, sentei numa pedra e comecei a ter uma sensação estranha. Era a presença de uma menina que estava bem ao meu lado. A sensação foi ficando mais forte! Logo depois uma senhora veio perto de mim e eu perguntei: ‘estou com um pressentimento que existe uma criança aqui’. E ela me falou: ‘Há algum tempo, uma garota se matou aqui neste mesmo lugar! Fiquei tão impressionado que à noite não conseguia dormir, fiquei muito assustado. Tive que dormir com a luz acesa”.

    Ângelo Antônio coleciona histórias impressionantes, depois de sua vivência em “Chico Xavier”. Certo dia, em Curvelo, sua cidade natal, com sua mãe, viveu uma experiência única: “Peguei um pedaço de papel e comecei a escrever, deixei o fluxo da minha mente fluir... Fui escrevendo coisas. Neste momento chega em casa uma tia e pergunta se nós conhecíamos algum remédio para os males do intestino. Quando olhamos no papel que eu havia acabado de escrever, tinha uma receita com sementes de mamão que é uma velha receita mineira para o intestino”. Gabi pergunta se ele acha que a receita foi psicografada e ele responde: “Chamo isso de sincronicidade”, responde emocionado o ator.

    Frase de Nelson Xavier: “Procure sempre mostrar para todos a alegria, porque é a única coisa que você pode dar de graça”.

    Frase de Ângelo Antônio: “Não importa de que maneira você veja a face da verdade, contanto que a veja”

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