terça-feira, 19 de outubro de 2010

Revista VEJA debocha e desinforma sobre filme "Nosso Lar"

O escritor espírita Richard Simonetti, em seu blog (http://www.richardsimonetti.com.br/artigos/exibir/136) publicou carta aberta à revista Veja sobre os ataques desta ao filme espírita Nosso Lar. Confiram a resposta dele aqui na íntegra:

Carta enviada a revista VEJA – 01 09 2010


Senhor redator.


Como espírita, assinante dessa revista há muitos anos, lamento o tom de deboche que caracterizou sua reportagem sobre o filme Nosso Lar, o que, diga-se de passagem, também está presente em matérias sobre outras religiões. Nesse aspecto, VEJA é uma revista coerentemente debochada. Não respeita a crença de nenhum leitor.


Pior são os erros de apreciação sobre a Doutrina Espírita, revelando ignorância do repórter, uma falha perigosa, porquanto coloca em dúvida outras matérias e informações. Como saber se os responsáveis estavam preparados para escrevê-las, evitando fantasias e especulações?


Para sua apreciação, senhor redator, algumas “escorregadelas” do repórter:


a) Grafa entre aspas o verbo desencarnar. Só teria sentido se ainda não houvesse sido dicionarizado. Por outro lado, noventa por cento dos brasileiros são espiritualistas, isto é, acreditam na existência e sobrevivência do Espírito. Este ser imortal desencarna, jamais morre. A minoria materialista, que acredita que tudo termina no túmulo, certamente terá surpresas quando “morrer”.


b) Fala em cordilheira de ectoplasma onde se situaria Nosso Lar. De onde tirou isso? Ectoplasma é um fluido exteriorizado pelos médiuns para trabalhos de materialização. Os físicos, esses visionários cujas “fantasias” acabam confirmadas pela Ciência, falam hoje que há universos paralelos, que se interpenetram, semelhantes ao nosso. A partir daí não é difícil imaginar o mundo espiritual descrito por André Luiz como parte de um universo paralelo com seres e coisas semelhantes à Terra, feitos de matéria num outro estado de vibração, não um mundo “ectoplasmático”, mas de quinta-essência material. Nada de se admirar, portanto, que em cidades desse mundo existam pessoas com “uma rotina parecida com a dos vivos: comem, bebem, trabalham e moram em casas modestas ou melhorzinhas”. Espirituoso esse “melhorzinhas”. Imagina o repórter que o Espírito é uma fumaça sem forma, sem consistência, habitando um nada?


c) Situa o aeróbus, um transporte coletivo que voa, como algo improvável. Menos mal que não tenha escrito impossível. De qualquer forma, ignora, certamente, que pesquisadores estão aperfeiçoando veículos dessa natureza, em alguns países, como solução para os problemas de trânsito e que no universo paralelo, o mundo espiritual, de matéria quinta-essenciada, é muito mais fácil resolver problemas relacionados com a gravidade. Ou, imagina que tudo flutua por lá?


d) Diz jocosamente que “o visual da colônia dos espíritos de luz comprova: o brasileiro pode até se livrar do inferno, mas não escapa nem morto da arquitetura de Oscar Niemeyer. A cidade fantasmática de Nosso Lar é a cara de Brasília…” Não se deu ao trabalho de comparar datas e não percebeu que, mais apropriadamente, Brasília copiou Nosso Lar, visto que a cidade espiritual foi descrita por André Luiz em 1943, enquanto a construção de Brasília foi planejada e ocorreu no governo de Juscelino Kubistchek, de1956 a 1961, inaugurada em 1960.


Quanto ao mais, seria recomendável aos repórteres de VEJA o benefício de um estudo acurado e sem prejulgamento do livro que deu origem ao filme, psicografado por esse atestado vivo de integridade e amor à verdade, que foi o médium Chico Xavier, para compreenderem qual é o objetivo dessa magistral obra, como resume o Espírito Emmanuel, no prefácio:


André Luiz vem contar a você, leitor amigo, que a maior surpresa da morte carnal é a de nos colocar face a face com a própria consciência, onde edificamos o céu, estacionamos no purgatório ou nos precipitamos no abismo infernal; vem lembrar que a Terra é oficina sagrada, e que ninguém a menosprezará, sem conhecer o preço do terrível engano a que submeteu o próprio coração."



Comentário do Entendendo a Doutrina Espírita: Não é de hoje que certas publicações da mídia desprezam, atacam e debocham da Doutrina Espírita. "O Cruzeiro", revista dos anos 60 e 70, moveu uma campanha difamatória contra Chico Xavier - e o Espiritismo, por extensão -, chegando ao cúmulo de publicar uma série de fotos do Chico em poses humilhantes, por meio de seu infame jornalista David Nasser. O final, todos sabem: "O Cruzeiro" faliu e não deixou saudades. A Veja já há muito tempo enveredou por um caminho sem volta, praticando um jornalismo tendencioso e irresponsável, envergonhando o jornalismo e os verdadeiros jornalistas. Inclusive atacando outras religiões, como bem disse o Simonetti. Mas ao atacar a Doutrina, mexe em vespeiro. Há a Lei da Ação e Reação. Esperemos, para ver qual será o futuro da revista. E fica aqui o alerta a todos os espíritas.

Programa Transição, 12 jul. - Ciência e Espiritualidade - Parte 3

Programa Transição, 12 jul. - Ciência e Espiritualidade - Parte 2

Programa Transição, 12 jul. - Ciência e Espiritualidade - Parte 1

Limpeza da Aura

Glandula Pineal parte 7/7

Glandula Pineal parte 6/7

Glandula Pineal parte 5/7

Glandula Pineal parte 4/7

Glandula Pineal parte 3/7

Glandula Pineal parte 2/7

Glandula Pineal parte 1/7

Medicina reconhece Obsessão espiritual

Drº Sergio Felipe de Oliveira com a palavra:
Medicina reconhece obsessão espiritual


Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remedio de faixa preta
pelo resto da vida... Até que enfim as mentes materialistas estão se
abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para
os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também... Só não
esqueçam de apertar o cinto de segurança, para ambas as viagens!!!

Não deixem de ver a palestra do Dr. Sérgio Felipe. São 7 vídeos do youtube.

Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.
Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr.Sérgio
Felipe de Oliveira, médico que coordena a cadeira de Medicina
e Espiritualidade na USP:
A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela
Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na
qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios
da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana,
puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração
a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os
leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das
definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a
OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico
e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o
sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana,
não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado
de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e
espiritual. Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser
conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do
CID -O Código Internacional de Doenças- que permite o diagnóstico da
interferência espiritual Obsessora.
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda
transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente,
fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por
incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados
por doença. Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante
os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença. Neste
aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais
psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo
psicótico ou o que popularmente se chama de loucura - bem como na
interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual. Portanto, a
Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos
psicóticos que seriam anormais ou doentios. O manual de estatística de
desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta
que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada
como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou
ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar
uma alucinação ou loucura...
Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico,
que coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.


Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma
médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no
mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos
rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como
psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.
Em minha prática clínica ( também praticada por Ian Stevenson), a grande
maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por
ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na
verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio
mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do
momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser
estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade
de vida do enfermo.

Texto de Osvaldo Shimoda Palestra Completa Glândula Pineal -
Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

Brasil, coração do mundo, Pátria do Evangelho

De Humberto de Campos Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Cap- I
Na idade medieval, período que vai de 476 a 1453 confundiram-se as lições do Evangelho, ensangüentando-se todas as bandeiras do mundo Cristão. Nessa época , o Senhor Jesus, fez uma de suas visitas periódicas à Terra. Transpôs o Cordeiro de Deus as imensas distâncias, clarificando os caminhos cheios de trevas, de lama da impenitência e do orgulho das criaturas humanas e repletos dos espinhos da ingratidão e do egoísmo.
"-Helil- disse a voz suave e meiga do Mestre a um de seus mensageiros, encarregado dos problemas sociológicos da Terra.
Meu coração se enche de profunda amargura, vendo a incompreensão dos homens, no que se refere as lições do meu Evangelho.
Por toda a parte é a luta fratricida, como polvo de infinitos tentáculos, a destruir todas as esperanças. Infelizmente, não vejo senão o caminho do sofrimento para modificar tão desoladora situação.
Helil- visitemos os continentes onde espíritos jovens e simples, aguardam a semente de uma vida nova. "índios Nestas Terras para além dos oceanos, poderemos instalar o pensamento Cristão dentro das doutrinas do amor e da liberdade"
E a caravana fulgurante, deixando um rastro de luz, encaminhou-se ao Continente Americano.
Na América do Norte o Senhor abençoou aquelas matas virgens e misteriosas, enquanto as aves lhe homenageavam a inefável presença, com seus cantares maviosos e as flores se inclinavam nas árvores, aromatizando-lhe as sendas...
O perfume do mar, do ar , tão fragrante e serenos. O mar abundava de ostras, caranguejos lagostas e bacalhau. Nas matas, viviam perus gordos e de peso incrível.
Codornizes, gansos, faisões esquilos e alces. Frutas ,nozes e bagas silvestres, cresciam por toda a parte. "Nunca o céu e a Terra se combinaram em parte alguma, numa harmonia mais perfeita, para proporcionar ao homem um lugar para a sua habitação"---Johm Smth.--Fundador da Colônia de Virginia 1607.
Cheio de esperança, emociona-se o coração do Mestre.
"Helil- pergunta ele - onde fica nestas terras novas, o recanto planetário do qual se enxerga, ao infinito o símbolo. da redenção humana eu é o Cruzeiro do Sul".
"Esse lugar de doces encantos, Mestre, de onde se vêem, no mundo, as homenagens dos céus aos vossos martírios na Terra, fica mais para o Sul".
E, quando no meio da paisagem, contemplaram as almas santificadas dos orbes felizes, na presença do Cordeiro,as maravilhas daquelas terras novas, que seriam mais tarde o Brasil, desenhou-se no firmamento, formado de estrelas rutilantes, no jardim das constelações de Deus, o mais imponente de todos os símbolos, O Cruzeiro do Sul.
Para esta Terra maravilhosa e bem-dita, será transplantada a arvore do meu Evangelho de piedade e de amor. No seu solo dadivoso e fértil todos os povos da terra, aprenderão a lei da fraternidade Universal.
Tu Helil, te corporificaras na Terra, no seio do povo mais pobre e trabalhador do Ocidente.
Instituirás um roteiro de coragem para que sejam transpostas as imensidades desses oceanos perigosos e solitários que separam o velho do novo mundo. Instalaremos aqui, uma tenda de trabalho, para a nação mais humilde da Europa.
Aproveitemos o elemento simples de bondade e coração fraternal ( Índios) Mais tarde ordenarei a reencarnação de muitos espíritos já purificados no sentimento da humildade e da mansidão, entre as raças oprimidas e sofredoras das regiões Africanas, para formar-mos o pedestal de solidariedade do povo fraterno que aqui florescerá no futuro. Daí a alguns anos, o seu mensageiro se estabeleceria na Terra em 1394, como filho de D. João I e de D. Felipa de Lancastre, e foi o heróico Infânte de Sagres, que operou a renovação das energias portuguesas, para além dos mares.
O elemento indígena, juntamente com as almas bem- aventuradas pela renuncia se corporificaram nas costas da África junto a outros espíritos em provas (degredados) formaram a falange abnegada que veio escrever na Terra de Santa Cruz com seus sofrimentos um dos mais belos poemas em favor da humanidade.
E hoje o Brasil com seu contorno em forma de um coração, abriga e confraterniza a todos os povos da Terra. 8 milhões e meio de km2 e 8000 km de costa.

Cap. II - "A pátria do Evangelho"
D. Henrrique de Sagres, desencarnou em 1460.Estava realizado o seu grande destino. O heróico navegador, realizara no mundo inteiro, um sentimento de amor ao desconhecido.
Nota- O infante, deixava transparecer, a certeza da existência das Terras Maravilhosas, cuja beleza haviam contemplado os seus olhos espirituais no passado longínquo. A prova é que os mapas mencionavam uma região fronteira à África. Para os navegadores portugueses, portanto a existência da grande ilha Austral, já não era assunto ignorado.
Novamente no além, o antigo mensageiro do Mestre não descansou, chamando a colaborar com ele, numerosas falanges devotadas a causa do Evangelho. Elevava-se ao poder D. João II, cujo reinado se caracterizou pela previdência e pela energia realizadora.
O Príncipe Perfeito, como foi chamado, torna-se instrumento dócil do mensageiro abnegado.
A mesma sede de além mar, lhe devora o pensamento.
Expedições diversas se organizam. Mas o espírito em todos os planos e circunstâncias da vida, tem de sustentar as mais árduas lutas pela sua purificação suprema.
Entidades atrasadas, se unem contra as realizações do príncipe ilustre surgindo complicações entre a sua direção justiceira e a nobreza da época. D. João II morre envenenado em Alvor no ano de 1495.
Todavia os planos da Escola de Sagres estavam consolidados.

D. Manuel o Venturoso
Com a ascensão de D. Manoel I ao poder, continuou a laboriosa preparação.
Em 1498, Vasco da Gama, descobre o caminho marítimo das Índias Todos os navegadores, saem de Lisboa com instruções secretas quanto a Terra desconhecida, que se localizava defronte a África.
No dia 7 de março de 1500, foi preparada a grande expedição de Cabral ao novo roteiro das Índias. No oceano largo, o capitão- mor considera a possibilidade de levar a sua bandeira à Terra desconhecida do hemisfério do Sul.
Henrique de Sagres aproveita esta maravilhosa possibilidade de todos os ascendentes mediúnicos.
Então as noites de Cabral, são povoadas de sonhos sobrenaturais e insensivelmente, as caravelas inquietas cedem ao impulso de uma orientação imperceptíve.
l Os caminhos das Índias são abandonados, mas a assistência do mensageiro espiritual invisível ( H de Sagres) que de fato era ali o divino expedicionário, derrama um clamor de esperança em todos os ânimos.
As primeiras mensagens da Terra próxima revelam-se nas ondas, qual colcha caprichosa flores e folhas.
Avistam-se os píncaros do Cruzeiro e em breves horas, Cabral e sua gente se reconfortam na praia extensa e acolhedora.
Os naturais os recebem como a irmãos muito amados.
Reza a carta de Caminha (crônica ) que Diogo Dias, dançou com eles nas areia de Porto Seguro, celebrando o primeiro banquete de fraternidade na Terra de Vera Cruz No céu celebra-se o acontecimento com grande júbilo.
Assembléias Espirituais, sob as vistas amorosas do Senhor, abençoam as praias extensas e claras e as florestas serradas e bravias. Henrrique Sagres, mensageiro do Mestre, rejubila-se com as bênçãos recebidas, mas confia ao Senhor os seus receios. --"Mestre"--diz ele--graças ao vosso coração misericordioso, a Terra do Evangelho, florescera para o Mundo inteiro.
Dai-nos a vossa benção para que possamos velar pela sua tranqüilidade, no seio da pirataria de todos os séculos.
Temo Senhor que as nações ambiciosas, matem as nossa esperanças, destruindo os seus tesouros. Jesus, porem confiante na proteção de Deus diz:--Helil, afasta essas preocupações e receios inúteis.
A região do Cruzeiro, estará antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração.
As questões políticas terão nela atividades secundárias, porque acima de todas as coisas, e em seu solo santificado, estará o sinal da fraternidade universal.
As potências imperialistas esbarrarão sempre nas suas claridades Divinas.
Antes de estar ao dos homens, é ao meu coração que ela se encontra ligada para sempre. E foi assim que o minúsculo Portugal, através de três longos séculos, embora preocupado com as fabulosas riquezas das Índias, pode conservar contra flamengos e ingleses, franceses espanhóis a unidade territorial de uma pátria com 8 milhões e meio de quilômetros quadrados e com 8 mil quilômetros de costa marítima.
Nunca houve exemplo como esse em toda estória do mundo. As possessões espanholas se fragmentaram, formando cerca de vinte republicas diversas.
Os Estados Unidos da América do Norte, devem sua posição territorial ás anexações e a lutas de conquistas. A Luisiana, o Novo México o Alasca a Califórnia, o Oregon, o Texas ... Surgiram depois da emancipação das colônias Inglesas.
Só o Brasil, conseguiu manter-se uno e indivisível na América. Entre os embates políticos de todos os tempos. È que a mão do Senhor se alça sobre a sua longa extenção. O coração geográfico do orbe, não se podia fracionar.

Cap-III "Os Degredados"
Todos os espíritos edificados nas lições sublimes do Senhor se reuniram, logo após o descobrimento da Terra nova, celebrando o acontecimento nos espaços infinitos. Uma alegria do paraíso, reinava em todas as almas.
A figura do Cordeiro se fez presente e dirigindo-se a um dos seus elevados mensageiros, disse com doçura:--Ismael manda o meu coração que doravante, sejas o zelador dos patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro.
Recebe-a nos teus braços de trabalhador devotado da minha seara como a recebi no meu coração, obedecendo a sagrada inspiração de Nosso Pai...
Reúne as falanges do infinito,que cooperam nos ideais sacrossantos de minha doutrina, e inicia desde já a construção da pátria do meu ensinamento.Para ai transplantei a arvore de minha misericórdia e espero que a cultives com a tua abnegação e com o teu sublimado heroísmo. Ela será a doce paisagem dilatada do Tiberiades.
E o lema imortal: Deus, Cristo e Caridade, fica escrito em todos os corações. Nessa hora a frota de Cabral foge das águas verdes da baia de Porto Seguro.
Entretanto na praia, choram os dois degredados dos vinte parias sociais que o rei D. Manuel I destinara ao exílio Os silvícolas amáveis e fraternos lhes abrem os braços.
Afonso Ribeiro, um dos condenados,avança numa piroga, sem que os olhos da história lhe anotassem o gesto de profunda desesperação e exclama do intimo do seu coração "Jesus, tende piedade de minha infinita amargura.
Sou inocente Senhor e padeço a tirania da injustiça dos homens, mas sentiu uma esperança nova encontrando nos índios uma família nova.
Ismael havia realizado o seu primeiro feito, trazendo um náufrago para a base da sociedade fraterna do porvir.
Primeiramente, surgiram os Índios, que eram os simples de coração, em seguida, os sedentos de justiça Divina. Mais tarde viriam os Escravos como a Expressão dos Humildes e dos Aflitos para a formação da alma coletiva de um povo.
Bem Aventurado por sua mansidão e fraternidade. Naqueles dias longínquos de 1500, já se ouviam no Brasil os ecos carinhosos do Sermão da Montanha.

Cap IV "Os Missionários"
Governava Portugal D. Manoel I que tinha o seu espírito voltado para os tesouros das Índias, que faziam de Lisboa uma das mais poderosas cidades marítimas da Europa.
Mas o Nordeste da Terra de V. Cruz já centralizava as atenções dos comerciantes franceses, que ai se abasteciam de vastas provisões de paus brasil. A situação, perdurava com a indiferença do monarca distraído.
No reino comentava-se a questão da nova colônia abandonada aos exploradores franceses e espanhóis.
Por aqui só aportavam aventureiros e degredados.
Por essa ocasião Ismael reuniu-se em assembléia dizendo:- Temos que buscar no seio da Igreja as roupagens exteriores de nossa ação regeneradora. Temos que aproveitar as possibilidades que o seu campo nos oferece para encetar essa obra de edificação da Pátria do Cordeiro de Deus Pregaremos em Portugal,a Verdade e o desprendimento das riquezas e trabalharemos no Brasil, nas florestas imensas arrebanhando almas para Jesus.
Muitos espíritos se ofereceram como voluntários da grande causa. José de Anchieta, Bartolomeu dos Mártires, Manoel da Nóbrega, Diogo Jácome,Leonardo Nunes e outros.
Em 1531 alguns dos convocados daquela augusta assembléia, chegavam ao Brasil com Martim Afonso de Sousa e mais trezentos homens para tomar parte na fundação de S. Vicente e na de Piratininga.
Nobrega aportava mais tarde com Tomé de Sousa na Bahia.
Anchieta veio depois com Duarte da Costa em 1553 e se transformou no Apóstolo do Brasil.
A edificadora humildade de um Fabiano de Cristo, aliada a um sentimento de renuncia total de si mesmo.
Esses homens de fato abenegados, eram o "Sal da Terra" Os humildes missionários da Cruz, ouviram a voz de Ismael, no âmago de suas almas, abandonaram todos os bens materiais, para seguir os rastos luminosos do Senhor dos Mundos.

Cap.V - "Os Escravos"
Ismael triste confidenciou a Jesus...
-"Senhor- sinto dificuldades em fazer que prevaleçam os vossos desígnios nos territórios onde pairam as vossas bênçãos que santificastes. A Civilização, que ali se inicia acaba de ser contaminada por lamentáveis acontecimentos.
Os donatários dos imensos latifúndios, fizeram-se a vela, escravizando os negros indefesos da Luanda, da Guiné e da Angola.
Infelizmente, os pobres cativos, chegam a pátria do vosso Evangelho, como se fossem animais bravios e selvagens,sem coração e sem consciência".
Jesus, cingindo-o ao seu coração, explicou brandamente.
"Ismael, acalma o teu mundo íntimo no cumprimento dos sagrados deveres que te foram confiados. Bem sabes que os homens têm a sua responsabilidade pessoal nos feitos que realizam em suas existências isoladas e coletivas.Se não podemos tolher-lhes ai a liberdade, também não podemos esquecer que existe o instituto imortal da justiça divina, onde cada qual receberá de conformidade com os seus atos.
Havia eu determinado que a Terra do Cruzeiro se povoasse de raças humildes do planeta, buscando-se a colaboração dos povos sofredores das regiões africanas, todavia aproximei Portugal daquelas raças sem violência de qualquer natureza.
A colaboração, deveria verificar-se sem abalos perniciosos, no capitulo de minhas amorosas determinações. O homem branco da Europa está prejudicado por uma educação espiritual condenável e deficiente. Desejando entregar-se ao prazer fictício dos sentidos, procura eximir-se aos trabalhos pesados da agricultura, alegando o pretexto de climas impiedosos.
Eles terão a liberdade de humilhar os seus irmãos, em face da grande Lei Do Arbítrio embora limitado.
Entretanto os que praticarem o nefando comercio, sofrerão igualmente o mesmo martírio, nos dias do futuro, quando forem também vendidos e flagelados em identidade de circunstancias. Os homens ainda não aprenderam que a evolução se processa pela pratica do bem, e que eu ensinei "Amai o Próximo Como a si mesmo".
Voluntariamente, ignoram que o mal gera outros males, com um largo cortejo de sofrimentos.
Infelizmente Portugal, que representa um agrupamento de espíritos trabalhadores, remanescentes dos antigos fenícios, não sobe receber as facilidades que a misericórdia do Supremo Senhor do Universo lhe outorgou. Até meus ouvidos tem chegado as súplicas dolorosas das raças flageladas.
Na velha Península, já não existe o povo mais nobre e laborioso da Europa. O luxo das conquistas lhes amoleceu as fibras criadoras. Entretanto é o tempo o grande Mestre de todos os homens e de todos os Povos, esse não nos é possível cercear o livre arbítrio das almas, poderemos mudar o curso dos acontecimentos, a fim de que o povo lusitano aprenda, na dor e na miséria as lições sagradas da experiência e da vida.
E assim os donatários cruéis sofreram os mais tristes reveses no solo do Brasil. Os tesouros das Índias, levaram o povo português a decadência e a miséria.
A casa de Avis, sob Cujo reinado se iniciou o trafico hediondo, desapareceu para sempre, depois de sucessivos desastres.
Após a derrota de D. Sebastião o trono Português caiu nas mãos do Cardeal D. Henrrique e, em 1580 Portugal, exânime, entrega-se ao domínio da Espanha, acentuando-se a sua decadência com Felipe II ( Rei da Espanha) o mais fanático e cruel de todos os principies da Europa no século XVI...
Jesus, alterou os acontecimentos com seu poder magnânimo e Misericordioso.
O Senhor lhes sustentou o coração oprimido, iluminando o calvário de seus padecimentos Através das linhas tortuosas dos homens, realizou Jesus os seus grandes e benditos objetivos, porque os negros das Costas Africanas, foram uma das pedras angulares do movimento Evangélico do Coraão do Mundo.
Sobre seus ombros flagelados, carrearam-se quase todos os elementos materiais para a organização física do Brasil e do manancial de humildade dos seus corações resignados e tristes, nasceram as lições comovedoras, imunizando todos os espíritos, contra os excessos do imperialismo.
E do orgulho injustificáveis das outras nações do Planeta, dotando-se a alma brasileira dos mais belos sentimentos de fraternidade, de ternura e de perdão.

A civilização Brasileira
Nas praias largas e fartas de S. Cruz, floresciam cidades, como Salvador, São Vicente, com o auxilio dos Caramurus e dos Ramalhos.
Por toda a parte, os Índios buscavam refugio fugindo as torturas e escravidão, infligidas pelos homens brancos. Houve a invasão dos franceses e os Tamoios receberam-nos fraternalmente.
Mem de Sá repele os franceses do Rio de Janeiro, mas eles voltaram e com o auxilio dos Tamoios na grande confederação indígena. (Confederação dos Tamoios).
Morre Estacio de Sá empenhado com os franceses e Tamoios em gueras. Nas esferas superiores, choram Ismael e seus abnegados.
A cidade fica sob a proteção de S Sebastião, o grande filho de Narbone, martirizado pela sua fé Cristã no tempo de Diocleciano em 288 da nossa éra. Muitas vezes voltou Estacio de Sá a reencarnar na pária do Evangelho.
Progrediu em ciências e virtudes e veio a ser a de grande benemérito do Rio de Janeiro, como Osvaldo Cruz.
Ismael estabelece uma diretriz para a organização econômica da Terra do Cruzeiro. Junto da Guanabara, sede do pensamento brasileiro. Os núcleos orientadores de Piratininga com as audaciosas bandeiras.
Em S. Paulo e Minas se assentaram, os elementos indispensáveis à organização da Pátria esplendida Ambos os estados serão ainda.e por muito tempo as conchas da balança, política e econômica da nacionalidade. Os dois grandes Estados, compreenderão a imperiosa necessidade de se unirem para sempre, cumprindo os imperativos de sua grande Missão.
A esse tempo a Terra do Evangelho chama-se Brasil devido aos negócios e trafico de pau Brasil.
Ismael implora a Jesus trabalhadores para a sua seara. Volta a falar no sofrimento dos negros e dos índios.
Na sua abnegação na Pátria do Evangelho. Têm eles os negros sido estadistas, médicos, artistas, poetas e escritores eminentes.

Invasão Holandesa
Diz Ismael, busquemos na Europa, um príncipe liberal, trabalhador e justo, que não esteja subordinado à política romana...
Sua personalidade de administrador virá para a parte mais flagelada do Brasil, afim de que seus exemplos possam servir aos demais.. Em 1624, aporta na Bahia E Pernambuco o holandês Mauricio de Nassau. Benefícios e frutos, produziu a sua administração. Seu amor a liberdade, granjeia o respeito de índios, escravos e brasileiros. Voltou para a Europa por imposição de espíritos avarentos.
Restauração de Portugal
Sob o domínio Espanhol, Portugal achava-se em profunda decadência... foi então que Henrique de Sagres (antigo Helil) rogou a Jesus pelo minúsculo Portugal.
Sob a misericórdia do Cordeiro, H. de Sagres organizou as sua s falanges e, em 1640, Portugal era restaurado, subindo ao trono D. João IV.
Sob orientação do invisível, estabelece tratados, colocando o Brasil a salvo de lutas com o poderio da Inglatera.

As Bandeiras
Almas heróicas nasceram nos campos de Piratininga.
Penetrando o coração da Terra do Cruzeiro. Desvendando fontes de riquezas e desabrochar núcleos de povoações.
Muitos conheceram a penúria e o sofrimento. Entre eles Antônio Rodrigues Arzão, Marcos de Azevedo, Bartolomeu Bueno e Fernão Dias Pais.
Procurando as riquezas ilusórias do ouro, edificaram as cidades novas, fomentaram a pecuária e a agricultura.
Os Movimentos Nativistas
Nativismo:- Sentimento de amor a Terra Nata.
Causas Principais:- Lutas contra os invasores, as Bandeiras e as Riquezas do Brasil.
Já se irmanavam nessa época brasileiros, portugueses, índios e negros. Remonta a esse sentimento de amor a Pátria O descaso que Portugal nessa época fazia da colônia.
O ouro e os diamantes do Brasil iam acender no trono português, as estrelas efêmeras do fastio e da gloria...
Ainda espalhou-se pela Europa, os fabulosos tesouros de nossa Terra. Prova da união do nativismo foi com
O Português João Fernandes Vieira
O Índio Felipe Camarão
O Negro Henrique Dias.
No tempo dos vice reis
O Rio de Janeiro, nessa época eclipsava todas as cidades do Brasil, mas não primava pela higiene.
Haviam grandes valas, dentro das quais, os pobres escravos, depositavam, todas as tardes,o conteúdo mal cheiroso dos potes carregados à cabeça.

Pombal e os Jesuítas
Após D. João V, sobe ao trono de Portugal D. José I que escolhe para Ministro o Conde de Oeiras e, mais tarde, Marques de Pombal.
Este não tolerava os jesuítas, por se entremeterem em assuntos de negócios e política, com a pretensão de imunizar o mundo inteiro das correntes do pensamento da Reforma.
No Brasil os Missionários humildes da celebre Companhia de Jesus, estavam longe das disputas em que se empenhavam seus irmãos no outro lado do Atlântico, mas sofreram as perseguições do famoso Ministro.
Os jesuítas foram banidos e ficou retardada a educação das classes desfavorecidas. Lamentamos disse Ismael,mas prosseguiremos o nosso trabalho, dentro de novas modalidades.

Inconfidência Mineira
Por morte de D. José, ascendeu ao trono D.Maria I a Piedosa. Escravizada ao fanatismo do tempo e as opiniões de seus dos seus confessores. O Brasil sofria o máximo de vexames, no que se referia ao problema de sua liberdade A capitania de Minas Gerais que se criara e desenvolvera, sob a carinhosa, atenção dos Paulistas, era então o maior centro de riquezas da Colônia com suas minas inesgotáveis de ouro e diamantes. Vila Rica nos cumes enevoados e frios das montanhas, reuniam uma plêiade.
De poetas e escritores, que sentiam mais de perto as humilhações infligidas pela Metrópole Portuguesa..O povo da mais rica capitania era esmagado pelos impostos de toda natureza. Em Minas a elite Brasileira,considera a gravidade da situação. Entre eles. Inácio de Alvarenga Joaquim José da Silva Xavier, Cláudio Manoel da Costa,Tomás Gonzaga e outros.
Minas estava só, porque outras capitanias estavam refazendo suas economias os intelectuais mineiras não descansaram espalhavam prosélitos das idéias de liberdade. Mas os delatores cuja frente se encontrava o português Silverio dos Reis levaram todo o plano ao Visconde de Barbacena, governador de Minas.
Este agiu efetuando a prisão de Tiradentes. D. Maria I Condenou penas de degredo nas regiões Africanas Com exceção de Tiradentes, que teria de morrer na forca, conservando-se o cadáver insepulto e esquartejado.
As falanges de Ismael lhe cercam a alma fiel e forte Tiradentes, resgatou débitos do passado como inquisidor, redimindo-se com as lágrimas do seu sacrifício em favor da Pátria do Evangelho. . .

Revolução Francesa e Vinda de D João VI ao Brasil
Em virtude da perturbação mental da D. Maria I, D.João VI, Assume a direção do trono de Portugal.
Em 1789, instalara a revolução Francesa, modificando a estrutura de todos os governos da Europa.
Guilhotinado Luiz XVI, instala-se a Republica Francesa. A França caíra na mãos do ditador inteligente, que de simples oficial de artilharia, Bonaparte chegara ao cargo supremo do país fazendo-se proclamar Imperador. Enviados de Jesus, dão a sua palavra magnânima aos trabalhadores do bem.
A justiça de Deus, conhece todos os traidores da humanidade, que passam pelo mundo, glorificados pela história. Napoleão prosseguia, deixando em toda parte um rastro de lágrimas e sangue.
Portugal alia-se a Inglaterra, resistindo as ordens supremas do Conquistador.
A Inglaterra, sugere à casa de Bragança, a retirada para o Brasil. A frota real, velejou Tejo, e mal havia desaparecido no Atlântico, já os soldados de Junot se apoderaram de Lisboa, com ordem de riscar Portugal da carta geográfica da Europa.Contudo Jesus velava pelos vencidos e humilhados. D. João chega ao Brasil em Janeiro de 1808. A casa de Bragança ia dilatar até aqui os limites de seu reino.
D.João VI no Brasil
Enquanto as falanges de Henrrique Sagres, se reuniam em Portugal, revigorando as forças lusitanas, o exército de Ismael, voltava-se para o Brasil, a fim de inspirar o primeiro soberano do velho mundo, que pisava em terras Americanas.
Tiradentes era um desses espíritos invisíveis, como gênio inspirador.
A 22 de Janeiro aporta na Bahia a frota real. O povo Baiano, recebe o soberano e sua comitiva com grande amizade.
Consegue D. João, a abertura de todos os portos da colônia, ao comercio universal.
A maravilha dos céus americanos, deslumbrava os olhos de D. João.
Aportou no Rio de Janeiro, num ambiente de alegria geral. Apenas Dona Carlota Joaquina, com a sua educação deficiente não se conforma com a situação. Encheu-se o Rio de obras notáveis, Escola de Medicina, Real Teatro S. João, Banco do Brasil, Escola de Belas Artes. Criou-se a Academia de Marinha, Conselho Militar, Biblioteca Real etc. Desenhou-se o jardim botânico, Iniciou-se com a Imprensa Régia, a vida do jornalismo na Terra de S. Cruz. D. João prestou ao Brasil inestimáveis seviços.
Em 1815, a colônia passou a Reino Unido. As preocupações de D. João se dividiam entre a mãe demente, a esposa desleal e incompreensível e o filho perdulário e estroina ( D. Pedro I ).
Morre em Portugal D. Maria I e no ano seguinte, casou-se D. Pedro, com a Arquiduquesa Leopoldina da Áustria. Alma sensível e delicada, essa princesa foi trazida ao Brasil de acordo com as determinações da espiritualidade, para colaborar, nos elevados projetos de Ismael.
Portugal reclama a volta de D. João VI.e D. João torna conhecida a sua resolução de regressar a. Lisboa. O generoso soberano, foi obrigado a deixar o Brasil, concedendo a D. Pedro I a regência da Pátria do Evangelho.No momento das despedidas profere ele a famosa recomendação.
-" Pedro, se o Brasil se separar de Portugal, antes seja para ti a coroa, já que me respeitaras do que para algum desses aventureiros".

No Limiar da Independência
Os portugueses influentes, considerando o perigo da independência brasileira, A mais preciosa gema que se engastara à coroa da Casa de Bragança, estava prestes a desprender-se para sempre. Um período agitado na época entre pólos antagônicos do absolutismo e da democracia.
Os 130 deputados portugueses com sua vontade despótica aos 72 deputados brasileiros que assistiam com heroísmo ao desenvolvimento dos projetos de hostilidade à direção do príncipe regente do Brasil. Declarava um desses parlamentares que D. Pedro, deveria abandonar o Brasil e voltar para Portugal.
A caravana de Ismael se desvela pelo cultivo das idéias liberais no coração da Pátria. E diz:
_ O problema da liberdade é sempre uma questão delicada. Cumpre considerar que toda elevação requer a plena consciência do dever à cumprir. Precisamos difundir a educação individual e coletiva dentro das nossas possibilidades formando os espíritos antes das obras. No problema em questão, temos que aproveitar um príncipe do mundo, para levar a efeito a separação de duas Pátrias, com o mínimo de lutas. Cercaremos esse príncipe das claridades fraternas da nossa assistência espiritual. Povoemos as suas noites de sonhos de amor à liberdade e noções de solidariedade humana. Individualmente, não representa ele o tipo ideal, realização de nossos projetos. Não tem para nós, um cérebro receptivo, que facilite o nosso trabalho, mas encarna o espirito de autoridade e temos que mobilizar todos os elementos ao nosso alcance,para evitar uma guerra civil. Trabalhemos mais um pouco junto ao seu coração. Em breves dias poderemos concentrar as forças dispersas, para a proclamação da Independência.
As agitações, porem se avolumavam e de Lisboa veio para o Rio de Janeiro, ordens terminantes de repatriar o Príncipe D. Pedro.

Independência
O movimento da emancipação percorria todos os rincões da Pátria, mas eram no Rio de Janeiro, cérebro do país, que fervilhavam as idéias libertárias. O príncipe, considerando as tradições e laços de família, hesitava em optar pela decisão suprema de se separar em caráter definitivo da Metrópole.
Reúnem-se os cariocas e com uma folha de oito mil assinantes foi levada ao príncipe regente pelo senado pedindo-lhe que ficasse. O príncipe ponderou as palavras do Pai no instante da despedida e após alguns momentos de angustiosa expectativa,, informou que ficaria no Brasil contra todas as determinações das cortes de Lisboa. Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico. As tropas Portuguesas, quiseram reagir, mas Ismael acode e sem um só tiro com humildade foi obedecida a decisão do Príncipe D. Pedro. Pensou-se daí por diante, na organização política do Brasil.
Os homens eminentes da época a cuja frente, colocamos a figura de José Bonifácio, que foi feito Ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros inspirando com êxito o Príncipe Regente.
José Bonifácio, aconselha.D. Pedro a uma viagem a Minas afim de unificação. Outra vez uma viagem a São Paulo. As falanges invisíveis se reúnem em no Colégio de Piratininga. " A independência do Brasil diz Ismael, já se encontra praticamente proclamada. " O nosso irmão martirizado há algum tempo, pela grande causa, acompanhara D.Pedro em seu regresso ao Rio e, ainda em terra generosa de São Paulo, auxiliara o seu coração, no grito supremo de Independência (Tiradentes ).
Uniremos assim mais uma vez as duas grandes oficinas do progresso da Pátria, para que sejam registradoras do inesquecível acontecimento.
Nos fatos da história o grito da emancipação partiu das montanhas e deverá encontrar aqui em São Paulo o seu eco Realizador. Tiradentes acompanhou o Príncipe de volta ao Rio. Um correio leva ao conhecimento de D. Pedro, as novas imposições das Cortes de Lisboa, e alí mesmo, nas margens do Ipiranga, ele deixou escapar o grito de" Independência ou Morte." Sem suspeitar que era dócil instrumento de um emissario invisível, que velava pela grandeza doa Pátria.

D. Pedro II
Definitivamente proclamada a independência, Ismael leva ao Divino Mestre o resultado de todas as conquistas verificadas. Jesus chamando Longínus, falou com bondade. " Longínus'' entre as nações do orbe terrestre, organizei o Brasil como o coração do mundo. Consegui evitar que a pilhagem das nações ricas e poderosas, fragmentasse o seu vasto território, cuja configuração geográfica representa o órgão.
Do sentimento no Planeta. "Sente-se o teu coração com a necessária fortaleza para cumprir uma grande missão no Brasil? " Senhor - respondeu Longinus - muitas existências de dor tenho experimentado, para gravar no intimo a compreensão do vosso amor infinito, que não pude entender ao pé da cruz dos vossos martírios no calvário, em razão dos espinhos da vaidade e da impenitência que sufocavam naquele tempo a minha alma. Recebo Senhor esta incumbência com indizível alegria Pois bem diz Jesus Serás Imperador do Brasil até que ele atinja perfeita maioridade. Esforço de mais de meio século. Inspirarei as tuas atividades, mas considera sempre a responsabilidade em tuas mãos.Ampara os fracos e desvalidos corrige leis despóticas. Lembra-te da prudência.e fraternidade, junto ao povo e nacionalidades vizinhas. Nas lutas internacionais, guarda a tua espada na bainha e espera o pronunciamento da minha justiça.
Procura aliviar o padecimento daqueles que sofrem no cativeiro, cuja abolição se verificará nos últimos tempos do teu reinado. Não esperes a gratidão dos teus contemporâneos Amparar-te-ei o coração e nos dias de amargura final, minha luz descerá sobre os teus cabelos brancos, santificando a tua morte.
A posteridade, porem saberá descobrir as marcas dos teus passos na Terra. No dia 2 de Dezembro de 1825, nascia de D. Leopoldina, e D. Pedro, aquele que seria no Brasil, o grande Imperador.

Fim do Primeiro Reinado
Um dos traços do povo brasileiro é o seu profundo amor à liberdade. Desde os primeiros movimentos nativistas, a mentalidade geral do Brasil obedeceu a esse nobre imperativo. A atitude de D. Pedro I ordenando a dissolução da constituinte em 1823 tivera funda repercussão no espírito geral. O Imperador apesar das suas paixões tumultuarias e de suas fraquezas como homem, possuía psicologia política inaugurando a era constitucional do Brasil. Mas era extremista e dissolvia assembléias. Ao exilar os Andradas, cravará um abismo entre ele e a opinião pública. Então as lutas isoladas se multiplicavam.
O mundo invisível,atua de maneira sensível entre os gabinetes, políticos. A realidade é que Ismael velava sempre. O Imperador Pedro I meditava que por ser português nato, havia aquele agravo do povo. D.Pedro pensou e os mensageiros auxiliaram-no e as duas horas da madrugada, abdicava na pessoa de seu filho d. Pedro de Alcântara, que contava cinco anos e ficara sob a esclarecida tutela de José Bonifácio.

O Espiritismo Allan Kardec
O século XIX, que surgira com as últimas agitações provocadas no mundo pela revolução Francesa, estava destinado a presenciar extraordinários acontecimentos. A promessa do consolador, derramando as claridades sobre toda a carne estava se processando. Terminada a triste atividade bélica de Bonaparte e já o espaço se movimentava, no sentido de renovar os surtos de progresso das coletividades. Foi assim que Allan Kardec a 3 de Outubro de 1804, via a luz da atmosfera na cidade de Lião.
Segundo os planos do invisível o grande missionário, no seu maravilhoso esforço de síntese, contaria com a cooperação de uma plêiade de auxiliares de sua obra para auxiliá-lo, nas individualidades de João Batista Roustaing, que organizaria o trabalho da Fé. De Leon Denis, que efetuaria o desdobramento filosófico. De Gabriel Delanne, que apresentaria a estrada científica e de Camile Flmarion, que abriria a cortina dos mundos, desenhando as maravilhas das paisagens celestes., cooperando assim na codificação Kardeciana, no Velho Mundo. Ia resplandecer a suave luz do Espiritismo O infinito se prepara para a jornada gloriosa.. As abnegadas coortes de Ismael, trazem as suas inspirações para o pais do Cruzeiro.As primeiras experiências espiritistas no Brasil, começaram pelo problema das curas.
Em 1818, já o Brasil, possuía um grande circulo homeopático sob a direção do mundo invisível nessa época, reúnem-se Ismael com seus colaboradores.. Diz ele:- Irmãos, este século é assinalado pelo advento do Consolador Numerosos missionários estão voltando na Terra. Uma verdadeira renascença das filosofias, da arte e das ciências se verificará Concentremos nossos esforços na Terra do Evangelho, para que possamos plantar no coração de seus filhos as sementes benditas, que frutificaram no solo abençoado do Cruzeiro.
Encaminhando-se para um dos dedicados e fieis discípulos, falou -lhe assim...

Dr. Adolfo Bezerra de Menezes
-"Descerás às lutas terrestres com o objetivo de concentrar as nossas energias no Brasil.
Arregimentarás todas os elementos dispersos, com dedicação de teu espírito, afim de que possamos criar o nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elevados propósitos de reforma e regeneração.
Sê a luta vai ser grande, considera que não será a compensação do Senhor, que é o caminho a verdade e a vida. Havia um divino silêncio e uma voz, terna, exclamou. " Gloria a Deus nas alturas e paz na Terra aos trabalhadores de boa vontade. Luminosidade e aromas, inundaram a atmosfera.
Daí a algum tempo no dia 29 de Agosto de 1831 no Riacho do Sangue no Ceara, nascia Adolfo B. DE Menezes, o grande discípulo de Ismael que vinha cumprir no Brasil, elevada missão.

A Obra de Ismael
Grande movimento preparatório do Espiritismo no mundo, tinha no Brasil a sua repercussão natural. por volta de 1840, chegaram dois médicos humanitários Bento Mure e Vicente Martins, que fariam da medicina homeopática, verdadeiro apostolado.

Fenômenos de Haidesville e a Corte no Segegundo Reinado
Estudos no Rio de Janeiro (D. Pedro II estudava a filosofia espírita).
Ainda Estudavam, o Marques de Olinda Visconde de Uberaba e outros. Em Salvador, haviam núcleos que também estudavam. A doutrina marcha vitoriosa na América do Norte e Europa, quando o Codificador, volta a espiritualidade.
Surgindo os espiritistas, fundou-se um grupo central das atividades e que ficasse como órgão orientador de todos os movimentos da doutrina no Brasil. Fundou-se com estatutos e demais formalidades exigidas "O GRUPO CONFÙCIO" que seria a base da obra doutrinária.
Por esse grupo passaram na época, todos os simpatizantes da doutrina. Nem todos os espíritas modernos, conhecem o fecundo labor daqueles humildes trabalhadores dos terrenos infiltreis.
Lutaram contra a opinião hostil do tempo, contra insultos e o ridículo. Ainda contra a onda das trevas do mundo invisível que se opunham ao trabalho da doutrina.
Considerando que o homem em si, pela sua vaidade e fraqueza, também é vulnerável em sua personalidade e os seres das trevas se aproveitam. Os mensageiros triunfando dessas discórdias, fundaram novo núcleo, mas as entidades tenebrosas sempre encontram médios pontos para a dolorosa tarefa de fomentar a discórdia e a desarmonia.
"CHAMEM AGORA BEZERRA DE MENEZES AO SEU APOSTOLADO".
BEZERRA traz com sigo a palma da harmonia, serenando todos os conflitos. Estabelece a prudência e a discrição.
A obra de Ismael, às luzes sublimes do Consolador, estava definitivamente instalada na Pátria do Cruzeiro, apesar da precariedade do concurso dos homens.
As divergências foram atenuadas. Foi então organizada A FEDERAÇÂO ESPÌRITA BRASILEIRA, SEDE DIRETORA NO BRASIL.

A Regência e o Segundo Reinado
Sob a inspiração do alto, organizou-se uma regência que se incumbiu de manter a ordem das instituições. Não fossem os mananciais do pensamento e da economia, fixados por Ismael nas regiões do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas que asseguraram a estabilidade nacional, talvez não pudesse o Brasil resistir ao elemento embrutecido.
A regência é entregue a um dos homens mais enérgicos e prudentes da época. O eclesiástico DIOGO ANTONIO FEIJÓ A nação caminhou para o Parlamentarismo e FEIJÓ renunciou, sentindo ser um regime de excessiva liberdade. Os liberais solicitaram a declaração da maioridade do Imperador que, na época contava quinze anos de idade. Era conhecida por todos no jovem D. Pedro II elevada madureza de raciocínio e caracter.
No ano de 184, foi coroado o jovem Imperador. Sua primeira preocupação, foi pacificar o ambiente de sedições e rebeldia. Prestigiando CAXIAS, consegue levantar a bandeira da paz na províncias de S.Paulo Minas e depois no Rio Grande do Sul. Houve um largo período de Paz, quando o Imperador organizaria as bases do pensamento Republicano sobre as idéias ou ideais de fraternidade e liberdade a caminho das grandes realizações do porvir...

Guerra do Paraguai
Pedro II, a medida que ia ampliando o patrimônio das suas experiências em contato com a vida, amadurecia cada vez mais as belas qualidades do seu coração e da sua inteligência Pelas suas obras, que beneficiava tantos pobres e se educavam inúmeros estudiosos sem recursos, vivia aureolado pela veneração das multidões. Dado a arte e a filosofia, sua notoriedade alcançou os ambientes da cultura Européia Em 1850, iniciava-se por etapas a suspensão do trafico negro, por diversas leis.
Antes porém, em 1843 D. PEDRO II, desposou D. Tereza Cristina Maria, princesa das duas Sicilias..Esta princesa viria partilhar com ele, no sagrado instituto da família a mesma abnegação e amor pelo bem do Brasil. Vieram da espiritualidade, espíritos elevados, que seriam colaboradores do Imperador. Entre tantos Barão do Rio Branco e Mauá, Castro Alves e Pedro Américo.
No meio dessas observações, o poder moderador da Coroa, não conseguiu eliminar certo fundo de vaidade, que se foi estratificando na alma nacional. Dentro dessas idéias perigosas da vaidade coletiva sentiu-se o Brasil, erradamente, com o direito de interferir nos negócios dos Estados vizinhos, em beneficio de nossos interesses.
O Brasil interferiu nas questões da Argentina e Uruguai contra a influencia de Rosas e Oribe. Irrefletidamente o Imperador prestigiou Urquiza, outro que governava Entre -Rios e comisso a política brasileira foi olhada desconfiadamente.
D. Pedro se retira para orar e nessa noite, sonha com o Mestre do calvário, que lhe diz -" Pedro, guarda a tua espada na bainha, pois quem com ferro fere com ferro será ferido".
Atua indecisão e incerteza, lançaram a Pátria do Evangelho numa sinistra aventura.
Não descanses, porque o céu está cheio de nuvens, e deves fortificar o coração para as tempestades que virão. Auxiliarei a tua ação, porem sejam guardadas como lição essas ações0, como inesquecíveis roteiro de experiências O Paraguai se sentiu ameaçado na sua segurança e declarou guerra ao Brasil que durou 5 anos. Solano Lopes, não receou arrastar o seu povo àquela terrível aventura.
Aliando-se aos seus amigos da Argentina e do Uruguai, o Brasil afirmou com a vitória a sua soberania, sem exigir um vintem dos proventos de sua vitória. E uma tradição de respeito, consolidou-se na administração da Terra do Cruzeiro. E nunca mais o Brasil, praticou uma intervenção indevida...

O Movimento Abolicionista
Terminado s os movimentos bélicos os espíritos cultos se levantaram para amparar o movimento abolicionista. Eram inspirados políticos, escritores, poetas e artistas. Castro Alves, Luiz Gama, Barão do Rio Branco e Patrocínio. A própria Princesa Isabel, cujas tradições de nobreza e bondade, jamais serão esquecidas no coração do Brasil. Todos os ânimos se inflamavam ao contato das grandes idéias de liberdade.
D. Pedro se reconforta com essas idéias. Desejava mesmo antecipar-se, decretando a liberdade dos escravos, mas os terríveis exemplos da guerra civil nos Est. Unidos na campanha abolicionista, faziam-no recear as lutas das multidões apaixonadas e delinqüentes. Foi com agrado que acompanhou a deliberação de sua filha que sancionou, a Lei do Ventre Livre a idéia Republicana se consolidava.
O generoso Imperador, é afastado do trono, sob a influência dos mentores invisíveis, ficando na Regência Isabel a Princesa. Os abolicionistas, lhes vê chegar a possibilidade maravilhosa e a 13 de Maio de 1888, é apresentada à Regente a proposta de lei para a imediata, extinção do cativeiro.
Lei que a P. Isabel, cercada de entidades angélicas e misericordiosas, sanciona sem hesitar com a nobre serenidade de seu coração de mulher. Nesse dia, toda uma onda de claridades descia dos céus, sobre as vastidões do norte e do sul na P+ do Evangelho Junto ao coração magnânimo de Isabel a Princesa, permanece Ismael.
E, foi por isso que Patrocino no arrebatamento do seu júbilo se arrastou de joelhos até os pés da Princesa piedosa e Cristã. O marco divino da liberdade dos cativos, erguia-se na estrada da civilização Brasileira.

A República
A republica era a fórmula de governo, compatível com a evolução do Pais. No invisível, reúne o Senhor e seus propostos e falou como no admirável sermão da Montanha.
"Irmãos a Pátria do Evangelho atinge agora a sua maioridade coletiva. Profundas Transições assinalaram a sua existência social e política Acompanhemos indiretamente. O Brasil, onde as sementes do Evangelho, foram jorradas a mancheis, a fim seu povo, generoso, e fraternal possa inscrever mais tarde a sua gloriosa missão espiritual nas mais belas paginas da civilização.
A Proclamação da Republica Brasileira, como índice da maioridade coletiva da nação, há de fazer-se sem derramamento de sangue. Doravante o Brasil político será entregue à sua responsabilidade própria. Bem - Aventurados todos os trabalhadores da seara divina. Todas as cidades do País, se entregaram a propaganda aberta das idéias republicanas a 15 de Novembro, com a bandeira do novo regime nas mãos Deodoro da Fonseca proclama no Rio de Janeiro a REPÙBLICA DOS ESTODOS UNIDOS DO BRASIL. O grande Imperador recebe a noticia com amarga surpresa. (Deodoro) que era intimo do seu coração e da sua casa, voltava-se agora contra a sua mão generosa.
Mas a verdade é que todos os republicanos eram amigos íntimos de D.Pedro, quem não lhe devia, no Brasil, o patrimônio de cultura e liberdade. O nobre Monarca repeliu todas as sugestões que lhe eram oferecidas. Confortado pelas luzes do alto, não permitiu que se derramasse uma só gota de sangue.
Preparou rapidamente, sua retirada com a família imperial para a Europa e com lágrimas nos olhos, rejeita as elevadas somas de dinheiro que o Tesouro Nacional lhe oferece, para aceitar somente um travesseiro de Terrado Brasil afim de que o amor da Pátria lhe santificasse a morte no exílio de saudades e pranto.
"Em suma estou satisfeito, disse em Portugal. É a minha carta de alforria. Agora posso ir onde quiser".

A Federação Espírita Brasileira
Após a proclamação da República, Ismael, prepara o ambiente, para que todos ouvissem a palavra póstuma de Allan Kardec que através do médium Frederico Júnior, forneceu as suas instruções aos espiritistas da capital Brasileira, exortando-os a Caridade, ao estudo e a Unificação. Bezerra de Menezes que já trabalhava nos labores doutrinários, recebe a palavra do alto com grande júbilo, e nas suas meditações e preces considerou a necessidade de reunir a família espírita. E assim assumia Bezerra a sua posição de Diretor de todos os trabalhos de Ismael no Brasil.
Assim desencarnou, tendo consolidado sua obra e sua missão para ser livremente cultivada no século XX Essa Obra prossegue sempre. Todas as agremiações espiritistas do País se lhe reúnem pelas mais sacrossantas afinidades sentimentais na obra comum. Seus ascendentes têm ligações no plano invisível com as mais OBSCURAS TENDAS DE CARIDADE ONDE INTIDADES HUMILDES DE ANTIGOS AFRICANOS INDIOS E CABOCLOS PROCURAM FAZER O BEM AOS SEUS SEMELHANTES.
Apesar das Sombras, alimentarem muitas vezes o personalismo e a vaidade dos homens, mesmo daqueles que se encontram reunidos nas tarefas mais sagradas.

O Espiritismo No Brasil e Pátria do Evangelho
Consolidada as bases, o Espiritismo derramou os seus frutos. Revivendo no Brasil as curas maravilhosas dos tempos dos Apóstolos. Enquanto que na Europa, a idéia espiritualista, era somente objeto de observação e pesquisa ou de grandes discussões estéreis no terreno da filosofia, o espiritismo no Brasil penetra com todas as suas características do Cristianismo Redivivo.
Todas as possibilidades são aproveitadas por Ismael para o bem comum Todos os grupos, tem as águas fluidificadas, a terapêutica do magnetismo espiritual, os elementos da meopátia, a cura das obsessões, os auxílios gratuitos no serviço de assistência aos necessitados no mais alto espírito Evangélico, dando de graça aquilo que se recebeu como esmola do céu. Não é raro vermos caboclos que engrolam a gramática nas suas confortadoras doutrinações, mas que conhecem o segredo místico de consolar as almas, aliviando os aflitos e infelizes. Ou então médiuns da mais obscura condição social e de humildes profissões a se constituírem instrumento admiráveis nas mãos dos mensageiros de Jesus.
Na Europa e nos Est. Unidos a Revelação, foi recebida, sem aclima-la. As próprias sessões mediúnicas são ali remuneradas, como se esses fenômenos se processassem tão somente pelas disposições estipuladas, num contrato de representações.
Enquanto que no Brasil, todos os crentes sinceros, repelem esse comercio amoedado, nas suas sagradas relações com o plano invisível. A principal questão do espiritualismo é proclamar a necessidade da renovação interior, educando-se o pensamento do homem no Evangelho, para que o Lar, possa refletir os seus sublimes preceitos. Tem a Doutrina as características liberais, o pensamento livre para o estudo, para o exame, e nem é possível dispensar, totalmente a discussão, no labor de aclaramento geral.
A liberdade não exclui a fraternidade, e a fraternidade sincera é o primeiro passo para a Edificação.
No Brasil, a obra tem uma função relevante no organismo social da Pátria, vivificando a seara da Educação Espiritual Nosso objetivo, trazendo apontamentos da história, foi tão somente mostrar a excelência da missão espiritual no Planeta, demostrando simultaneamente, que cada nação, como cada indivíduo, tem sua tarefa a desempenhar no concerto dos povos. Todos têm seus ascendentes no mundo maior. O Brasil, com o seu patrimônio imenso, não poderá insular-se do resto do mundo. O maior problema é o da Educação nacional, para que os filhos de outras Terras, não se sintam dispostos a reviver no Brasil, as taras de suas antigas organizações. Nenhum país do mundo, pode viver independente da comunidade internacional Toda a grandeza de um povo, repousa na regularidade dos fenômenos da troca No Brasil a chamada.contribuição estrangeira é indispensável.
A política sofrerá no curso dos séculos as alternativas do direito e da força, até que o Planeta possa atingir relativa perfeição social, com a cultura generalizada. A ciência, a filosofia como as escolas sectárias, viverá entre duvidas e vacilações, assentando os seus feitos na areia instável das convenções humanas. Só o legitimo ideal cristão reconhecendo que o reino de Deus, ainda não é deste mundo, poderá com a sua esperança e o seu exemplo, espiritualizar o ser humano na construção do futuro. Conhecedores dessa grande verdade, supliquemos a Jesus se digne derramar do orvalho de seu amor sobre a terra.. Fim
Fonte: http://www.techs.com.br/meimei/historias/historia24.htm


Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho
Sérgio Biagi Gregório
SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Brasil, a Nova Pátria do Evangelho. 3. Origens Espirituais do Povo Brasileiro. 4. Holandeses, Franceses e Espanhóis. 5. A Procura do Ouro. 6. Prenúncio da Liberdade. 7. A Independência do Brasil. 8. Maioridade Política Brasileira (I). 9. Maioridade Política Brasileira (II). 10. Conclusão. 11. Bibliografia Consultada.
1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é captar a influência do plano espiritual nos processos decisórios de política econômica, principalmente aquela que nos foge da mente quando estudamos a História Econômica do Brasil só pelo aspecto material. Então, procuramos dar como conhecida a história material e tentamos visualizar, resumidamente, a interrelação dos dois planos da vida, valendo-nos das citações de ordem material somente para uma melhor compreensão da linha mestra que se formou desde o descobrimento do Brasil até os nossos dias.
2. BRASIL, A NOVA PÁTRIA DO EVANGELHO
Por volta do último quartel do século catorze, Jesus dispôs-se a visitar o planeta Terra, a fim de verificar o processo realizado pela sua doutrina de amor. Após observar que o mundo político, econômico e social do ocidente estava conturbado pelo egoísmo, orgulho e vaidade dos habitantes das grandes potências européias, Jesus, juntamente com Helil, traçam um novo roteiro para o desenvolvimento espiritual dos terráqueos. Para isso, Helil deveria reencarnar em Portugal e direcionar o povo português às conquistas marítimas, com o objetivo de descobrir as terras-virgens da América.
Encarnado no período 1394-1460, como o heróico infante de Sagres, operou a renovação das energias portuguesas, expandindo as suas possibilidades realizadoras para além mar, criando as condições necessárias para o futuro descobrimento da "Pátria do Evangelho", que aconteceu em 1500, por Pedro Álvares Cabral.
Helil, depois do seu desencarne, continuou a luta pela causa do Evangelho. Sua influência espiritual junto a D. Duarte e D. Afonso V não fora marcada pelo êxito, porém, com relação a D. João II, consegue que diversas expedições sejam organizadas e enviadas ao mar.
A grande expedição de Cabral deixou Portugal no dia sete de março de 1500. Em alto mar, as noites do grande expedicionário são povoadas de sonhos sobrenaturais e, insensivelmente, as caravelas inquietas cedem ao impulso de uma orientação imperceptível, desviando os caminhos das Índias para o coração geográfico do Brasil.
Compreendemos, também, que enquanto outros países se fragmentavam o fato do Brasil permanecer com o coração geográfico completo é porque havia realmente a preocupação de Jesus em arrebanhar toda a população, que deveria estar envolta com o lema: "Deus, Cristo e Caridade". (Xavier, 1977, cap. I e II)
3. ORIGENS ESPIRITUAIS DO POVO BRASILEIRO
Para uma compreensão mais ampla da formação espiritual do povo brasileiro, devemos lembrar que os séculos quinze e dezesseis foram marcados pela influência do "capitalismo comercial", que impulsionou as grandes potências européias ao mar, a fim de colonizar a nova terra. O Brasil, recebe assim, imigrantes das várias regiões do mundo.
Dentro desse quadro, Jesus entregava o comando do Brasil a Ismael, cuja missão era reunir os sedentos de justiça divina (degregados), os simples de coração (índios), os humildes e aflitos (escravos) sob a influência dos missionários para que o alicerce espiritual fosse edificado sobre a rocha firma, de modo que com o passar dos anos não houvesse fragmentação. (Xavier, 1977, cap. III)
4. HOLANDESES, FRANCESES E ESPANHÓIS
Para que pudéssemos ter essa formação mesclada deveríamos aceitar as várias influências das grandes companhias de comércio, cujas sedes se localizavam na Europa, principalmente em França, Holanda e Inglaterra.
Primeiramente vieram os franceses, que encantados com a beleza da Bahia de Guanabara, estabeleceram aí a sua feitoria, onde Villegaignon, com sua mentalidade religiosa e honesta, capta a confiança dos indígenas por três anos, pois em 1558 são expulsos por Mem de Sá.
De 1580 a 1640 recebemos a influência indireta da Espanha, porque como sabemos Portugal ficou sob a direção deste país, desestimulando a colonização das terras brasileiras.
Em 1624, a pretexto da guerra com a Espanha, os holandeses invadem o Brasil, originando cenas dolorosas, porém não organizadas pelas falanges do mundo invisível.
Em 1637, entregava em Pernambuco o General holandês João Maurício, príncipe de Nassau, cuja estada no Brasil fora preparada no plano espiritual com a intenção de desenvolver os germes do amor, respeito, tolerância e liberdade. Assim, os escravos tornam-se livres à sombra de sua bandeira, os índios encontram, no seu coração, o apoio de um nobre e leal amigo e todos obtém um novo clarão de justiça no caminho a seguir.
Em 1661, os holandeses deixam o Brasil sem lutas cruéis, mas ficou a semente da gratidão e do amor por um dos abnegados servidores do Cristo. (Xavier, 1977, cap. VIII)
5. A PROCURA DO OURO
Sabemos da história econômica que a razão básica da manutenção do domínio político português nas terras brasileiras era a possibilidade de descobrir imensos tesouros de metais preciosos. No plano espiritual, essa missão de expandir o espaço conquistado foi entregue a Fernão Dias Paes, que antes de reencarnar fora consolado por Ismael acerca da causa sinistra do ouro, recebendo instruções de que a procura desse metal seria um fator de desenvolvimento econômico, porque edificar-se-iam cidades e fomentar-se-iam a pecuária e a agricultura.
A missão seria árdua e exigiria o máximo de disciplina e para exemplificá-la viu-se na contingência de enforcar o próprio filho, quando esteve encarnado.
Paralelamente às bandeiras, outros movimentos realizavam-se na busca desse metal, criando um clima de ilusões, ambição e comentários acerca da riqueza, que levava os indivíduos à guerra, às revoluções e às emboscadas tendo como resultado a aflição, o sofrimento e a morte, inclusive com a possibilidade de despovoamento de Portugal. Citamos, como exemplo, a guerra das Emboabas, a Guerra dos Mascates.
Ao mesmo tempo que no plano material estávamos envoltos com um pequeno derramamento de sangue, no plano espiritual, os agentes invisíveis estavam amparando-nos e podemos perceber claramente pelo Tratado de Methuen que, o Brasil, ao transferir a posse do ouro à Inglaterra, vetava as investidas das grandes potências européias que cobiçavam nossas riquezas. (Xavier, 1977, cap. X)
6. PRENÚNCIO DA LIBERDADE
Os preparativos da Revolução Francesa, isto é, as discussões a respeito da liberdade influenciaram sobremaneira a classe dos poucos intelectuais brasileiros, que observando a ganância pelo ouro por parte dos padres — para aumentar o luxo das igrejas, dos magistrados — para aumentar suas fortunas que levariam a Portugal e do fisco — para incrementar a receita de Portugal, resolvem por em prática esses ideais políticos e econômicos.
Dos vários encontros realizados para tal finalidade, escolheu-se a personalidade de Tiradentes para ser o líder do movimento. Os desejos de liberdade foram vetados por autoridades portuguesas tão logo ficaram sabendo do ocorrido, mandando imediatamente extinguir a figura que se sobressaia nas ditas articulações. A morte de Tiradentes do ponto de vista espiritual representava o resgate de delitos cruéis do passado, quando inquisidor da Igreja.
Os estudos e discussões acerca de nossa doutrina mostra-nos que o acaso não existe e que os fatos se sucedem no devido tempo. Assim, verificamos que os intelectuais brasileiros quanto os da França foram precipitados com as reivindicações de liberdade, contrariando a vontade de Deus, o qual prefere que cada qual vença a si mesmo e seja avessos à guerra e à Revolução. Percebemos, mais uma vez, a mão protetora de Ismael, pois enquanto em França assistíamos à perda de muitas vidas, no Brasil tivemos apenas um enforcamento. (Xavier, 1977, cap. XIV)
7. A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
A conseqüência da Revolução Francesa, para nós, foi a vinda da família real ao Brasil, que seria o estopim inicial de nossa emancipação política, porque D. João VI estando no Brasil começou a tomar resoluções políticas que iriam criar condições de desenvolvimento econômico.
Primeiramente, abrem-se os portos para a livre concorrência com a Inglaterra e, posteriormente, para as nações amigas. Em segundo lugar, declaram-se livres as indústrias nacionais. Mesmo com grande parte da corte colada ao orçamento da despesa, o Brasil caminhava para o alto destino que o eterno lhe assinalara.
D. João VI estava envolto com a mãe demente, esposa desleal, filho perdulário, excesso de despesas administrativas, revolução constitucionalista de Portugal e problemas pessoais de alta responsabilidade, quando teve de voltar a sua Pátria natal, deixando D. Pedro I, como príncipe-regente, o qual deveria cumprir a constituição da junta Revolucionária de Lisboa.
O plano espiritual presidindo a todos os acontecimentos instrui-nos que o problema da liberdade é delicado, sendo preciso formar os Espíritos antes das obras, pois todos os direitos adquiridos exigem responsabilidade e nem sempre estamos aptos a enfrentá-los. Expõe-nos, também, que D. Pedro não era a pessoa indicada para o processo de libertação do povo brasileiro, mas ele encarnava o princípio da autoridade e caberiam ao próprio plano espiritual — povoar suas noites de sonho, a fim de colocá-lo em condições de assumir atitudes corretas e justas segundo a vontade de Deus.
D. Pedro atendendo à frase de seu pai, quando deixou o Brasil. "Pedro, se o BRASIL se separar de Portugal, antes seja para ti, que me respeitarás, do que para alguns desses aventureiros". — resolve iniciar a separação dos dois países, sem prever que Avilez, representante de Portugal tencionava criar barreiras a esse intento. Durante esse período negro vemos a presença de Ismael manipulando as preces e as vibrações das mães sofredoras e concentrando-as na mente e coração de Avilez, deixando o caminho livre a D. Pedro para a consolidação da liberdade.
A presença de Ismael, dos abnegados cooperadores do plano espiritual e principalmente, da figura de Tiradentes, em espírito, acompanhavam através de viagens e contatos com diversos líderes políticos em várias regiões do país, culminando com a famosa frase: "INDEPENDÊNCIA OU MORTE", a sete de setembro de mil oitocentos e vinte e dois. (Xavier, 1977, cap. XVI a XVIII)
8. MAIORIDADE POLÍTICA BRASILEIRA (I)
O aumento das responsabilidades brasileiras deveria ser provido por alma nobre e valorosa. O plano espiritual estava atento e começou a dialogar com Longinus, a fim de cientificá-lo da grande missão que os mensageiros de Ismael estavam lhe propondo e se saísse vencedor não precisaria retornar neste planeta de expiação e provas. Reencarnaria, assim como D. Pedro II e se incumbiria de polarizar as atenções do povo a sua pessoa no que dizia respeito aos exemplos e virtudes, renúncia e sacrifícios abnegação e desprendimento.
Enquanto no outro plano da vida estes assuntos eram ventilados, aqui, D. Pedro I, depois de consolidada a Independência, tratava de dar continuidade ao processo de liberdade da Pátria do Evangelho, sempre assessorado pelas falanges de Ismael, que aproveitavam o minuto psicológico para auxiliá-lo nesta consolidação. Apesar de lutar pelos interesses do Brasil foi acusado injustamente de proteger os de Portugal, e por esta razão, inspirado pelos agentes do invisível, abdica na pessoa do filho, a sete de abril de mil oitocentos e trinta e um.
Após a abdicação de D. Pedro I o país sob o comando dos regentes interinos atravessou momentos de crise, notando-se o desenrolar da guerra civil ao Norte e o movimento republicano no Rio Grande do Sul. As falanges de Ismael eram obrigadas a aumentar os reforços intuindo os homens da regência a praticarem os mais sublimes atos de renúncia pelo bem coletivo a fim de que a luz do porvir na pátria não se transformasse em trevas e não paralisasse os interesses do Senhor para com a nossa terra natal.
D. Pedro II reencarna dentro dessa conjuntura e aos quinze anos de idade adquire o poder de governar o país. Para bem cumprir sua missão, abstraia-se dos textos legais e norteava suas decisões mais pela imprensa do que pelos seus ministros, desgostando os políticos da época. Conseguiu com seu caráter evolucionista um grande progresso de liberdade de opinião e a calma voltara ao Brasil. Por não seguir as inspirações do mundo invisível, interfere na liberdade do Uruguai, ocasionando com isto a guerra do Paraguai, pois este país se sentindo ameaçado na sua segurança declarou-se contra o Brasil, iniciando uma contenda que durou cinco anos de martírio e sofrimentos. (Xavier, 1977, cap. XX)
9. A MAIORIDADE POLÍTICA BRASILEIRA (II)
À medida que o tempo passava, as repercussões internacionais e a experiência dos políticos brasileiros clamava por uma mudança estrutural do nosso modelo de economia política, muito embora D. Pedro II fosse um exemplo de discórdia e benevolência. Os políticos da época pressionaram-no e nos primeiros meses de 1888, sob a influência dos mentores invisíveis da pátria, o imperador é afastado do trono, voltando a Regência à Princesa Isabel, promulgando a treze de maio de mil oitocentos e oitenta e oito a lei que extinguia o cativeiro no Brasil.
Ao se extinguir a servidão, o Brasil passava ao regime de maioridade política, isto é, os habitantes deste território receberiam doravante influências indiretas do plano espiritual, mas seriam responsáveis diretos pelos seus erros e acertos. Denominamos República à oficialização desse índice de maioridade, firmado a quinze de novembro de 1889 por Deodoro da Fonseca e uma plêiade de inteligências cultas e vigorosas.
É útil recordarmos o grau de evolução de Longinus, que deixou a coroa sem derramamento de sangue, repeliu todas as sugestões dos Espíritos apaixonados pelo poder, não aceitou dinheiro pelo seu exílio, porém levou consigo um punhado de terra brasileira que muito soubera amar.
O plano espiritual, afim de corroborar este grau de liberdade adquirido, delegava autoridade aos grandes médiuns, que seriam os portadores da luz do Cristo, com a função de concentrar as energias do povo, dirigindo-as para o alvo sagrado da evolução material e espiritual. Dentre eles citamos a personalidade de Bezerra de Menezes, aclamado na noite de julho de1895 diretor de todos os trabalhos de Ismael no Brasil. (Xavier, 1977, cap. XXI a XXX).
10. CONCLUSÃO
Este estudo da História Econômica do Brasil, à luz da espiritualidade, deu-nos a oportunidade de aumentarmos os nossos conhecimentos a respeito do povo, do governo e dos agentes do mundo invisível
acompanhamos o desenrolar dos fatos históricos e percebemos que a maioridade política se desenvolve da mesma forma que o livre-arbítrio no campo individual; que as decisões que julgávamos individuais abrangem uma amplitude mais ampla, porque aquele que decide recebe influências dos ministros, da imprensa, da esposa, e muito mais do plano espiritual, que até a proclamação da república a ascendência espiritual era direta, passando depois a fazer por sugestões telepáticas; que ainda hoje estamos com a boa influência, embora o livro de Humberto de Campos só explica até o período republicano.
Vimos, por fim, que o poder é transitório, que as paixões inflamam os indivíduos, que pouco é o que sabemos e, por essa razão, devemos ter muita humildade, a fim de podermos trilhar o caminho da felicidade, o qual nos conduzirá ao Cristo e à caridade.
11. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. 9 ed., São Paulo, Editora Nacional, 1969.
FURTADO, M. B. Síntese da Economia Brasileira. 2 ed., Rio de Janeiro, LTC, 1983.
XAVIER, F. C. Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (pelo Espírito Humberto de Campos). 11. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.
São Paulo, agosto de 1984