quarta-feira, 28 de junho de 2017

Chico Xavier será homenageado em Uberaba



Na próxima sexta-feira (30), o Memorial Chico Xavier, em Uberaba, terá uma programação especial alusiva aos 15 anos de morte do médium. O evento, organizado pela Fundação Cultural (FCU), começa às 9h e será aberto ao público. Haverá concerto da Orquestra Municipal e também declamação teatral de frases e ensinamentos de Chico.

Os visitantes também vão poder conferir a exposição fixa “Chico Xavier – Memória e Amor”, que traz a trajetória de vida do líder espírita, composta por objetos, fotografias, informações e uma holografia com imagem e mensagem de Chico.

A mostra também conta com exposição de fotos do médium registradas pelo repórter fotográfico Paulo Nogueira, além de documentos, a mesa e a cadeira onde Chico realizou as primeiras psicografias, emprestadas pela Comunhão Espírita Cristã de Uberaba.

Segundo o museólogo da FCU, Carlos Vitor Silveira de Souza, a programação celebrará, também, os 90 anos de mediunidade de Chico Xavier. “Em 1927 ele começou a participar de reuniões mediúnicas quando a irmã dele, Maria Xavier, ficou doente por uma suposta obsessão.

Este foi o primeiro contato com o espiritismo e naquele ano ajudou a fundar o Centro Espírita Luiz Gonzaga, o primeiro de Pedro Leopoldo. Foi nesse local que Chico passou a conhecer e estudar as obras de Allan Kardec, e fez a primeira psicografia”, contou Carlos.

Com 450 livros publicados e cerca de dez mil cartas psicografadas, Francisco Cândido Xavier nasceu em 1910 na cidade de Pedro Leopoldo, e morreu em 2002, aos 92 anos, em Uberaba, devido a uma parada cardíaca. O dia de seu falecimento, que gerou grande tristeza e comoção nacional, também foi o dia em que o Brasil comemorava o título de pentacampeão na Copa do Mundo de futebol.

O Memorial Chico Xavier, localizado na Avenida João XXIII, nº 2011, Bairro Parque das Américas, está aberto para visitação de terça a domingo, sempre das 13h às 18h.

Fonte: http://www.meulivroespirita.blog.br/2017/06/chico-xavier-sera-homenageado-em-uberaba.html

Todos os humanos são médiuns e interagem com os Espíritos. Por Marcos Villas-Bôas

O Livro dos Médiuns, publicado por Allan Kardec, é considerado a grande obra sobre mediunidade, porém, após ele, muitas outras vieram, até porque médiuns espetaculares encarnaram e puderam ser estudados, sobretudo no Brasil, como Yvonne do Amaral Pereira (1900-1984), Francisco Cândido Xavier (1910-2002) e Divaldo Pereira Franco (1927-).

​Percebe-se pelas datas acima que a mediunidade não é doença e que é possível viver por muitíssimos anos passando por fenômenos surpreendentes, mas isso desde que sejam compreendidos e que o indivíduo saiba tomar os cuidados devidos para que a sua faculdade não lhe ocasione perturbações ou, o que é pior, doenças de ordem física ou mental. 

Neste blog, insistimos muito na explicação científica sobre a existência dos Espíritos devido à capacidade que tem essa teoria de mudar a vida das pessoas para melhor. Dado que todos são médiuns, ninguém deixa de interagir com os Espíritos diariamente, o que afeta suas vidas de forma positiva ou negativa. Entendendo muito bem como se dá essa interação, é possível agregar mais experiências positivas do que negativas.

Todos são médiuns, pois o ser humano tem uma faculdade ínsita a ele de receber vibrações, pensamentos e até outras influências de seres desencarnados. A glândula pineal, sobre a qual voltaremos a tratar em outros textos, que é muito pouco estudada pela Medicina, teria papel essencial na emanação dessa faculdade.

No item 159 do Livro dos Médiuns, está dito que são raras as exceções de pessoas que não têm esse “canal” aberto para o mundo espiritual ao menos em estado rudimentar:

“159. Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva”.

Normalmente, o que se entende por médium no dia a dia é aquele chamado no meio espírita de “médium ostensivo”, alguém com faculdades muito evidentes, que lhe permitem ver ou ouvir os Espíritos, ou ainda que permitam aos Espíritos escrever (psicografia) ou falar (psicofonia) por meio dele.

A mediunidade está, contudo, muito mais no dia a dia humano do que se pensa. Muitos há que podem enxergar campos magnéticos em torno das pessoas, vendo uma tênue linha de energia em volta do corpo (ex. a aura). Outros podem sentir, durante uma meditação ou outra atividade relaxante, formigamentos na pele, pressões na cabeça ou outras reações físicas decorrentes da conexão com Espíritos.

Muitos há que chegam em determinado local e sentem uma vibração ruim nele, descobrindo depois que algo negativo acontecia ali. Muitos há que sentem uma vibração ruim em certas pessoas e depois descobrem que ela estava passando por problemas ou que carrega muitos pensamentos negativos.

Acima de tudo, a mediunidade que a maioria tem é uma sensibilidade em relação às vibrações de outros Espíritos encarnados e desencarnados, que permite receber deles influências e ser até mesmo dirigido. Na pergunta 459 do Livro dos Espíritos, que Kardec faz a um Espírito, ele responde assim:

“459. Influem os Espíritos em nosso pensamentos e em nossos atos?

- Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem”.

Até pelo fato de se saber que todos têm um guia espiritual, é preciso que se tenha a mediunidade para haver influência por parte desse guia na vida do indivíduo. Muitas vezes, é ele quem nos dirige. Outras vezes são Espíritos menos evoluídos, que buscam satisfazer seus desejos, como vingança, diversão, vícios em álcool, fumo ou outras drogas etc.

A compreensão da mediunidade é fundamental para que os indivíduos possam se conectar cada vez mais com Espíritos, encarnados ou desencarnados, que sejam evoluídos, pois um dos fatores elementares da mediunidade é abrir o ser para um magnetismo em relação aos demais seres. Todos nós, encarnados ou desencarnados, nos atraímos ou repelimos por sintonia das vibrações.

Há diversos tipos de mediunidade, muitos deles catalogados em O Livro dos Médiuns, que é resultado de anos de observações realizadas por Kardec em reuniões mediúnicas, contando com esclarecimentos de Espíritos superiores, os quais assinam muitas das comunicações transcritas na obra.

Não iremos mais adentrar em questões sobre a existência ou não de Espíritos ou de mediunidade, pois cabe a cada um pesquisar e tirar suas próprias conclusões. Focaremos na proposta principal deste blog que é, por uma visão científica, estudar a espiritualidade de modo a ajudar as pessoas a interagirem melhor com ela, realizando progressos em suas vidas.

Para quem tiver curiosidade sobre o tema, a literatura sobre ele é vastíssima. Ver, por exemplo, a obra Recordações da Mediunidade, de Yvonne Pereira, cujo trecho interessante destacamos abaixo:

“Aos 4 anos eu já me comunicava com Espíritos desencarnados, pela visão e pela audição: via-os e falava com eles. Eu os supunha seres humanos, uma vez que os percebia com essa aparência e me pareciam todos muito concretos, trajados como quaisquer homens e mulheres. Ao meu entender de então, eram pessoas da família, e por isso, talvez, jamais me surpreendi com a presença deles. Uma dessas personagens era-me particularmente afeiçoada: eu a reconhecia como pai e proclamava como tal a todos os de casa, com naturalidade, julgando-a realmente meu pai e amando-a profundamente. Mais tarde, esse Espírito tornou-se meu assistente ostensivo, auxiliando-me poderosamente a vitória nas provações e tornando-se orientador dos trabalhos por mim realizados como espírita e médium. Tratava-se do Espírito Charles, já conhecido do leitor por meio de duas obras por ele ditadas à minha psicografia: Amor e ódio e Nas voragens do pecado” (p. 30).

A resposta comum dos que não compreendem o assunto é pensar que uma afirmação como essa acima é obra da imaginação ou de peças que a consciência prega nas pessoas, porém essa conclusão é de logo afastada pelo caráter inteligente das comunicações obtidas desses seres invisíveis, que transmitem ideias importantes, das quais muitas vezes ninguém mais tinha conhecimento, a não ser aquele indivíduo encarnado a quem o Espírito se refere como sendo a mesma pessoa.

Os Espíritos, frequentemente, sabem de fatos de que apenas nós mesmos temos conhecimento, ou dos quais nem nós mesmos nos lembrávamos, sendo que eles nos rememoram para poder nos ajudar, nos ensinar algo.

Muitos casos atribuídos, portanto, hoje à esquizofrenia, a alguma espécie de loucura ou demência pela Medicina são, na verdade, espirituais e precisam ser tratados como tal. O desconhecimento do mundo invisível tem levado muitos à depressão e até ao suicídio, cujos números são hoje alarmantes, denotando que a sociedade está doente e que há uma falha grave na Medicina atual.

Como para muitos é, de fato, difícil de crer nos Espíritos e na sua influência sem uma prova mais material, não custa, então, ao menos levar aqueles que sofrem de algum mal desse tipo até um local onde se trabalhe com a espiritualidade e que possa prestar algum tipo de ajuda, mantendo o tratamento médico, nem que seja para causar um efeito placebo, que a própria Medicina reconhece. Se não houver qualquer efeito no tratamento espiritual, basta esquecê-lo e continuar o tratamento médico normalmente.

Nunca se deve deixar o tratamento indicado pelo médico, mas agregar outros é aconselhável, dado que a Medicina, como toda ciência, vem progredindo vagarosamente. Desde muitos séculos antes de Cristo, os médicos sangravam os indivíduos pressupondo que eles se curariam de suas doenças, colocando o mal para fora por meio do sangue. Essa era a forma de tratamento mais avançada para tratar muitas doenças, segundo a ciência, até o século XIX, ou seja, há menos de 200 anos.

Hoje, com a evolução da Medicina enquanto ciência, descobriu-se que a sangria terminava causando a morte de muitas pessoas que poderiam ser curadas, tendo se restringido o tratamento a casos muito específicos em que é preciso descoagular o sangue de uma região ou reduzir nele a quantidade de ferro. 

Deste modo, como em qualquer outra ciência, e isso será cada vez mais rápido, dentro do período de um século muito do que se tinha por verdade irrefutável passa a ser considerado uma enorme bobagem. O mesmo acontecerá brevemente com o materialismo, pois o processo já está em marcha.

Yvonne do Amaral Pereira é uma das provas de que a mediunidade é um conjunto de faculdades que, quando bem desenvolvidas, podem gerar efeitos que a maioria dos humanos caracterizaria como miraculoso. Sua vida foi repleta de provas, assim como a de muitas outras pessoas que passam por situações parecidas, mas não descobrem que são médiuns, muitas vindo a se suicidar pela sucessão de perturbações que acaba enfrentando.

A vida de Dona Yvonne, como é também conhecida, foi, por exemplo, marcada por experiências de morte aparente, que quase lhe levaram a ser enterrada viva quando tinha apenas um mês de vida, e se repetiram mais tarde:

“Certa noite, inesperadamente, verificou-se o fenômeno de transporte em corpo astral, com a característica de morte aparente. Felizmente para todos os de casa, a ocorrência fora em hora adiantada da noite, como sucede nos dias presentes, e apenas percebido pela velha ama que dormia conosco e que fora testemunha do primeiro fenômeno, no primeiro mês do meu nascimento. Pôs-se ela então a debulhar o seu rosário, temerosa de acordar os de casa, o que não a impediu de me supor atacada de um ataque de vermes e por dando-me vinagre a cheirar; mas como o alvitre se verificara infrutífero para resolver a situação, preferiu as próprias orações, o que, certamente, equivaleu a excelente ajuda para a garantia do transe. Somente no dia seguinte, portanto, o fato foi conhecido por todos, por mim inclusive, que me lembrava do acontecimento como se tratasse de um sonho muito lúcido e inteligente” (p. 35).

Um dos maiores especialistas em doenças decorrentes da não educação da mediunidade ou da compreensão dos aspectos espirituais da consciência humana é Adolfo Bezerra de Menezes (1831-1900), que foi médico, político, espírita, dentre outras atividades. Sua vida está retratada no filme “Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito”, que pode ser encontrado aqui: https://www.youtube.com/watch?v=JD52pssheVA.

Vários médiuns escreveram muitos textos atribuídos ao Espírito Bezerra de Menezes, inclusive Dona Yvonne. Sobre os efeitos danosos da mediunidade e da não compreensão da influência da espiritualidade sobre a consciência humana, ela diz o seguinte, com base no Dr. Bezerra:

“O Espírito Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, a quem tanto amamos, observou, em recentes instruções a nós concedidas, que nos manicômios terrestres existem muitos casos de suposta loucura que mais não são que estados agudos de excitação da subconsciência recordando existências passadas tumultuosas, ou criminosas, ocasionando o remorso no presente, o mesmo acontecendo com a obsessão, que bem poderá ser o tumulto de recordações do passado enegrecido pelos erros cometidos, recordações indevidamente levantadas pela pressão da vítima de ontem transformada em algoz do presente. Muitos chamados loucos, e também certo número de obsidiados, costumam asseverar que foram esta ou aquela personalidade já vivida e fizeram isto ou aquilo, narrando, por vezes, atos deploráveis” (p. 39).

É amplamente sabido que a Medicina ainda não explica uma porção de casos de loucura e usa, inclusive, tratamentos agressivos, que não obtêm resultado em muitas das situações. Não havendo uma compreensão dos aspectos espirituais dessas doenças, não se avançará.

“Não obstante, existem também homens que recordam suas vidas passadas sem padecerem aqueles desequilíbrios, conservando-se normais. Os médiuns positivos, ou seja, que possuam grandes forças intermediárias (eletromagnetismo, vitalidade, intensidade vibratória, sensibilidade superior, vigor mental em diapasão harmônico com as forças físico-cerebrais), serão mais aptos do que o normal das criaturas ao fenômeno de reminiscências do passado, por predisposições particulares, portanto. Assim sendo, e diante do vasto noticiário que produzimos acerca do empolgante acontecimento, temos o direito de deduzir que o fato de recordar o próprio passado reencarnatório é uma faculdade que bem poderá ser mediúnica, que, se bem desenvolvida e equilibrada, não alterará o curso da vida do seu possuidor, mas, se ainda em elaboração e prejudicada por circunstâncias menos boas, causará lamentáveis distúrbios, tal a mediunidade comum, já que o ser médium não implica a obrigatoriedade de ser espírita” (p. 40).

Nota-se, desses trechos da obra de Dona Yvonne, a seriedade dos fenômenos mediúnicos e dos demais aspectos espirituais sobre a mente humana. A ciência precisa se dedicar a eles, buscando os métodos de tratamento mais eficazes para evitar o sofrimento de milhares de pessoas em todo o mundo.

Veremos em textos seguintes mais experiências de Dona Yvonne e de outros médiuns sobre as repercussões da espiritualidade, especialmente da mediunidade, na vida humana encarnada.
Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia/todos-os-humanos-sao-mediuns-e-interagem-com-os-espiritos-por-marcos-villas-boas#.WVJhtvQe5I4.facebook

sexta-feira, 23 de junho de 2017

A História de Valéria, narrada em vídeo por Chico Xavier



A História de Valéria, narrada em vídeo por Chico Xavier.
- Uma das histórias mais lindas contadas pelo médium.

~ A História de Valéria ~


Por volta de 1953 até 1959, quando mudamos para Uberaba, nós sempre, desde muitos anos, fazíamos assistência, uma assistência carinhosa de levar uma oração ou a expressão de fraternidade a doentes, a necessitados, quando uma senhora nos pediu para visitar a irmã dela, que tinha se tornado hemiplégica e muda.

A moça tinha uns 40 anos, chamava-se Valéria.

Então, fomos a primeira vez; nós fazíamos, sempre aos sábados, nossas visitas.

Íamos visitar Valéria, levávamos um pedaço de bolo, algumas balas. Isso que se dá a uma criança, porque a gente não podia fazer mais, mas visitávamos Valéria com muito carinho; eram diversas casas e ela, Valéria, estava numa delas. A irmã dela cha-mava-se D. Laura.

A casa se erguia num lugar onde, em Pedro Leopoldo, se construiu o recinto das exposições pecuárias; eu estou explicando, porque alguém na minha cidade poderá perguntar onde estava esta casa; estava no lugar onde está hoje o recinto das exposições pecuárias.

Então, todos os sábados, durante uns seis anos, visitávamos Valéria e levávamos uma prece, e ela guardava um pedaço de bolo debaixo do travesseiro. A irmã dela, a dona da casa, muito distinta, muito amiga, nos recebia com muito carinho.

Num sábado, eu fazia a prece; no outro sábado, outro amigo fazia a prece; no outro, uma senhora fazia a prece, e, assim, estávamos há uns seis anos, quando Valéria foi acometida por uma gripe pneumônica muito sé-ria e D. Laura chamou um médico e o médico avisou que ela estava às portas de uma pneumonia, e a pneumonia se manifestou.

A pneumonia se manifestou, e nós chegamos no sábado. Ela estava muito abatida e, todas as vezes que nós íamos, eu falava:

— Valéria, agora você fala Deus! (Ela lutava muito para falar, porque ela entendia tudo, mas não conseguia).

Eu falava assim:

— Jesus, Valéria!

Ela fazia força, mas a língua enrolava e ela não conseguia; isso se repetiu mais de seis anos, mas, neste sábado, a pneumonia...

Eu falei:

— D. Laura, ela está com febre muito alta, o que diz o médico?

— Bem, o médico, que está tratando, já deu bastantes antibióticos, e ela está bem medicada.

E eu falei assim:

— Está bem, agora, ao invés de virmos aos sábados, viremos todos os dias.

E ela sempre piorando. Então, num sábado, no último sábado, depois que fizemos a prece, eu falei:

— Valéria, fala Jesus, fala Deus!

E ela: ã, ã, ã, ã, ã, mas não falava. Eu falei:

— Valéria, Jesus andou no mundo, curou tanta gente, tantos iam buscá-lo nas estradas, na casa onde ele permanecia, e pediam a ele a graça da melhora, da cura e foram curados.

— Lembre-se de Jesus andando e você caminhando, embora você não esteja caminhando há tantos anos, lembre-se de você caminhando e chegando aos pés dele e dizendo: Jesus! Fale Jesus!

Aí ela falou:

— Josusu, Josusu!

Eu falei:

— Meu Deus, mas que alegria, Valéria falou o nome de Jesus, que coisa maravilhosa! D. Laura, venha cá para a senhora ver!

Ela com muita febre, mas ficou satisfeita falando:

— Josusu! Josusu!

E não me esqueço daquele nome vibrando nos meus ouvidos. Eu falei:

— Ela vai melhorar, ela está falando Jesus, D. Laura.

Nós todos muito alegres, ela sorrindo, mas desinteressada do bolo que tínhamos levado, a febre muito alta.

Eu falei:

— Valéria, repete, eu estou tão interessado de ver você falar o nome de Jesus. Fale Jesus, Jesus!

— Josusu, Josusu!

Mas dando todas as forças. Aí, eu disse:

— Se Deus quiser, ela está muito melhor.

Mas, no outro dia de manhã, chegou a notícia de D. Laura de que Valéria tinha falecido pela manhã, tinha desencarnado.

Fomos para lá, e tal, e lembramos muito aquela amiga que estava partindo. Comoveu-nos muito e sofremos bastante, porque ela era muito, era muito querida, uma criatura que não falava, mas tinha gestos extraordinários.

Mas os anos rolaram, os anos passaram, e eu mudei para Uberaba e, em 1976, fui vítima de um enfarte, enfarte que me levou ao médico, que me hospitalizou em casa.

Disse-me assim:

— Não, você pode conturbar o ambiente do hospital com visitas, é melhor você ficar hospitalizado em casa, a porta do quarto ficará com acesso apenas a esta senhora, que é enfermeira.

É uma senhora, que está conosco, de nome D. Dinorá Fabiano.

Então, D. Dinorá era a única pessoa que entrava, para eu ficar 20 dias mais ou menos imóvel e eu fiquei, mas isso não impedia que os espíritos me visitassem e, então, muitos amigos desencarnados de Pedro Leopoldo, de Uberaba, entravam assim à tarde ou à noite e eu conversava em voz alta.
E eu falei:

— D. Dinorá, quando a senhora me encontrar falando sozinho, a senhora não se impressione, eu estou conversando com alguém.

Ela falou:

— Não, eu compreendo, eu compreendo.

Ficou naquilo, não é?

E uma tarde entrou uma moça muito bonita (no quarto havia sempre uma cadeira perto da cama).

Ela entrou, eu falei em voz alta:

— Pode fazer o favor de sentar.

Ela falou:

— Você não está me conhecendo?

Eu respondi:

— Olha, a senhora vai me perdoar, eu tenho andado doente com problemas circulatórios e eu estou com a memória estragada e eu não estou me lembrando.

Mas era um desculpa, era porque eu não estava reconhecendo mesmo.
Então, ela falou assim:

— Mas nós somos amigos, eu quero tão bem a você.

Era uma moça morena, muito bonita; aí eu falei:

— Olha, eu não posso assim de momento fazer muito esforço de memória, porque o médico me recomendou repouso mental. Minha senhora, faça o favor de dizer o nome.

Ela falou assim:

— Não, eu não vou dizer, eu quero ver se você lembra; eu sou uma de suas amizades de Pedro Leopoldo.

Eu falei assim:

— Então, a senhora pode falar; se a senhora falar Maria ou Alice, eu conheço tantas. Então fale o sobrenome da família, porque pela família eu vou saber.

Ela falou assim:

— Não, eu não vou falar, eu vou falar um nome só; quando eu falar, você vai lembrar quem é que eu sou.

Eu falei:

— Então, a senhora faz o favor, fale o nome, o nome que a senhora quer falar e ela foi e falou assim:

— Josusu!

Eu disse:

— Meu Deus, é a Valéria! Meu Deus, Valéria, como você está bonita! Eu não mereço a sua visita.

Ela disse:

— Mas eu vim lembrar os nossos sábados, em que nós orávamos tanto. Eu me lembrei da última palavra e eu vim te trazer confiança em Jesus.

(Chico relata o episódio muito emocionado).

Pôs a mão no meu peito e a dor desapareceu.

Então, isso para mim, eu acho que o nome de Jesus é tão grande, é tão grande, que remove os nossos obstáculos orgânicos.

Eu estou com uma angina que ficou como sendo uma herança do enfarte, mas uma angina muito bem controlada. Eu sigo as instruções médicas, as instruções dos amigos espirituais, me abstenho de tudo aquilo que não posso usufruir, de modo que eu, graças a Deus, estou, vamos dizer, estou doente, mas estou são. Se alguém puder compreender...

(Do livro Jesus em Nós – F.C.Xavier / Emmanuel)

quinta-feira, 22 de junho de 2017

12 fatos sobre a influência dos espíritos em nós

Muitas pessoas nos perguntam, com frequência, sobre como funciona a influência dos espíritos em nossas vidas, incluindo as obsessões. Pensando nisso, trazemos abaixo 12 perguntas e respostas retiradas de O Livro dos Espíritos, obra referência para estudo da doutrina espírita.

Confira:


1. Vêem os Espíritos tudo o que fazemos? 

“Podem ver, pois que constantemente vos rodeiam. Cada um, porém, só vê aquilo a que dá atenção. Não se ocupam com o que lhes é indiferente.”


2. Podem os Espíritos conhecer os nossos mais secretos pensamentos? 

“Muitas vezes chegam a conhecer o que desejaríeis ocultar de vós mesmos. Nem atos, nem pensamentos se lhes podem dissimular.” 


a) - Assim, mais fácil nos seria ocultar de uma pessoa viva qualquer coisa, do que a esconder dessa mesma pessoa depois de morta? 


“Certamente. Quando vos julgais muito ocultos, é comum terdes ao vosso lado uma multidão de Espíritos que vos observam.”


3. Com que fim os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal? 

“Para que sofrais como eles sofrem.” 


a) - E isso lhes diminui os sofrimentos? 


“Não; mas fazem-no por inveja, por não poderem suportar que haja seres felizes.” 


b) - De que natureza é o sofrimento que procuram infligir aos outros? 


“Os que resultam de ser de ordem inferior a criatura e de estar afastada de Deus.”


4. Que pensam de nós os Espíritos que nos cercam e observam? 

“Depende. Os levianos riem das pequenas partidas que vos pregam e zombam das vossas impaciências. Os Espíritos sérios se condoem dos vossos reveses e procuram ajudar-vos.” Influência oculta dos Espíritos em nossos pensamentos e atos."


5. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? 

“Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”


6. As fórmulas de exorcismo têm qualquer eficácia sobre os maus Espíritos? 

“Não. Estes últimos riem e se obstinam, quando vêem alguém tomar isso a sério.”


7. A prece é meio eficiente para a cura da obsessão? 

“A prece é em tudo um poderoso auxílio. Mas, crede que não basta que alguém murmure algumas palavras, para que obtenha o que deseja. Deus assiste os que obram, não os que se limitam a pedir. É, pois, indispensável que o obsidiado faça, por sua parte, o que se torne necessário para destruir em si mesmo a causa da atração dos maus Espíritos.”


8. Que se deve pensar da expulsão dos demônios, mencionada no Evangelho? 

“Depende da interpretação que se lhe dê. Se chamais demônio ao mau Espírito que subjugue um indivíduo, desde que se lhe destrua a influência, ele terá sido verdadeiramente expulso. Se ao demônio atribuirdes a causa de uma enfermidade, quando a houverdes curado direis com acerto que expulsastes o demônio. Uma coisa pode ser verdadeira ou falsa, conforme o sentido que empresteis às palavras. As maiores verdades estão sujeitas a parecer absurdos, uma vez que se atenda apenas à forma, ou que se considere como realidade a alegoria. Compreendei bem isto e não o esqueçais nunca, pois que se presta a uma aplicação geral.”

9. Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos? 

“Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: “Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”


10. Há Espíritos que se liguem particularmente a um indivíduo para protegê-lo? 

“Há o irmão espiritual, o que chamais o bom Espírito ou o bom gênio.”


11. Que se deve entender por anjo de guarda ou anjo guardião? 

“O Espírito protetor, pertencente a uma ordem elevada.”


12. Qual a missão do Espírito protetor? 

“A de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.”


Fonte: http://www.meulivroespirita.blog.br/2017/06/12-fatos-sobre-influencia-dos-espiritos.html?m=1

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Um alerta do Irmão Jacob

Frederico Figner, que no livro Voltei adotou o pseudônimo de “irmão Jacob”, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, foi diretor da Federação Espírita Brasileira e espírita atuante, prometeu escrever do além tão logo lá chegasse. Quando encarnado, acreditava que a morte era uma mera libertação do espírito e que seguiria para as esferas de julgamento de onde voltaria a reencarnar, caso não se transferisse aos Mundos Felizes. Mas, conforme seu depoimento, o que aconteceu após a sua desencarnação não foi bem assim.

Deixou-nos um alerta. "Não se acreditem quitados com a Lei, atendendo pequeninos deveres de solidariedade humana."

Quando ainda doente no mundo espiritual, pediu para escrever sobre o que acontece após morte. Recebeu permissão, mas encontrou dificuldades fluídicas. Ofendeu-se quando foi impedido de se comunicar.

Irmão Andrade, seu guia espiritual, ajudou na sua desencarnação. Ele sentiu dois corações batendo. A visão alterava-se. Sentia-se dentro de um nevoeiro enquanto recebia passes. A consciência examinava acertos e desacertos da vida, buscando justificativas para atenuar as faltas cometidas.

De repente, viu-se à frente de tudo que idealizou e realizou na vida. As ideias mais insignificantes e os mínimos atos desfilavam em uma velocidade vertiginosa. Tentou orar, mas não teve coordenação mental. Chorou quando viu o vulto da filha Marta aconselhando-o a descansar.


PRECISARIA DE MAIS TEMPO PARA O DESLIGAMENTO TOTAL


Durante o transe, amparado por sua filha Marta, tentou falar e se mexer, mas os músculos não obedeceram. Viu-se em duplicata, com fio prateado ligando-o ao corpo físico. Precisaria de mais tempo para o desligamento total.

Sua capacidade visual melhorou e divisou duas figuras ao lado da filha Marta: Bezerra de Menezes e o irmão Andrade. Tentou cumprimentá-los, mas não conseguiu se erguer. Continuava imantado aos seus objetos pessoais. Precisava sair daquele ambiente para se equilibrar.

Foi levado para perto do mar para renovar as forças. As dores desapareceram. Descansou. Teve a sensação de haver rejuvenescido e notou que estava com trajes impróprios, na ilusão de encontrar alguém encarnado.

Na volta para casa, vestiu um terno cinza. Uma senhora encarnada que caminhava em direção a eles passou sem que nada ocorresse de ambos os lados. Recomposto da surpresa foi informado que estão em dimensões diferentes. No velório, projeções mentais dos presentes provocam-lhe mal-estar e angústia.

No velório, Jacob analisou as dificuldades e as lutas de um "morto" que não se preparou. Os comentários divergentes a seu respeito provocaram-lhe perturbações passageiras. Continuava ligado ao corpo. Bezerra esclareceu que não é possível libertar os encarnados rapidamente, depende da vida mental e dos ideais ligados à vida terrestre.


A Conversação. Jacob melhorou e se aproximou de amigos encarnados, mas não do corpo, conforme orientação recebida. Percebeu entidades menos simpáticas e foi impedido de responder. Decepcionou-se com comentários de amigos encarnados sobre as despesas do enterro. Não conseguiu suportar estes dardos mentais.



ENTERROS MUITO CONCORRIDOS


Viu círculos de luz num dos carros, e percebeu orações a seu favor, e alegrou-se. Assistiu de longe, pois Bezerra informou que enterros muito concorridos impõem grande perturbações à alma. Descobriu que quem não renunciou aos hábitos e sentidos do corpo demora para se desprender.


Entre companheiros. Finalmente liberto do corpo, Jacob visitou seu lar e seu núcleo de trabalho. Abraçou amigos e seguiu em direção à praia para se reunir com outros espíritos recém-desencarnados. Durante o trajeto, ficou preocupado por não lembrar de vidas passadas e por não saber onde iria morar. Sua filha garantiu que tudo seria solucionado pouco a pouco.


Minutos depois, respeitável senhora chegou acompanhada de benfeitores e saudou a todos. Jacob viu uma luz irradiando de seu tórax e sentiu inveja. Marta o repreendeu. Bezerra fez uma preleção informando que aqueles que não tiverem serenidade terão dificuldades no caminho que será percorrido até a colônia espiritual.


COMO DEVEMOS PARTICIPAR DE UM VELÓRIO


Como se trata de um evento muito delicado para o desencarnante, gostaríamos de relacionar alguns comportamentos para todos aqueles que se dirigirem a um velório:

- Orar com sinceridade em favor do desencarnante e de sua família, compreendendo que mais cedo ou mais tarde chegará a nossa hora e que, então, constataremos o gigantesco valor da prece a nós dirigida em situações como a desencarnação;

- Esforçar-se para não lembrar episódios infelizes envolvendo o desencarnante, compreendendo que todo pensamento tem elevada repercussão espiritual;

- Estar sempre disponível para o chamado “atendimento fraterno” com os irmãos presentes, mas não esquecer que o velório não é uma situação adequada a debates de natureza filosófico-religiosa;

- Respeitar a religião de todos os presentes e os cultos correspondentes a essas crenças, buscando contribuir efetivamente para a psicosfera de solidariedade do ambiente mesmo que em silêncio;

- Não perder o foco do objetivo maior da presença no velório, que é o auxílio espiritual ao desencarnante e aos familiares, assim como aos Espíritos desencarnados que estejam no local necessitando de auxílio através da oração para contribuir no desligamento do desencarnante;

- Se convidado a enunciar prece ou algumas palavras de homenagem ao desencarnante, tomar o cuidado de manter sempre a brevidade, a objetividade e o otimismo, evitando quaisquer imagens negativas que possam ser sugeridas por nossas palavras em relação aos irmãos presentes, sejam eles encarnados ou desencarnados;

- Aproveitar a ocasião para refletir sobre a impermanência de todas as situações materiais da vida física, fortalecendo o nosso desejo de amar e servir durante o tempo que ainda nos resta no corpo físico.


OS ESPÍRITOS NÃO FICAM NAS SEPULTURAS


Como se sabe, a visita às sepulturas apenas expressa que lembramos do amado ausente. Mas não é o lugar, objetos, flores e velas que realmente importam. O que importa é a intenção, a lembrança sincera, o amor e a oração. Túmulos suntuosos não importam e não fazem diferença para quem parte.

No programa Debate na Rio, que apresento na Rádio Rio de Janeiro, um ouvinte perguntou onde ele poderia orar no dia 2 de novembro pela alma de um amigo que foi cremado, e as cinzas jogadas no mar. Eu respondi que ele poderia orar de um leito de hospital, no templo religioso, em casa ou na prisão, pois não é preciso ir ao cemitério para orar pelo falecido. Os espíritos desencarnados não ficam nos túmulos presos aos despojos mortais. Eles continuam vivendo perto de nós ou nas Colônias Espirituais, como “Nosso Lar”, mostrada em filme.

Podemos, portanto, orar pelos espíritos, onde estivermos. O lugar não importa, desde que a prece seja sincera. Da mesma forma que ligamos pelo celular para alguém que mora em outro país, podemos também orar de qualquer lugar para os entes queridos que vivem na pátria espiritual, usando o “celular” do pensamento. Quando oramos, a força do pensamento emite um fio luminoso impulsionado pelo sentimento de amor, indo ao encontro do espírito para o qual rogamos as bênçãos de Deus.

Porém, o que importa é orarmos com sinceridade em benefício deles; afinal, se os nossos parentes e amigos já são felizes, as nossas preces aumentarão ainda mais essa felicidade. Por sua vez, caso estejam sofrendo, como os espíritos dos suicidas, as nossas orações têm o poder de aliviar os seus grandes sofrimentos. Isso acontece quando oramos; a força do nosso pensamento emite um fio luminoso impulsionado pelo sentimento de amor, que segue em direção ao espírito para o qual rogamos as bênçãos de Deus.


FALAR COM OS DESENCARNADOS PELA ORAÇÃO


Quando sentimos saudade dos parentes ou dos amigos que estão vivendo muito distantes de nós, simplesmente telefonamos para eles, matando a saudade. Assim acontece, também, quando sentimos falta dos entes queridos que partiram para o mundo espiritual, e falamos com eles através da oração. Para tanto, usamos o “celular” do nosso pensamento, pois ao orarmos, emitimos um fio luminoso que é impulsionado pelo sentimento de amor, que vai em direção a esses espíritos que continuamos amando e que continuam a nos amar. Pelo “celular” do nosso pensamento, podemos ligar para eles de qualquer lugar onde estejamos.

FRED FIGNER – IRMÃO JACOB DO LIVRO VOLTEI - PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER
FONTE: http://www.correioespirita.org.br

domingo, 18 de junho de 2017

Congresso espírita terá transmissão ao vivo



Realizado a cada quatro anos, o Congresso Espírita de Mato Grosso que acontece de 17 a 20 de agosto, em Cuiabá, no Hotel Fazenda Mato Grosso, traz como conferencistas, para essa sexta edição, 11 facilitadores espíritas de renome nacional para que, através de suas conferências, fomentem reflexões inerentes à busca do ser enquanto espírito imortal a partir do tema do congresso, Amai-vos e Instruí-vos. O evento, que está sendo preparado para receber presencialmente duas mil pessoas, será transmitido ao vivo pelo site da Federação Espírita do Estado e pelo canal Febtv. 

Presidente da Federação Espírita de Mato Grosso (Feemt), Lacordaire Faiad explica que todos os conteúdos que serão apresentados pelos conferencistas deverão convergir para o resgate reflexivo do pensamento que Allan Kardec, o codificador da doutrina espírita, buscou em Jesus. “Porque Jesus fazia esse exercício reflexivo em todas as suas conversas, levando aqueles que se acercavam dele a um processo de reflexão de si para consigo e de si para com a vida”, comenta Lacordaire, que também será um dos palestrantes do evento.

Na esteira desse raciocínio acrescenta que o reviver do evangelho de Jesus em espírito e verdade é a proposta e a responsabilidade da doutrina espírita. Por isso, a escolha do tema amai-vos e instruí-vos como fio condutor do congresso. Pontua que essa foi uma das orientações espirituais ditadas por Jesus, enquanto Espírito de Verdade, codificada por Allan Kardec, em 1861, e que consta do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo.

“Ao nos convidar ao amor e à instrução, Jesus nos leva a pensar não somente na educação formal e cognitiva, mas na educação do nosso ser. Talvez hoje dissesse: espíritas, amai-vos e educai-vos. Entendemos que é a educação dos sentimentos e das emoções que acontece através da autoconscientização do amor às leis divinas e dos nossos esforços íntimos para desenvolver as virtudes essenciais”.

Sobre o que chama de brisa reflexiva, Lacordaire acredita que ela esteja chegando a várias áreas do conhecimento. E chama a atenção para esse importante exercício de autoconhecimento. “Por exemplo, nós espíritas, quantas vezes sabemos as perguntas e as respostas contidas no Livro dos Espíritos ou os capítulos do Evangelho Segundo o Espiritismo, mas temos alguma dificuldade em entender, em refletir mais profundamente esses conteúdos para nossas vidas”. 

Serão quase 20 horas de reflexão compartilhadas pelos facilitadores convidados, além das apresentações artísticas capitaneadas pelo Grupo Juventude Ativa, formado por jovens de várias casas espíritas adesas à Federação. E conforme Saulo Gouveia, vice-presidente administrativo da Feemt, o evento também guarda em seu bojo o objetivo de oportunizar o convívio fraterno entre os congressistas. 

Para isso, já há alguns meses, 50 voluntários trabalham na preparação do evento em diversas áreas e durante os quatro dias de congresso, esse número chegará a 150 tarefeiros que deverão estar qualificados não só para acolher os participantes como também para dar fluidez às demandas pontuais na ocasião. 

“Queremos que o evento se torne, a cada edição, mais fraterno, mais afetivo e mais acolhedor”, diz Saulo, ao justificar a preparação prévia com envolvimento de tantas pessoas. “Queremos oportunizar aos congressistas, além dos conteúdos oferecidos à luz da doutrina espírita, a real possibilidade da convivência fraterna”. 

Palestras e palestrantes 

Entre os temas que serão abordados estão, Como desenvolver o amor nas relações familiares (Alberto Almeida), O amor e a superação do sentimento de indiferença (Jorge Godinho), Como desenvolver o amor aos que nos perseguem e caluniam (Gabriel Salum), Como desenvolver o amor a si mesmo (Sandra Borba), O espírita e a liderança amorosa (Saulo Gouveia), O amor e a superação do sentimento de vitimização (Lacordaire Faiad), O amor e a superação das influências espirituais obsessivas (Suely Caldas), O amor e o cumprimento do propósito existencial (Afro Stefanini II), O meio prático para conhecer, compreender, amar e cumprir as leis divinas na consciência (Haroldo Dutra), O amor e a missão do espírito imortal (Alírio de Cerqueira Filho) e Como desenvolver o amor a Deus de todo coração, alma e entendimento (Geraldo Campetti). O médium Raul Teixeira é o convidado especial desta edição.

Serviço

As inscrições para o 6º Congresso Espírita de Mato Grosso poderão ser feitas através do site www.feemt.org.br, em que também são encontradas outras informações sobre o congresso, como valores, palestrantes e a programação completa. Ou pelo telefone (65) 3644 2727. Para entrar em contato com a equipe de comunicação da Feemt : comunicação@feemt.org.br . 

Transmissão ao vivo: www.feemt.org.br/aovivo e www.febtv.com.br (Canal 3)

terça-feira, 13 de junho de 2017

"Nunca mais lamentes a respeito de nada: Todos nós somos fontes de Deus..." - Joanna de Ângelis

Em 1962, Divaldo passou por uma grande provação, ficando vários dias sem condições de conciliar o sono, hora nenhuma, o que lhe trouxera constante dor de cabeça. Numa ocasião, não suportando mais, quando Joanna lhe apareceu, ele lhe falou:

– Minha irmã, a senhora sabe que eu estou passando por um grande problema, uma grande injustiça, e não me diz nada?

–Por isso mesmo eu não te digo nada, porque é uma injustiça. E como é uma injustiça, não tem valor, Divaldo. Tu é quem está dando valor e quem dá valor à mentira, deve sofrer o efeito da mentira. Por que, se tu sabes que não é verdade, por que estás sofrendo? Eu não já escrevi por tuas mãos: “Não valorizes o mal”? Não tenho outro conselho a dar-te.

– Mas, minha irmã, pelo menos me diga umas palavras de conforto moral, porque eu não tenho a quem pedir... 

Então, ela falou:

– Vou dar-te palavras de conforto. Não esperes muito.

E contou-lhe a seguinte parábola:

–Havia uma fonte pequena e insignificante, que estava perdida num bosque. Um dia, alguém, por ali passando, com sede, atirou um balde e retirou água, sorvendo-a em seguida, e se foi. A fonte ficou tão feliz que disse de si para consigo:

– Como eu gostaria de poder dessedentar os viandantes, já que sou uma água preciosa!

E orou a Deus:

– Ajuda-me a dessedentar!

Deus deu-lhe o poder. A fonte cresceu e veio à borda. As aves e os animais começaram a sorvê-la e ela ficou feliz.

A fonte propôs:

–Que bom é ser útil, matar a sede. Eu gostaria de pedir a Deus que me levasse além dos meus limites, para umedecer as raízes das árvores e correr a céu aberto.

Veio então a chuva, ela transbordou e tornou-se um córrego. Animais, aves, homens, crianças e plantas beneficiaram-se dela.

A fonte falou:

– Meu Deus, que bom é ser um córrego! Como eu gostaria de chegar ao mar!

E Deus fez chover abundantemente, informando:

– Segue, porque a fatalidade dos córregos e dos rios é alcançar o delta e atingir o mar. Vai!

E o riacho tornou-se um rio, o rio avolumou as águas. Mas, numa curva do caminho, havia um toro de madeira. O rio encontrou o seu primeiro impedimento. Em vez de se queixar, tentou passar por baixo, contornar, mas o toro de madeira cerceava-lhe os passos. 

Ele parou, cresceu e o transpôs tranquilamente. Adiante, havia seixos, pequeninas pedras que ele carregou e outras imovíveis, cujo volume ele não poderia remover. 

Ele parou, cresceu e as transpôs, até que chegou ao mar. Compreendeste?

– Mais ou menos.

–Todos nós somos fontes de Deus – disse ela. – E como alguém um dia bebeu da linfa que tu carregavas, pediste para chegar até à borda, e Deus, que é amor, atendeu-te. Quisestes atender aos sedentos, e Deus te mandou os Amigos Espirituais para tanto.

Desejaste crescer, para alcançar o mar, e Deus fez que a Sua misericórdia te impelisse na direção do oceano. Estavas feliz.

Agora, que surgem empecilhos, por que reclamas? Não te permitas queixas.

Se surge um impedimento em teu caminho, cala, cresce, transpõe-no, porque atua fatalidade é o mar, se é que queres alcançar o oceano da Misericórdia Divina. Nunca mais lamentes a respeito de nada.

Joanna de Ângelis.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Anjos da guarda existem? | Por Divaldo Franco



Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre. Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis.

Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação.

Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão.

Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta.

São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo.

Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naquele outros de perturbação e vulgaridade.

Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução.

Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha.

Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam.

Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica.

Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.

Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.

Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.

Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres.

Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio.

Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras.

Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração.

O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem.

O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo.

Imana-te a ele.

Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade.

Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso.



Divaldo Franco por Joanna de Angelis