tag:blogger.com,1999:blog-23961783406432732562024-03-13T11:39:12.743-07:00Entendendo a Doutrina EspíritaBlog com a finalidade da Divulgação do Espiritismo, através das lições de Amor que Jesus nos deixou.Entendendo o Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/04163776899814353778noreply@blogger.comBlogger1735125tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-11174317136817501182023-03-14T00:44:00.005-07:002023-03-14T00:55:19.305-07:00Pesquisadores brasileiros são premiados em concurso mundial sobre vida após a morte<div style="text-align: justify;">Por Eliana Haddad</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><img height="251" src="https://espiritualidades.com.br/NOT/Img_Nots/img_2021/Alexandre_Caroli_premiacao.jpg" width="400" /></div><i><div style="text-align: justify;"><i><b>Alexandre Caroli</b></i></div></i><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com um ensaio sobre a obra psicográfica de Chico Xavier, os pesquisadores <i style="font-weight: bold;">Alexandre Caroli Rocha, Marina Weiler </i>e<i style="font-weight: bold;"> Raphael Fernandes Casseb</i> foram premiados no concurso promovido por Robert Bigelow, magnata norte-americano, sobre as melhores evidências que comprovariam a existência da vida após a morte.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nos últimos 30 anos, o empresário tem investido em pesquisas sobre fenômenos paranormais, buscas por vida extraterrestre e em projetos espaciais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para esse concurso, Bigelow destinou aproximadamente dois milhões de dólares em prêmios. Os três primeiros lugares ficaram, respectivamente, com Jeffrey Mishlove: “A sobrevivência da consciência humana após a morte corporal permanente”; Pim van Lommel: “A continuidade da consciência: um conceito baseado em pesquisas científicas sobre experiências de quase-morte durante parada cardíaca” e Leo Ruickbie: “O fantasma na máquina do tempo”. No segundo grupo, foram escolhidos mais onze ensaios, e houve também menções honrosas a um terceiro grupo, com 15 ensaios.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cerca de 1.300 pessoas se propuseram a participar, das quais pouco mais de 200 foram aceitas, de acordo com critérios do concurso, e enviaram ensaios. Havia concorrentes de 38 países. No final, 29 trabalhos foram premiados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>A comissão julgadora</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O concurso demostrou que há uma grande variedade de fenômenos que pesam em favor da sobrevivência da consciência humana após a morte corporal. A comissão julgadora foi formada por profissionais renomados: o psiquiatra Christopher C. Green, neurocientista do Detroit Medical Center; Jeffrey J. Kripal, professor de filosofia na Rice University; a jornalista investigativa Leslie Kean, autora do livro <i>Sobrevivendo à morte: um jornalista investiga evidências para uma vida após a morte</i>, obra em que foi baseada a série <i>Vida após a morte </i>(Netflix); o escritor e psiquiatra Brian Weiss (autor de <i>Muitas vidas, muitos mestres</i>); Jessica Utts, professora de estatística da Universidade da Califórnia; e o engenheiro Harold Puthoff, diretor do Institute for Advanced Studies at Austin.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Análise de psicografias</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os três brasileiros apresentaram um ensaio sobre a psicografia de Chico Xavier, intitulado <i>A mediunidade como a melhor evidência para a vida após a morte: Francisco Cândido Xavier, um corvo branco*</i>, que foi premiado no segundo grupo. Foi o único a centrar seus argumentos na análise de psicografias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Dividimos os livros do Chico Xavier em três grupos: primeiro, aqueles que ele atribuiu a autores como Emmanuel e André Luiz, nomes que não nos remetem a pessoas conhecidas; segundo, os atribuídos a escritores bem identificados, com obra publicada em vida, como Humberto de Campos, Olavo Bilac e dezenas de outros; terceiro, os das cartas familiares, atribuídas a pessoas bem identificadas, mas sem obra publicada em vida. Esses três grupos têm diferentes estratégias para justificar suas alegadas autorias. Levamos em conta os registros biográficos do médium e a maneira como ele produzia os textos”, explica Alexandre Caroli, doutor em teoria e história literária, que desenvolveu na Unicamp trabalhos sobre livros do médium mineiro (<a href="https://espiritualidades.com.br/Artigos/C_autores/CAROLI_ROCHA_Alexandre_tit_Caso_Humberto_de_Campos-O.pdf" target="_blank">O caso Humberto de Campos: autoria literária e mediunidade e A poesia transcendente de Parnaso de além-túmulo</a>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para a neurocientista Marina Weiler, que reside atualmente nos Estados Unidos, “a obra psicográfica de Chico Xavier apresenta informações muito detalhadas e específicas dos autores aos quais as obras são atribuídas, muitas vezes de conhecimento apenas do falecido autor. No nosso ensaio, tentamos mostrar exemplos dessas informações inacessíveis a Chico Xavier para fortalecer a hipótese de uma existência de vida após a morte”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><img height="400" src="https://espiritualidades.com.br/NOT/Img_Nots/img_2021/Marina_Weiler.jpg" width="298" /></div><div style="text-align: justify;"><b><i>Marina Weiler</i></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Tema controverso para a ciência</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo Raphael Casseb, também neurocientista, “o concurso permitiu chamar a atenção para um tema que é normalmente ignorado na grande maioria dos centros de pesquisa. Ao promover o concurso, o empresário americano ligou os holofotes sobre um tema controverso para a ciência, mas de um interesse imensurável para a sociedade, que é a continuidade (ou não) de alguma forma da personalidade humana”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os autores acrescentam que a obra de Chico Xavier “fornece fenômenos tão intrigantes que muitos cientistas preferem ignorar, porque lhes causam desconforto. Entretanto, com esse ensaio, não pretendemos achar provas definitivas de vida após a morte, tampouco achamos que estamos lidando com uma verdade inquestionável. Nosso objetivo foi convidar os leitores, principalmente os cientistas, a estudarem o tema de mente aberta, uma vez que esses fenômenos desafiam as visões tradicionais do meio acadêmico”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os prêmios foram entregues em cerimônia em Las Vegas, em 4 de dezembro**, e os 29 ensaios foram reunidos em série especial de livros, que serão doados internacionalmente para universidades e hospitais, para que o tema seja divulgado de forma mais ampla.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O texto apresentado por eles está disponível neste link - <a href="https://www.bigelowinstitute.org/wp-content/uploads/2022/10/rocha-weiler-casseb-mediumship-evidence.pdf">https://www.bigelowinstitute.org/wp-content/uploads/2022/10/rocha-weiler-casseb-mediumship-evidence.pdf</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">* Corvo Branco é uma expressão da filosofia contra o indutivismo, que obtém conclusões gerais a partir de premissas individuais. Ou seja, basta um corvo branco para falsificar a afirmação de que todos os corvos são negros.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">**De 2021.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><img height="400" src="https://espiritualidades.com.br/NOT/Img_Nots/img_2021/Raphael_Casseb.jpg" width="298" /></div><div style="text-align: justify;"><b><i>Raphael Casseb</i></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Estão disponíveis on-line gratuitamente os 29 textos premiados na competição de ensaios sobre evidências científicas da sobrevivência da consciência após a morte do corpo promovido pelo Bigelow Institute for Consciousness Studies (BICS).</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>O concurso distribuiu US$1,8 milhões e recebeu 204 ensaios de pesquisadores de 38 países.</b></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.bigelowinstitute.org/index.php/essay-contest/">https://www.bigelowinstitute.org/index.php/essay-contest/</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><img height="283" src="https://espiritualidades.com.br/NOT/Img_Nots/img_2021/Concurso_evidencias_cientificas_pos-morte_01.jpg" width="400" /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Acesso aos textos dos ensaios em: <a href="https://www.bigelowinstitute.org/index.php/essay-contest/">https://www.bigelowinstitute.org/index.php/essay-contest/</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: <a href="https://correio.news/especial/pesquisadores-brasileiros-sao-premiados-em-concurso-mundial-sobre-vida-apos-a-morte" target="_blank">Correio.News - Correio Fraterno</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Nota do blogueiro: links corrigidos desde a publicação original.</i></div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-46978313943553905972023-03-13T23:26:00.004-07:002023-03-13T23:28:39.948-07:00Os espíritas devem influir no meio social<div style="text-align: justify;"><b>Cláudio Bueno da Silva</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><img height="266" src="https://espiritualidades.com.br/Artigos/Artigos_img_04/Claudio_Bueno_Silva_Espiritas_influir_meio_social.jpg" width="400" /></div><div style="text-align: justify;">Imagem de Axel Mellin por Pixabay</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Não se pede aos espíritas que sejam “diferentes”, mas que façam a diferença, apresentando, com humildade e conhecimento, a coerência do discurso espírita e a necessidade de inseri-lo na cultura do mundo. Sob os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, devem mostrar que a melhora autêntica do homem não se realiza sem ética e moralidade, não bastando alterações externas pontuais.</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não serão os momentos de crise uma oportunidade para que o movimento espírita se manifeste, marcando sua posição filosófica e contribuindo para trazer luz à sociedade? Não serão os momentos difíceis também apropriados para emitir sua opinião sobre questões de interesse geral, influindo nas massas, propondo discussão para os problemas humanos?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Muitos espíritas brasileiros já fizeram isso no passado, com significativa atuação no meio social: Herculano Pires, Freitas Nobre, Jorge Rizzini, Leopoldo Machado, Cairbar Schutel, Eurípedes Barsanulfo, Bezerra de Menezes, Anália Franco. E hoje, será possível essa representatividade?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Provavelmente não com a mesma riqueza de valores humanos, mas, com os recursos da internet é possível fazer-se algo interessante. Temos visto aparecer inúmeros companheiros e instituições formando grupos, páginas, sites, blogs, com material de opinião crítica, cultural e elucidação de temas variados, e como se sabe, a internet faz esse material chegar a muita gente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E o movimento espírita que basicamente só se tem manifestado em público para tratar do aborto e de movimentos pela paz, vê agora a oportunidade de expor à sociedade um leque ilimitado de assuntos. Porém, essa facilitação tecnológica não interfere num sério e antigo problema do movimento espírita que é a falta de unidade na interpretação da Doutrina. A internet certamente amplificará tanto os conceitos mais ajustados ao pensamento doutrinário, quanto os que contenham imprecisões, dependendo de quem os emita.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>O diferencial espírita</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Espiritismo, fundado em princípios naturais, propõe uma visão original de homem e de mundo não cogitada com a mesma amplitude, racionalidade e clareza por outras filosofias ou religiões. É o que afirmam os expoentes da cultura espírita. Daí a importância dos espíritas pensarem as questões humanas conjuntamente com a sociedade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O diferencial do Espiritismo está precisamente no seu conteúdo de revelação e elaboração humana e divina. A explicação espírita de Deus, da vida, do universo, do mundo, é extremamente pedagógica, como eram os ensinos de Jesus que o homem complicou a não poder mais através do tempo. Jesus conviveu no meio do povo, mas não abdicou dos seus princípios em momento algum. Não adaptou seus ensinos só para ser agradável ao poder dominante ,nem para ser aceito pelas correntes religiosas que veio transformar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Espiritismo, com Allan Kardec, se associou às iniciativas de Jesus no propósito de dar continuidade a essa transformação e ao consequente progresso da humanidade. Além de tornar acessível a moral daquele homem, descortinou o mundo dos Espíritos: “A descoberta do mundo dos invisíveis […] é mais que uma descoberta, é uma revolução nas ideias”, disse Allan Kardec [1].</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando esse conhecimento estiver largamente disseminado, trará contribuições incalculáveis para o progresso geral. Os espíritas não podem desperdiçar o legado que receberam do gênio de Allan Kardec e da operosidade dos espíritos superiores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>A questão das interpretações</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não se deve perder de vista a unidade doutrinária do Espiritismo [2], contudo, devido a interpretações particulares de indivíduos e grupos, a doutrina é entendida de maneiras diversas e, com isso, corre o risco de perder a identidade de movimento restaurador e renovador, acabando por se tornar, em alguns aspectos, parecido com as correntes religiosas que prendem o homem ao invés de libertá-lo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Infelizmente. Mas já que é assim – e isso parece ser uma consequência natural e incontornável da heterogeneidade humana [2] –, o sensato será procurar a coerência e a fidelidade como um fim a ser atingido na conduta individual e na divulgação do ideal espírita. Isto, preservando a unidade original de princípios, toda desenhada na obra de Allan Kardec, para apresentá-la ao mundo como ela é, sem repetir os erros históricos do movimento cristão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Espiritismo tem força moral suficiente para influir no meio social mudando atitudes e comportamentos. Claro que isso depende de como o pensamento e o fazer espíritas chegam às pessoas. Não será fazendo “caravanas religiosas” para a “meca espírita”, não será com posturas místicas, cultuando médiuns e Espíritos, criando símbolos e modismos, nem se isolando dentro das instituições, que os espíritas firmarão posição. Isso já fazem os religiosos de vários matizes. Essa conduta desvia o movimento das suas finalidades. A postura devocional, tímida, neutra e contraditória, afasta o espírita do que é essencial. Além da humanização de cada um, o Espiritismo propõe a construção de um mundo mais justo e fraterno.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Um desafio: fazer a diferença</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um dos grandes desafios para os espíritas será compreender o mais justamente possível a essência progressiva e progressista da Doutrina. E isso não se consegue sem o amadurecimento do estudo, do diálogo e do debate em grupo. É com esse viés que ela deve ser propagada, vivida com autenticidade, sem artificialismos. Os espíritas não devem temer a discussão dos assuntos que inquietam a humanidade, muitos deles já trazidos por Kardec em suas obras.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A propagação do ideário espírita será mais eficiente através do diálogo social, ainda que agora mais virtualmente. A prática espírita, dentro e fora do centro espírita, propõe o convívio baseado na compreensão das diferentes opiniões, na tolerância em relação ao contrário, sem imposições. Importante que os espíritas adiram a uma nova forma de pensar, e se livrem o mais rapidamente possível dos resíduos de velhas concepções religiosas de que estamos mais ou menos contaminados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não se pede aos espíritas que sejam “diferentes”, mas que façam a diferença. Com humildade e conhecimento, podem apresentar a coerência do discurso espírita e a necessidade de inseri-lo na cultura do mundo. Além de pregarem pública e manifestamente os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, devem mostrar que a melhora autêntica do homem não se realiza sem ética e moralidade, não bastando alterações externas pontuais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Se os espíritas não fizerem, outros o farão</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Enfim, os espíritas podem contribuir com a sociedade no campo das ideias, do pensamento, vulgarizando oportunamente os conhecimentos relativos ao Espírito imortal e tudo o que isto significa. Se os espíritas não fizerem a parte que lhes cabe em função de desvios doutrinários, da inércia e da capitulação às velhas ordens e ditames devocionais e dogmáticos, outros o farão, à sua moda. O progresso não para e em muitas circunstâncias nasce anônimo, em pequenos grupos, em laboratórios, em universidades, da cabeça de estudiosos independentes, de livres pensadores, em todo o mundo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas será bom se os espíritas atenderem à convocação implícita na questão 932, de “O livro dos Espíritos”, ou seja, trazerem sua efetiva contribuição à sociedade com a proposta cultural e espiritual que detêm, sem ufanismo nem excentricidades, para a “grande obra da regeneração pelo Espiritismo” [3].</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Notas do Autor:</b></div><div style="text-align: justify;">[1] KARDEC, Allan. O que é o Espiritismo. Segundo diálogo. “Oposição da Ciência”. Ed. FEB.</div><div style="text-align: justify;">[2] KARDEC, Allan. Obras póstumas. “Os cismas”. Ed. LAKE.</div><div style="text-align: justify;">[3] KARDEC, Allan. O evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo XX. Item 5. Ed. LAKE.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: <a href="https://www.comkardec.net.br/os-espiritas-devem-influir-no-meio-social-por-claudio-bueno-da-silva/" target="_blank">Espiritismo com Kardec</a></div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-59938049209787838462023-03-13T22:54:00.003-07:002023-03-13T23:27:20.180-07:00Sobre a atualização da Doutrina Espírita<div style="text-align: justify;"><b>Nota do blogueiro: este estudo é de 2013, mas continua atual, mesmo 10 anos depois. Vale a leitura.</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>Elio Mollo</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Estudo com base in Revista Espírita de dezembro de 1863, janeiro de 1864 e dezembro de 1868, A Gênese, cap. I, item 55 e Obras Póstumas, 2ª parte, Constituição do Espiritismo – Exposição de Motivos, Os Estatutos Constitutivos</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Pesquisa: Elio Mollo</i></div><div style="text-align: justify;"><i>em 04/04/2011 e atualizada em 26/06/2013</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>domingo, 17 de março de 2013</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Independentemente da proposta de qualquer Associação, Federação, Confederação (Espírita), etc. em atualizar o Espiritismo nesta nossa atualidade, os <b>princípios espíritas</b> definidos nas obras da codificação dificilmente conseguirão ser atualizados, pois, eles fazem parte das leis Naturais e Universais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quanto a atualizar a Doutrina Espírita segundo a linguagem e os costumes das épocas em que vivemos, Kardec a fazia conforme os estudos que aconteciam na <b><i>Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas</i></b> e, inclusive, usava a <b><i>Revista Espírita</i></b> como um laboratório para realizá-la. Pode-se perceber isso, quando até 1863 não se aceitava a possessão e sim a subjugação, mas a partir da <b><i>Revista Espírita</i></b> de dezembro de 1863 e janeiro de 1864, narrando o caso da Srta. Julia (Um caso de Possessão), Kardec escreveu o seguinte: <i>"Temos dito que não havia possessos, no sentido vulgar do vocábulo, mas subjugados. Voltamos a esta asserção absoluta, porque agora nos é demonstrado que pode haver verdadeira possessão, isto é, substituição, posto que parcial, de um Espírito errante a um encarnado."</i> Sendo assim, o codificador fez o progresso da Doutrina Espírita acontecer automática e naturalmente em seu tempo, em alguns pontos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Diz Kardec em <b>O Livro dos Médiuns</b>, 2ª parte cap. XIII que <i>"a Ciência Espírita progrediu (e deverá progredir) como todas as outras"</i>, teve início com as mesas girantes, cestas de bicos, etc. e chegou até a psicografia como a conhecemos nos dias de hoje, além de outros fenômenos mediúnicos, como podemos observar consultando <b>O Livro dos Médiuns</b> (1861) em especial os capítulos localizados na parte 2 do livro, de XI à XVI.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Também, podemos verificar in <b><i>A Gênese</i></b>, cap. I, item 55 que <i>“<b>O Espiritismo não se assenta, pois em princípio absoluto senão no que seja demonstrado com evidência</b>, ou o que <b>ressalta logicamente da observação</b>. Tocando em todos os ramos da economia social, ao qual presta o apoio de suas próprias descobertas, <b>assimilará</b> sempre todas as doutrinas progressivas, que qualquer natureza que sejam, chegadas ao estado de <b>verdades práticas</b>, e saídas do domínio da utopia, sem o que ele se suicidaria; cessando de ser o que é mentiria à sua origem e sua meta providencial. <b>O Espiritismo, marchando com o progresso, não será nunca extravasado, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem que está em erro sobre um ponto ele se reformulará sobre este ponto; se uma nova verdade se revela, ela a aceita.</b>”</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em <b>Obras Póstumas</b>, 2ª. parte, Constituição do Espiritismo - Exposição de Motivos, Os Estatutos Constitutivos, Kardec diz que <i>"Em menos de um quarto de século não se esboçará um movimento apreciável nas ideias. Será, portanto, de vinte e cinco em vinte e cinco anos que a constituição orgânica do Espiritismo passará por uma revisão. Este lapso de tempo, sem ser muito longo, é suficiente para permitir que sejam apreciadas as novas necessidades, sem trazer perturbações com modificações frequentes."</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como os adeptos do Espiritismo até agora (26 de junho de 2013) não fizeram ou não atentaram para a revisão da Constituição Orgânica do Espiritismo, o problema não será da revisão ou atualização, mas como fazer essa revisão após 156 anos. Com certeza, sem a participação dos Espíritos oferecendo respostas para as nossas dúvidas atuais a revisão não se fará satisfatória (quem sabe tenha que surgir um Livro dos Espíritos nº. 2 com mais um milheiro de perguntas, respostas e observações a exemplo do que fez Allan Kardec), porque a Doutrina é dos Espíritos, assim, ambas as dimensões, encarnados e desencarnados, deverão participar ativamente de cada revisão, uns questionando sobre pontos importantes da atualidade e outros respondendo adequadamente, racionalmente e seriamente as questões.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outro ponto importante que temos que observar e que Kardec fez sozinho a organização inicial da DE e foi em 1868 (conforme <b>Revista Espírita</b> de dezembro de 1868 (*) e <b>Obras Póstumas</b>, 2ª. parte) que ele propõe fazer através de congressos realizados a cada 25 anos uma revisão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para realizar essas revisões diz ele que:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>...uma constituição, por muito boa que seja, não poderia ser perpétua. O que é bom para certa época pode tornar-se deficiente em época posterior. As necessidades variam com as épocas e com o desenvolvimento das ideias. Se não se quiser que com o tempo ela caia em desuso, ou que venha a ser postergada pelas ideias progressistas, será necessário caminhe com essas ideias. Dá-se com as doutrinas filosóficas e com as sociedades particulares o que acontece em política e em religião: acompanhar ou não o movimento propulsivo é uma questão de vida ou de morte. No caso de que aqui se trata, fora grave erro acorrentar o futuro por meio de uma regra que se declarasse inflexível.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Não menos grave erro seria introduzir com muita frequência, na constituição orgânica, modificações que acabariam por privá-la de estabilidade. Faz-se mister proceder com ponderação e circunspeção. Só uma experiência de certa duração pode permitir se julgue da utilidade real das modificações. Ora, quem pode em tal caso ser juiz? Não será um único homem, que geralmente só do seu ponto de vista vê as coisas; tampouco será o autor do trabalho primitivo, porque poderá ser demasiado complacente na apreciação da sua obra. Serão os próprios interessados, porque experimentam de modo direto e permanente os efeitos da instituição e podem perceber por onde ela peca.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>A revisão dos estatutos constitutivos se fará pelos <b>congressos ordinários, transformados</b> para esse efeito em <b>congressos orgânicos</b>, em determinadas épocas, e assim se prosseguirá indefinidamente, de maneira a conservá-los, sem interrupção, ao nível das necessidades e do progresso das ideias, ainda que a mil anos daqui.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Sendo periódicas e conhecidas antecipadamente as épocas de revisão, não haverá cabimento para se fazerem apelos, nem convocações especiais. A revisão constituirá não apenas um direito, mas também um dever do congresso da época indicada; inscrever-se-á, de antemão, na sua ordem do dia, de sorte que não estará subordinada à boa vontade de quem quer que seja e ninguém poderá arrogar-se o direito de decidir, firmado na sua autoridade particular, se a revisão é ou não oportuna. Se, depois de lidos os estatutos, o congresso julgar desnecessária qualquer modificação, declará-los-á mantidos na íntegra.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Sendo forçosamente limitado o número dos membros dos congressos, atenta a impossibilidade material de reunir neles todos os interessados, para que os que se reúnam não fiquem privados das luzes dos ausentes, todos estes poderão, qualquer que seja o lugar do mundo onde se encontrem, enviar à comissão central, no intervalo de dois congressos orgânicos, suas observações, que serão postas em ordem do dia do congresso vindouro.</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para a realização deste (primeiro) congresso revisório, naturalmente surgem algumas perguntas: Será que estamos preparados suficientemente para realizar uma atualização agora? Não será melhor prepararmos um comitê central (**), conforme sugeriu Kardec, e aguardarmos um tempo mais para formular questões e entrevistar os Espíritos para obter respostas de acordo com as nossas dúvidas atuais? Filtrar as respostas, (quem sabe este trabalho pode levar até menos de 15 ou 25 anos) e, assim, conseguir que tal façanha se torne realidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entendemos que o problema não é o de fazer acontecer uma revisão da Doutrina Espírita conforme sugeriu o próprio codificador do Espiritismo, e sim, de como criar as necessárias e principais condições para torná-la uma realidade que satisfaça a maioria dos espíritas de hoje no que tange a filosofia, ciência e consequências morais, como o fez exemplarmente Allan Kardec no século XIX. Eis o desafio para os adeptos do Espiritismo desta nossa atualidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Notas:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">(*) Ver no artigo <b>Constituição Transitória do Espiritismo / Atribuições do Comitê</b>: "As principais atribuições do comitê central serão: 1º. - O cuidado dos interesses da doutrina e sua propagação; a manutenção de sua unidade pela conservação da <b>integridade dos princípios reconhecidos; o desenvolvimento de suas consequências;</b> 2º. - <b>O estudo dos princípios novos, susceptíveis de entrar no corpo da doutrina;</b> 3º. - A concentração de todos os documentos e informações que possam interessar o Espiritismo; (...)"</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">(**) Ver in <b>Obras Póstumas / Constituição do Espiritismo / Comitê Central:</b> "(...) Em lugar de um chefe único, a direção será entregue a uma comissão central permanente, cuja organização e atribuições serão definidas de maneira a não deixar nada ao arbítrio. Essa comissão será composta de doze membros titulares, no máximo, que deverão, para esse efeito, reunir certas condições requeridas, e de um número igual de conselheiros. Completar-se-á, ela mesma, segundo as regras igualmente determinadas, à medida das vagas pela extinção ou outra causa. Uma disposição especial fixará o modo de nomeação dos doze primeiros.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A comissão nomeia o seu presidente por um ano.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A autoridade do presidente é puramente administrativa; ele dirige as deliberações da comissão, zela pela execução dos trabalhos e pela expedição dos assuntos; mas, fora das atribuições que lhe são conferidas pelos estatutos constitutivos, não pode tomar nenhuma decisão sem o concurso da comissão. Portanto, nada de abusos possíveis, nada de alimentos à ambição, nada de pretextos de intrigas e de ciúme, nada de supremacia contundente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A comissão central será, pois, a cabeça, o verdadeiro chefe do Espiritismo, chefe coletivo, nada podendo sem o consentimento da maioria. Suficientemente numerosa para se esclarecer pela discussão, não o será bastante para que haja confusão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A autoridade da comissão central será moderada, e seus atos controlados pelos congressos ou assembleias gerais, sobre os quais se falará adiante. (...)"</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: <a href="http://emollo.blogspot.com/2013/03/sobre-atualizacao-da-doutrina-espirita.html" target="_blank">EMOLLO - Temas Espíritas</a></div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-55312164447882065412022-07-22T16:59:00.003-07:002022-07-22T16:59:28.378-07:00A comunicação entre os dois planos da vida<div style="text-align: justify;">Sabemos que os Espíritos exercem contínua ação no plano físico, manifestada de forma fugaz ou duradoura, boa ou má, sutil ou bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade como afirma Allan Kardec. A comunicação entre os dois planos da vida é viabilizada por meio de duas faculdades inerentes ao psiquismo humano: a mediúnica e a anímica. Ambas decorrem da natural capacidade pensante do ser humano e dos processos de sintonia mental, assim assinalados por Emmanuel: “O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção. Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência”. Completando as suas ideias, o benfeitor espiritual acrescenta: A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir. Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente. De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos. Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que cercam. Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis . Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div>FEB, <i>Mediunidade - Estudo e Prática. </i>Via <a href="https://espiritismo-amor-sem-fronteiras.blogspot.com/2018/12/a-comunicacao-entre-os-dois-planos-da.html" target="_blank">Amor Sem Fronteiras.</a></div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-46022015764857019972022-07-22T16:34:00.001-07:002022-07-22T17:02:21.491-07:00Leon Denis, trechos<div style="text-align: justify;">Tal é o caráter complexo do ser humano – espírito, força e matéria, em que se resumem todos os elementos constitutivos, todas as potências do universo. Tudo o que está em nós está no universo e tudo o que está no universo encontra-se em nós. Pelo corpo fluídico e pelo corpo material o homem acha-se ligado à imensa teia da vida universal; pela alma, a todos os mundos invisíveis e divinos. Somos feitos de sombra e luz; somos a carne com todas as suas fraquezas e o espírito com as suas riquezas latentes, as suas esperanças radiosas, os seus surtos grandiosos, e o que está em nós em todos os seres se encontra. Cada alma humana é uma projeção do grande Foco Eterno e é isso o que consagra e assegura a fraternidade dos homens. Temos em nós os instintos animais, mais ou menos comprimidos pelo trabalho longo e pelas provas das existências passadas, e temos também a crisálida do anjo, do ser radioso e puro, que podemos vir a ser pela impulsão moral, pelas aspirações do coração e pelo sacrifício constante do “eu”. Tocamos com os pés as profundezas sombrias do abismo e com a fronte as alturas fulgurantes do céu, o império glorioso dos Espíritos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Leon Denis - <i>O Problema do Ser, do Destino e da Dor</i>. Via <a href="https://espiritismo-amor-sem-fronteiras.blogspot.com/2022/07/carater.html" target="_blank">Amor Sem Fronteiras.</a>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-13628748967443984472022-07-22T15:16:00.003-07:002022-07-22T15:16:57.464-07:00As aventuras de Allan Kardec no mundo da pós verdade<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJZDgwQ9MrclomhpWkepZvkvBMEQIHsvSQnh3rdqgXSuxjvE_tkuwqO5dFcMu0hxctPsulw6W0V_HXzvUvJJofGgyY_wmoAUzE49U6qkdqn8IIKYDgoq1rs1s5gHnB_R8ed5W6W7eAoK-fWOSd67RbGuhrmHb9cTTEywDwaht104xYQsmEuJX4ukMvcw/s500/kardeca.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJZDgwQ9MrclomhpWkepZvkvBMEQIHsvSQnh3rdqgXSuxjvE_tkuwqO5dFcMu0hxctPsulw6W0V_HXzvUvJJofGgyY_wmoAUzE49U6qkdqn8IIKYDgoq1rs1s5gHnB_R8ed5W6W7eAoK-fWOSd67RbGuhrmHb9cTTEywDwaht104xYQsmEuJX4ukMvcw/s500/kardeca.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div><div style="text-align: justify;"> Por <b>Marcus Vinicius de Azevedo Braga</b>, no <a href="https://www.correioespirita.org.br/categorias/artigos-diversos/3279-as-aventuras-de-allan-kardec-no-mundo-da-pos-verdade" target="_blank">Correio Espírita.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No livro de 2013 de Marcel Souto Maior chamado <i>Kardec: a biografia</i>, a sua parte inicial se detém a detalhar a interação do professor Rivail, na madureza de seus 50 anos, com o fenômeno das mesas girantes, que ocupava os salões dos Estados Unidos e da Europa, atendendo a curiosidade das pessoas diante de mesas que se moviam e respondiam perguntas. A sensação da época.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como já era de se esperar, como narrado no livro, várias teses rondavam as páginas de jornal e as mesas dos cafés sobre a natureza de tão badalado fenômeno: almas de outro mundo, auto sugestão, delírio coletivo, fraude. Se fosse no ano de 2021, é possível se arriscar que essas seriam somadas a teorias conspiracionistas de ações sobrenaturais a subjugar a raça humana, e apesar de não se encontrar registro de, pode ter havido explicações nesse sentido. Talvez se fosse na década de 1970, teria como explicação a ação de alienígenas na busca de invadir nosso planeta.</div><div style="text-align: justify;"><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJZDgwQ9MrclomhpWkepZvkvBMEQIHsvSQnh3rdqgXSuxjvE_tkuwqO5dFcMu0hxctPsulw6W0V_HXzvUvJJofGgyY_wmoAUzE49U6qkdqn8IIKYDgoq1rs1s5gHnB_R8ed5W6W7eAoK-fWOSd67RbGuhrmHb9cTTEywDwaht104xYQsmEuJX4ukMvcw/s500/kardeca.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="326" height="331" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJZDgwQ9MrclomhpWkepZvkvBMEQIHsvSQnh3rdqgXSuxjvE_tkuwqO5dFcMu0hxctPsulw6W0V_HXzvUvJJofGgyY_wmoAUzE49U6qkdqn8IIKYDgoq1rs1s5gHnB_R8ed5W6W7eAoK-fWOSd67RbGuhrmHb9cTTEywDwaht104xYQsmEuJX4ukMvcw/w209-h331/kardeca.jpg" width="209" /></a></div><div style="text-align: justify;">O professor Rivail, acadêmico, estudioso, inicialmente julgava que ali atuava a força magnética dos participantes da reunião, como motriz das mesas. Mas ele, em um misto de curiosidade e de desconfiança, manteve-se cético nas suas hipóteses e debruçou-se sobre o fenômeno na busca de desvendá-lo, bebendo de sua trajetória como pesquisador científico, com os métodos bem descritos nas obras “O que é o espiritismo” e “O livro dos médiuns”, e a partir dali não só concluiu que se tratavam de espíritos, a alma desencarnada dos homens, como deste achado, derivou todo um corpo de conhecimento filosófico que contextualizou aquela descoberta.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para melhor entender essa postura do codificador, como está na Biografia de Allan Kardec na já citada obra <i>O que é o Espiritismo?</i>, p.11, Ed. FEB:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tal era a princípio o estado de espírito do Sr. Rivail, tal o encontraremos muitas vezes, não negando coisa alguma por <i>parti pris,</i> mas pedindo provas e querendo ver e observar para crer; tais nos devemos mostrar sempre no estudo tão atraente das manifestações do Além.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse é o Kardec por todos conhecido, e que deixou o legado pautado na racionalidade, no método, e que trouxe ao espiritismo a credibilidade que o caracteriza, como forma de interpretação e intervenção na realidade, e que o permitiu enfrentar ataques diversos, fichamentos na polícia, e toda ordem de coisas que atrai ideias não hegemônicas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas, e se um Rivail contrafactual, ao invés de se debruçar sobre as teses na busca de entendê-las a luz de pressupostos de natureza científica, por meio de uma teoria consistente e que dialogasse com as evidências, resolvesse apenas transitar pelos cafés de Paris, para conversar com uns dois ou três que tenham assistido as mesas e daí tivesse produzido um livro explicando esse fenômeno. Não só um livro, mais uma narrativa mirabolante na qual se encaixassem ideias mais fáceis de serem assimiladas pelas pessoas daquela época, na busca de maior vendagem dos seus exemplares.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Considerando-se que era uma sociedade de matriz cristã, e apesar dos lampejos da ciência, o pensamento mágico ainda era bem enraizado na população em geral, esse Kardec alternativo poderia engendrar uma teoria de que ali operavam forças sobrenaturais demoníacas que buscavam ludibriar os incautos para afastá-los da salvação, e teceria considerações baseadas em percepções fragmentadas de situações comuns, como mensagens que destoassem da doutrina predominante da igreja, para assim justificar a sua teoria.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Definitivamente, esse não seria o Kardec que conhecemos. E esse seria mais um livro panfletário e fugaz a se somar a muitas obras dessa natureza, de histórias fantasiosas e que se pautam em sensos comuns palatáveis para, em especial, pelo medo, obter adesão na sua forma de mediar a interpretação da realidade. Algo bem distante do caráter esclarecedor e libertador do espiritismo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar dos avanços científicos, das quebras de paradigma social e político, o mundo do professor Rivail do Século XIX, tem similitudes em relação a realidade do início do Século XXI, que se vê potencializada no contexto de uma sociedade hiper conectada, na qual a informação é produzida em grande quantidade, e por uma diversidade de emissores, mas ao mesmo tempo o seu acesso é permeado por canais dirigidos por algoritmos e por perfis falsos, com possibilidades de manipulação e de adesão de narrativas também confortáveis, mas por vezes sem nenhum lastro com a realidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse mundo novo, que nos cabe enfrentar, e que o espiritismo pode ser uma ferramenta nesse desiderato, tem como uma das características o fenômeno da pós verdade, que conforme definições da <i><a href="https://www.oxfordlearnersdictionaries .com/us/definition/english/post-truth?q=post-truth" target="_blank">Oxford Dictionaries</a></i>, é um adjetivo relacionado a circunstâncias em que fatos objetivos têm menos poder de influência na formação da opinião pública do que apelos por emoções ou crenças pessoais. Um contexto no qual apesar de se ter muita informação, se tem muita dificuldade de se obter verdades.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesse mundo permeado pela pós verdade, Kardec teria mais problemas do que já teve na época da codificação. Seria cancelado, diriam alguns. Kardec teria entraves, e tem o espiritismo também nos dias de hoje. Como na situação das mesas girantes, na qual se debruçou o então professor Rivail, no contexto atual a pressão das crenças pessoais, dos medos e das simplificações frente as evidências, pressionariam por interpretações dos fenômenos cotidianos de forma dissociada da realidade e do bom senso, com explicações muitas vezes permeadas por ideias conspiracionistas, por narrativas de perseguições, que despertam às vezes sentimentos primitivos, de ódio e de auto defesa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesse sentido, esse contexto da pós verdade testa a todos nós, que decidimos seguir o espiritismo, na nossa forma de nos relacionarmos com a realidade, seja no plano da mensagem supostamente psicografada que replicamos na rede social, seja pelas teorias que nos invadem os aparelhos celulares sobre questões gerais, como a economia, a ecologia e a crise sanitária. Cada evento é permeado por um caudaloso rio de dúvidas e de narrativas substitutivas que ao mesmo tempo que nos confunde, nos faz abraçar a tese mais confortável. E no caso espírita, de preferência avalizado por uma psicografia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O professor Rivail, para ter a adesão das suas ideias pela força destas, e não pela sua fama, assume a alcunha de Allan Kardec. Preocupava-o que as pessoas aderissem a nova doutrina sem ideias pré-concebidas, dado que ele já era conhecido. Convidava à razão, ao entendimento, à construção da convicção pessoal pelo estudo e pela reflexão. Pressupostos kardequianos que se apresentam ainda necessários nesse mundo tão informado e desinformado ao mesmo tempo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dói ver nas redes sociais espíritas e suas agremiações replicarem informações que não são objeto de estudos mais elaborados, boatos, Fake News, conspirações rasas, algumas referendadas por psicografias, situações que poderiam ser esclarecidas na busca de fontes confiáveis, como são os chamados sites de checagem, uma criação derivada dessa época na qual se busca confiabilidade no universo das redes sociais. Anda enfraquecida nossa fé raciocinada?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além desses sites, a verificação, trabalhosa e necessária do que se vê por aí, pode se servir do trabalho dos profissionais da imprensa, ou ainda, pela busca da boa e velha ciência, com suas publicações e representantes reconhecidos, e que se pauta por metodologias, que vão desde repetições sucessivas, a comparações do mesmo fenômeno em diversos ambientes, na busca de se encontrar regularidades que balizem afirmativas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A história nos mostra que momentos de tensão despertam o medo, que busca caminhos simplificadores para aplacar a ansiedade do que será o amanhã. Medo que se potencializa pela multiplicidade de estímulos oriundos de imagens e notícias as quais somos submetidos diariamente, e que geram, na sua busca pela assimilação, a adoção de teses simplistas, que não resistem a dez minutos de reflexão e debate. Esse é o desafio posto, e ter o espírito kardequiano ao nosso lado pode ser uma boa bússola a nos orientar em um período tão doloroso, por conta da pandemia. Mas também tão confuso, por ainda estarmos nos acostumando a esse mundo cada dia mais veloz.</div><p></p>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-79737536761680498142022-03-07T12:22:00.005-08:002022-03-07T12:22:38.845-08:00Chico, os Animais sonham?<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi-cLQy11FaduBX4kJbB8exTA3UuYpIv0qkWAlOjBmZiCtQuPDwWicbLTlnwrT6Yejkq78ATKfCTNoxeiHGtNscAWrVqqFLCg2nRTPoI4dA5xiu5KARHUiv2l9FDDKmwg_fkGwXIG2VVAlxn068uoa7lttUNITDAioLghK-w2VXY73tkCz7N4HcJLox0Q=s744" style="display: block; padding: 1em 0px; text-align: center;"><img alt="" border="0" data-original-height="744" data-original-width="742" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi-cLQy11FaduBX4kJbB8exTA3UuYpIv0qkWAlOjBmZiCtQuPDwWicbLTlnwrT6Yejkq78ATKfCTNoxeiHGtNscAWrVqqFLCg2nRTPoI4dA5xiu5KARHUiv2l9FDDKmwg_fkGwXIG2VVAlxn068uoa7lttUNITDAioLghK-w2VXY73tkCz7N4HcJLox0Q=s320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Recordo-me de que, quando falávamos sobre a desencarnação dos animais, nossa estimada irmã D. Hélia Borges Neri, fez a Chico a seguinte pergunta:
- Chico, os animais sonham? Tenho um cachorrinho em casa que, quando está dormindo, treme o corpo, mexe com as pernas, chegou até a latir um dia... Por várias vezes, quando ele tira uma soneca depois do almoço, tenho a impressão de que ele está sonhando.
Depois de ouvi-la atento, o médium respondeu: - Sonham, Hélia! Os animais também sonham; principalmente o cachorro, o gato e o macaco.. O macaco sonha e fica na selva mesmo, mas o cachorro e o gato, que são mais urbanos, saem do corpo como a gente: andam pelas ruas, sobem nos telhados, latem e miam... Em Pedro Leopoldo, diversas vezes pude ver o espírito de "Lorde" deixando o corpo - ele aparecia lá no "Luiz Gonzaga!". A nossa vida aqui, na Terra, incluindo a dos animais, não é nem um décimo do que é no Mundo Espiritual. Nós todos iremos nos surpreender muito...
- E, quando se desdobram, ficam também presos pelo seu perispírito? - Igualzinho à gente - explicou Chico, com todo o entusiasmo com que sempre falava sobre os mais diversificados temas da vida - Tudo na Criação de Deus é maravilhoso, minha filha! Um dia, nós vamos saber disto tudo... Se os espíritos fossem nos falar agora, a gente não acreditaria. "Nosso Lar" foi só uma nesgazinha... Tenho visto espíritos de animais cujas espécies não existem na Terra. São lindos! Certa vez, vi o espírito de uma borboleta deixando o corpo - parecia a pétala de uma flor batendo asas! Ela acabara de desencarnar no nosso jardim, presa numa teia de aranha... </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div>Fonte: <i>Chico Xavier - O amigo dos animais</i> - Carlos A. Baccelli. </div><div>Imagem: D. Burgus.</div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-72105449875338615772021-03-22T20:35:00.000-07:002021-03-22T20:35:25.684-07:00O Jugo Leve<div style="text-align: justify;"><i>1 – Vinde a mim, todos os que andam em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (Mateus, XI: 28-30)</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;">2</b><b> – </b>Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perdas de seres queridos, encontram sua consolação na fé no futuro, e na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, pelo contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições pesam com todo o seu peso, e nenhuma esperança vem abrandar sua amargura. Eis o que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim, vós todos que estais fatigados, e eu vos aliviarei”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Jesus, entretanto, impõe uma condição para a sua assistência e para a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição é a da própria lei que ele ensina: seu jugo é a observação dessa lei. Mas esse jugo é leve e essa lei é suave, pois que impõe como dever o amor e a caridade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-6-o-cristo-consolador/o-jugo-leve/" target="_blank">O Evangelho Segundo o Espiritismo</a>, cap. VI - <i>O Cristo Consolador.</i></div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-1509832012900073052021-03-22T20:18:00.004-07:002021-03-22T20:19:43.508-07:00O Cristo Consolador - Advento do Espírito da Verdade (II)<div style="text-align: right;">ESPÍRITO DA VERDADE</div><div style="text-align: right;"><i>Bordeaux, 1861</i></div><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>7</b> – Eu sou o grande médico das almas, e venho trazer-vos o remédio que vos deve curar. Os débeis, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos, e venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, todos vós que sofreis e que estais carregados, e sereis aliviados e consolados. Não procureis alhures a força e a consolação, porque o mundo é impotente para dá-las. Deus dirige aos vossos corações um apelo supremo através do Espiritismo: escutai-o. Que a impiedade, a mentira, o erro, a incredulidade, sejam extirpados de vossas almas doloridas. São esses os monstros que sugam o mais puro do vosso sangue, e vos produzem chagas quase sempre mortais. Que no futuro, humildes e submissos ao Criador, pratiqueis sua divina lei. Amai e orai. Sede dócil aos Espíritos do Senhor. Invocai-o do fundo do coração. Então, Ele vos enviará o seu Filho bem-amado, para vos instruir e vos dizer estas boas palavras: “Eis-me aqui; venho a vós, porque me chamastes!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">*</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><a href="https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-6-o-cristo-consolador/instrucoes-dos-espiritos/advento-do-espirito-da-verdade/" target="_blank">O Evangelho Segundo o Espiritismo</a>, cap. VI - <i>Instruções dos Espíritos.</i></div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-50596605493377138742021-03-22T20:07:00.004-07:002021-03-22T20:20:11.909-07:00O Cristo Consolador - Advento do Espírito da Verdade (I)<div style="text-align: right;">ESPÍRITO DA VERDADE</div><div style="text-align: right;"><i>Paris, 1860</i></div><br /><div style="text-align: justify;"><b>5 </b>– Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, deve lembrar os incrédulos que acima deles reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e que levanta as ondas. Eu revelei a doutrina divina; e, como um segador, liguei em feixes o bem esparso pela humanidade, e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis!”</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas os homens ingratos se desviaram da estrada larga e reta que conduz ao Reino de meu Pai, perdendo-se nas ásperas veredas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana. Ele quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, ou seja, mortos segundo a carne, porque a morte não existe, sejais socorridos, e que não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a voz dos que se foram, faça-se ouvir para vos gritar: Crede e orai! Porque a morte é a ressurreição, e a vida é a prova escolhida, durante a qual vossas virtudes cultivadas devem crescer e desenvolver-se como o cedro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Homens fracos, que vos limitais às trevas de vossa inteligência, não afasteis a tocha que a clemência divina vos coloca nas mãos, para iluminar vossa rota e vos reconduzir, crianças perdidas, ao regaço de vosso Pai.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estou demasiado tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender a mão em socorro aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai todas as coisas que vos são reveladas; não misturem o joio ao bom grão, as utopias com as verdades.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana; e eis que, de além túmulo, que acreditáveis vazios, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os vencedores da impiedade!</div><div><br /></div><div style="text-align: center;">*</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><a href="https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-6-o-cristo-consolador/instrucoes-dos-espiritos/advento-do-espirito-da-verdade/" target="_blank">O Evangelho Segundo o Espiritismo</a>, cap. VI - <i>Instruções dos Espíritos.</i></div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-23246560984651729092021-03-22T19:47:00.002-07:002021-03-22T19:47:42.580-07:00Instruções dos Espíritos: A Beneficência (III)<div style="text-align: right;">CÁRITAS</div><div style="text-align: right;"><i>Lyon, 1861</i></div><div><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>14</b> – Há muitas maneiras de fazer a caridade, que tantos de vós confundem com a esmola. Não obstante, há grande diferença entre elas. A esmola, meus amigos, algumas vezes é útil, porque alivia os pobres. Mas é quase sempre humilhante, tanto para o que a dá, quanto para o que a recebe. A caridade, pelo contrário, liga o benfeitor e o beneficiário, e além disso se disfarça de tantas maneiras! A caridade pode ser praticada mesmo entre colegas e amigos, sendo indulgentes uns para com os outros, perdoando-se mutuamente suas fraquezas, cuidando de não ferir o amor próprio de ninguém. Para vós, espíritas, na vossa maneira de agir em relação aos que não pensam convosco, induzindo os menos esclarecidos a crer, sem os chorar, sem afrontar as suas convicções, mas levando-os amigavelmente às reuniões, onde eles poderão ouvir-nos, e onde saberemos encontrar a brecha que nos permitirá penetrar nos seus corações. Eis uma das formas da caridade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Escutai agora o que é a caridade para com os pobres, esses deserdados do mundo, mas recompensados por Deus, quando sabem aceitar as suas misérias sem murmurações, o que depende de vós. Vou me fazer compreender por um exemplo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Vejo muitas vezes na semana uma reunião de damas de todas as idades. Para nós, como sabeis, são todas irmãs. Trabalham rápidas, bem rápidas. Os dedos são ágeis. Vede também como os rostos estão radiantes e como os seus corações batem em uníssono! Mas qual o seu objetivo? É que elas vêem aproximar-se o inverno, que será rude para as famílias pobres. As formigas não puderam acumular durante o verão os grãos necessários à provisão, e a maior parte de seus utensílios está empenhada. As pobres mães se inquietam e choram, pensando nos filhinhos que, neste inverno, sofrerão frio e fome! Mas tende paciência, pobres mulheres! Deus inspirou a outras, mais afortunadas que vós. Elas se reuniram e confeccionam roupinhas. Depois, num destes dias, quando a neve tiver coberto a terra, e murmurardes, dizendo: “Deus não é justo!”, pois é esta a expressão comum dos vossos períodos de sofrimento, então vereis aparecer um dos enviados dessas boas trabalhadoras, que se constituíram em operárias dos pobres. Sim, era para vós que elas trabalhavam assim e vossos murmúrios se transformarão em bênçãos, porque, no coração dos infelizes, o amor segue de bem perto o ódio.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como todas essas trabalhadoras necessitavam de encorajamento, vejo as comunicações dos Bons Espíritos lhes chegarem de todas as partes. Os homens que participam desta sociedade oferecem também o seu concurso, fazendo uma dessas leituras que tanto agradam. E nós, para recompensar o zelo de todos e de cada um em particular, prometemos a essas obreiras laboriosas uma boa clientela, que as pagará em moeda sonante de bênçãos, a única moeda que circula no céu, assegurando-lhes ainda, sem medo de nos arriscarmos, que essa moeda não lhes faltará.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">*</div></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><a href="https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-13-que-a-mao-esquerda-nao-saiba-o-que-faz-a-direita/instrucoes-dos-espiritos/ii-a-beneficencia/" target="_blank">O Evangelho Segundo o Espiritismo</a>, cap. XIII.</div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-12274448253545376252021-03-22T19:35:00.001-07:002021-03-22T19:35:54.997-07:00Instruções dos Espíritos: A Beneficência (II)<div style="text-align: right;">CÁRITAS</div><i><div style="text-align: right;"><i>Martirizado em Roma, Lyon, 1861</i></div></i><br /><br /><div style="text-align: justify;"><b>13</b> – Chamo-me Caridade, sou o caminho principal que conduz a Deus; segui-me, porque eu sou a meta a que vós todos deveis visar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fiz nesta manhã o meu passeio habitual, e com o coração magoado venho dizer-vos: Oh, meus amigos, quantas misérias, quantas lágrimas, e quanto tendes de fazer para secá-las todas! Inutilmente tentei consolar as pobres mães, dizendo-lhes ao ouvido: Coragem! Há corações bondosos que velam por vós, que não vos abandonarão; paciência! Deus existe, e vós sois as suas amadas, as suas eleitas. Elas pareciam ouvir-me e voltavam para mim os seus grandes olhos assustados. Eu lia em seus pobres semblantes que o corpo, esse tirano do Espírito, tinha fome, e que, se as minhas palavras lhes tranqüilizam um pouco o coração, não lhes saciavam o estômago. Então eu repetia: Coragem! Coragem! E uma pobre mãe, muito jovem, que amamentava uma criancinha, tomou-a nos braços e ergueu-a no espaço vazio, como para me rogar que protegesse aquele pobre e pequeno ser, que só encontrava num seio estéril alimento insuficiente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mais adiante, meus amigos, vi pobres velhos sem trabalho e logo sem abrigo, atormentados por todos os sofrimentos da necessidade, e envergonhados de sua miséria, não se atrevendo, eles que jamais mendigaram, a implorar a piedade dos passantes. Coração empolgado de compaixão, eu, que nada tenho, me fiz mendiga para eles, e vou para toda parte estimular a beneficência, inspirar bons pensamentos aos corações generosos e compassivos. Eis por que venho até vós, meus amigos, e vos digo: Lá em baixo há infelizes cuja cesta está sem pão, a lareira sem fogo, o leito sem cobertas. Não vos digo o que deveis fazer, deixo a iniciativa aos vossos bons corações; pois se eu vos ditasse a linha de conduta, não teríeis o mérito de vossas boas ações. Eu vos digo somente: Sou a caridade e vos estendo as mãos pelos vossos irmãos sofredores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas, se peço, também dou, e muito; eu vos convido para um grande festim e ofereço a árvore em que vós todos podereis saciar-vos. Vede como é bela, como está carregada de flores e de frutos! Ide, ide, colhei, tomai todos os frutos dessa bela árvore que se chama beneficência. Em lugar dos ramos que lhe arrancardes, porei todas as boas ações que fizerdes e levarei a árvore a Deus, para que Ele a carregue de novo, porque a beneficência é inesgotável. Segui-me, pois, meus amigos, a fim de que eu vos possa contar entre os que se alistam sob a minha bandeira. Sede intrépidos: eu vos conduzirei pela via da salvação, porque eu sou a Caridade!</div><br /><div style="text-align: center;">*</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><a href="https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-13-que-a-mao-esquerda-nao-saiba-o-que-faz-a-direita/instrucoes-dos-espiritos/ii-a-beneficencia/" target="_blank">O Evangelho Segundo o Espiritismo</a>, cap. XIII.</div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-65167295669635506332021-03-22T19:18:00.004-07:002021-03-22T19:36:52.149-07:00Instruções dos Espíritos: A Beneficência (I)<div style="text-align: right;">ADOLFO</div><div style="text-align: right;"><i>Bispo de Alger, Bordeaux, 1861</i></div><div><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>11</b> – A beneficência, meus amigos, vos dará neste mundo os gozos mais puros e mais doces, as alegrias do coração, que não são perturbadas nem pelos remorsos, nem pela indiferença. Oh!, pudésseis compreender tudo o que encerra de grande e de agradável a generosidade das belas almas, esse sentimento que faz que se olhe aos outros com o mesmo olhar voltado para si mesmo, e que se desvista com alegria para vesti a um irmão! Pudésseis, meus amigos, ter apenas a doce preocupação de fazer aos outros felizes! Quais as festas mundanas que se pode comparar a essas festas jubilosas, quando, representantes da Divindade, levais a alegria a essas pobres famílias, que da vida só conhecem as vicissitudes e as amarguras; quando vedes esses rostos macilentos brilharem subitamente de esperança, desprovidos de pão, esses infelizes e seus filhos, ignorando que viver é sofrer, gritavam, choravam e repetiam estas palavras, que, como finos punhais, penetravam o coração materno: “Tenho fome!” Oh!, compreendei quanto são deliciosas as impressões daquele que vê renascer a alegria onde, momentos antes, só havia desespero! Compreendei quais são as vossas obrigações para com os vossos irmãos! Ide, ide ao encontro do infortúnio, ao socorro das misérias ocultas, sobretudo, que são as mais dolorosas. Ide, meus bem-amados, e lembrai-vos destas palavras do Salvador: “Quando vestirdes a um destes pequeninos, pensai que é a mim que o fazeis!”</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Caridade! Palavra sublime, que resume todas as virtudes, és tu que deves conduzir os povos à felicidade. Ao praticar-te, eles estarão semeando infinitas alegrias para o próprio futuro, e durante o seu exílio na Terra, serás para eles a consolação, o antegozo das alegrias que mais tarde desfrutarão, quando todos reunidos se abraçarem, no seio do Deus de amor. Foste tu, virtude divina, que me proporcionaste os únicos momentos de felicidade que gozei na Terra. Possam os meus irmãos encarnados crer na voz do amigo que lhes fala e lhes diz: É na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida. Oh!, quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo, e vereis quantas misérias a aliviar, quantas pobres crianças sem família; quantos velhos sem uma só mão amiga para os socorrer e fechar-lhes os olhos na hora da morte! Quanto bem a fazer! Oh!, não reclameis, antes agradecei a Deus, e prodigalizai a mancheias a vossa simpatia, o vosso amor, o vosso dinheiro, a todos os que, deserdados dos bens deste mundo, definham no sofrimento e na solidão. Colhereis neste mundo alegrias bem suaves, e mais tarde… somente Deus o sabe!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">*</div><div style="text-align: right;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-13-que-a-mao-esquerda-nao-saiba-o-que-faz-a-direita/instrucoes-dos-espiritos/ii-a-beneficencia/" target="_blank">O Evangelho Segundo o Espiritismo</a>, cap. XIII.</div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-43997955182673188622021-03-22T18:58:00.004-07:002021-03-22T19:20:12.039-07:00Os Infortúnios Ocultos<div style="text-align: justify;"><b>4</b> – Nas grades calamidades, a caridade se agita, e vêem-se generosos impulsos para reparar os desastres. Mas, ao lado desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam desapercebidos, de pessoas que jazem num miserável catre, sem se queixarem. São esses os infortúnios discretos e ocultos, que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que venham pedir assistência.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quem é aquela senhora de ar distinto, de trajes simples mas bem cuidados, seguida de uma jovem que também se veste modestamente? Entra numa casa de aspecto miserável, onde sem dúvida é conhecida, pois à porta é saudada com respeito. Para onde vai? Sobe até a água furtada: lá vive uma mãe de família, rodeada pelos filhos pequenos. À sua chegada, a alegria brilha naqueles rostos emagrecidos. É que ela vem acalmar todas as suas dores. Traz o necessário, acompanhado de suaves e consoladoras palavras, que fazem aceitar a ajuda sem constrangimentos, pois esses infortunados não são profissionais de mendicância. O pai se encontra no hospital, e durante esse tempo à mãe não pode suprir as necessidades.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Graças a ela, essas pobres crianças não sofrerão nem frio nem fome; irão à escola suficientemente agasalhados e no seio da mãe não faltará o leite para os menorzinhos. Se uma entre elas adoece, não lhe repugnará prestar-lhe os cuidados materiais. Dali seguirá para o hospital, levar ao pai algum consolo e tranqüilizá-lo quanto à sorte da família. Na esquina, uma carruagem a espera, verdadeiro depósito de tudo o que vai levar aos protegidos, que visita sucessivamente. Não lhes pergunta pela crença nem pelas opiniões, porque, para ela, todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Finda a visita, ela diz a si mesma: Comecei bem o meu dia. Qual é o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, tem um nome que não revela a ninguém, mas é o anjo da consolação. E, à noite, um concerto de bênçãos se eleva por ela ao Criador: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por que se veste tão simplesmente? Para não ferir a miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha adolescente? Para lhe ensinar como se deve praticar a beneficência. A filha também quer fazer a caridade, mas a mãe lhe diz: “Que podes dar, minha filha, se nada tens de teu? Se te entrego alguma coisa para dares aos outros, que mérito terás? Serei eu, na verdade, quem farei a caridade, e tu quem terás o mérito? Isso não é justo. Quando formos visitar os doentes, ajudar-me as a cuidar deles, pois dar-lhes cuidados é dar alguma coisa. Isso não te parece suficiente? Nada mais simples: aprende a fazer costuras úteis, e assim confeccionarás roupinhas para essas crianças, podendo dar-lhes alguma coisa de ti mesma”. É assim que esta mãe verdadeiramente cristã vai formando sua filha das virtudes ensinadas pelo Cristo. É espírita? Que importa?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para o meio em que vive, é a mulher do mundo, pois sua posição o exige; mas ignoram o que ela faz, mesmo porque não lhe interessa outra aprovação que a de Deus e da sua própria consciência. Um dia, porém, uma circunstância imprevista leva à sua casa uma de suas protegidas, para lhe oferecer trabalhos manuais. “Psiu! — diz-lhe ela. Não contes a ninguém!” Assim falava Jesus.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- <a href="https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-13-que-a-mao-esquerda-nao-saiba-o-que-faz-a-direita/os-infortunios-ocultos/" target="_blank">O Evangelho Segundo o Espiritismo</a>, cap. XIII.</div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-10463587486214081162021-01-12T22:02:00.004-08:002021-01-12T22:02:41.351-08:00A comunicação entre os dois planos da vida<div style="text-align: justify;">Sabemos que os Espíritos exercem contínua ação no plano físico, manifestada de forma fugaz ou duradoura, boa ou má, sutil ou bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade como afirma Allan Kardec. A comunicação entre os dois planos da vida é viabilizada por meio de duas faculdades inerentes ao psiquismo humano: a mediúnica e a anímica. Ambas decorrem da natural capacidade pensante do ser humano e dos processos de sintonia mental, assim assinalados por Emmanuel: “O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção. Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência”. Completando as suas ideias, o benfeitor espiritual acrescenta: A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir. Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente. De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos. Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que cercam. Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis. Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mediunidade - Estudo e prática - FEB</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://espiritismo-amor-sem-fronteiras.blogspot.com/2018/12/a-comunicacao-entre-os-dois-planos-da.html" target="_blank">Amor Sem Fronteiras.</a></div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-29973131350220485982021-01-12T21:49:00.002-08:002021-01-12T21:50:30.067-08:00Do Abrigo, partem cartas para o mundo<div style="text-align: justify;">A pandemia enfrentada pelo mundo por conta da disseminação do coranavírus provocou a maior crise sanitária no Brasil em um século. Essa situação, que transformou o dia a dia do conjunto da população brasileira, também refletiu, como não poderia deixar de ser, no cotidiano do Abrigo Bezerra de Menezes. Os idosos, por determinação das autoridades, não têm podido receber visitas. Isso não significa que estejam alheios ao que acontece lá fora. Eles acompanham o noticiário, preocupam-se com seus familiares e torcem para que tudo volte ao normal o mais rapidamente possível.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesta edição especial do "Boletim Informativo", a de número 90, quatro residentes da unidade Penha e outros três da unidade José Bacelar escreveram cartas de próprio punho, algo inimaginável nos dias de hoje, mas muito comum no século passado, para contar como estão atravessando esses tempos tão difíceis. Em todas elas, para além dos relatos que soam como notícias do front nesta verdadeira guerra que se trava para deter a propagação da covid-19, materializam-se mensagens de esperança, partindo daqueles que já testemunharam muita coisa na vida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É o caso de Geraldo Teresani, acolhido da unidade Penha de 85 anos. Em sua carta, ele escreveu: "Com os colegas, sinto falta das visitas dos filhos". É como se ele traduzisse um sentimento comum a todos. O isolamento social, medida fundamental contra a transmissão da doença, representa uma arma fundamental para mitigar os efeitos da pandemia. Mas isso tem um preço, que não se mede em moeda, mas sim em saudade daqueles a quem se estima. Ainda assim, é preciso seguir à risca o mantra do "fique em casa". A casa de mais de uma centena de idosos é o Abrigo. E, para que eles continuem em casa, o Abrigo pede ajuda.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><br />Faça sua doação online : http://bit.ly/2N1xY5D<br /><br /><br /><b>BANCO BRADESCO</b><br />Agência: 0118<br />Conta Corrente: 132500-0<br />CNPJ 60478245/0001-50<br /><br /><br /><b>BANCO SANTANDER</b><br />Agência: 0107<br />Conta Corrente: 13002200-6<br />CNPJ 60478245/0001-50<br /><br /><br /><b>BANCO ITAÚ</b><br />Agência: 0139<br />Conta Corrente: 00330-5<br />CNPJ 60478245/0001-50<br /><br /><br /><b>BANCO DO BRASIL</b><br />Agência: 1192-4<br />Conta Corrente: 101442-0<br />CNPJ 60478245/0001-50<div><br /></div><div><br /></div><div>(clique nas imagens para ampliar).</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-rwi6-5_7FZk/X_6JhuRt4YI/AAAAAAAAKyY/2VnJ-I_h4FoayFeRfV0ZUNBQH4yKDelNwCLcBGAsYHQ/s750/carta%2B2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="575" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-rwi6-5_7FZk/X_6JhuRt4YI/AAAAAAAAKyY/2VnJ-I_h4FoayFeRfV0ZUNBQH4yKDelNwCLcBGAsYHQ/s320/carta%2B2.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-w79ksrrp6q8/X_6JhRiqeoI/AAAAAAAAKyU/JR7l-JcuT4IoKY1bVMtLVt9KzQwzOJvagCLcBGAsYHQ/s745/carta%2B3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="745" data-original-width="575" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-w79ksrrp6q8/X_6JhRiqeoI/AAAAAAAAKyU/JR7l-JcuT4IoKY1bVMtLVt9KzQwzOJvagCLcBGAsYHQ/s320/carta%2B3.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-l1q8TeUHSYU/X_6Jhhr_WvI/AAAAAAAAKyc/LyaatsF63iwRwS6vJWhw27l_WLdCVTTIACLcBGAsYHQ/s745/carta%2B4.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="745" data-original-width="577" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-l1q8TeUHSYU/X_6Jhhr_WvI/AAAAAAAAKyc/LyaatsF63iwRwS6vJWhw27l_WLdCVTTIACLcBGAsYHQ/s320/carta%2B4.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-pg02epH-_LE/X_6Jiddyi9I/AAAAAAAAKyg/-S0tL0NiCA8o1-rqDRMD9CwXO9N7JxR3gCLcBGAsYHQ/s738/carta%2B5.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="738" data-original-width="571" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-pg02epH-_LE/X_6Jiddyi9I/AAAAAAAAKyg/-S0tL0NiCA8o1-rqDRMD9CwXO9N7JxR3gCLcBGAsYHQ/s320/carta%2B5.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Itco4xBakTY/X_6Jig20lWI/AAAAAAAAKyk/L3Cp7tkUR1sWLKCUiXHV1wk_ITZB8zxbQCLcBGAsYHQ/s749/carta%2B6.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="749" data-original-width="589" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-Itco4xBakTY/X_6Jig20lWI/AAAAAAAAKyk/L3Cp7tkUR1sWLKCUiXHV1wk_ITZB8zxbQCLcBGAsYHQ/s320/carta%2B6.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-4UFuIAQ3dCw/X_6JjP8j7LI/AAAAAAAAKys/iGrhkGRVTtooJHhKCRGo28n8qPym_bIKgCLcBGAsYHQ/s750/carta%2B8.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="588" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-4UFuIAQ3dCw/X_6JjP8j7LI/AAAAAAAAKys/iGrhkGRVTtooJHhKCRGo28n8qPym_bIKgCLcBGAsYHQ/s320/carta%2B8.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-nFeqfHNG59s/X_6JjW-xQRI/AAAAAAAAKyw/2Ot6jttGbHIA55kZ6aoDZ_YOcqzc8pHoQCLcBGAsYHQ/s747/carta.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="747" data-original-width="577" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-nFeqfHNG59s/X_6JjW-xQRI/AAAAAAAAKyw/2Ot6jttGbHIA55kZ6aoDZ_YOcqzc8pHoQCLcBGAsYHQ/s320/carta.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Q_F2mPoXNGY/X_6JirO7n-I/AAAAAAAAKyo/EdDTc7Cni00BWDwNurj7qEhcGj9aN9dhQCLcBGAsYHQ/s741/carta%2B7.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="741" data-original-width="586" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-Q_F2mPoXNGY/X_6JirO7n-I/AAAAAAAAKyo/EdDTc7Cni00BWDwNurj7qEhcGj9aN9dhQCLcBGAsYHQ/s320/carta%2B7.jpg" /></a></div><br /><div><br /></div><div>Fonte: <a href="https://www.abrigobezerrademenezes.org.br/noticia.php?n=32" target="_blank">Abrigo Bezerra de Menezes</a></div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-66503350928914600422020-12-20T14:28:00.008-08:002020-12-20T14:31:38.302-08:00Espiritismo e respeito à diversidade humana<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-XlYUsBBBusw/X9_P9YKv-EI/AAAAAAAAKxY/9SoA8y-OB3U7lKgdiqK_7mDIf3xU1i5ngCLcBGAsYHQ/s1523/kardec.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1523" data-original-width="1232" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-XlYUsBBBusw/X9_P9YKv-EI/AAAAAAAAKxY/9SoA8y-OB3U7lKgdiqK_7mDIf3xU1i5ngCLcBGAsYHQ/s320/kardec.jpg" /></a></div><p></p><div style="text-align: justify;">Em tempos que nos pedem reflexão e consciência sobre o preconceito, a Doutrina Espírita nos traz palavras esclarecedoras para o nosso trabalho de autoaperfeiçoamento e convivência pacífica. Ante a lição de que somos todos irmãos, celebremos a diversidade humana com respeito e fraternidade, com a riqueza das palavras a seguir.</div><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px rgb(229, 229, 229); font-family: Nunito; font-size: 17px; margin: 0px 0px 20px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></p><div style="text-align: justify;">“Allan Kardec encontrou, nos princípios da Doutrina Espírita, explicações que apontam para leis sábias e supremas, razão pela qual afirmou que o Espiritismo permite “resolver os milhares de problemas históricos, arqueológicos, antropológicos, teológicos, psicológicos, morais, sociais, etc.” (<em style="background: transparent; border: 0px rgb(229, 229, 229); margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Revista Espírita</em>, 1862, p. 401).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De fato, as leis universais do amor, da caridade, da imortalidade da alma, da reencarnação, da evolução constituem novos parâmetros para a compreensão do desenvolvimento dos grupos humanos, nas diversas regiões do Orbe.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa compreensão das Leis Divinas permite a Allan Kardec afirmar que:</div><div style="text-align: justify;">[…] o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os estúpidos preconceitos de cor. (<em style="background: transparent; border: 0px rgb(229, 229, 229); margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Revista Espírita</em>,1861,p. 432.)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com a reencarnação, desaparecem os preconceitos de raças e de castas, pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravidão, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, nenhum há que prime, em lógica, ao fato material da reencarnação. Se, pois, a reencarnação funda numa lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade. (<em style="background: transparent; border: 0px rgb(229, 229, 229); margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A Gênese</em>, cap. I, item 36, p. 42-43. Vide também <em style="background: transparent; border: 0px rgb(229, 229, 229); margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Revista Espírita</em>,1867, p. 373.)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nós trabalhamos para dar a fé aos que em nada creem; para espalhar uma crença que os torna melhores uns para os outros, que lhes ensina a perdoar aos inimigos, a se olharem como irmãos, sem distinção de raça, casta, seita, cor, opinião política ou religiosa; numa palavra, uma crença que faz nascer o verdadeiro sentimento de caridade, de fraternidade e deveres sociais. (KARDEC, Allan. <em style="background: transparent; border: 0px rgb(229, 229, 229); margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Revista Espírita de 1863</em> – 1. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. – Janeiro de 1863.)” (1)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Em diversos pontos de sua obra, o codificador Allan Kardec se refere aos Espíritos encarnados em tribos incultas e selvagens, então existentes em algumas regiões do Planeta, e que, em contato com outros polos de civilização, vinham sofrendo inúmeras transformações, muitas com evidente benefício para os seus membros, decorrentes do progresso geral ao qual estão sujeitas todas as etnias, independentemente da coloração de sua pele. […]</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na época, Allan Kardec sabia apenas o que vários autores contavam a respeito dos selvagens africanos, sempre reduzidos ao embrutecimento quase total, quando não escravizados impiedosamente. É baseado nesses informes “científicos” da época que o Codificador repete, com outras palavras, o que os pesquisadores Europeus descreviam quando de volta das viagens que faziam à África negra. Todavia, é peremptório ao abordar a questão do preconceito racial:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. (<em style="background: transparent; border: 0px rgb(229, 229, 229); margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O Evangelho Segundo o Espiritismo</em>, capítulo XVII, item 3, p. 348.) […]</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Feitas essas considerações, é lícito concluir que na Doutrina Espírita vigora o mais absoluto respeito à diversidade humana, cabendo ao espírita o dever de cooperar para o progresso da Humanidade, exercendo a caridade no seu sentido mais abrangente (“benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas”), tal como a entendia Jesus, nosso Guia e Modelo, sem preconceitos de nenhuma espécie: de cor, etnia, sexo, crença ou condição econômica, social ou moral. “ (2)</div><p></p><p style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px rgb(229, 229, 229); font-family: Nunito; font-size: 17px; margin: 0px 0px 20px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></p><div style="text-align: justify;">(1) NOTA EXPLICATIVA na <em style="background: transparent; border: 0px rgb(229, 229, 229); margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Revista Espírita de 1859</em>, mês de dezembro.</div><div style="text-align: justify;">(2) KARDEC, Allan. <em style="background: transparent; border: 0px rgb(229, 229, 229); margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Obras póstumas</em>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: <a href="https://www.febnet.org.br/portal/2020/12/02/espiritismo-e-respeito-a-diversidade-humana/" target="_blank">FEB.</a></div><p></p>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-38251126391588180812020-12-20T14:10:00.005-08:002021-03-22T18:32:15.170-07:00Liberdade e Responsabilidade<div style="text-align: justify;"><b><i>Marta Antunes de Moura</i></b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>Liberdade </b>significa o direito de agir segundo a própria vontade ou livre arbítrio, desde que pessoas ou instituições não sejam prejudicadas. Daí os orientadores informarem, em <i>O Livro dos Espíritos</i>, que não existe liberdade absoluta, mas relativa: “[…] porque todos precisais uns dos outros, tanto os pequenos como os grandes.” Complementam esse pensamento ao afirmarem que o limite da liberdade individual está restrito à liberdade do outro: “[…] Desde que dois homens estejam juntos, há entre eles direitos a serem respeitado e, portanto, nenhum deles gozará de liberdade absoluta.” Mesmo a liberdade de pensar que, no primeiro momento, nos dá sensação de ser ampla e infinita, percebemos que os nossos pensamentos fazem vinculações com outros pensamentos, pelos processos naturais das afinidades e sintonias, condições que podem ampliar, ou não, o grau da nossa liberdade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A adequada compreensão desse teor de ideias ensina-nos como agir corretamente nos diferentes níveis do relacionamento humano: familiar, profissional, social, institucional, religioso etc., visto que a liberdade de pensar, falar e agir, além de ser restritiva em si mesma, desencadeia consequências, boas ou más, no tempo e no espaço, pois, como esclarece o lúcido benfeitor Emmanuel, o pensamento é produto do ser pensante, da sua mente:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A mente é o espelho da vida em toda parte.</div><div style="text-align: justify;">[…]</div><div style="text-align: justify;">Nos seres primitivos, aparece sob a ganga do instinto, nas almas humanas surge entre as ilusões que salteiam a inteligência, e revela-se nos Espíritos aperfeiçoados por brilhante precioso a retratar a Glória Divina.</div><div style="text-align: justify;">Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados que nos achamos entre a animalidade e a angelitude, somos impelidos a interpretá-la como sendo o campo de nossa consciência desperta, na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite operar.</div><div style="text-align: justify;">Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o cérebro é o centro de suas ondulações, gerando a força do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para acrisolar e sublimar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O atual estágio evolutivo da humanidade terrestre demonstra que o indivíduo já possui um certo domínio sobre os seus atos instintivos e que a sua inteligência está mais aperfeiçoada, decorrente da aquisição de conhecimentos intelecto-morais ao longo das experiências reencarnatórias e nos estágios ocorridos no plano espiritual. Assim, já não se justifica o desconhecimento da utilização de certos princípios, sobretudo os de natureza moral e ético, que regulam as relações interpessoais ─ definidas como a forma de nos relacionamos com o próximo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tudo isso nos conduz à certeza de que a liberdade de agir, por mais insignificante que seja a sua manifestação, apresenta consequências, a curto, médio e longo prazos. Surge, então, a necessidade premente de agir com responsabilidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>A noção de responsabilidade</b> está apoiada nos preceitos éticos e morais que a sabedoria do Evangelho de Jesus sintetiza em suas lições, das quais extraímos apenas dois ensinamentos para a nossa reflexão imediata:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>O primeiro é: […] Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma, de todo teu entendimento, e com toda a tua força. E o segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento maior do que este […]. Marcos,</i> 12: 29-3.</div><div style="text-align: justify;"><i>Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas. Mateus, </i>7: 12.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Revela um certo grau de maturidade espiritual, o indivíduo que estabelece como norma comportamental associar a liberdade com a responsabilidade, antes de tomar qualquer decisão. Essa forma de agir, moralmente correta, representa o que se conceitua como <i>liberdade de consciência</i> ─ essa voz íntima, lúcida e mansa, que a providência divina marcou todos os seres humanos para auxiliá-los a evoluir. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A liberdade de consciência nos transforma em pessoas melhores, aptas a pôr em prática a lei de justiça, amor e caridade: “[…] A liberdade de consciência é uma das características da verdadeira civilização e do progresso.” </div><div style="text-align: justify;">A benfeitora Joanna de Ângelis revela o segredo dos bons relacionamentos, a partir de conhecida história popular:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma velha fábula conta que, numa já remota era glacial, os porcos-espinhos sentiram-se ameaçados de destruição pelo frio que reinava em toda a parte. Por instinto, uniram-se e conseguiram sobreviver em razão do calor que irradiavam. Não obstante, pelo fato de estarem próximos, uns dos outros, passaram a ferir-se mutuamente, provocando reações inesperadas, quais o afastamento deles. Como consequência da decisão, todos aqueles que se encontravam distantes passaram a morrer por falta de calor. Os sobreviventes, percebendo o que acontecia, reaproximaram-se, agora, porém, conhecedores dos cuidados que deveriam manter, a fim de não se magoarem reciprocamente. Graças a essa conclusão feliz, sobreviveram à terrível calamidade. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Joanna acrescenta, como conclusão: “Trata-se de excelente lição para uma feliz convivência, um produtivo relacionamento […].”</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>REFERÊNCIAS</b> </div><div style="text-align: justify;">KARDEC, Allan. <i>O livro dos espíritos.</i> Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 9. imp. Brasília: FEB, 2020. Q. 825, p. 357.</div><div style="text-align: justify;">Q. 826, p. 357.</div><div style="text-align: justify;">XAVIER, Francisco Cândido. <i>Pensamento e vida</i>. Pelo Espírito Emmanuel. 19 ed. 1 imp. Brasília: FEB, 2013. Cap. 1, p. 9.</div><div style="text-align: justify;">KARDEC, Allan. <i>O livro dos espíritos</i>. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 9. imp. Brasília: FEB, 2020. Q. 837, p. 360.</div><div style="text-align: justify;">FRANCO, Divaldo Pereira. <i>Despertar do espírito</i>. Por Joanna de Ângelis. 4 ed. Salvador: LEAL, 2000. Cap. Relacionamentos humanos, 135-136.</div><div style="text-align: justify;">136.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: Site da <a href="https://www.febnet.org.br/portal/2020/10/22/liberdade-e-responsabilidade/" target="_blank">FEB</a>.</div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-77760172312720422682020-12-20T14:00:00.001-08:002021-01-12T22:04:05.903-08:00Relembrando Nicette<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/WZ19uVgAdjI" width="320" youtube-src-id="WZ19uVgAdjI"></iframe></div><br /><p></p><p><br /></p>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-54647767942427283022020-09-24T19:14:00.002-07:002020-12-20T14:11:51.693-08:00Uma nova pandemia, conhecida como CoronavírusMarta Antunes de Moura<br /><br /><br /><div style="text-align: justify;">A Doutrina Espírita ensina que a felicidade humana está na razão direta do cumprimento da Lei de Deus, Lei Natural ou Lei da Natureza, que “é eterna e imutável como o próprio Deus”1. O nosso desafio é, pois, conhecer as leis divinas que, a despeito de estarem inscritas na consciência2, nem sempre conseguimos identificá-las ou compreendê-las, em razão da nossa notória imperfeição espiritual.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa imperfeição apresenta a dificuldade de ainda não sabermos distinguir o bem do mal, cujo aprendizado somente é adquirido ao longo das reencarnações sucessivas e dos subsequentes estágios no plano espiritual. Desenvolvido o necessário discernimento entre o que é bom e o que é ruim, de acordo com esta orientação: “O bem é tudo o que é conforme a Lei de Deus, e o mal é tudo o que dela se afasta […]”3, passamos a agir de acordo com os princípios da <i>moral</i>, entendida como sendo “[…] a regra do bem proceder, isto é, a distinção entre o bem e o mal. Funda-se na observação da Lei de Deus. O homem procede bem quando faz tudo pelo bem de todos, porque então cumpre a Lei de Deus.” 4 <i>Fazer tudo pelo bem dos outros</i> é a linha mestra do aprendizado intelecto-moral que impulsiona o ser imortal aos píncaros evolutivos. É a <i>regra de ouro</i>, assim anunciada pelo Cristo: “Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois essa é a Lei e os Profetas.” 5</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como os processos de melhoria espiritual exigem dedicação, esforço e persistência, ou seja, “suor e lágrimas”, o grande empreendimento do indivíduo transformar-se em pessoa melhor se faz por meio da superação das provações existenciais, que se revelam cada vez mais desafiantes à medida que surgem novos aprendizados. As provações fazem parte da caminhada evolutiva da vida, que transcorre, naturalmente, nos dois planos existenciais, que lembram uma corrida de superação de obstáculos. É, pois, equívoco acreditar que ocorrências provacionais, como os flagelos destruidores, naturais ou provocados, sejam catalogados como castigo ou punição divina. Quem assim pensa tem de Deus uma ideia antropomórfica (forma ou características humanas – <i>Dic. Aurélio</i>) e se fundamenta em preceitos teológicos arcaicos, visto que Deus, como ensinou Jesus à samaritana, “Deus é Espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade” (João, 4:24). É desse modo que Ele é nosso Pai e Criador: “<i>Deus é soberanamente justo e bom</i>. A sabedoria providencial das leis divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e essa sabedoria não permite que se duvide nem da sua justiça, nem da sua bondade.” 6</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As catástrofes e doenças que atingem a Humanidade ao longo da história da civilização sempre resultaram (e resultam) em perdas e sofrimentos de diferentes gradações. No momento atual, estamos, no planeta, sob o peso de uma pandemia, o coronavírus. É comum, então, diz Allan Kardec, ouvir-se a voz geral de que “[…] são chegados os tempos marcados por Deus, em que grandes acontecimentos se vão dar para a regeneração da Humanidade. Em que sentido se devem entender essas palavras proféticas? […].” 7 Indaga ele, que prossegue em suas análises ao afirmar:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tudo é harmonia na Criação; tudo revela uma previdência que não se desmente nem nas menores, nem nas maiores coisas. Temos, pois, que afastar, desde logo, toda ideia de capricho, por ser inconciliável com a Sabedoria Divina. Em segundo lugar, se a nossa época está designada para a realização de certas coisas, é que estas têm uma razão de ser na marcha do conjunto. 8</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Codificador complementa as suas sábias ideias com estas ponderações:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Isto posto, diremos que o nosso globo, como tudo o que existe, está submetido à lei do progresso. Ele progride fisicamente, pela transformação dos elementos que o compõem, e moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. Esses dois progressos se realizam paralelamente, visto que a perfeição da habitação guarda relação com a do habitante. Fisicamente, o globo terrestre tem sofrido transformações que a Ciência tem comprovado e que o tornaram sucessivamente habitável por seres cada vez mais aperfeiçoados. Moralmente, a humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes. Ao mesmo tempo que o melhoramento do globo se opera sob a ação das forças materiais, os homens concorrem para isso pelos esforços da sua inteligência. Saneiam as regiões insalubres, tornam mais fáceis as comunicações e mais produtiva a terra. 9</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As enfermidades e as catástrofes ambientais ─ terremotos e maremotos, ciclones e furações, tempestades e enchentes, seguidas de secas severas, deslocamento de placas tectônicas e geleiras, ataques de meteoros e meteoritos, são cometimentos usuais. Não restam dúvidas de que são ocorrências de caráter verdadeiramente destruidor, ceifando milhões de vidas, mas que, com o desenvolvimento da inteligência e da moralidade, serão cada vez mais amenizadas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O caráter avassalador das doenças manifesta-se sob três aspectos: pandêmico, epidêmico e endêmico. Diz-se <i>pandemia</i> quando uma doença infecciosa se espalha por diversas localidades do mundo, atingindo países e continentes.10 Exemplo: O coronavírus, cujo agente infeccioso é um vírus denominado Covid-19 em que Covid = <i>Corona Virus Disease</i> (doença do coronavírus), enquanto 19 se refere ao ano de 2019, quando os primeiros casos ocorridos em Wuhan, na China, foram divulgados publicamente pelo governo chinês, no final de dezembro. O vírus é SARS-CoV-2 (um coronavírus). <i>Epidemia</i> indica ocorrência de doença em área geográfica mais circunscrita. “O número de casos que indica a existência de uma epidemia varia com o agente infeccioso, o tamanho e as características da população exposta, sua experiência prévia ou falta de exposição à enfermidade e o local e época do ano em que ocorre.”11 Exemplo: Dengue é uma doença epidêmica no Brasil, de predominante ocorrência nos meses de verão, provocava por um vírus transmitido pela picada do mosquito <i>Aedes aegypti. Endemia</i>, por sua vez, “é a presença continua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso em uma zona geográfica determinada.” 12 Exemplo: malária, cujo agente infecioso é um parasito da família <i>Plasmodium</i>. A Região Amazônica brasileira é considerada a área endêmica do país para malária, com 99% dos casos autóctones.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma pandemia acontece quando ocorre a associação de três fatores: a) aparecimento de uma nova doença ou variedade (mutação) da forma de uma doença se expressar); b) o agente possui elevado poder de virulência – refere-se à <i>gravidade</i> de uma doença ocasionada por um agente infeccioso; c) o agente infectante apresenta elevado poder de transmissão entre os humanos. É o caso da Covid-19.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cientistas, acadêmicos e profissionais da saúde se unem no mundo inteiro, cada vez mais, em busca de soluções contra as enfermidades infeciosas e transmissíveis que, se antes demoravam décadas para serem solucionadas ou administradas, agora as pesquisas e soluções alcançam meses. Ante esse esforço comum, muitas doenças graves são controladas ou até erradicadas. A <i>varíola</i>, por exemplo, popularmente conhecida como “bixiga”, foi erradicada do planeta desde 1980, com a campanha de vacinação em massa. Entretanto, a doença atormentou a Humanidade por mais de três milênios. A <i>cólera</i>, outra doença persistente em vários países teve uma ação epidêmica em 1817, matando centenas de milhares de pessoas. É doença provocada pela bactéria <i>Vibrio cholerae</i>, que retornou com força no final do século passado sendo, porém, logo contida. Da mesma forma, a peste <i>bubônica</i>, uma doença que ocorre desde a Antiguidade, ainda persiste nos dias atuais, pois o agente etiológico, a bactéria <i>Yersinia pestis</i>, sofre mutações ocasionais. Acredita-se que 40 a 50 milhões de pessoas tenham morrido no mundo da pandemia da gripe espanhola, provocada pelo vírus da influenza que, entre 1918-1920 teria infectado 500 milhões de pessoas, um quarto da população mundial, aproximadamente. A despeito dos intensos esforços dos cientistas, e no Brasil se destaca o notável trabalho do médico Carlos Chagas, a vacina só foi produzida em 1944.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa visão panorâmica dos processos de melhoria espiritual que o ser humano enfrenta, em decorrência de tragédias e catástrofes que atingem a Humanidade, é consequência natural da Lei do progresso, que o faz evoluir intelectual e moralmente. Nada tem de punitivo nem reflete “ação demoníaca” como querem certas interpretações religiosas, que chegam até em falar no juízo final, perante o qual os habitantes da Terra serão submetidos a um último julgamento (juízo final ou fim do mundo), caracterizado pela separação “dos bodes e das ovelhas” (Mateus, 25:31-46). Trata-se , obviamente, de metáfora que indica o resultado das mudanças que a Humanidade terrestre vivencia durante a era da transição, necessárias para que possa viver em outro nível evolutivo, o da era da regeneração, cujo lema será “um só rebanho e um só pastor” (João, 10:10) e apenas uma bandeira estará tremulando em todas as regiões da Terra: <i>Fora da caridade não há salvação.</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Emmanuel esclarece que é “possível, porém, avançar mais longe, além da letra e acima do problema circunstancial de lugar e tempo. Mobilizemos nossa interpretação espiritual” 13, instrui o solícito benfeitor. O momento atual exige de cada um de nós uma certa dose de reflexão e discernimento, agindo com prudência no pensar, falar e agir, como também aconselha Emmanuel:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É indispensável procurar o Amigo Celeste ou aqueles que já se ligaram, definitivamente, ao seu amor, antes dos períodos angustiosos, para que nos instalemos em refúgios de paz e segurança.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A disciplina, em tempo de fartura e liberdade, é distinção nas criaturas que a seguem; mas a contenção que nos é imposta, na escassez ou na dificuldade, converte-se em martírio.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O aprendiz leal do Cristo não deve marchar no mundo ao sabor de caprichos satisfeitos e, sim, na pauta da temperança e da compreensão. 14</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O pensamento é força criadora. Se desejamos saúde, é indispensável que nossos pensamentos sejam predominantemente saudáveis. Se desejamos o bem, é imprescindível não somente falar no bem, mas pensar no bem e agir no bem. Somente quando percebermos, em cada criatura humana, verdadeiramente, nosso irmão ou irmã, estaremos imunizados contra as agressões viróticas, que começam nos pensamentos em desarmonia. Cuidemos, sim, dos nossos corpos, usando máscara ao sair de casa, lavando bem as mãos e rosto com sabão, higienizando os objetos que tocarmos… Enfim, seguindo com rigor as recomendações dos profissionais de saúde. Mas acima de tudo, mantenhamo-nos em paz e em harmonia com todos os seres da criação, a começar pelo nosso próximo, reflexo do que somos e do que lhe fazemos. E não nos esqueçamos, jamais, de que Deus, como Pai amoroso, sempre age em prol do nosso bem, seus filhos imortais que vivem e evoluem entre dois mundos, o físico e o espiritual.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">REFERÊNCIAS</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">KARDEC, Allan. <i>O livro dos espíritos</i>. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 9. imp. Brasília: FEB, 2020. q. 615, p. 283.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Id</i>., q. 621, p. 285.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Id</i>., q. 630, p.288.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Id.</i>, q. 629, p.287.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coordenadores da edição em língua portuguesa: Gilberto da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. Nova edição, revista e ampliada. São Paulo: Paulus, 2019. <i>Evangelho segundo Mateus</i>, 7:12, p. 1715.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">KARDEC, Allan. <i>A gênese.</i> Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília: FEB, 2019. cap. II, it. 14, p. 51.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Id.</i>, cap. XVIII, it. 1, p.343.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Id</i>., it. 2, p. 343.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Id.</i>, p. 344.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">MINISTÉRIO DA SAÚDE. FUNDAÇAO NACIONAL DE SAÚDE. <i>Guia de vigilância epidemiológica.</i> Centro Nacional de Vigilância Epidemiológica. Brasília: 1994. p. 357.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Id</i>., p.354.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Id.</i>, p.363.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">XAVIER, Francisco Cândido. <i>Vinha de luz</i>. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 15. imp. Brasília: FEB, 2020. Cap. 66, p. 145.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Id.</i>, p. 146.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: <a href="https://www.febnet.org.br/portal/2020/07/15/uma-nova-pandemia-conhecida-como-coronavirus/" target="_blank">FEB.</a></div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-16546594015429772372020-09-24T18:27:00.004-07:002020-09-24T18:29:40.609-07:00Projeto de Vibrações da FEESP<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-tzBnMWFhFLU/X21HcXzxZ-I/AAAAAAAAKvI/ioM151wDqrI7naTNvKds8Yo5ze-pfKnewCLcBGAsYHQ/s891/12-comunicado-esclarecimentos-vibracoes.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="891" data-original-width="630" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-tzBnMWFhFLU/X21HcXzxZ-I/AAAAAAAAKvI/ioM151wDqrI7naTNvKds8Yo5ze-pfKnewCLcBGAsYHQ/w453-h640/12-comunicado-esclarecimentos-vibracoes.jpg" width="453" /></a></div>Clique na imagem para ampliar.<p></p><div>Fonte: <a href="https://feesp.com.br/projeto-de-vibracoes-da-feesp/" target="_blank">FEESP.</a></div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-26142482576860963212020-09-24T18:06:00.007-07:002020-09-29T13:43:46.711-07:00Cinco possíveis efeitos da Covid-19 na prática espírita<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-e06-tLMV108/X21Oc17Xh9I/AAAAAAAAKvU/L6DJcvsVQJAMA1iUa_jNnx1wARU9BnDqgCLcBGAsYHQ/s640/fightagainstviruses-1200x627-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="334" data-original-width="640" height="209" src="https://1.bp.blogspot.com/-e06-tLMV108/X21Oc17Xh9I/AAAAAAAAKvU/L6DJcvsVQJAMA1iUa_jNnx1wARU9BnDqgCLcBGAsYHQ/w400-h209/fightagainstviruses-1200x627-1.jpg" width="400" /></a></div><br /><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-RO2RUy_7Lls/X21OmHMJz3I/AAAAAAAAKvY/QswujlFcL3Q9U0o-Dl2DOYnIMnV25KmdwCLcBGAsYHQ/s100/marcusviniciusbraga.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="100" data-original-width="100" src="https://1.bp.blogspot.com/-RO2RUy_7Lls/X21OmHMJz3I/AAAAAAAAKvY/QswujlFcL3Q9U0o-Dl2DOYnIMnV25KmdwCLcBGAsYHQ/s0/marcusviniciusbraga.jpg" /></a></div>Por Marcus Vinicius de Azevedo Braga, no <a href="https://blogabpe.org/2020/05/06/cinco-possiveis-efeitos-da-covid-19-na-pratica-espirita/#more-2501" target="_blank">blog da ABPE.</a><p></p><p><span style="text-align: justify;">Muito se fala que o mundo não será mais o mesmo após a incidência da pandemia do novo corona vírus (que ocasiona a Covid-19) e muito se especula sobre os cenários, o que enseja um exercício de como seriam também os possíveis efeitos desse evento global sobre as práticas das casas espíritas, o que se tentará construir nesse singelo artigo.</span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A primeira suposição é de que seremos menos tolerantes com as mensagens apócrifas. Sim, vivemos uma profusão de mensagens qualificadas como Fake News nas redes sociais, na qual não se sabe o que é mentira ou meia verdade, e esse movimento influenciou também um sem número de mensagens psicografadas com informações que não fazem sentido, confundindo o público que se declara espírita em meio a tanta desinformação, o que gerou, inclusive, notas de esclarecimento de federativas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entretanto, uma percepção crescente no enfrentamento à Covid-19 é de que a desinformação alimenta o vírus, o que ensejou movimentos das pessoas, temerosas, por combater informações sem lastro, com mecanismos de verificação e um aumento de busca pela imprensa mais tradicional, para se informar e assim melhor se prevenir, em um movimento que se espera que contamine também os circuitos de informações espíritas, para que estas, mesmo de origem mediúnica – e que contraponham os protocolos oficiais – sejam combatidas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Espera-se também que haja um maior exercício da solidariedade na prática espírita, pois o cenário atual e futuro aponta para efeitos funestos do isolamento, da doença e da crise econômica relacionada, de forma que herdaremos um mundo mais desigual em termos sociais, e com acentuação dos problemas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tal cenário pode provocar um resgate de nossos trabalhos de caráter assistencial, um tanto esquecidos das pautas espíritas, sem a adesão de novos voluntários, preteridos em função de outras pautas, mas que pela emergência dos problemas, podem trazer à baila novas frentes, inclusive em associação a outras denominações, nas chamadas redes assistenciais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apenas a título ilustrativo, <a href="http://www.sistemas.febnet.org.br/acervo/index.php/reformador/ano/1918" target="_blank">uma breve consulta ao Periódico Reformador no ano de 1918</a>, no meio da gripe espanhola, mostra na edição de maio de 2018, pp.349 e 384, como as casas espíritas se engajaram no atendimento assistencial aos afetados pela pandemia, o que demonstra como as nossas práticas são influenciadas por eventos dessa natureza.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O terceiro ponto que se antevê é o aumento (sim, ainda mais) da internet no movimento espírita. Essa quarentena ampliou sobremaneira o uso de lives, áudios compartilhados, podcasts e ainda fomentou a inovação de práticas e ações, de forma que as atividades doutrinárias migraram para o ambiente virtual, e aqueles que resistiam a usar essas facilidades, cederam pela força das circunstâncias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Acredita-se também que na volta paulatina a normalidade, teremos um movimento menos presencial, com mais estruturas no mundo virtual, e isso se relaciona também com o quarto cenário previsto, de um espiritismo mais intimista, com menos caráter de massa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sim, pois ainda teremos restrições de aglomerações por um tempo. O retorno não será uma mudança de chave e sim uma volta gradual, com direito a recaídas, e muito, muito receio de todos, em especial no que se refere ao convívio. E tal condição inibirá os popularizados mega eventos que tem caracterizado o movimento espírita recentemente, prestigiando ações menores, nas próprias casas, frequentadas por pessoas que todos conhecem e já convivem, como um mecanismo de proteção sanitária que se observará no mundo fora da casa espírita e que se refletirá nela também.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com isso, a impessoalidade dessas casas espíritas enormes, com pessoas que não se conhecem, e esses eventos de maior porte, congregando multidões, vai dar espaço a uma vivência mais fraterna, resgatando práticas de convívio um tanto esquecidas, que se combinadas com um mundo mais conectado, vai mudar em muito a nossa forma de interagir como movimento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por fim, pode parecer ingenuidade, mas é crível que esse movimento todo vá fortalecer o interesse nos aspectos científicos do espiritismo. Simples, pois a crise da Covid-19 se dá em uma batalha campal entre o pensamento científico, com método e evidências, com o mundo da pós verdade e o pensamento mágico, no qual o negacionismo e as soluções mirabolantes são confrontadas por opiniões sustentadas em pesquisas, e a ciência tem, no mundo todo, se fortalecido como forma de interpretação da realidade e que dá respostas convincentes ao mal que ronda as famílias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A Covid-19 nos convidou a olhar a realidade dos fatos, o mundo real, pois é nesse mundo que estão seus efeitos. Nos instou a viver no mundo, sem ser do mundo. E a entrar nesse mundo, mesmo que trancado dentro de casa, e nesse sentido, o espiritismo lastreado no método kardequiano se apresenta como fonte segura nessa selva louca e desvairada que nos encontramos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pode parecer um excesso de otimismo essa visão dos possíveis efeitos da Covid-19 no movimento espírita, mas é só observar o cenário da sociedade, e o que virá, para entender como isso se refletirá na nossa prática. <a href="http://redeglobo.globo.com/videos/v/em-entrevista-leandro-karnal-fala-sobre-comportamento-humano-diante-da-pandemia/8432739/" target="_blank">O historiador Leandro carnal, em entrevista televisiva no dia 26/03/2020,</a> aponta que a peste negra forneceu os elementos para o renascimento, após o extenso período da Idade Média, e que a gripe espanhola se refletiu na preocupação com a saúde pública, reforçando que crises auxiliam a revisão de paradigmas, em especial no caso da Covid-19, que abala o cotidiano de todos nós, de uma forma que nenhuma das gerações encarnadas viveu.</div>Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-58344844548922352142020-04-03T14:02:00.002-07:002020-04-03T14:03:26.202-07:00Aniversário de Chico Xavier é comemorado com exposição virtual para quem está em casa<div style="text-align: justify;">
<i>Conteúdo que tem fotos do médium e mensagem psicografada são do Memorial que fica em Uberaba. Ideia da exposição surgiu a partir da necessidade do isolamento social por causa da pandemia do coronavírus.</i></div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-kUMVS4fgkW0/Xoeih19LOvI/AAAAAAAAKks/IoRQ0KD8WF8q1F931Y60tpAMMi90l6GcwCLcBGAsYHQ/s1600/medium-chico-xavier-uberaba.jpg"><img border="0" height="191" src="https://1.bp.blogspot.com/-kUMVS4fgkW0/Xoeih19LOvI/AAAAAAAAKks/IoRQ0KD8WF8q1F931Y60tpAMMi90l6GcwCLcBGAsYHQ/s400/medium-chico-xavier-uberaba.jpg" width="400" /></a></div>
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Por <b>G1 Triângulo e Alto Paranaíba</b></div>
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02/04/2020 13h30 Atualizado há um dia</div>
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Para comemorar o aniversário de Chico Xavier, celebrado neste dia 2 de abril, o Memorial Chico Xavier, em Uberaba, lançou uma exposição virtual. A ideia surgiu a partir da necessidade do isolamento social por causa da pandemia do coronavírus.</div>
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O vídeo, que reúne várias fotos de Chico com uma mensagem positiva de esperança psicografada pelo médium a partir do mentor Emmanuel, foi publicado nesta quinta-feira.</div>
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<i><i>“É uma singela homenagem deste que foi uma das maiores lideranças da humanidade e que esse exemplo nos inspire a manter a nossa esperança principalmente em um momento tão difícil como agora”</i>, comentou o coordenador do Memorial, o museólogo Carlos Vitor de Souza.</i></div>
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Chico Xavier</div>
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Francisco Cândido Xavier completaria 110 anos em 2020. Ele nasceu em Pedro Leopoldo, mas morou em Uberaba de 1959 até a morte, em junho de 2002. Até hoje, a figura do médium é associada a mensagens de fé, amor e esperança, obras de caridade e divulgação da doutrina espírita mundo afora.</div>
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Ele é considerado um dos maiores médiuns da história, com intensa dedicação à psicografia. Expoente da Doutrina Espírita no Brasil, lançou mais de 400 livros espíritas e cedeu os direitos autorais de todas as obras para instituições de caridade.</div>
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Chico Xavier foi indicado ao prêmio Nobel da Paz na década de 1980 e foi eleito O Maior Brasileiro de Todos os Tempos em 2012.</div>
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"Não há problema que não possa ser solucionado pela paciência"</div>
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— Chico Xavier</div>
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Fonte: <a href="https://g1.globo.com/google/amp/mg/triangulo-mineiro/vida-em-casa/noticia/2020/04/02/aniversario-de-chico-xavier-e-comemorado-com-exposicao-virtual-para-quem-ta-em-casa-veja-video.ghtml" target="_blank">G1</a></div>
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Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-66860563180818298882019-11-02T10:29:00.000-07:002019-11-02T10:29:04.320-07:00Finados?<div style="text-align: justify;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-zMirCVYAs6E/Xb28vqTlPRI/AAAAAAAAKLI/PBeQbgqk9jsVBgSXIGxVHFMInKzDz4UagCK4BGAYYCw/s1600/gkl%255B9%255D.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-zMirCVYAs6E/Xb28vqTlPRI/AAAAAAAAKLI/PBeQbgqk9jsVBgSXIGxVHFMInKzDz4UagCK4BGAYYCw/s400/gkl%255B9%255D.jpg" width="400" /></a></div>
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No estudo da palpitante questão da morte, muitas pessoas se detêm apenas no fenômeno biológico da desintegração molecular, que lhes impede a permanência, por mais largo tempo, guindadas ao carro do prazer.</div>
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Consideram-na como sendo o fim da existência do ser eterno, e não se permitem auscultar a Natureza onde se expressam os mais vibrantes quadros de transformação, de morte para imediato renascimento, ensinando a perenidade do fluxo vital em intérminos processos da renovação.</div>
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Aqui, aparece o córrego transparente e cantante; ali, se alarga o pântano estagnado e morto.</div>
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À frente, a árvore estuante e pejada de frutos; ao lado, o sarçal requeimado pelo Sol, quase sem vida.</div>
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Em uma área fresca, a abundância da horta abençoada; noutro espaço, o deserto árido...</div>
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Uns e outros, aguardando trabalho, retificação e apoio, a fim de manterem o milagre da vida.</div>
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No corpo em que te movimentas, a morte das células e moléculas é constante, sem que se altere a vida, em contínua transformação.</div>
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Age, pois, conscientemente, de modo que te não convertas, atraído pelo utilitarismo, em parasita sugador dos recursos vitais, a um passo da cadaverização moral, que é uma forma de morte na vida...</div>
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Morrer é viajar no rumo de novos comportamentos.</div>
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Porque traz de volta o viajante, que partiu para a aprendizagem terrena, é natural que ele seja convidado, quando do retorno, a exame e prestação de contas dos recursos aplicados e dos resultados conseguidos durante o curso terrestre.</div>
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Recuperada a lucidez, faz-se mais severo o critério pessoal de avaliação dos atos.</div>
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Passada a oportunidade, compreende-se-lhe melhor o alto significado de que se revestiu.</div>
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Concluída a luta, é mais fácil de serem examinados os seus lances.</div>
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Desse modo, enquanto te encontras na dádiva do corpo, utiliza-te de todos os momentos para dignificar-te, agindo com sentimentos elevados e aprendendo com sacrifício.</div>
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Respeita o tempo de que dispões, entesourando os valores morais que podem ser investidos em obras de duração eterna, porquanto, em ti chegando a morte, queiras ou não, creias ou lhe abomines a realidade, despertarás, prosseguindo na vida, conforme a forjaste anteriormente.</div>
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Prosseguindo na Vida.</div>
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<br />Autor: Joanna de Ângelis<br />Do livro: <i>Luz da Esperança</i></div>
Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2396178340643273256.post-82171557256839955522019-11-02T10:13:00.000-07:002019-11-02T10:29:40.070-07:00Ante os que partiram<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-S12-wO2ZHds/Xb288NInNjI/AAAAAAAAKLQ/tjdvU0VtQ-0ILpqUbjUIs6lxwNjFAVluACK4BGAYYCw/s1600/foto_20151026110714.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="280" src="https://3.bp.blogspot.com/-S12-wO2ZHds/Xb288NInNjI/AAAAAAAAKLQ/tjdvU0VtQ-0ILpqUbjUIs6lxwNjFAVluACK4BGAYYCw/s400/foto_20151026110714.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.</span><br />
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<br /></div>
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Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo...</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira, cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima!</div>
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<br /></div>
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Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no adito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.</div>
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<br /></div>
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Também eles pensam e lutam, sentem e choram.</div>
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<br /></div>
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Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio.</div>
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<br /></div>
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Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito.</div>
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Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegria.</div>
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Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.</div>
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<br /></div>
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Tranquiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Recorda que, em futuro próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras...</div>
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<br /></div>
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E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre um monte empedrado, mas ressuscitou aos cânticos da manhã, no fulgor de um jardim.</div>
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Emmanuel</div>
("<i>Religião dos Espíritos</i>", 58, Francisco C. Xavier, FEB)Fernando Romano Menezeshttp://www.blogger.com/profile/05950565705346949531noreply@blogger.com0