Às vezes temos a falsa sensação de que nossa passagem pela Terra seria muito menos atribulada se pudéssemos contar com uma maior homogeneidade nos diversos momentos de nossas vidas. Imaginamos que encontraríamos maior felicidade se todos pensassem e agissem de forma semelhante, se possível idêntica.
Curiosamente, costumamos ter a egoística pretensão de nos colocar como um exemplo a ser seguido e nos questionamos: – Por que os outros não pensam assim como eu? Se assim fosse, tudo seria tão mais fácil…
Contudo, a experiência nos mostra que a diversidade é preponderante em absolutamente todas as nossas searas de análise e atuação. Em que pese todos termos em comum os fatos de sermos humanos e de termos todos sido creados por Deus (um mesmo Deus para todo o Cosmos, em que pese as diversas visões trazidas pelas religiões), cada um de nós é absolutamente único e, como tal, tem uma forma peculiar de pensar e agir.
Não é difícil atentarmos para o fato de que as pessoas aqui na Terra possuem diferentes culturas, gostos, profissões, orientações afetivas, formas de expressão, constituições físicas, opções religiosas, etc. Ainda assim, todos – sem exceção – são iguais no que tange ao direito à felicidade e a uma existência plena.
Ao longo de nossa história, algumas das maiores atrocidades que cometemos foram justamente pela absoluta falta de tolerância, por não conseguirmos nos identificar com os nossos semelhantes, a quem muitas vezes só conseguimos apontar as diferenças.
Passados tantos séculos desde a origem da civilização e tendo em conta que cada vez mais vivemos conectados e somos absolutamente dependentes uns dos outros, não é mais admissível alimentarmos ideias de intolerância e de desrespeito à diversidade.
Desde a nossa gênese, cada um de nós passou por experiências ímpares que nos possibilitaram diferentes aprendizados e reflexões. Nossas trajetórias evolutivas enquanto espíritos também não se dão de forma idêntica. Em virtude de nossas próprias escolhas e de nossas vivencias anteriores, seguimos por diferentes vias, cada qual a seu tempo e segundo seus méritos. Enquanto encarnados, cada um tem provações e expiações a superar, bem como um sentido missionário a desempenhar, sendo tal trajetória também particular.
Logo, é evidente que não há sentido em almejarmos que todas as pessoas pensem, ajam, sintam, falem e sejam iguais já que essa absoluta diversidade em que estamos inseridos é o que de fato nos enriquece e possibilita nossa evolução.
Assim, devemos perceber que é na diversidade que podemos fazer aprendizado e crescimento efetivo, é na diversidade que podemos tirar valiosas lições dos erros e dos acertos dos outros, é na diversidade que aprendemos a tolerar e a respeitar, é na diversidade que podemos conhecer a nós mesmos a fundo de modo a alcançarmos o equilíbrio necessário ao bom exercício de nossos papéis… Enfim, é na diversidade que fazemos identidade conosco mesmos e com o nosso Criador.
Fonte: http://serespirita.com.br/identidade-na-diversidade/
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