No sábado do dia dez de 10 de dezembro de 1983, uma multidão de vinte mil pessoas se acotovelava diante dos portões do Grupo Espírita da Prece, onde aconteceria a tradicional distribuição natalina de Chico Xavier.
Na véspera, várias jamantas chegaram de São Paulo abarrotadas de roupas, alimentos, brinquedos, enxovais para recém-nascidos, balas.
Por volta das 08hs, a festa teve início. O Chico parecia uma criança durante a distribuição, várias vezes, discretamente, enxugava as lágrimas que escorriam por detrás dos óculos de lentes grossas.
A cada um que desfilava diante de sua cadeira, entregava um pequenino óbolo, acompanhado de um beijo na mão.
Á noite, no “Grupo Espírita da Prece”, o Chico psicografa e chora.
Quando a reunião se encerra, debaixo de forte emoção, o Chico se prepara para autografar os livros.
D. Yolanda Cezar, uma das organizadoras da distribuição diz:
- “Olha Chico, eu estava pensando. Não sei se vale a pena...O que distribuímos é tão pouco, diante das necessidades dos nossos irmãos. Eles ficam a noite toda ao relento; crianças, idosos, senhoras grávidas... O que repartimos é tão pouco...”
Calmamente, sem desviar a atenção dos autógrafos, Chico responde:
- Não é pouco; é Amor. O Amor é sempre muito”.
(Extraído do Livro Chico Xavier, mediunidade e luz de Carlos Bacelli).
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