por Maristela Boldrin
A questão que envolve os animais e o espiritismo, ao contrário do que parece, não é novidade. Apenas demorou um pouco mais para ser foco de estudos e ampla divulgação.
Encontramos explicações sobre nossos irmãozinhos animais nos livros de Kardec, ampla psicografia de Chico Xavier pelos mentores Emmanuel e André Luiz bem como autores diversos tais como Marcel Benedeti, Euripedes Kuhl, Herculano Pires e outros.
Quem convive de perto com estes filhos queridos de Deus sabe que eles estão evoluindo de maneira muito rápida para nossos padrões de evolução humana, aprendendo com facilidade o que antes nem se cogitava ensinar-lhes, demonstrando afeto incondicional e contribuindo para uma vida mais sadia daqueles que os cercam, quando bem compreendidos e orientados.
Em “A Gênese” capítulo VII, item 32 os espíritos esclarecem que a criação dos animais por Deus certamente tem um objetivo muito maior do que o prazer de aniquilá-los que os seres humanos têm. A análise da Introdução do Livro dos Espíritos em conjunto com a questão número 597 nos traz a informação de que os animais têm sim inteligência e o que nos difere deles é o senso moral que, como humanos, somos dotados.
Evoluímos como pequenos átomos desde o reino mineral em busca da angelitude e, neste processo, passamos pela fase animal neste planeta e em outros. Enquanto aqui estagiamos nesta jornada, somos deuses para estes pequenos amigos que se encontram em um estágio evolutivo anterior ao nosso, solicitando-nos cuidados, amor e orientação para sua própria evolução.
A questão 598 do Livro dos Espíritos deixa claro que os animais preservam sua individualidade após o desencarne ou seja, não há dúvidas de que houve grande engano ao afirmar, durante tantos anos, que eles compõem a chamada “alma grupo” no mundo espiritual. Nem poderia ser diferente pois isso significaria a perda total da evolução conseguida durante seus anos de existência terrestre e todo o aprendizado obtido, contrariando, assim as leis divinas sobre a progressão dos espíritos e dos mundos.
Na questão número 600 esta dúvida é melhor solucionada quando encontramos a informação de que, uma vez desencarnados, os animais não são espíritos errantes pois não têm livre vontade e, como já dito, senso moral. Além de não necessitarem de expiações (questão número 602). Alguns permanecem no mundo espiritual, onde estagiam por mais tempo, auxiliando nas diversas atividades dos trabalhadores, tais como resgates e ensino. A grande maioria reencarna de maneira muito rápida justamente por não terem a consciência que lhes atormenta após o desencarne.
É também neste capítulo de O Livro dos Espíritos que nos é esclarecido que os animais se comunicam entre si de uma maneira que não conseguimos imaginar e que, em mundos superiores à Terra, não somente os homens são mais avançados mas, também os animais e que estes últimos lá dispõem de meios de comunicação mais desenvolvidos.
Estudando todo o Pentateuco espírita é possível concluir que os espíritos informaram Kardec sobre esta questão de maneira muito ampla. Quando se referem aos seres humanos especialmente, trazem suas respostas com termos como “homens” ou “humanos”. Porém, existe um imenso número de respostas com termos como “seres” e é a estes que devemos nos deter quando estudamos a visão espírita sobre os animais pois, para estes companheiros de jornada terrestre há disposições em todos os estudos.
A conclusão que chegamos, inclusive quando analisamos o consumo de carne, é que eles, os animais, estão bem cumprindo sua parte no que diz respeito ao aprimoramento de seu espírito. Nós, seres “racionais”, no entanto, deixamos muito a desejar pois tendo capacidade de raciocínio sobre questões morais, ainda desconhecemos o quanto estes amigos podem nos ensinar e, pior, permitimos que sejam explorados e subjugados por nossos caprichos.
Um comentário:
Obrigada por publcar meu artigo. Fico realmentebgrata e feliz.
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