sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Muito mais que convicção sem provas



"...os espíritos nos falaram de uma realidade distinta da nossa ao nos revelarem sua própria sobrevivência à morte, a sua evolução, seu estado na erraticidade, seus sofrimentos e sua felicidade. Falaram-nos de suas experiências e observações da vida espiritual.

Durante muito tempo, na história da humanidade, isso tudo foi tema da religião, sendo recebido como revelação divina ou espiritual, aceito pela crença cega ou pela confiança na autoridade de um profeta. Com o Espiritismo, conhecemos uma nova realidade: a de que os espíritos podem fazer experimentos e observações científicas sobre a realidade espiritual.

Isso nos conduz ao contato com o conhecimento dos espíritos desencarnados, que estudam a sua própria realidade e da qual eles nos falam, mas que temos dificuldade em compreender quando não dispomos de orientações metodológicas adequadas.

Allan Kardec, nos anos de pesquisa e dedicação ao desenvolvimento da Doutrina Espírita, prestou-nos um inestimável serviço: ofereceu-nos uma orientação metodológica sobre como lidar cientificamente com a realidade espiritual, retirando, deste sólido alicerce, relevantes reflexões filosóficas e consequências morais, as quais podem nortear nossos comportamentos na Terra ou no espaço.

Consequências que podem nos proporcionar uma vida melhor, desde que as incorporemos aos nossos pensamentos e a nossa prática cotidiana.

Que, vivenciadas junto aos seres que compartilham conosco o lar, a cidade e o planeta, podem construir uma sociedade melhor, mais fraterna e harmoniosa.

Que, aplicadas à educação, podem orientar os espíritos, desde a mais tenra infância, pelo caminho tranquilo e seguro, rumo à evolução intelecto-moral e ao desenvolvimento das virtudes.

Infelizmente, muitos estudiosos do Espiritismo, até hoje, continuam pensando na doutrina como mais uma bela filosofia, ou como uma religião à qual aderimos por simpatia e sem estudo aprofundado."


Por Rita Foelker. Este trecho foi extraído do prefácio do livro Revolução Espírita, do autor e pesquisador Paulo Henrique de Figueiredo.

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