sábado, 30 de junho de 2018

16 anos sem Chico...


O dia 30 de junho de 2002 tornou-se inesquecível para todos os brasileiros, pois a seleção brasileira conquistava o pentacampeonato na copa do mundo de futebol. Enquanto toda a nação comemorava, em Uberaba calava-se a maior voz do movimento espírita mundial. Chico Xavier desencarnava aos 92 anos. Como ele havia dito: "só vou partir no dia que todos os brasileiros estiverem felizes." E assim aconteceu.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Emmanuel, reencarnado, será um líder político no Brasil? - Divaldo Franco Responde



Filme sobre a Vida de Divaldo Franco vai ser produzido pela FOX - e 15% dos lucros serão destinados à Mansão do Caminho


A Fox vai produzir um longa-metragem baseado na biografia do médium Divaldo Franco, 89 anos, considerado o mais famoso médium espírita vivo do Brasil.

Escrito pela jornalista Ana Landi, o livro “Divaldo Franco: A Trajetória de Um dos Maiores Médiuns de Todos os tempos (ed. Bella) vai ser adaptado pelos estúdios Fox, em parceria com a Estação Luz Filmes e a produtora Cine, com lançamento previsto para o segundo semestre.


À direita, a atriz Regiane Alves pronta para as filmagens do filme sobre Divaldo Franco. A atriz interpreta Joanna de Ângelis, guia espiritual do médium Divaldo Franco.





O filme será uma livre adaptação da obra da jornalista, que já vendeu 60 mil exemplares.

Com direção de Clóvis Mello, um dos fundadores da Cine (ao lado de Raul Dória). As primeiras cenas do filme começaram a ser rodadas na semana passada, durante os festejos pelos 90 anos de Divaldo (seu aniversário é no próximo dia 5).

A pedido do médium, Ana Landi também foi contratada como consultora do filme.

A ideia é que o filme seja direcionado não apenas ao público espírita, mas a todas as religiões, além, claro, dos milhões de seguidores de Divaldo.

Clóvis Mello tem uma carreira premiada em publicidade e já assinou os documentários “Coração Vagabundo” (premiado nos festivais de Roma e Barcelona), e “jair 30”, em parceria com a gravadora Som Livre (Grupo Globo).

Da bilheteria que o filme arrecadar, 15% serão destinados à Mansão do Caminho, obra social de Divaldo Franco localizada em Salvador.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Congresso Comemorativo da AME-SP: “Os Cinquenta Anos do Ideal Médico-Espírita”


V Encontro NUVET - A Verdadeira Natureza dos Animais


O que te impede de escolher o Amor?

por Marcus Vinicius de Azevedo Braga

Essa indagação inicial remete à ideia de que a escolha acertada é puramente racional, descontextualizada, mas percebe-se que as nossas escolhas são fruto de um longo processo, imerso nas teias da reencarnação, com dependência da trajetória e forças atávicas que arrastamos, e que fazem com que a escolha pelo caminho do bem não seja apenas um momentâneo querer, mas um esforço e luta constante.

1- Meu sonho de moço

Na juventude, tem-se o momento da vida no qual alimentamos a ideia de um mundo melhor, no qual o nosso potencial fraterno floresce, necessitando ser regado para se manter na existência. Por isso a beleza e a importância dos trabalhos com a juventude espírita.

Mas esse desejo de um mundo melhor vai se enfraquecendo, no contato com a realidade, com as dificuldades da vida, carecendo da visão da reencarnação, que nos permite entender que esses avanços se dão de forma lenta e gradual, com avanços que por vezes parecem atrasos. A esperança precisa ser cultivada.

2- O caminho do bem

Por isso, o caminho do bem é a porta estreita, mais difícil, posto que ainda estamos em um estágio evolutivo atrasado, na faixa das provas e expiações, e por vezes subestimamos o estágio evolutivo da raça humana encarnada, e nos surpreendemos do que ainda somos capazes.

Para o caminho do bem, é preciso viver no mundo sem ser do mundo, compreendendo os contextos nos quais os avanços são possíveis, e como eles podem se dar. Mas como saber se estamos no caminho do bem? A regra áurea de Jesus, de fazer ao próximo o que se deseja a si mesmo é uma boa medida, no sentido de que nos insere no mundo, em um esforço evolutivo que é pessoal, mas que depende dos outros.

3- As pedras que arrastamos

Mas seguir por essa porta estreita é difícil, pesaroso, e não é um ato de momento. É um processo, que gera tensões entre o nosso sonho de moço e a realidade espiritual em que nos encontramos.

Apesar da carne não ser fraca, e sim o espírito, não podemos desprezar as forças da matéria a nos acorrentar. São muitos os chamamentos, o homem velho que habita em nós, rodeado de antigos amigos e hábitos que nos pressionam continuamente sobre o que devemos fazer.

Como dito por Paulo de Tarso na sua Carta aos Romanos, “Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo”, e nessa tensão vem a culpa, o sentimento de inferioridade que nos congela nesse processo evolutivo.

4- Não olhar para trás

Jesus deu a senha ao asseverar que “todo aquele que pega na charrua e olha para trás não serve para o reino de Deus”. Nesse sentido, é preciso nos lembrar de nossa dimensão humana, e sem heroísmos ou ídolos de pés de barro, percebermos os avanços realizados e que a própria consciência do nosso estado evolutivo já é progresso.

Ficar preso aos fracassos tem o potencial de estagnar a nossa caminhada, nas teias do remorso. Para isso temos a bênção do esquecimento, o reinício pela nova encarnação, para começar de novo, sem, no entanto, partir do zero.

O que nos impede de escolher o amor é o nosso passado, que compõe o nosso eu. É também a nossa culpa, paralisante. E a nossa falta de compreensão de que o caminho é longo, com flores e pedras, e que se faz passo a passo, nas sucessivas vidas, na longa jornada da evolução. (1)



(1) Artigo oriundo da palestra proferida em abril de 2018 no evento “Praça florida de livros”, em Petrópolis-RJ.

Fonte: O Consolador

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Como agem os médiuns de cura


Quando o assunto é cura por meio da espiritualidade, Allan Kardec, no Livro dos Médiuns, esclarece sobre a presença específica dos médiuns curadores. É interessante ter presente que, ao exercer uma participação no processo curativo desenvolvido numa casa espírita, o indivíduo (mesmo não possuindo mediunidade ostensiva) pode estar sendo um intermediário entre a ação dos Espíritos e os pacientes.

Daí, portanto, a necessidade de perceber que, ao falar aos médiuns, Kardec se dirige não apenas aos que possuem mediunidade ostensiva, mas também aqueles que, em determinados momentos, por força das circunstâncias, se colocam na posição de canalizadores da ação dos espíritos.

O médium de cura verdadeiro tem uma importância muito grande nas atividades de cura do centro espírita. O fato de ser portador desta mediunidade determina que ele deve exercê-la de forma cuidadosa e desinteressada (valor moral), a que o Espiritismo dá grande destaque. Por isso, não se compreende o comportamento de alguns dirigentes de casas espíritas, que condenam as curas ao ostracismo, como se elas não fossem necessárias ainda nos dias de hoje, tanto quanto o eram na época do Cristo.

O estudo, pois, desta parte doutrinária, encontra no Livro dos Médiuns as informações sobre os médiuns nos seus aspectos prático e de comportamento moral, que alia o comprometimento do portador da mediunidade com o seu exercício: ninguém possui qualquer tipo de mediunidade por acaso.

Sua existência revela algo anterior, acordado entre o indivíduo e as necessidades de sua trajetória e da evolução de seus semelhantes.

Deixando o Livro dos Médiuns, caímos direto no livro A Gênese, também de Kardec. Ali, principalmente no capítulo XIV, Os Fluidos, encontramos material profundo, de estudo constante. O seu conhecimento, que abrange avaliação e reavaliação permanente, é por si de fundamental importância para aqueles que estão envolvidos com a cura. A simplicidade com que Kardec coloca a questão pode parecer a muitos superficial; uns podem entender que o Codificador não foi a fundo na questão, outros, que faltam informações mais práticas. Essa visão, sem dúvida, poderá desembocar em dois comportamentos, ambos perniciosos: o dirigente ir além fronteiras à busca de processos curativos diferentes; o segundo está relacionado aos poucos resultados práticos que possam estar sendo obtidos no centro espírita com a cura.

Dizer que o Espiritismo oferece uma possibilidade de exercício da cura de forma ampla não significa estar envolvido em nenhuma cegueira de raciocínio. Antes, é uma grande verdade, que pode ser comprovada pela prática continuada e bem conduzida. Em A Gênese, Kardec analisa tudo aquilo que se encontra relacionado no campo da cura: a existência da energia cósmica, a que chama fluidos, a presença fundamental do pensamento (de encarnados e desencarnados, portanto, de médiuns, espíritos, pacientes e participantes, no caso das curas), a participação do perispírito e, finalmente, o que tudo isso tem a ver com as doenças físicas e espirituais e sua influência moral sobre todos nós.

Nas obras subsidiárias, especialmente em André Luiz, vamos encontrar outras informações, também de grande valia para o aprofundamento da questão: além de passar em revista toda a teoria da Codificação, demonstrando por exemplospráticos a sua realidade, este autor espiritual nos coloca em contato com os mecanismos da mediunidade, oferecendo uma visão até então inexistente do desenvolvimento do processo nos dois ângulos da vida: o visível e o invisível. Aqui, porém, é preciso enfatizar que, como qualquer outro autor, André Luiz precisa ser interpretado, e bem para que não sejam as suas palavras tomadas como lei; tidas como definitivas. Principalmente, porque no campo da interpretação cada pessoa pode ter uma visão diferente e julgá-la como a melhor. André Luiz é, como afirma Emmanuel, um repórter do espaço, o que significa um portador de notícias e informações e não um condutor de leis.

Com isto, fecha-se o círculo para o estudioso e o praticante, no que diz respeito à Doutrina Espírita.

No entanto, o conhecimento se estende às conquistas científicas, que podem ser alcançadas em obras diversas relacionadas com a medicina, como forma de complementar o saber daqueles que se enveredam pelo campo das curas. Não se confunda a busca desses conhecimentos com a introdução nas casas espíritas de métodos e processos que nada têm a ver com a Codificação.


Créditos: Wilson Garcia - Portal do Espírito (fonte: Blog Meu Livro Espírita)

Instruções dos Espíritos: A Lei de Amor

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra – amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem. Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. É então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes.

Lázaro, (Paris, 1862) Extraído de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo XI, tradução de Guillon Ribeiro, Federação Espírita Brasileira, versão disponível em www.febnet.org.br