sábado, 12 de março de 2011

Nosso Lar, o suicídio inconsciente e a armadilha do ódio

Por Cristine Martin
Recentemente assisti ao filme Nosso Lar e decidi reler o livro, que havia lido há algumas décadas e do qual não lembrava os detalhes. O filme é muito bem produzido e além do mérito artístico, tem a virtude de chamar ao debate a questão das consequências de nossos atos e pensamentos hoje para nossa vida futura.
Um ponto que me intrigou foi quando André Luiz está vagando pelo Umbral (o chamado “purgatório”) e é acusado de suicídio. Quando chega a Nosso Lar, os espíritos auxiliadores confirmam suas dúvidas, pois ele não se conformava em ser chamado de suicida, pois sofrera uma séria doença intestinal, que havia sido a causa de sua morte.
Ele realmente era um suicida, mas do tipo inconsciente. O modo como vivemos, nossas atitudes, nosso estado mental, todos contribuem para nossa saúde ou doença no nível espiritual e têm consequências também na saúde física.
“Vejamos a zona intestinal – exclamou. – A oclusão derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis. A moléstia talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança. Entretanto, seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava destruidoras vibrações naqueles que o ouviam. Nunca imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no frequentemente à esfera dos seres doentes e inferiores. Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico. Depois de longa pausa, em que me examinava atentamente, continuou:
- Já observou, meu amigo, que seu fígado foi maltratado pela sua própria ação; que os rins foram esquecidos, com terrível menosprezo às dádivas sagradas?
Singular desapontamento invadira-me o coração. Parecendo desconhecer a angústia que me oprimia, continuava o médico, esclarecendo:
- Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios do Senhor. O meu amigo, no entanto, iludiu excelentes oportunidades, esperdiçado patrimônios preciosos da experiência física. A longa tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi reduzida a meras tentativas de trabalho que não se consumou. Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável.”
(Nosso Lar, Cap. 4)
Além dos excessos alimentares e do álcool, cujas consequências para a saúde todos conhecemos, outro tipo de excesso tem passado despercebido no mundo violento em que vivemos. Ao saber de notícias de assassinatos, violência, crueldades cometidas contra pessoas e animais, nossa reação natural é de revolta. Queremos que se faça justiça, reclamamos das penas brandas recebidas pelos criminosos, isso quando são julgados e condenados. E os mais revoltosos chegam a defender a pena de talião e a justiça feita pelas próprias mãos.
Não que os criminosos não devam pagar pelo mal que cometeram; isso seria apenas justo. Mas para que a pena surtisse efeito, teria de encontrar uma alma consciente do mal que fez e disposta a se corrigir. Infelizmente, isso não é o que nosso sistema penal e carcerário promove.
Para quem acredita que esta vida é apenas uma etapa no caminho de nossa existência, o pensamento de que sempre pagamos e pagaremos por nossos erros, de uma forma ou de outra, é consolador e acalma o senso de justiça. Mas alguns crimes são tão bárbaros que a aparente impunidade nos enche de revolta. Como alguém pode agredir, torturar, assassinar uma criança, um cãozinho, e sair impune?
Muitas pessoas bem intencionadas e preocupadas em ajudar e a evitar a violência caem na armadilha e, revoltados (o que é compreensível, pois temos visto crueldades inimagináveis) fazem comentários do tipo “esse aí merecia sofrer a mesma coisa”, ou “devia pegar esse cara e fazer X, Y e Z com ele para ver se aprende”, e coisas desse tipo.
Pois é aí que mora o perigo. Ao abrigar pensamentos de ódio e promover ideias de justiça com as próprias mãos (ainda que não cheguem às vias de fato), estamos nos envolvendo com vibrações extremamente negativas, que atraem exatamente os espíritos não evoluídos que queremos evitar e afastar. Essas energias crescem como uma bola de neve, e como dizem, violência gera violência. E no fim das contas, nós também seremos prejudicados.
“A violência aparece em formas várias; a mais comum é a da violência material, que pratica atos violentos física, como ferimento ou morte. Violência em forma mais civilizada se revela verbalmente, em forma de injúrias, maledicências, mentiras, difamações. A mais sutil, e por isto mesmo a mais perversa das violências, aparece na forma mental de ódio ou malquerença. As vibrações negativas do ódio envenenam em primeiro lugar seu próprio autor e produtor, e podem também causar graves danos ao objeto do mesmo, no caso que este seja alérgico às invisíveis ondas do ódio. Em casos extremos, o ódio produz a morte da sua vítima.
Pretender abolir a violência sem primeiro abolir o egoísmo é o mesmo que querer evitar o efeito sem extinguir a causa do mesmo.” (texto – Mahatma Gandhi, de Humberto Rohden)
Tanto o egoísmo quanto os excessos de toda forma, a indiferença com os que sofrem, as oportunidades perdidas, os atos e pensamentos violentos, todos esses contribuem para aumentar nossas dívidas. Além de não ajudar as vítimas da violência, esses sentimentos de ódio só contribuem para piorar a situação geral. Mas como podemos fazer a diferença de forma positiva?
A resposta está nas ações positivas e na caridade. Caridade não apenas no sentido de dar esmolas, contribuir com entidades, pagar o dízimo, embora tudo isso tenha seu valor. A verdadeira caridade vai além e inclui o sacrifício de maus sentimentos, o perdão, a compreensão dos males alheios, evitar constrangimentos, a discrição no ajudar, evitar comentários inúteis, antecipar-se a um pedido de auxílio, e a ajudar com pensamentos e vibrações positivas.
“Antigamente, ofereciam-se sacrifícios sangrentos para apaziguar os deuses infernais, que nada mais eram do que os Espíritos maus. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo vem provar que esses demônios não são mais do que as almas de homens perversos, que ainda não se despojaram dos seus instintos materiais; que não se pode apaziguá-los senão pelo sacrifício dos maus sentimentos, ou seja, pela caridade; e que a caridade não tem apenas o efeito de impedi-los de fazer o mal, mas também de induzi-los ao caminho do bem e contribuir para a sua salvação. É assim que a máxima: Amai aos vossos inimigos, não fica circunscrita ao círculo estreito da Terra e da vida presente, mas integra-se na grande lei da solidariedade e da fraternidade universais.”
(Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII)
Não só o Espiritismo, como todas as religiões e crenças, admitem o poder do pensamento e a energia que dele emana. Toda forma de oração é um pensamento positivo em prol de alguém; da mesma forma, uma maldição seria uma energia negativa direcionada a alguém, e que carrega consigo outros espíritos sintonizados na mesma energia, que comprazem-se no mal. Tudo o que pensamos é vibração, energia que atrai outras energias na mesma sintonia. Ajudaremos mais e melhor se, além das ações práticas, vibrarmos de forma positiva.
“Se sua vibração abrir seu campo vibracional para atrair algo negativo, esta negatividade irá se materializar em sua vida, tenha certeza disso! Citando Deepak Chopra: Lei é o processo pelo qual o não manifesto torna-se manifesto… Toda a criação, tudo o que existe no mundo físico é resultado do não manifesto transformando-se em manifesto. ” (Graziela Marraccini)
Portanto, para evitar que sejamos acusados de suicídio inconsciente no futuro e para não aumentar o fardo que temos de carregar, aqui e lá na frente, não adianta nos revoltarmos com as notícias de violência. É melhor agir no que for possível, auxiliar a vítima ou quem a auxilia, providenciar recursos materiais necessários, usar os canais de divulgação para fins positivos (por exemplo, divulgando como podemos ajudar em vez de ficar repisando a tragédia), evitar pensamentos de violência, moderar palavras e pensamentos, além de, é claro, cuidar melhor de nossa saúde física, mental, emocional e espiritual. Pois, afinal de contas, tudo isso faz diferença.
“Para isso, você tem que elevar sua vibração. Como se consegue isso? Mais uma vez vamos consultar os ensinamentos budistas: É preciso trilhar o caminho do meio. Evitar os extremos da vida, o prazer desmedido ou o sofrimento inútil. Compaixão irrestrita é a meta de todo budista. Não somente pelos seres humanos, mas por todos os seres vivos. A sabedoria é a outra grande meta. O dr. Georges da Silva diz: “sem sabedoria somos tolos de bom coração, sem compaixão somos intelectuais frios e insensíveis“. Para alcançar a iluminação é preciso unir as duas coisas. Esse é o objetivo da conduta ética.” (Sintonia e Vibração)

http://www.almacarioca.net/nosso-lar-o-suicdio-inconsciente-e-a-armadilha-do-dio-cristine-martin/

Fenômenos espíritas e suas consequências filosóficas

Cairbar Schutel

Publicado na RIE em julho de 1934

Os fatos espíritas manifestam-se, hoje, em toda a parte; eles constituem uma voz que parte de todos os pontos do globo e repercute, de quebrada em quebrada, despertando o homem da letargia e animando-o a marchar, desassombradamente, pela estrada da espiritualidade que conduz à Vida Eterna. Pode-se dizer que não há uma só cidade do mundo, uma só aldeia, ainda nos mais longínquos recantos do planeta, em que manifestações extraordinárias não sejam verificadas, com a admiração de uns, e má vontade e repulsa de outros. Nos meios humildes, como na alta sociedade, nas zonas científicas, como entre os elementos clericais, os fenômenos espíritas de caráter ostensivo se constituíram a grande luz que vem iluminar aos homens o porto de salvamento. Não há uma só família que não conte um fato “extranormal” com ela ocorrido.
Isso vem nos provar que os fenômenos espíritas têm um caráter verdadeiramente providencial. E nem de outro modo pode-se ver esses fatos ostensivos, espontâneos, independentes de toda a vontade humana e de todos os poderes terrestres, fatos, digamos de passagem, que assinalam uma inteligência superior às inteligências da terra, cheia de previsão, de concisão e altamente científica.
Quem ler com atenção os relatos das sessões de materializações, de moldagens, de apports, de fotografias, testemunhadas por homens como William Crookes, Russel Wa-llace, Oliver Lodge, Paul Gibier, César Lombroso, Ernesto Bozzano e centenas de outros sábios de responsabilidade moral e científica, não pode negar o grande valor moral e científico dessas manifestações, fenômenos tão transcendentes que todos esses sábios unidos – físicos, químicos, fisiologistas, anatomistas, etc., são incapazes de os reproduzir em sua mínima parte.
Em vista disso, poderão esses fatos serem recebidos como ocorrências simplesmente anormais, sem uma causa-mestre que tem intuitos superiores, determinativos a um fim moral e de alta relevância espiritual?
Certamente não se pode concluir que um efeito inteligente deixe de ter, a seu turno, uma causa inteligente e um intuito qualquer, digno da nossa observação, do nosso estudo e da nossa meditação. Todos os fenômenos da vida intelectual, ainda os mais rudimentares, têm uma causa e um objetivo, como verificamos na vida dos seres que povoam o nosso mundo. Não se acende uma luz sem que um fator não se mova, um intermediário não apareça e não se veja o fim a que aquela luz se destina.
A fenomenologia espírita, verificada em todas as épocas e em todos os países, por todas as gerações que viveram neste mundo, tem sido, em todos os tempos, o princípio básico da fé que dignifica o ser humano.
Antigamente, devido à deficiência da inteligência para julgar as coisas espirituais, ela foi atirada para a classe das coisas sobrenaturais, e os “espertos” que tomaram a si a missão de guiar os homens guardaram-na na “urna dos milagres” para, mais comodamente, manterem o seu domínio sobre as massas.
Os filósofos e os sábios, adstritos a uma psicologia retardatária que havia cristalizado todos os seus métodos de ensino, não puderam compreender o alcance desses fatos que só eram recebidos, religiosamente, pelos filhos do povo.
Percorrendo a obra dos estudos fisiológicos, embora desde tempos idos os fenômenos psíquicos tivessem larga extensão, ficamos na obscuridade sobre a existência ou não existência da alma, o que prova que a antiga psicologia não fornecia aos sábios de então os elementos precisos para a resolução do maior de todos os problemas que deve resolver a sorte do destino humano.
Foi preciso que novas mentalidades viessem desbravar o campo do Animismo, forçando, depois, as barreiras do sobrenatural e do mistério, para que a luz raiasse nos horizontes, e um novo método de estudo desse criação à Psicologia Experimental, que estendeu a sua área às regiões inexploradas da alma humana, nesta fase da vida, alongando a sua ação ao mundo ultrassensível que nos rodeia e para onde teremos que ir.
E, desse estudo experimental, chegou-se à conclusão dos intuitos morais e científicos dos fenômenos psíquicos, base fundamental do Ani-mismo e do Espiritismo, que se acham em íntima ligação com todas as ciências, dando-lhes um cunho superior de progresso, completando-as com as novas verdades que vêm tirá-las das dificuldades em que se acham, para resolverem certos problemas, cuja obscuridade veda a sua ação progressiva na perfeição das gentes, na evolução de todos os conhecimentos que devem constituir e proporcionar o bem-estar dos povos. Oferecendo a todos as insígnias inconfundíveis da alta Moral Cristã, com todos os En-sinos filosóficos do seu Instituidor, os fenômenos espíritas, parte integrante da Revelação sobre a qual Jesus disse haver fundado a sua Igreja, são, de fato, as demonstrações claras, legíveis e palpáveis da Imortalidade, única base verdadeira da Fé, do Amor e da Sabedoria.
Sem os fatos, não há religião, nem ciência que possa prevalecer. À química se pede reações; à matemática, números; à física, leis de equilíbrio. Para merecer o nome de ciência, é preciso que se demonstre esta ou aquela com provas positivas.
Os fenômenos psíquicos, não há, absolutamente, dúvida, trazem à destra a luz que ilumina e a verdade que salva. Só por eles, podemo-nos convencer da sobrevivência espiritual, ou seja, da sobrevivência individual e, consequentemente, dos nossos deveres para com os nossos semelhantes e para com Deus.
As consequências filosóficas dos fatos espíritas trazem-nos, como contribuição de progresso e bem-estar, leis olvidadas pelos homens e destinadas a estabelecerem na Terra o reinado da Fraternidade, sob a Pa-ternidade de Deus.
Não queiram os nossos adversários transviar os objetivos da Feno-menologia Espírita, atribuindo-lhes teorias malsãs que não se coadunam com os seus fatos. Lembre-se bem de que todas as teorias aventadas para darem explicações dos fenômenos caíram por terra por insustentáveis.
“Os fatos são persistentes” – como disse o Prof. Lombroso e, em face dos fatos, o investigador perspicaz e inteligente há de verificá-los de natureza anímica e de natureza espírita, mas, sejam uns ou sejam outros, nenhuma explicação eles podem ter, sem a existência da alma e sua sobrevivência à morte do corpo carnal. Essa é a verdade que ninguém, com bons fundamentos, ousará contestar.

Dúvida -Ler Matéria - Revista RIE

Redação

A dúvida, no estágio evolutivo em que nos encontramos, vez por outra, surge em nossa mente com suas incertezas, hesitações, indecisões.
Pode estar ligada a informações que nos chegam, ao cepticismo, à desconfiança, entre outras formas.
Por vezes, a dúvida corrói a alma, seja em relação ao ciúme, seja pela busca de ideias claras sobre determinado tema.
No item XII, da Introdução de O Livro dos Espíritos, Kardec aborda, por exemplo, a dúvida relativa à identidade do Espírito comunicante, passando instruções a respeito.
A lógica e o bom senso podem nos auxiliar, e muito, a dirimir certas dúvidas.
Na questão 37, desse livro, que representa a base de toda a Doutrina Espírita, o Codificador aborda, à luz da razão, a tese da criação do Universo, que tantas dúvidas tem causado a muitos, cientistas e teólogos, ou não.
O materialismo é outra fonte de dúvidas – como coloca Kardec, na questão 148 dessa obra básica –, principalmente na aceitação de verdades que estão além do plano físico, representando o Espiritismo uma fonte de luz para dirimi-las. Nessa oportunidade, muito antes, portanto, da afirmação de que o Espiritismo é uma religião (o que fez mais tarde), o Codificador acentua: “O Espiritismo é o mais potente auxiliar da religião (para dirimir dúvidas, alimentar esperanças e certezas que ajudam o ser humano a perseverar no caminho do bem)”.
Quantos duvidam da Justiça Divina, diante de tragédias individuais e catástrofes coletivas! Como entendê-la, amplamente, sem a aceitação da pluralidade das existências? É o que aborda Kardec, na questão 222, desse livro, editado, pela primeira vez, em 18 de abril de 1957.
Sem a reencarnação, como entender as diferenças entre as pessoas, do ponto de vista evolutivo? O mesmo se aplica às provas e expiações, pessoal ou de um grupo de Espíritos.
Nas questões 669 a 673, o Codificador dirime dúvidas sobre o sacrifício feito para agradar a Deus, que existiu e continua existindo entre muitos.
Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, coloca Kardec, na questão 799, de O Livro dos Espíritos, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, o Espiritismo ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos.
Na questão 961, pergunta o Codificador: “Qual o sentimento que domina a maioria dos homens no momento da morte: a dúvida, o temor, ou a esperança?”
Resposta: “A dúvida, nos cépticos empedernidos; o temor, nos culpados; a esperança, nos homens de bem.”
A fé, a meditação, a reflexão, a intuição, a inspiração, o estudo são meios ao nosso alcance para dirimir dúvidas.
Nossa mente pode estabelecer um canal de ligação com todos esses meios, para alcançar soluções, caminhos, esclarecimentos, formas de sentir e agir.
A Doutrina Espírita, no seu tríplice aspecto (científico, filosófico e religioso), dispõe de um acervo enorme para esclarecer, ensinar, animar o ser humano a fazer bom uso da sua programação reencarnatória, com o entendimento da sua condição de Espírito imortal e perfectível, sempre amparado por Deus, por Jesus, pelos benfeitores espirituais, motivando-o e mostrando como adquirir sintonia para tal, sempre no caminho do bem.
A dúvida, por menor que seja, pode nos fazer sofrer, conforme o caso. Dirimi-la deve ser meta, com todos os meios ao nosso alcance.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Atenção

Amigos e Amigas do Blog
Boa Noite
Para quem quiser saber mais a respeito do filme " Filme dos Espiritos" fiquem sintonizados na radio Boa Nova eles estão falando muito do filme .
Quero pedir desculpas a vocês por não colocar um trechinho do que vai ao ar no cinema na primeira quinzena de Abril de 2011 .

Tornem este Carnaval 2011 feliz
Sabe como ? Entrando em sintonia com o plano maior e lendo e estudando muito nosso eterno professor da codificação Kardec.
Um bom feriado a todos, e para aqueles que vão pular carnaval lembre-se sempre beba bastante refrigerantes, sucos e agua e dance bastante as marchinhas antigas de Carnaval.
Vale resaltar que devemos respeitar o proxímo sempre, e com muita moderação.
Obrigados amigos e amigas um abraço a todos e muita paz em seus corações.

Resposta a amiga Jackeline Depp

Olá Amiga
Você havia perguntado sobre o " Filme dos Espiritos" ja esta para sair no cinema se eu não me engano na primeira quinzena de abril de 2011.
Inclusive quero pedir desculpas a todos vocês por não colocar o video do lançamento do filme porque eu estou com problemas no firefox e o meu google crome também não esta funcionando para que eu coloque cenas do filme para vocês ficarem com um gostinho de "Quero Mais", fico devendo .
Um abraço fraternal e muita Luz para você amiga e para todos que frequentam o blog.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Reforma espiritual

Existe uma série de ações que devemos ter ao longo de nossa encarnação, a fim de processar nossa reforma individual e purificar nossos sentimentos. Porém, devemos ter em mente que isso deve ocorrer em nosso pensamento e coração, promovendo a mudança de hábitos e comportamentos e, conseqüentemente, de nossa relação com o meio. Não devemos mudar pela simples imposição do meio, sem senti-la, porque será uma mudança forçada que objetiva resultados e benefícios próprios. A reforma pessoal visa mudar o eu na relação com o meio, promovendo evolução e não ganhos pessoais

Para que isso aconteça, temos que desenvolver nosso conhecimento sobre aquilo que objetivamos mudar. Atuar como médium é seguir toda uma filosofia espírita, trabalhar com uma ciência bem delimitada e nos religarmos a Deus sob a ótica da reencarnação. Tudo isso possui teorias que elucidam e nos fazem compreender a realidade dos fatos. Allan Kardec é o grande precursor desse arcabouço prático-teórico que explica ao mundo a realidade espiritual. Suas obras são a base sólida do Espiritismo no Planeta, mas não é apenas a esse autor que devemos declinar nosso interesse e motivação. Encontramos hoje em muitos autores espíritas e espiritualistas em geral, sejam eles encarnados ou desencarnados, fontes vivas de luz e de novos caminhos necessários ao crescimento dos povos. Entre eles poderíamos citar Francisco Cândido Xavier e colaboradores, Ramatís, José Lacerda de Azevedo, entre muitos outros. O conhecimento espírita é como um botão de rosa que vem se abrindo ao mundo, revelando a cada despertar novas verdades. Por isso, não podemos considerar que nossa ciência se restrinja às informações de Kardec, apesar de seu valor e importância indescritíveis. A humanidade e o pensamento vigente evoluem e necessitam de novas técnicas e saberes.


Da teoria à prática

Adquirindo novas informações, devemos processá-las e começar a transformá-las em ações efetivas de mudança em nosso dia-a-dia, principalmente no que concerne aos ensinamentos e ao amor cristão, pois esse é o ensinamento de todos os ensinamentos, hoje e sempre. E isso não deve acontecer apenas entre as paredes dos centros espíritas. O primeiro lugar de exercício desse processo é o nosso lar. Se junto de nossos pais, irmãos, maridos, esposas, filhos e seres ligados diretamente não semearmos o respeito, a fraternidade e a caridade, não será com nossos desafetos e irmãos mais distantes que teremos facilidade de consegui-lo. A grande família cósmica e a grande regeneração planetária acontecerão a partir da transformação das partes que a compõem, e a família é esse micronúcleo que eclode e dissemina o senso comum na sociedade.

Harmonizando nosso lar e direcionando nossas intenções à família, devemos olhar também para nossa atividade profissional. Não existem profissões com maior ou menor dignidade e nem pessoas mais ou menos capazes. O que há em nossas vidas são reencontros que visam resgatar e nos lançar mais próximos da Luz. Nosso ambiente de trabalho é o local em que passamos a maior parte de nossa encarnação e onde mantemos os reencontros mais constantes e repetitivos. Não será nos queixando e lamentando que alcançaremos com êxito nosso intento. Todos nós estaremos ali reunidos pelo mesmo padrão vibratório e pelas mesmas identificações. Se percebemos diferente, levemos todos junto conosco. Trabalhar é a essência de nossa encarnação, é transformar.

Nossa libertação dos vícios comportamentais é o próximo passo. Julgar, falar demais, criticar, mentir, omitir, ser indiferente e alheio, entre outros, são comportamentos danosos a nós e aos outros e devem ser exercitados, a fim de reduzi-los e até eliminá-los. Geralmente nossas atitudes são muito mais perigosas ao espírito do que os vícios químicos. Não que estes não sejam relevantes, muito pelo contrário, são de intensidade proporcional, entretanto, muitas vezes são mais valorizados do que os outros. Obviamente que a alimentação compulsiva, o fumo, as bebidas de álcool e qualquer outro tipo de substância psicoativa, lesam tanto nosso corpo físico quando os espirituais, mas devemos lembrar que vício é vício e existem infinitas formas de danos.

Sermos resignados sem passividade e apatia é outra forma de desenvolvimento individual. Aceitar nossa condição, lutando por um mundo e uma evolução pessoal maior e vendo o que nos acontece é o melhor para cada um e uma benção generosa de Deus.


Jesus, luz em nossas almas

Esse sem dúvida é um caminho de muita dificuldade para seres tão imperfeitos como nós. A melhor forma de conseguir um intento proveitoso é não esquecermos que, para ocorrer tudo isso, devemos estar sempre ao lado de Jesus e de nosso Pai, elevando nossos pensamentos, nossos corações e buscando nosso desdobramento espiritual para junto dos espíritos instrutores, que já estão em lugares um pouco mais elevados do que estamos hoje.



Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 09.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Da prece pelos mortos e pelos Espíritos sofredores (II)

Há nesse modo de raciocinar – de que Deus não pode mudar suas decisões a pedido das criaturas – uma aplicação falsa do princípio da imutabilidade da lei divina, ou melhor, ignorância da lei, no que concerne à penalidade futura. Essa lei revelam-na hoje os Espíritos do Senhor, quando o homem se tornou suficientemente maduro para compreender o que, na fé, é conforme ou contrário aos atributos divinos.
Segundo o dogma da eternidade absoluta das penas, não se levam em conta ao culpado os remorsos, nem o arrependimento. É-lhe inútil todo desejo de melhorar-se: está condenado a conservar-se perpetuamente no mal. Se a sua condenação foi por determinado tempo, a pena cessará, uma vez expirado esse tempo. Mas, quem poderá afirmar que ele então possua melhores sentimentos? Quem poderá dizer que, a exemplo de muitos condenados da Terra, ao sair da prisão, ele não seja tão mau quanto antes? No primeiro caso, seria manter na dor do castigo um homem que volveu ao bem; no segundo, seria agraciar a um que continua culpado. A lei de Deus é mais previdente. Sempre justa, eqüitativa e misericordiosa, não estabelece para a pena, qualquer que esta seja, duração alguma. Ela se resume assim:
“O homem sofre sempre a conseqüência de suas faltas; não há uma só infração à lei de Deus que fique sem a correspondente punição.
“A severidade do castigo é proporcionada à gravidade da falta.
“Indeterminada é a duração do castigo, para qualquer falta; fica subordinada ao arrependimento do culpado e ao seu retorno a senda do bem; a pena dura tanto quanto a obstinação no mal; seria perpétua, se perpétua fosse a obstinação; dura pouco, se pronto é o arrependimento.
“Desde que o culpado clame por misericórdia, Deus o ouve e lhe concede a esperança. Mas, não basta o simples pesar do mal causado; é necessária a reparação, pelo que o culpado se vê submetido a novas provas em que pode, sempre por sua livre vontade, praticar o bem, reparando o mal que haja feito.
“O homem é, assim, constantemente, o árbitro de sua própria sorte; pertence-lhe abreviar ou prolongar indefinidamente o seu suplício; a sua felicidade ou a sua desgraça dependem da vontade que tenha de praticar o bem.”
Tal a lei, lei imutável e em conformidade com a bondade e a justiça de Deus.
Assim, o Espírito culpado e infeliz pode sempre salvar-se a si mesmo: a lei de Deus estabelece a condição em que se lhe torna possível fazê-lo. O que as mais das vezes lhe falta é a vontade, a força, a coragem. Se, por nossas preces, lhe inspiramos essa vontade, se o amparamos e animamos; se, pelos nossos conselhos, lhe damos as luzes de que carece, em lugar de pedirmos a Deus que derrogue a sua lei, tornamo-nos instrumentos da execução de outra lei, também sua, a de amor e de caridade, execução em que, desse modo, ele nos permite participar, dando nós mesmos, com isso, uma prova de caridade.



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 20 e 21.)

O Espiritismo Responde

Pergunta-me uma jovem de
nome Marina: Qual é a diferença
entre prova e expiação?
Ensina o Espiritismo que os
Espíritos não ocupam perpetuamente
a mesma categoria e que todos se
melhoram passando pelos diferentes
graus da hierarquia espírita.
Essa melhora se efetua por
meio da encarnação. A vida material
é uma prova que lhes cumpre
sofrer repetidamente, até que hajam
atingido a absoluta perfeição
moral (LE, Introdução, item VI).
Provas são, assim, testes, oportunidades
de aquisição de experiência,
dificuldades que nada têm a
mola e se verá a braços com todas
as privações oriundas da miséria;
o orgulhoso, com todas as humilhações;
o que abusa de sua autoridade
e trata com desprezo e dureza
seus subordinados se verá forçado
a obedecer a um superior mais
ríspido do que ele o foi.
Na questão 262, “a”, da obra
citada, os imortais informam que
Deus jamais apressa a expiação e
só a impõe ao Espírito que, pela
sua inferioridade ou má-vontade,
não se mostra apto a compreender
o que lhe seria mais útil, e quando
tal existência serve para sua purificação
e progresso.
O Espiritismo responde
ver com equívocos ou erros cometidos
no passado.
Riqueza, beleza, vida fácil, tanto
quanto pobreza, feiura, vida difícil
são provas.
Expiação decorre de faltas cometidas
pelo Espírito.
Segundo a questão 998 d´O Livro
dos Espíritos, a expiação se cumpre
durante a existência corporal mediante
as provas a que o Espírito se
acha submetido e, na vida espiritual,
pelos sofrimentos morais, inerentes
ao estado de inferioridade do Espírito.
Assim é que o mau rico, por expiação,
poderá vir a ter de pedir es

São inúmeros os planetas com vida semelhante à nossa

Um dos princípios fundamentais do
Espiritismo é, como sabemos, o da
pluralidade dos mundos habitados. Na
obra da criação divina, a Terra é apenas
uma das inumeráveis habitações do ser
humano, pois há, evidentemente, muitos
outros mundos que abrigam humanidades
semelhantes à nossa, não sendo
o homem terreno o único ser corpóreo
dotado de inteligência, racionalidade e
senso moral no Universo imenso.
Criado simples e ignorante, mas
dotado de livre-arbítrio, com inclinações
tanto para o bem quanto para o
mal, falível portanto, o Espírito sujeita-
se a encarnar e reencarnar, experimentando
múltiplas existências
corporais na Terra ou em outros planetas,
tantas quantas forem necessárias
para ultimar sua depuração e seu
progresso. Esse processo admirável
realiza-se através das emigrações e
imigrações de Espíritos, ou seja, da
alternância sucessiva e múltipla das
existências humanas nos dois planos
da vida: o corpóreo e o espiritual.
Todo Espírito encarnado, enquanto
seu corpo vive, está vinculado ao
mundo em que encarnou. Desencarnado,
passa ele à condição de Espírito
errante, que é o indivíduo que necessita
ainda de reencarnar para depurar-
se e progredir. No estado de erraticidade
o Espírito continua vinculado
ao mundo onde irá reencarnar,
mas, não estando a ele fixado pelo
corpo, é mais livre e pode até mesmo
visitar outros planetas, com a finalidade
de instruir-se.
As emigrações e imigrações de
Espíritos podem ocorrer também entre
mundos diferentes, isto é, podem
os Espíritos emigrar de uns para outros
planetas.
Alguns emigram por força do progresso
realizado, que os habilita a ingressar
em um mundo mais adiantado,
o que é um prêmio para eles; outros, ao
contrário, são excluídos do mundo a
que pertencem, por não haverem acompanhado
o progresso moral atingido
pela Humanidade desse mundo. O exílio
que lhes é imposto constitui verdadeiro
castigo, que a lei de justiça impõe
aos recalcitrantes no mal, escravizados
ao orgulho e ao egoísmo.
Os ensinamentos espíritas ajudam-
nos a compreender e a melhor
explicar as diversidade étnicas e, sobretudo,
a existência na Terra de uma
etnia considerada intelectualmente
superior, se comparada com as outras
aqui existentes, das quais algumas
manifestam ainda notória inferioridade.
A etnia branca existente na Terra,
chamada outrora, equivocadamente,
de “raça branca”, foi constituída, inicialmente,
de Espíritos emigrados de
um planeta pertencente ao sistema de
Capela, uma estrela milhares de vezes
maior que o Sol.
Havendo o mencionado planeta
atingido um estágio de progresso condizente
com o de um mundo regenerado
e mais feliz, mas permanecendo
nele uma legião de Espíritos ainda recalcitrantes
no orgulho e apresentando
outros sérios defeitos morais, tiveram
eles de ser dali excluídos, e,
por causa disso, muitos acabaram sendo
encaminhados para o planeta Terra,
onde Jesus os acolheu.
Em nosso mundo, sendo muito
mais adiantados que os habitantes pertencentes
aos povos autóctones ou indígenas
que aqui viviam, sobretudo no
que diz respeito à inteligência, vieram
impulsionar o progresso daqueles,
mesclando-se a eles e expandindo sua
cultura por todos os cantos da Terra.
Os homens que resultaram da reencarnação
dos exilados de Capela
em nosso mundo formaram a chamada
raça adâmica, que deu origem aos
povos intelectualmente mais adiantados
do nosso planeta: os arianos ou
indo-europeus, os egípcios, os
israelitas e os indianos.
A história dos exilados de Capela
permite-nos compreender melhor as narrativas
bíblicas acerca de Adão e Eva e
sua expulsão do Paraíso. A lenda do Paraíso
perdido funda-se, em verdade, no
banimento daquela legião de Espíritos
do planeta capelino, que, se comparado
com a Terra daquela época, podia considerar-
se efetivamente um paraíso.
Emmanuel, em seu livro A Caminho
da Luz, nos dá informações valiosas
a respeito da chamada raça adâmica,
assunto tratado igualmente por Kardec
em A Gênese. Nesta obra, o Codificador,
depois de aludir à questão das emigrações
e imigrações coletivas de Espíritos
de um mundo para outro, faz clara
referência à raça adâmica no cap. XI,
item 38: “De acordo com o ensino dos
Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações,
ou se quiserem, uma dessas Colônias
de Espíritos, vinda de outra esfera,
que deu origem à raça simbolizada
na pessoa de Adão e, por essa razão mesma,
chamada raça adâmica. Quando ela
aqui chegou, a Terra já estava povoada
desde tempos imemoriais, como a América,
quando aí chegaram os europeus”.
Mais adiantada do que as que a tinham
precedido neste planeta, a raça
adâmica foi, com efeito, a mais inteligente
e a que impeliu ao progresso todas
as outras. O Gênesis no-la mostra,
desde os seus primórdios, industriosa,
apta às artes e às ciências, o que mostra
que ela não passou na Terra pela
infância espiritual, diferentemente do
que ocorreu com os demais povos que
habitavam, então, o planeta.
Tudo indica que a chamada raça
adâmica não surgiu nos primórdios da
Terra, mas aqui surgiu em época relativamente
recente – cerca de 8 a 12
mil anos atrás.
Segundo as Escrituras, Caim e Abel,
filhos de Adão e Eva, tinham habilidades
desconhecidas dos homens primitivos,
como o uso da terra para plantio e o
pastoreio. Caim conhecia também a arte
da construção de casas e cidades, uma
conquista do período neolítico, porque
antes desse período os homens da Terra
viviam em cavernas.
Chama-se período neolítico ao
período da época holocena em que os
vestígios culturais do homem pré-histórico
se caracterizavam pela presença
de artefatos de pedra polida (ainda
não era utilizado o bronze) e pelo
aparecimento da agricultura. A época
holocena, iniciada há cerca de 12
mil anos, é aquela em que as geleiras
se restringiram às regiões polares e
ocorreram o desenvolvimento e a expansão
da civilização humana.
Ensina o Espiritismo que a espécie
humana não começou por um único
homem e que aquele a quem chamamos
Adão não foi o primeiro nem
o único a povoar a Terra. Kardec indagou
aos Espíritos Superiores: “Em
que época viveu Adão?” Eles responderam:
“Mais ou menos na que lhe
assinais: cerca de 4.000 anos antes do
Cristo” (L.E., item 51).
De fato, a narrativa contida no cap.
4 do Gênesis nos leva ao mesmo entendimento,
porque somente no período
neolítico – entre os anos 5.000 a.C. e
2.500 a.C. – é que surgiu na Terra o
pastoreio, seguido do cultivo da terra, e
o homem passou de caçador a pastor.
Como Caim cultivava o solo e seu irmão
Abel era pastor, vê-se que a data
indicada pelos Espíritos a respeito da
época em que viveu Adão é perfeitamente
compatível com os registros históricos.
Como o povoamento da Terra se
iniciou em épocas bem mais recuadas, é
evidente que não descendemos dos pais
de Abel e Caim, mas de outros ancestrais
que teriam vivido muito antes.

A faculdade de curar

A faculdade de curar, para manter-
se íntegra, não deve permanecer
precavida tão-somente contra o pagamento
em dinheiro amoedado.
*
Há outras gratificações negativas
a que lhe cabe renunciar, a fim de que
não seja corroída por paixões arrazoadas
que começam nos primeiros sinais
de personalismo excessivo.
Imprescindível saber olvidar o
vinho venenoso da bajulação, a propaganda
jactanciosa, o perigoso
elixir da lisonja e a aprovação alheia
como paga espiritual.
Quem se proponha a auxiliar aos
enfermos, há que saber respirar no
convívio da humildade sincera, equilibrando-
se, cada instante, na determinação
de servir.
*
Para curar é preciso trazer o coração
por vaso transbordante de
amor e quem realmente ama não encontra
ensejo de reclamar.
*
Compreendendo as nossas responsabilidades
com o Divino Médico,
se queres efetivamente curar,
cala-te, aprende, trabalha honrando
a posição de servidor de todos a que
Jesus te conduziu.
*
Auxilia aos ricos e aos pobres,
como quem sabe que fartura excessiva
ou carência asfixiante são igualmente
enfermidades que nos compete
socorrer.
*
Ampara aos amigos e aos adversários,
aos alegres e aos tristes, aos
melhores e aos menos bons, como
quem compreende na Terra a valiosa
oficina de reajuste e elevação.
*
Reconheçamos que toda honra
pertence ao Senhor, de quem não
passamos de apagados e imperfeitos
servidores.
*
Não te afastes da dependência do
Eterno Benfeitor e, movimentando
os próprios recursos, a beneficio dos
que te cercam, guardemos a certeza
de que, curando, seremos curados
por nossa vez, soerguendo-nos, enfim,
para a vitória real do espírito,
em cuja luz os monstros da penúria
e da vaidade, da ignorância e do orgulho
não mais nos conseguirão alcançar


EMMANUEL, que foi o mentor
espiritual de Francisco Cândido
Xavier e coordenador da obra mediúnica
do saudoso médium mineiro, é
autor, entre outros livros, de Mediunidade
e Sintonia, do qual foi extraído
o texto acima.

A Caminho da Luz

Emmanuel

(Parte 5)

Damos continuidade ao estudo do livro A Caminho da Luz, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira. O estudo terá por base a 15a edição.

Questões preliminares

A. Qual a contribuição que os judeus, sobretudo a partir de Moisés, deram a todos os povos da Terra?

A revelação do Deus Único, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, foi essa a grande contribuição que eles deram a todos os povos da Terra. (A Caminho da Luz, pp. 68 e 69.)

B. Que relação existe entre a civilização chinesa e os exilados de Capela?

Nenhuma, pois, quando se verificou a chegada das almas proscritas do sistema da Capela, a existência chinesa já contava com uma organização regular, oferecendo os tipos mais homogêneos e mais selecionados do planeta. As raças adâmicas não haviam chegado ao orbe ter­restre e já se ouviam na China grandes ensinamentos do plano espiritual, como os trazidos pelo grande Fo-Hi, o compilador de suas ciências religiosas. (Obra citada, pp. 74 a 76.)

C. Há algum vínculo entre Confúcio e os ensinamentos de Lao-Tsé?

Sim. Confúcio fez ressurgir na China os ensinamentos de Lao-Tsé, que fora um elevado mensageiro do Senhor para as raças amarelas e cujas lições estão cheias do perfume de requintada sabedoria moral. De um modo geral, o culto dos antepassados constitui o princípio de sua fé; as relações com o plano invisível constituem um fenômeno comum; a ideia da necessidade de aperfeiçoamento espiritual é latente em todos os corações. (Obra citada, pp. 76 a 78.)

Texto para leitura

77. Todas as raças da Terra devem aos judeus esse benefício sagrado que consiste na revelação do Deus Único, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres. (PP. 68 e 69)

78. Mais tarde, quando veio Jesus, o povo judeu não o entendeu, porque, segundo a sua concepção, o Senhor deveria chegar no carro magnificente de suas glórias divinas, humilhar todos os reis do mundo e conferir a Israel o cetro supremo da direção de todos os povos do planeta. (P. 70)

79. Na verdade, apesar de sua crença fervorosa, Israel não sabia que toda salvação tem de começar no íntimo de cada um e, cumprindo as profecias de seus próprios filhos, conduziu ao martírio da cruz o divino Cordeiro. (P. 71)

80. A realidade é que um sopro de amargura pesou mais fortemente sobre os destinos da raça, depois da ignominiosa tarde do Calvário. As sombras diabólicas, que caíram sobre o Templo de Jerusalém, acompanharam igualmente o povo escolhido em todas as diretivas, pelas estradas longas do mundo. (P. 71)

81. Quando se verificou o advento das almas proscritas do sistema da Capela, já a existência chinesa contava com uma organização regular, oferecendo os tipos mais homogêneos e mais selecionados do planeta. (P. 74)

82. A civilização e o progresso, como a própria vida, dependem das trocas incessantes; não foi, porém, o que ocorreu com a China, cujo insulamento voluntário fez com que se cristalizassem suas ideias. (P. 74)

83. Por sua obstinada resistência, as ideias chinesas estagnaram-se na marcha do tempo, embora devamos reconhecer a grandeza de suas elevadas expressões espirituais. (P. 75)

84. Desde os tempos mais distantes, Jesus enviou missionários a esses agrupamentos de criaturas. As raças adâmicas não haviam chegado ao orbe ter­restre e já se ouviam na China grandes ensinamentos do plano espiritual, como os trazidos pelo grande Fo-Hi, o compilador de suas ciências religiosas. (PP. 75 e 76)

85. Fo-Hi refere-se, no seu "Y-King", aos sábios que o antecederam, cujos ensinamentos apresentam-nos uma ciência altamente evolutiva. (P. 76)

86. Em seguida, Jesus envia-lhes a palavra de Confúcio (ou Kong-Fo-Tsé), cinco séculos antes de sua própria vinda, preparando os caminhos do Evangelho no mundo, tal como procedera com a Grécia, Roma e outros centros. (P. 76)

87. Confúcio faz ressurgir na China os ensinamentos de Lao-Tsé, que fora um elevado mensageiro do Senhor para as raças amarelas e cujas lições estão cheias do perfume de requintada sabedoria moral. (P. 76)

88. Lao-Tsé, de cujos ensinamentos Confúcio fez questão de formar a base dos seus princípios, viveu seis séculos antes do advento do Cristo. (P. 77)

89. De um modo geral, o culto dos antepassados constitui o princípio de sua fé; as relações com o plano invisível constituem um fenômeno comum; a ideia da necessidade de aperfeiçoamento espiritual é latente em todos os corações. (PP. 77 e 78)

90. O Nirvana deve ser considerado como a união permanente da alma com Deus, finalidade de todos os caminhos evolutivos; nunca, porém, como sinônimo de imperturbável quietude ou beatífica realização do não ser. (P. 78)

91. A falsa interpretação do Nirvana prejudicou as elevadas possibilidades criadoras do espírito chinês, cristalizou-lhe as concepções e paralisou-lhe a marcha para as grandes conquistas. (P. 78)

92. Observando o estado de estagnação da alma chinesa nestes últimos sé­culos, concluímos ser imperioso que a China passe a comungar no banquete de fraternidade dos outros povos. O Evangelho do Cristo ainda não chegou lá, mas um sopro de vida, um dia, romperá as sombras milenárias que caíram sobre o povo chinês. (N.R.: Lembremos que este livro foi escrito bem antes da revolu­ção socialista que mudou a fisionomia e a economia da China.) (PP. 79 e 80)

93. As primeiras organizações religiosas da Terra tiveram sua origem entre os povos primitivos do Oriente, aos quais Jesus enviava periodicamente seus mensageiros e missionários. (P. 81)

94. Dada a ausência da escrita, naquelas épocas longínquas, as tradições se transmitiam de geração a geração através da palavra; com a cooperação dos degredados da Capela, os rudimentos das artes gráficas receberam os primeiros impulsos. Surgem então os Vedas, que contam mais de seis mil anos, a falar-nos da sabedoria dos Sastras, ou grandes mestres das ciências hindus, que os antecederam de mais ou menos dois milênios. (PP. 81 e 82)

95. Jesus havia reunido nos espaços infinitos os seres proscritos exilados na Terra, antes de sua reencarnação geral. As exortações confortadoras do Cristo cantavam-lhes no íntimo os mais formosos hinos de alegria e de esperança, fortalecendo-lhes a fé. (P. 82) (Continua no próximo número.)

Mensagem De Encorajamento

Companheiro, ponha-se de pé e siga os corações que rumam confiantes.
Doe as aflições ao tempo, cubra-se com o manto da esperança e avance intimorato.
A multidão chora e sorri. Misturam-se lágrimas e sorrisos, abafados pelo retinir das taças finas que contêm vapores da morte e os fluidos da loucura.
Possivelmente, os anseios atormentam-lhe o coração ansioso... Mas os que buscaram a enganosa liberdade demoram-se nas prisões que a própria delinquência ergueu, inquietados pelo tigrino clamor das multidões desvairadas e o zurzir impiedoso da consciência em desalinho.
Alçando o pensamento ao Grande Bem, você pode chegar à paz íntima, embora carregue as cicatrizes do sentimento, porfiando na conduta reta.
O tempo é mestre: benfeitor e justiceiro. Tudo refaz, tudo apaga, tudo corrige.
Com o tempo, o grão de areia se transforma em valiosa pérola aprisionada no íntimo da ostra, até um dia...
Com o tempo, o carvão humilde transforma-se em diamante precioso encastelado na montanha poderosa, até um dia...
Com o tempo, a semente pequenina incha-se no seio da terra, transformando-se, até um dia...
Com o tempo, o débil embrião da vida desenvolve-se modificando a própria estrutura, até um dia...
Com o tempo, o regato humilde atinge o mar, vencendo distância e obstáculo.
Com o tempo, a mensagem do Cristo se espalhou sobre a Terra convidando o homem à tecelagem do manto nupcial para o matrimônio da Humanidade com a Vida, um dia...
Enxugue o suor da ansiedade.
Guarde as lágrimas da inquietação.
Companheiro, ponha-se de pé e siga os corações que rumam confiantes.
Doe as aflições ao tempo, cubra-se com o manto da esperança e avance intimorato.
A multidão chora e sorri. Misturam-se lágrimas e sorrisos, abafados pelo retinir das taças finas que contêm vapores da morte e os fluidos da loucura.
Possivelmente, os anseios atormentam-lhe o coração ansioso... Mas os que buscaram a enganosa liberdade demoram-se nas prisões que a própria delinquência ergueu, inquietados pelo tigrino clamor das multidões desvairadas e o zurzir impiedoso da consciência em desalinho.
Alçando o pensamento ao Grande Bem, você pode chegar à paz íntima, embora carregue as cicatrizes do sentimento, porfiando na conduta reta.
O tempo é mestre: benfeitor e justiceiro. Tudo refaz, tudo apaga, tudo corrige.
Com o tempo, o grão de areia se transforma em valiosa pérola aprisionada no íntimo da ostra, até um dia...
Com o tempo, o carvão humilde transforma-se em diamante precioso encastelado na montanha poderosa,
até um dia...
Com o tempo, a semente pequenina incha-se no seio da terra, transformando-se, até um dia...
Com o tempo, o débil embrião da vida desenvolve-se modificando a própria estrutura, até um dia...
Com o tempo, o regato humilde atinge o mar, vencendo distância e obstáculo.
Com o tempo, a mensagem do Cristo se espalhou sobre a Terra convidando o homem à tecelagem do manto nupcial para o matrimônio da Humanidade com a Vida, um dia...
Enxugue o suor da ansiedade.
Guarde as lágrimas da inquietação.
Amanhã, talvez, o trabalho exija suor e lágrimas em honra à felicidade de ser feliz.
Escude-se na dor dos outros, e avance.
Lembre-se dos que caíram, somente para ajudá-los.
Olhe os vitoriosos da luta, e siga com eles.
Não se preocupe por você ter tombado ontem, na escuridão. Agora brilha a luz da verdade em seu caminho.
Vença a tristeza nascida na recordação da própria fraqueza. Encha a alma com a alegria de tudo poder no Cristo.
Todas as coisas passam, na Terra, à semelhança das belas flores e dos espinheiros no mesmo jardim.
No Grande Além, no entanto, há sempre luz.
Não se aflija com as necessidades imperiosas de abandonar as flores da ilusão, sofrendo os espinhos que conduzem à reflexão.
Aceite hoje os acúleos coroando-lhe a cabeça, para que um braseiro de remorsos não lhe arda na consciência mais tarde.
Atenda e socorra o próximo, atendido e socorrido pelo Céu.
Sem desfalecer nem recear, repita: Com Jesus vencerei! E mais fácil lhe parecerá a redenção.
Amigo do Cristo, ponha-se de pé e siga arrimado ao espírito de luta dos que se alçam à Vida, carregando, como você mesmo, sofrimentos e aflições.
Scheilla.
(Crestomatia da Imortalidade, Divaldo Franco – Diversos Espíritos, cap. 19, ed. LEAL)

terça-feira, 1 de março de 2011

Filme espírita "Nosso Lar" pode virar série de TV

O filme é baseado em um best-seller de Chico Xavier

Os produtores do filme “Nosso Lar”, que é baseado em um best-seller de Chico Xavier, pretendem transformar o longa em uma série de TV.

Segundo a coluna “Outro Canal”, da “Folha de S. Paulo”, o sucesso nos cinemas foi tanto que a história pode ser adaptada. Os produtores acreditam que muitas partes do livro, que foram deixadas de lado no cinema, poderiam ser abordadas na televisão.

Apesar de ainda não haver negociação com emissoras, a Globo já mostrou interesse pelo projeto. A rede tem investido no segmento espírita com a novela “Escrito nas Estrelas” e a série “Cura”, mostrando bom desempenho.

Sinopse do filme

O longa conta a história de André Luiz, um médico bem sucedido que, após a morte, acorda no mundo espiritual. Lá começa sua nova jornada de autoconhecimento e transformação, desde os primeiros dias numa dimensão de dor e sofrimento, até ser resgatado e levado para a cidade espiritual Nosso Lar, local que dá nome ao filme e que paira nas camadas mais altas da atmosfera terrestre.

( entretenimento@eband.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. )

Recursos Mediúnicos

A mediunidade é recurso paranormal inerente a todos os homens. Conquista do Espírito através do tempo, melhor se expressa naqueles que mais facilmente se liberam das constrições do instinto, normalmente predominante em a natureza humana.

Instrumento para o intercâmbio entre as mentes desencarnadas e as criaturas ainda retidas no envoltório físico, varia em sensibilidade de captação e capacidade de filtragem, qual ocorre com as demais faculdades do ser.

Mais aguçada em uns indivíduos do que em outros, surge, espontaneamente, requerendo educação e estudo para atingir a finalidade a que se destina, como o embrião que espera cuidados e atenção para adquirir segurança, a fim de alcançar a meta que o aguarda.
*
As resistências e valores morais do médium constituem-lhe a garantia indispensável para o ministério a que se propõe.

A queda de água em desalinho produz desastres, enquanto que a canalizada gera força e energia.

A eletricidade, para alcançar o destino que a aguarda, impõe a presença de cabos condutores à altura da sua potência.

A segurança do edifício depende da estrutura na qual se apóia.

A perfeição do equipamento repousa na harmonia e na superior qualidade das suas peças.

A mediunidade, da mesma forma, necessita de vários e indispensáveis requisitos para produzir com segurança e equilíbrio.


Há médiuns e médiuns, que enxameiam por toda parte.

Conscientemente ou não, sintonizam, por automatismo ou desejo, com as mentes que lhes são afins.

Porque a população do mundo espiritual seja muito maior do que a do plano físico, os homens sempre se encontram acompanhados por Entidades desencarnadas, consoante os compromissos de outras reencarnações ou as tarefas a que ora se vinculam.

*

De acordo com a direção mental, as tendências, os hábitos e os interesses humanos, são estabelecidos os vínculos de ligação psíquica e dependência física com os Espíritos.

Como resultado, encontramos os médiuns da insensatez e do crime, como os medianeiros da esperança e da ordem;

os médiuns da perversidade e da alucinacão, como os portadores da bondade e do equilíbrio;

os médiuns dos vícios, escravizados aos tormentos que os ensandecem, assim como os veiculadores da virtude e da previdência;

os médiuns da ignorância e da sombra, mas, igualmente, os mensageiros da luz e do conhecimento;

os médiuns da ira, da calúnia, do ódio, no entanto, outros que o são do amor, da verdade, da paz...

Diferem uns dos outros pelo comportamento a que se entregam, tornando-se, portanto, veículos daqueles com os quais estabelecem ligação.

*

Identificando, ou não, a presença de recursos mediúnicos em ti mesmo, recorre à oração nos momentos de difícil decisão ou de testemunho, de trabalho ou de repouso.

Observa-te, tentando conheceres-te em profundidade.

Procura fixar as tuas características pessoais superiores, eliminando aquelas que se te irrompem intempestivamente, como resultado da própria impulsividade ou de inspiração negativa.

Recorda-te da invigilância mediúnica de Pedro, que se deixou vencer pelo medo a ponto de negar o Amigo, e da obsessão em Judas, que o levou a trair o Divino Benfeitor, mantendo-te atento e digno, a fim de que as "forças do mal" não te propilam a situações lamentáveis, de que te arrependerás.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL. 1988

VISÃO ESPÍRITA DO CARNAVAL “Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu”...”.

“Atrás do trio elétrico só não vai que já morreu...”. – Caetano Veloso
“Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu”...”.

Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras plagas onde se comemore o Carnaval.

O Espiritismo nos esclarece que estamos o tempo todo em companhia de uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. Essa massa de espíritos cresce sobremaneira nos dias de realização de festas pagãs, como é o Carnaval.

Nessas ocasiões, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis. Se antes de compor sua famosa canção o filho de Dona Canô tivesse conhecido o livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado ao médium Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, talvez fizesse uma letra diferente e, sensível como o poeta que é, cuidaria de exortar os foliões “pipoca” e aqueles que engrossam os blocos a cada ano contra os excessos de toda ordem. Mas como o tempo é o senhor de todo entendimento, hoje Caetano é um dos muitos artistas que pregam a paz no Carnaval, denunciando, do alto do trio elétrico, as manifestações de violência que consegue flagrar na multidão.

No livro citado, Manoel Philomeno, que quando encarnado desempenhou atividades médicas e espiritistas em Salvador, relata episódios protagonizados pelo venerando Espírito Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a encarnados em desequilíbrios.

Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante interesse, o encontro com um certo sambista desencarnado, o qual não é difícil identificar como Noel Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas equipes socorristas encarregadas de prestar atendimento espiritual durante os dias de Carnaval.

Interessado em colher informações para a aprendizagem própria (e nossa também!), Philomeno inquiriu Noel sobre como este conciliava sua anterior condição de “sambista vinculado às ações do Carnaval com a atual, longe do bulício festivo, em trabalhos de socorro ao próximo”. Com tranqüilidade, o autor de “Camisa listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo, relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições”.

No entanto, a obra musical de Noel Rosa cativara tantos corações que os bons sentimentos despertados nas pessoas atuaram em seu favor no plano espiritual; “Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do dever, minha memória gerou simpatias e a mensagem das músicas provocou amizades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para realidades novas”.

Como acontece com todo espírito calceta que por fim se rende aos imperativos das sábias leis, Noel conseguiu, pois, descobrir “que é sempre tempo de recomeçar e de agir” e assim ele iniciou a composição de novos sambas, “ao compasso do bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, numa Vila de amor infinito...”.

Entre os anos 60 e 70, Noel Rosa integrava a plêiade de espíritos que ditaram ao médium, jornalista e escritor espírita Jorge Rizzini a série de composições que resultou em dois discos e apresentações em festivais de músicas mediúnicas em São Paulo.

O entendimento do Poeta da Vila quanto às ebulições momescas, é claro, também mudou:
- “O Carnaval para mim, é passado de dor e a caridade hoje, é-me festa de todo, dia, qual primavera que surge após inverno demorado, sombrio”.

A carne nada vale:

O Carnaval, conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado pelas paixões do prazer violento. Como nosso imperativo maior é a Lei de Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam nosso estágio de inferioridade desaparecerão da Terra.

Em seu lugar, então, predominarão a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real, com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade. A folia em que pontifica o Rei Momo já foi um dia a comemoração dos povos guerreiros, festejando vitórias; foi reverência coletiva ao deus Dionísio, na Grécia clássica, quando a festa se chamava bacanalia; na velha Roma dos césares, fortemente marcada pelo aspecto pagão, chamou-se saturnalia e nessas ocasiões se imolava uma vítima humana.

Na Idade Média, entretanto, é que a festividade adquiriu o conceito que hoje apresenta, o de uma vez por ano é lícito enlouquecer, em homenagem aos falsos deuses do vinho, das orgias, dos desvarios e dos excessos, em suma.

Bezerra cita os estudiosos do comportamento e da psique da atualidade, “sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira silaba de cada palavra compõe o verbete carnaval”.

Assim, em três ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes. Está no materialismo, que vê o corpo, a matéria, como inicio e fim em si mesmo, a causa de tal desregramento.

Esse comportamento afeta inclusive aqueles que se dizem religiosos, mas não têm, em verdade, a necessária compreensão da vida espiritual, deixando-se também enlouquecer uma vez por ano.

Processo de loucura e obsessão:

As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras. Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”.

Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.

Esse processo sutil de aliciamento esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas de desespero e loucura. Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses seres, mas porque a eles se ligam pelo pensamento, “em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”. Ou seja, as tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são o imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam.

Há dois mil anos. Tal situação não difere muito dos episódios de possessão demoníaca aos quais o Mestre Jesus era chamado a atender, promovendo as curas “milagrosas” de que se ocupam os evangelhos. Atualmente, temos, graças ao Espiritismo, a explicação das causas e conseqüências desses fatos, desde que Allan Kardec fora convocado à tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos. Conforme configurado na primeira obra da Codificação – O Livro dos Espíritos -, estamos, na Terra, quase que sob a direção das entidades invisíveis: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?”, pergunta o Codificador, para ser informado de que “a esse respeito sua (dos espíritos) influência é maior do que credes porque, freqüentemente, são eles que vos dirigem”. Pode parecer assustador, ainda mais que se se tem os espíritos ainda inferiorizados à conta de demônios.

Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando, como já dito, sintonizamos na mesma freqüência de pensamento, também obtemos, pelo mesmo processo, o concurso dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus. Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a praticada caridade desinteressada. Esta última é a característica de espíritos como Bezerra de Menezes, que em sua última encarnação fora alcunhado de “o médico dos pobres” e hoje é reverenciado no meio espírita como “o apóstolo da caridade no Brasil”.

Fonte:
Revista Visão Espírita.

Ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/convivio-dos-membros-do-forum/o-carnaval-na-visao-espirita/#ixzz1FI0z1UKy

EMMANUEL FALA SOBRE O CARNAVAL

Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.
É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.
Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.
Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.
Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.
Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.
É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.
Emmanuel
Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier em Julho de 1939 / Revista Internacional de Espiritismo, Janeiro de 2001.
Obsessões carnavalescas
por Claudia Gelernter - claudiagelernter@uol.com.br

“Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu”...”.
Revista Visão Espírita-março de 2000

Poucos sabem que a palavra Carnaval é, na verdade, uma abreviatura da frase: “a carne nada vale”. Em contrapartida grande parte dos brasileiros acredita que participar das festividades carnavalescas em nada atrapalha sua organização psico-físico-espiritual. Algo como mudar totalmente o padrão vibracional, adentrando por quatro dias e cinco noites num maremoto energético de baixo teor e dizer que isso não desarmoniza ninguém, ao contrário, “desestressa”.
Será mesmo só esse o resultado do envolvimento em tal festividade? “Desestressamento”?

Estudiosos da psicologia realizaram um trabalho de pesquisa interessante sobre o tema, trazendo-nos alguns dados que já nos suscitam importantes reflexões. Vou transcrever parte da matéria que saiu no Jornal Correio Brasiliense, onde constam tais informações: “(...) de cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme, intrigas, etc.); que, desses mesmos dez casais, posteriormente, três se transformam em adultério; que de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se submetem a coisas que abominam no seu dia-a-dia, como o álcool e outras drogas (...). Concluíram que tudo isto decorre do êxtase atingido na grande festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas também da orgia e da depravação, estimulado pelo álcool leva as pessoas a se comportarem fora de seus padrões normais (...)”.

A maioria dos foliões da atualidade segue os carros alegóricos sem nenhuma noção do que lhes envolve naqueles momentos. Sequer suspeitam onde ou porque surgiu tal ‘festividade’ - estão ali simplesmente para permitirem o enlouquecimento momentâneo, sem pensar em mais nada a não ser no prazer dos sentidos. Porém, os resultados são evidentes, como pudemos contatar nesta matéria alusiva sobre o tema.
Quanto às suas origens, podemos dizer que as tataravós do carnaval são a bacanália, da Grécia - quando era homenageado o deus Dionísio - e a saturnália – festa romana onde se imolava uma vítima humana, previamente escolhida. Depois, já na Idade Média, aceitava-se a tese de que “Uma vez por ano é lícito enlouquecer”, o que tomou corpo, modernamente, no carnaval de nossos dias.

Claro que muitos dançam e se sacodem freneticamente entre sorrisos largos, sem nenhuma intenção menos digna: desejam somente a “alegria”. Porém, mesmo que a intenção seja apenas a de se ficar contente, será que o discípulo de momo, ao meio de tantos desvarios, em nada se prejudica?

Tudo seria tranqüilo, se junto de tais pessoas estivessem tantas outras numa mesma sintonia, munidos da mesma vontade de confraternização, sorrisos e danças conjuntas; sem maldade, sem deixarem seus instintos reptilianos tão aflorados.

Porém, a realidade não é essa. As conclusões apresentadas pelos psicólogos brasilienses já nos dão certa base para um pensar mais aclarado sobre o assunto. Soma-se a tais dados outra importantíssima informação que ainda não é levada em conta tanto pelos profissionais comuns da psique quanto pelos amantes carnavalescos: no período que compreende a sexta feira de carnaval até o amanhecer da quarta feira de cinzas, verdadeiras falanges das esferas inferiores invadem a crosta terrestre - atraídas pelo padrão reinantes - acompanhando bem de perto tais foliões, incitando-os aos extremos, dando início a sérias obsessões que por vezes se arrastam sobremaneira, trazendo inúmeros prejuízos a tais pessoas.

No livro “Nas fronteiras da loucura”, do espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco, o venerando espírito, em suas ponderações, conclui que isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano. O processo obsessivo ocorre ainda durante o sono, quando em estado de desdobramento (momento em que o corpo descansa e o espírito sai em suas excursões) o folião visita as zonas de baixo teor vibracional, já em contato direto com tais entidades.

Conhecedores de tais realidades, os responsáveis pela revista Visão Espírita, fizeram pequeno trocadilho com a famosa frase composta por Caetano Veloso, no seu frevo carnavalesco que diz que “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”. Os divulgadores do espiritismo refizeram o ditado. Escreveram que na verdade “atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu!”...”. Realmente. Só faltou acrescentar: “(...) e eles são em grande número”.
Claudia Gelernter

Os tempos CHEGARAM

Não há quem não esteja percebendo a violência dos novos tempos colidindo com o velho mundo que se despede. A vida já não é mais a mesma, avalia reflexivo e convencido o sábio ancião, reclinado em sua poltrona, olhando de frente para o horizonte. De fato, os tempos chegaram marcando a Grande Transição, conforme a expressão do Espírito Joanna de Ângelis. A Terra se encontra sob sofrimento impiedoso. O dissenso tomou o lugar do consenso, a compreensão quase desapareceu e os encarnados assistem atônitos à despedida do velho mundo que parte deixando a melancolia própria dos portos varados de apitos e adeuses, usando a expressão do poeta. “Este mundo não é mais o meu”, desabafa do alto de seus 90 anos o renomado escritor Hermínio Miranda. “Me sinto como um ET aqui”, acrescenta ele, com justa indignação aos rumos temerosos que o planeta tomou.
Na seara social, destacam-se a busca pelo prazer a qualquer custo, a prática do hedonismo tem sido de fazer inveja aos equivocados morais de todos os tempos. O consumismo incontido, uma das vítimas de qualquer sistema econômico selvagem, é estimulado pelos mais requintados e irresistíveis apelos publicitários, contrastando com a miséria que grassa do outro lado da sociedade privilegiada.
Ovelhas vão se perdendo na trajetória do infortúnio, não conseguindo tantas vezes resistir às duas provas do caminho. Nos ambientes religiosos de todos os credos, os ataques do egoísmo, do personalismo, do apego ao poder, da ambição e da discórdia insistem em desafiar a atmosfera sagrada. Antigas revoltas emergem nos corações conscientes que se tornaram empedernidos. Velhas estruturas estão desabando e o planeta se encurta sob o avanço vertiginoso da comunicação eletrônica, ao mesmo tempo em que os valores morais, no mais das vezes, perdem suas preciosas referências éticas, enquanto os direitos humanos ousam invadir as cocheiras mais entrincheiradas da violência. Que mundo é este? chora desesperada a mãe que perdeu um filho na guerra suja do tráfico.
Na política, que é arte de servir ao interesse coletivo, os desvios éticos chegam a envergonhar até os cronistas policiais mais experientes, ruborizadas que ficam pelos escândalos inimagináveis que se sucedem na banalização do cotidiano. Indiferentes às graves advertências de Chico Xavier (“tenho visto muitos políticos em estado deplorável na erraticidade”), conhecidos personagens públicos prosseguem a sua marcha de equívocos inconsequentes e impensados.
O vendaval vai arrastando a todos e a tudo no cipoal da despedida do velho planeta. As religiões sofrem cisões internas, as seitas novas se proliferam e os escândalos batem às portas dos templos religiosos. Perplexos, os sensatos se perguntam: onde vamos parar?
É o planeta de provas e expiações, de um lado, mergulhado nos abismos tenebrosos dos equívocos humanos, mas, de outro lado, oferecendo precioso aprendizado e induzindo à fé inabalável as fileiras que trabalham em favor do Bem e da construção de um mundo melhor. Nada se desenvolve ao sabor do acaso, ensina a sabedoria Espírita.
Chico Xavier costumava dizer, segundo o testemunho da médium Maria Gertrudes, que frequentava a histórica mesa mediúnica de Uberaba, que até 2012 as coisas ferveriam, melhorando a partir de então. E Divaldo Franco advertia que as dores e incompreensões marcariam época, num crescendo. Ou então que será cada vez mais difícil a vida no planeta, como apregoou um Espírito benfeitor. Seria o ano de 2012 um marco divisor entre o retirante planeta das sombras e o mundo de regeneração que espera mais adiante pelos terráqueos? Muitos acreditam que sim, mas outros acreditam que não é por aí. Especular não é pecado, lembra o confrade César Tadeu, pois afinal já se disse que o ser humano é capaz de sobreviver às mais inimagináveis privações, menos a privação da esperança, pois sem esperança ninguém será capaz de sobreviver.
Mas a verdade é que esse sentimento mágico da esperança, capaz de nutrir a sobrevivência em face dos mais cruéis destinos, tem uma razão de ser, fundada em informações concretas. Benfeitores espirituais consoladores sinalizam através de psicografias diversas que é preciso perseverança para vencer este túnel provatório do tempo que cruzamos, pois, mais adiante, estará a madrugada clarificadora da nova época, que virá encantar os terráqueos. “Estão próximos os tempos em que neste planeta reinará a grande fraternidade”, garante o Evangelho Segundo o Espiritismo.
No livro Barão de Santo Ângelo, o Espírita da Corte, a psicografia de autor não identificado confirma as expectativas do porvir: “As luzes do passado se projetam no presente para preparar o futuro, que está chegando em velocidade que os encarnados não conseguem medir. Tempo virá de romance, de poesia, de literatura, que inundará a Terra de harmonia e beleza.” Por sua vez, o Espírito Pedro de Alcântara, na psicografia fidedigna do médium Heitor Luz Filho, no livro “Eterna Voz dos que não Morreram” (Editora Lorenz) também segue na mesma direção: “Vislumbram-se já, nos contornos da madrugada, claridades que esmaecem a luz das estrelas, no dealbar do dia (...) “a autora começa a surgir, trazendo ao homem a luz e o calor, o estímulo ao trabalho e a força das realizações “.
Portanto, a recomendação vigente na literatura Espírita é que não nos surpreendamos de encontrar as iniquidades onde menos esperávamos, como recomenda fraternalmente Joanna de Ângelis” por mais indigestas que se apresentem essas iniquidades, como a malversação do dinheiro coletivo doado pelos fiéis, fato que vem ocorrendo para estarrecimento de participantes das organizações religiosas; os desvios éticos que vão desde posições insensatas e irrefletidas, ao convívio do sagrado ao lado do profano. Assim sendo, segundo a mesma literatura espírita, nada disso há de permitir esmorecer o verdadeiro Espírita-cristão na escalada do calvário de suas provas. Por eles, no suplício da cruz, Jesus há de permanecer repetindo: “Pai, perdoai, pois eles não sabem o que fazem”, apregoa-se.
A propósito dos equívocos humanos escabrosos que perfilam em nossa frente, banalizando o que fora até então impensável, nossa marcha na direção do bem deve ser cada vez mais cultivada. “Façamos a nossa parte da melhor maneira possível”, recomenda, ainda, a mesma Joanna de Ângelis.
A recompensa será grande para quem perseverar no caminho reto dos princípios legados por Jesus, garantem os exegetas de plantão. “Bombeiros” tentando minimizar a chama dos estragos surgem de todos os lados, a chamar a atenção para o fato de que tudo é transitóio; passam os dias de glória, mas também passam os dias de aflição. A época não é inusitada. Tempos adversos já enfrentaram vultos imortais da Era cristã como o venerável Bento, no século VI com sua contagiante proposta beneditina de sabedoria: “Ouve teu coração, quando a prioridade é criticar e agir. Estar no planeta sem ter a pretensão de ser do planeta” e por aí a fora. Francisco de Assis no século XIII, sobreviveu aos holocaustos de sua época: a fome, a miséria, as guerras. Assim também Francisco de Paula no final da Idade Média onde grassavam os abusos eclesiásticos, a busca do prazer pelo prazer e os enfrentamentos fratricidas.
Que todos aqueles que perseguem o Bem sejam, pois, luzes para iluminar as trevas de seu tempo. Essa é , sem dúvida, garantem religiosos de todos os credos, a melhor receita para cruzar os tempos difíceis por que atravessa a Humanidade. O resto, dizem os exegetas, seria pura perda de tempo, pois a vitória será da luz, sempre da luz, lembra Jose Hermógenes do alto de sua octogenária sabedoria yoga.

Dica de Leitura

Campos do Coração (Nos)
Angelinus (Espírito)/João Marcelo Tomazini
Em meio a grandes catástrofes que afligiram toda a humanidade, não podemos deixar de citar o holocausto. Muitos ainda não acreditam nas atrocidades praticadas durante a Segunda Grande Guerra. Do além, o autor espiritual pôde constatar terríveis crueldades, cometidas num campo de concentração. Esta, talvez, seja uma história de amor, como muitos irão afirmar, porém é mais que isso, é uma história de esclarecimento, para que, através dos erros, a humanidade aprenda a amar e não erre mais.

Aproveite esse novo tempo

Wilson Gonsalez

As obras de Allan Kardec, conhecido educador francês, constituem-se num marco divisor na história do Cristianismo. É como se, com ele, os Espíritos de Deus quisessem mostrar aos homens de boa-vontade e de bom coração um caminho novo, repleto de ensinamentos, onde a lógica e a razão andariam de mãos dadas com a fé e o bom-senso.
É o raciocínio a serviço da religião. Uma religião solidamente amparada pela trilogia da ciência, da filosofia e da Doutrina Espírita. Esses mesmos Espíritos, a serviço de Jesus, propuseram-se a oferecer forte ponto de apoio para os seres humanos. É nesse trabalho de ordem puramente espiritual, onde a participação de vários médiuns serviu como valioso instrumento, nas mãos dessas almas iluminadas, que poderemos encontrar todas aquelas explicações necessárias à compreensão dos nossos mais graves dilemas existenciais.
Existem palavras que ainda podem assustar certas pessoas: Espiritismo, Doutrina Espírita, reencarnação, reencarnar, Evangelho Segundo o Espiritismo, provas, expiações, Livro dos Espíritos – todas essas expressões parecem destinadas a causar certo impacto, dentro de nós, talvez por serem palavras fortes que mexem com determinado tipo de crença religiosa que sempre procurou influenciar nossos espíritos.
Ao mesmo tempo, enquanto essas palavras causam uma espécie de choque, há o outro lado: todos nós trazemos conosco o conhecimento intuitivo de que há algo mais, além da morte. E que também há determinados fenômenos naturais, envolvendo nossas vidas físicas.
Na realidade, todas as religiões mais antigas, especialmente na Índia e no Egito, já se ocupavam com esses assuntos da pós-morte e da possível relação e comunicação dos seres espirituais desencarnados com os seres vivos.
O Evangelho de Jesus veio consolidar esse conhecimento intuitivo. Nele, foram mostradas as formas com as quais Cristo e Seus Apóstolos lidavam com os espíritos do outro mundo.
Eles incomodavam demais as pessoas, causando-lhes até deformações físicas, por estarem dominando a vida daqueles sofredores do plano material. Jesus retirava-os, livrando aquelas criaturas dos desequilíbrios causados pelos espíritos obsessores.
Isso está escrito nos Evangelhos e precisamos crer na existência desse horizonte invisível, que está relatado ali, e que a religião que se seguiria ao Cristianismo cuidou de sufocar, desmentir e apagar.
Ela precisava progredir por outros meios. Se o poder espiritual proviesse dos Espíritos de Deus, e não da religião terrena que se dizia representante de Deus na Terra, qual seria a importância do papel dela entre nós?
Bem, isso é outra história, em meio a tantos outros fatos reais que acabaram deixando de lado o Cristianismo Espiritual de Jesus. E os Espíritos de Deus, através de Allan Kardec, vieram colocar as coisas em seus devidos lugares.
Somos seres espirituais, relacionamo-nos, todos os dias, com nossos irmãos desencarnados, e não poderíamos ficar órfãos de conhecimentos, nessa área de importância fundamental para o progresso da alma humana.
Cada lição deve vir a seu tempo, quando os homens estiverem preparados para entendê-las e senti-las. Se Jesus não explicou tudo, o Consolador Prometido o faria, mais tarde.
Estudar as obras de Allan Kardec deveria ser obrigação para qualquer pessoa que se interessasse por qualquer tipo de religião. Essas obras poderiam ser importantes auxiliares em qualquer tipo de crença.
Se deixássemos de lado o orgulho e o preconceito religioso, através dos conhecimentos espirituais, poderíamos acabar praticando a nossa religião – qualquer que ela fosse – com mais humildade, mais amor, mais doação, e o que é o principal: com conhecimento das coisas do mundo invisível que está intimamente ligado conosco.
Foi a falta de humildade, dentro de determinada crença, que resultou nos piores desastres junto à imagem, à obra e à própria essência da vida de Jesus.
Por que não darmos crédito, então, a esses ensinamentos que o Espírito da Verdade – ou o Consolador Prometido – trouxe-nos, através de um trabalho que não é obra humana, e, sim, dos Espíritos iluminados de Deus?
Aproveitemos essa fase nova da Humanidade. Quanto mais cedo você se adequar aos princípios elevados, mais você estará se espiritualizando. E, quando todos nós estivermos de posse dessas verdades espirituais, mais rapidamente o mundo estará se encaminhando para tempos de paz, de luz e de amor. Sem torturas, sem guerras, sem pressões emocionais, sem batalhas ou perseguições de qualquer espécie.
A ordem é para nos reaproximarmos de Cristo, ou melhor, para trazermos Jesus de volta aos altares da consciência humana, renovada e revigorada à luz dos Seus ensinamentos virtuosos, revolucionários e inovadores.

O porquê de ser espírita

Octávio Caúmo Serrano

Em todas as religiões, há pessoas boas e pessoas más; pessoas caridosas e pessoas insensíveis, diante do sofrimento alheio.
Qual é, em sendo assim, a vantagem de ser espírita, se podemos ser bons, em qualquer doutrina, até mesmo nas orientais, que não têm o Cristo como Mestre?
A resposta é simples: o conhecimento que adquirimos, pelas orientações do Espiritismo, facilita o entendimento, e nos cria desejos de mudança, frente aos quadros da vida comum. Só quem compreende que a reencarnação reflete a justiça das Leis de Deus, além de nos dar oportunidades de recomeço e consertos dos equívocos do passado, pode investir, com convicção, na vida atual.
O espírita tem consciência de que não sofre o que não merece e lhe seja útil. Sabe que, embora lhe doa como dói em qualquer um, não se sentirá punido pelo Criador, porque sabe que é cobrado por si mesmo. Já diz o Livro dos Espíritos que a Lei de Deus está escrita na consciência dos homens. Logo, fazer o certo ou o errado é opção de cada um; chama-se livre-arbítrio.
O espírita sabe que está colhendo, nesta encarnação, os frutos da árvore plantada em recente ou remoto passado espiritual. Sabe, também – e isso é o mais importante –, que está plantando árvores novas, na vida presente, todos os dias, que produzirão frutos a serem colhidos no futuro. Se o que plantar for de má qualidade, só colherá frutos amargos.
O Espiritismo deixa claro que Deus nem salva nem castiga, nem pune nem perdoa, porque Ele é simplesmente a LEI. Quem caminha favoravelmente às Leis Divinas é calmo, paciente, alegre, resignado, verdadeiro, disciplinado. Quem faz o caminho inverso é aflito, insatisfeito, irritadiço, macambúzio e vive reclamando da vida. Nada o contenta e se sente vítima das injustiças de Deus e dos homens.
É por isso que vale a pena ser espírita. Enquanto outras doutrinas oferecem o céu, com facilidade, e, às vezes, mediante pagamento, o Espiritismo fala de uma luta titânica que o homem tem de empreender consigo mesmo, para avançar um mínimo, na escala da espiritualidade. Isso é uma verdade, porque é conquista definitiva e de mérito próprio.
Por viver num mundo de dores, num planeta que está de acordo com a imperfeição dos homens que o habitam, é preciso muito esforço para avançar um pouco. E o pouco que se consegue é altamente recompensado pelo bem-estar e serenidade que conseguimos.
Sem saber o porquê, ninguém terá vontade de lutar. E o Espiritismo ensina por que lutar vale a pena.
Vamos em frente!

Evolução do Cristianismo

Cairbar Schutel

Publicado em 5 de setembro de 1936

Muitas coisas eu tenho para vos dizer, mas vós não podeis suportar agora, mas quando vier o Espírito da Verdade vos fará lembrar tudo o que eu disse e vos ensinará todas as coisas. (S. João XVI, 12-15). Jesus.

O Cristianismo não tem caráter imutável, não é uma doutrina que disse a primeira e a última palavra e permanece imoto como um “frade de esquina”, sofrendo as injunções subalternas e a ação do progresso, sem aumentar a sua claridade e fazer valer seus princípios regeneradores e persuasivos.
Sem dogmas, que inutilizam o livre-exame e a liberdade de pensar, livre de todo o sectarismo, o Cristianismo é uma doutrina nitidamente de caráter progressivo, como sói acontecer a todas as ideias que vêm fazer progredir a humanidade.
Nada permanece imóvel, no Universo, e assim como a Ciência abre-nos as suas portas, facultando-nos, a cada passo que damos, mais amplos horizontes de progresso e perfeição, assim também o Cristianismo que é a mais lídima exposição do Verbo Divino – da Religião, em toda a extensão da palavra – proporciona-nos mais bastas luzes, à medida que a nossa visão espiritual torna-se apta para recebê-la. o que não compreendíamos ontem estamos compreendendo hoje, e o que não compreendemos hoje compreenderemos amanhã.
Há 2 000 atrás, embora Jesus tivesse muito para dizer, não o fez, devido à falta de compreensão dos seus discípulos, naquela época, mas prometeu que nos enviaria novas verdades, em tempo oportuno, e até chegaríamos a conhecer todas as coisas.
Esse propósito com que o Mestre expressou-se explica, nitidamente, o caráter progressivo da sua Doutrina. Assim como o Cristianismo ampliou a Lei do Sinai, com o descortino de novas modalidades do amor a Deus e ao próximo, o Espiritismo, explicando o sentido oculto de algumas passagens evangélicas, veio dar um novo influxo à fé, desdobrando aos nossos olhos mais latos horizontes de vida e de instrução, no seio incomensurável do Cosmos.
A crença não é um tesouro que se conserva enterrado, nem a pedra de raro valor que permanece no fundo da caixa, sem satisfazer as nossas necessidades, assim como não representa a mina da parábola que se ata a um lenço e aí fica, sem movimento, mas, sim, o talento, com o qual ganhamos outros talentos, a semente de mostarda que se transforma em árvores e produz milhares de milhões de sementes.
Dar caráter imutável ao Cristianismo é desnaturar a sua essência, é negar os propósitos do Seu Fundador.
A fé, a crença não se pode cristalizar, pois o seu caráter espiritual demonstra o seu caráter progressivo.
O Senhor disse: “Muitas coisas eu tenho para vos dizer, mas vós não podeis suportar agora; porém, quando vier o Espírito da Verdade vos fará lembrar tudo o que eu disse e vos ensinará todas as coisas”.

Novas Doutrinas, novas denominações!

Francisco Rebouças

“Mas quando ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam e outros diziam: acerca disso te ouviremos outra vez.” – (ATOS, CAPÍTULO 17, VERSÍCULO 32.)

O encontro de antigos, dedicados e fiéis trabalhadores da Seara espírita, com diversos outros tipos de seguidores da filosofia ensinada pelos Espíritos Superiores, na Codificação do Espiritismo, codificada por Allan Kardec, traz-nos à memória o acontecido no contacto de Paulo de Tarso com os atenienses, no Areópago, que nos apresenta lição interessante sobre os possíveis novos discípulos.
Diz-nos Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, que “Enquanto o apóstolo comentava as suas impressões da cidade célebre, aguçando talvez a vaidade dos circunstantes, pelas referências aos santuários e pelo jogo sutil dos raciocínios, foi atentamente ouvido. É possível que a assembleia o aclamasse com fervor, se sua palavra se detivesse no quadro filosófico das primeiras exposições. Atenas reverenciá-lo-ia, então, por sábio, apresentando-o, ao mundo, na moldura especial de seus nomes inesquecíveis.
Paulo, todavia, refere-se à ressurreição dos mortos, deixando entrever a gloriosa continuação da vida, além das ninharias terrestres. Desde esse instante, os ouvintes sentiram-se menos bem e chegaram a escarnecer-lhe a palavra amorosa e sincera, deixando-o quase só.
O ensinamento enquadra-se perfeitamente nos dias que correm. Numerosos trabalhadores do Cristo, nos diversos setores da cultura moderna, são atenciosamente ouvidos e respeitados por autoridades nos assuntos em que se especializaram; contudo, ao declararem sua crença na vida além do corpo, em afirmando a lei de responsabilidade, para lá do sepulcro, recebem, de imediato, o riso escarninho dos admiradores de minutos antes, que os deixam sozinhos, proporcionando-lhes a impressão de verdadeiro deserto”.¹
Nós aproveitamos para dizer da nossa total concordância ao que atesta o benfeitor, pois o que mais observamos nas palavras e atitudes de tantos quanto se dizem seguidores da Filosofia Espírita, e não seguem os seus verdadeiros fundamentos é exatamente igual, uma vez que, quando alertados para as verdades ensinadas pela Doutrina Espírita, não têm a menor boa vontade de ouvir e seguem fazendo Espiritismo à maneira particular de interpretá-lo.
Continuam dessa forma, divulgando os postulados espíritas, conforme o achismo e modismo, sem o menor constrangimento, e não aceitam qualquer observação de quem quer que seja, utilizando o termo espírita como se Espiritismo fosse o absurdo que pregam e praticam nos centros que dirigem ou de que participam, onde a reforma íntima não tem lugar nem importância.
Isso, em pleno século XXI, quando o Espiritismo já está à inteira disposição dos que desejarem seguir seus ensinamentos, desde o abençoado dia 18/04/1857, e, quem quer que se diga espírita não pode prescindir de estudar essa nobre Doutrina trazida a lume pelos Imortais da Vida Maior, sob a supervisão do próprio Mestre de Nazaré, que nos presentearam com essa pérola de valor incalculável, chamada O Livro dos Espíritos.
Quando, por algum motivo, esses donos da verdade são contrariados em seus achismos absurdos e esclarecidos pelas matérias contidas na codificação, enchem-se de fúria e passam a destilar todo o veneno que armazenam em seus corações, acusando aqueles que os contrariaram de metidos, de presunçosos, etc., como se defender a pureza doutrinária fosse crime.
O próprio Codificador, já prevendo esse tipo de “espiritismo” deturpado e completamente infundado que, por certo, sabia, de antemão, que surgiria, foi o primeiro defensor da pureza de nossa Doutrina, quando colocou, em O Livro dos Médiuns, a bela e esclarecedora mensagem do espírito Erasto, donde destacamos o ensino lá contido que representa a maior de todas as defesas que alguém já se mostrou capaz de fazer, conforme segue: “Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea.²
Preciso se faz que todos nos empenhemos em vivenciar os postulados de nossa Doutrina, com o maior respeito e fidelidade aos ensinamentos dos Espíritos Superiores, assumindo a responsabilidade de nos dizermos espíritas, que significa seguidores da Doutrina dos Espíritos e, se não desejarmos segui-la, com a devida fidelidade e respeito a seus postulados, que não nos utilizemos desse vocábulo, criado por Allan Kardec, para definir os verdadeiros seguidores do Espiritismo, e façamos, então, uso do termo espiritualista, anteriormente existente, e que abrange todas as filosofias diferentes da ensinada pelos Espíritos Superiores, na Codificação Espírita, pois, só então, não estaremos assumindo o compromisso de aceitar, seguir e vivenciar o contido no Pentateuco Espírita e, só assim, poderemos agir como bem entendemos e desejamos, sob a denominação que nos for mais apropriada que, em nenhuma hipótese, será a de Espírita.

Bibliografia:
1) Livro: Pão Nosso – Cap. 114 - Novos Atenienses - Chico Xavier/Emmanuel.
2) Livro dos Médiuns - Cap. XX, item 230 – Allan Kardec.

Notícias

Marcha da Cidadania pela Vida, São Paulo-SP
Com o objetivo de promover uma grande mobilização em favor da vida e evidenciar de modo contundente a verdadeira vontade do povo brasileiro, será realizada, no próximo dia 26 de março, a partir das 9h30, a Marcha da Cidadania pela Vida, em São Paulo, SP.
Os grupos defensores da vida pretendem pressionar o Congresso, visando a rejeição definitiva do Projeto de Lei nº 1.135/1991 que prevê o aborto até o 9º mês da gravidez. O PL foi rejeitado nas comissões de Seguridade Social e de Constituição e Justiça na Câmara dos Deputados. Porém, devido a um novo recurso, deve ser levado a votação no plenário. O Movimento defende que o governo assuma o papel de promotor das políticas públicas em defesa da maternidade, da paternidade responsável, da criança, do adolescente e da família e não o contrário.
Mais Informações: Comitê Estadual do Movimento Nacional de Cidadania pela Vida – Brasil sem aborto - fone (11) 3244-3629.

Seminário com Jacob Melo, São Paulo-SP
Nos dias 19 e 20, 26 e 27 de fevereiro, (sábado, das 8 às 17h, e, domingo, das 8h30 às 12h) acontecerá o seminário sobre Passe e Magnetismo, com Jacob Melo.
Local: R. Força Pública, 268/274, Carandiru, São Paulo-SP.
Acesse www.geas.net.br e preencha a ficha de inscrição.
Mais informações: (11) 3485-0829 / 2258-3782.

Megafeirão do Livro, Santo André, SP
A 17ª edição do Megafeirão do Livro de Santo André, SP será nos dias 16 e 17 de abril de 2011, na Instituição Amélia Rodrigues. Considerado o maior evento do gênero, no mundo, no ano de 2010, vendeu 38000 itens. O público também foi recorde; foram recebidas cerca de cinco mil pessoas. O sucesso é explicado pela diversidade de livros e editoras, em um mesmo local, e os descontos que chegam a 70%, além de sorteio de livros e autógrafos com alguns autores.
Informações: (11) 4994-9664 e www.cebezerra.org.br

Teatro “A Morte é uma piada!”, São Paulo, SP
Está em cartaz, em São Paulo, SP, a peça “A Morte é uma piada!”, estrelada por Renato Prieto, o André Luiz do filme Nosso Lar. Local: Teatro Frei Caneca, Shopping Frei Caneca, R. Frei Caneca, 569, 6º andar. Sábados às 18h e domingos às 16h. Informações: 11-3472-2230 e 4003-1212.

Cursos de Libras e Braille, Osasco, SP
Estão abertas as inscrições para os cursos de Libras e Braille, em Osasco, SP. Os cursos são gratuitos. No Núcleo de Apoio “Começo de Vida”, os cursos terão início dia 14/02/11, das 20 às 22h, às segundas-feiras. Inscrições e informações: 11-3692-4311, 9739-5982. No Grupo Espírita Irmã Marisa, o curso de Libras terá início no dia 16/02/11, das 20 às 22h, às quartas-feiras, e o curso de Braille, dia 18/02, das 20 às 22h, às sextas-feiras. Inscrições e informações: R. 15 de Novembro, 309, Cipava, Osasco, SP.

Concafras 2011, Rio Verde, GO
CONCAFRAS-PSE é uma sigla cujo significado é: Confraternização das Campanhas de Fraternidade Auta de Souza e Promoção Social Espírita.
É um grande encontro anual de trabalhadores voluntários espíritas. São caravaneiros de todo o Brasil e vários outros países que, em clima de intensa fraternidade, estudam novas metodologias de trabalho, realizam práticas assistenciais e trocam experiências, enriquecendo seus núcleos de atividades.
Ao longo dos seus 55 anos de existência, dinamizando as Campanhas de Fraternidade Auta de Souza, a Concafras-PSE ampliou suas ações para a formação do homem de bem. São várias atividades ligadas a essa caravana de amor e fraternidade que integra o movimento espírita Pátria do Evangelho. Graças ao aperfeiçoamento de trabalhos de assistência e promoção social espírita, deixa um rastro de luz nas cidades por onde passa.
O Tema Central será “E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” – Jesus. (LUCAS, capítulo 6, versículo 46).
A Concafras 2011 será realizada em Rio Verde, no Estado de Goiás, na FESURV – Universidade de Rio Verde, no Campus Administrativo, situado na fazenda Fontes do Saber.
Para participar, basta fazer a inscrição no site www.concafras.com ou entrar em contato com uma das instituições realizadoras: Rio Verde (GO): IAM – Instituto de Assistência a Menores – (64) 3621-0316; IDEAK – Instituto de Difusão Espírita Allan Kardec – (64) 3621-0316; Associação Espírita Chico Xavier – (64) 3612-1414. Campo Verde (MT) e Região: Associação Espírita Lar Maria de Lourdes (66) 3419-1343.

Simpósio sobre “O Livro dos Médiuns”, em Santa Catarina
Em comemoração aos 150 anos de “O Livro dos Médiuns”, a Federação Espírita Catarinense promoveu o Simpósio Catarinense sobre Mediunidade, no Centro de Eventos de Itajaí, (SC), no dia 8 de janeiro. Participaram do evento, das 9h às 20h, perto de dois mil inscritos, de Santa Catarina, de outros estados brasileiros, e, também, da Argen-tina, Uruguai, Paraguai e Reino Unido. O evento foi aberto pelo presidente da FEC, Olenyr Teixeira, e compuseram a mesa de abertura o representante do presidente da FEB e expositor, Antônio César Perri de Carvalho; membro da Comissão Executiva do CEI, Eduardo dos Santos (Uruguai); vice-presidente da FEC, Ricardo Mesquita; coordenadora do Simpósio, Esther Fregossi; presidente da Federação Espírita do Paraná, Francisco Ferraz Batista. Expositores: Divaldo Pereira Franco, Marta Antunes de Moura, José Raul Teixeira, Sandra Della Póla e Suely Caldas Schubert. Houve apresentação do grupo Núcleo Espírita de Arte, de Florianópolis. O evento foi transmitido, ao vivo, pelo Portal da FEC. Informações: www.fec.org.br, www.febnet.org.br

Programa de Rádio “Nova Dimensão”
Com o intuito de levar luz e esclarecimentos, o Programa Nova Dimensão vai ao ar, todos os domingos, das 15 às 16h, em uma emissora de rádio da cidade de Itajobi-SP, Nova 1 FM. O programa traz entrevistas, reflexões e esclarecimentos, observando as dúvidas e os desafios do dia-a-dia.
Confira as edições anteriores do Programa Nova Dimensão, em Rede Amigo Espírita: http://amigoespirita.ning.com/page/nova-dimensao