sexta-feira, 19 de outubro de 2018

A Lição da Bondade - Pai Nosso


Quando Jesus entrou vitoriosamente em Jerusalém, montado num burrico, eis que o povo, alvoroçado, vinha vê-lo e saudá-lo na praça pública.

Muitos supunham que o Mestre seria um dominador igual aos outros e bradavam:

- Glória ao Rei de Israel!...

- Abaixo os romanos!...

- Hosanas ao vencedor!...

- Viva o Filho de David!... Viva o Rei dos Judeus!...

E atapetavam a rua de flores.

Rosas e lírios, palmas coloridas e folhas aromáticas cobriam o chão por onde o Salvador deveria passar.

O Mestre, contudo, sobre o animalzinho cansado, parecia triste e pensativo. Talvez refletisse que a alegria ruidosa do povo não era o tipo de felicidade que ele desejava. Queria ver o povo contente, mas sem ódio e sem revolta, inspirado pelo bem que ajuda a conservação das bênçãos divinas.

O glorificado montador ia, assim, em silêncio, quando linda jovem se destacou da multidão, abeirou-se dele e lhe entregou uma braçada de rosas, exclamando:

— Senhor, ofereço-te estas flores para o Reino de Deus.

O Cristo fixou nela os olhos cheios de luz e indagou:

— Queres realmente servir ao Reino do Céu?

— Oh! sim... — disse a moça, feliz.

— Então — pediu-lhe o Mestre —, ajuda-me a proteger o burrico que me serve, trazendo-lhe um pouco de capim e água fresca.


A jovem atendeu prontamente e começou a compreender que, na edificação do Reino Divino, Jesus espera de nós, acima de tudo, a bondade sincera e fiel do coração.


Meimei/Chico Xavier.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Feliz Dia dos Professores!


Fonte: Diário Espírita

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Zibia Gasparetto retorna à Pátria Espiritual


Hoje, o astral recebe com amor uma de suas representantes na Terra.

Zibia Gasparetto, 92 anos, completou hoje sua missão entre nós e parte para uma nova etapa ao lado de seus guias espirituais, deixando uma legião de fãs, amigos e familiares, que foram tocadas por sua graça, delicadeza e por suas palavras sábias.

Foram mais de 68 anos dedicados ao espiritismo, 58 obras publicadas e mais de 18 milhões de livros vendidos.

Agradecemos de coração a todos que permitiram que seus ensinamentos de luz permeassem e transbordassem em suas vidas.

Esse legado será eterno e os conhecimentos de Zibia sobre as relações humanas e espirituais serão transmitidos por muitas e muitas gerações. Ela segue em paz ao plano espiritual, olhando por todos nós.

Feliz recomeço!

Fonte: página da Zíbia Gasparetto, no Facebook

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Filme sobre Allan Kardec ganha data de lançamento


Após muita espera, foi divulgada a data de lançamento do filme Kardec. Trata-se de 16 de maio de 2019.


A cinebiografia de Allan Kardec foi rodada em Paris e Rio de Janeiro, protagonizada pelo ator Leonardo Medeiros. Kardec é produzido pela Conspiração e distribuição da Sony Pictures, com direção de Wagner de Assis (Nosso Lar).


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Que eu leve… a paz, de leve!


A chamada Oração de São Francisco, também chamada de Oração da Paz, é na verdade um texto surgido pela primeira vez em uma publicação francesa de 1912, e que atribuem essa relação com Francisco de Assis (1182-1226) não apenas pelos ideais ali esposados, mas pelo fato de em 1916 esta oração ter sido impressa em Roma com a foto de Francisco de Assis no verso. Independente da razão, o fato é que esse texto se consolidou como ligado a essa personalidade.

Um texto singelo, convidativo, que traz uma visão de oposição, mas de forma diferente, como um tipo de completude, de forma que diante de várias mazelas do mundo, pedimos a Deus que sejamos a solução, e que pelas nossas mãos se suplante esse mal, mas de uma forma leve, cândida como era o homem de Assis.

Permitam-me explicar um pouco melhor… Quando a oração fala de cada problema da natureza humana: o ódio, a ofensa, a discórdia, a dúvida, o erro, o desespero, a tristeza e as trevas, ela propõe que o mesmo homem seja o instrumento apaziguador, mas que faça isso de forma leve, serena, combatendo o mal com o bem, com as armas próprias dessa visão, convertendo-nos em instrumentos da divindade. O único pedido é que tenhamos essa potencialidade.

Deus age assim também de forma leve, não interventiva. Ao invés de agir de forma abrupta, se utiliza de nós, encarnados, que nos dispomos a isso, para que sejamos o caminho para a construção desse mundo novo, substituindo o ódio pelo amor, em uma visão bem consoante com o nosso livre arbítrio trazido na forma de O Livro dos Espíritos, em uma visão evolutiva, que nos mostra uma estrada que seguimos sem tutela, mas amparados pela providência divina.

O mundo é ruim? Decepcionante? Acreditamos que estaríamos em melhor situação agora? Temos elementos para superar isso em nós mesmos: basta estarmos disponíveis para nos sintonizarmos com a divindade, e sair para semear coisas boas que suplantem essas coisas ruins. Não é um discurso vazio de autoajuda. É entender que o futuro é construído por nós, e que não basta ser bom, nos cabe fazer o bem, como lembra Kardec. Somos todos interdependentes, seres da criação, como relembra a vida de Francisco de Assis.

Jesus também nos lembrou dessas verdades, quando nos citou como Sal da Terra, e Luz do Mundo, cabendo a reflexão que toda essa decepção atual com a humanidade encarnada, capaz de coisas deploráveis, é permeada também de atos maravilhosos gerados pelas mesmas mãos humanas. O mundo já foi pior, e mesmo na noite mais escura, se levantou o sol de Assis para nos iluminar.

Francesco, o bardo de Assis, o Irmão Sol, que nos inspira, um homem que mudou de forma leve a religião predominante em seu tempo, e que hoje pela primeira vez é o título do representante máximo dessa denominação religiosa, foi um contraponto de uma Idade Média de guerras religiosas, ignorância, perseguições e deturpação da mensagem do Cristo. Hoje é lembrado, de forma minimalista, como protetor dos animais.

Seu abandono daquelas roupas velhas – e digo aqui, roupas no sentido espiritual –, não se deu de forma violenta, mas sim pelo exemplo, pelo trabalho e assim ele lançou a semente do resgate dos ideais do cristianismo, do humanismo, distante de um ideário de pompa e de metais preciosos, como exercício da religiosidade.

Outros assim o fizeram. Podemos citar Gandhi (1869-1948), que em um mundo mais próximo da realidade na qual vivemos hoje, soube fazer da mudança política necessária diante do jugo colonizador, algo permeado pela ideia de não violência (A-Himsa), exemplificando que é possível mudar, sem deturpar seus ideais, sem se tornar aquilo que você mais abomina.

Em mais um dia quatro de outubro, no qual se comemora o dia de Francisco de Assis, a sua mensagem – não como apenas o protetor dos animais, mas sim como o gigante que enfrentou a ordem estabelecida com a paz de suas palavras – se faz mais uma vez necessária. Um mundo em ebulição, em mudanças, em conflitos, de extremos e de violência manifesta. Ao que nos convida o Sol de Assis?

Nos convida a um agir de forma leve, buscando levar amor onde houver ódio, e sobre as trevas, fazer a luz. Mas sem com isso deixar de ser amor, de ser luz. Esse é o desafio Franciscano, de nesses tempos difíceis, se fazer ativo na luta do bem, mas não empunhando armas, não combatendo, palavras que por si só contrariam a lógica do Cristo. Mas sim amparando, consolando, orientando e exemplificando. Seguindo as pegadas do Cristo em um mundo de chips e DNAs, mas também de homens e mulheres, com suas lutas interiores, que remontam às mais distantes eras.

Marcus Vinicius de Azevedo Braga


Fonte: Blog da ABPE

A pena de morte na visão Espírita


Você já se perguntou o que seria a pena de morte para a espiritualidade?

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, ressalta que "a pena de morte é um equívoco que um dia desaparecerá e sua supressão assinalará um progresso da Humanidade. Quando os homens estiverem mais esclarecidos, ela será completamente abolida na Terra."

Fato é que matar criminosos não resolve: eles não morrem. Seus corpos descerão à sepultura, mas eles, espíritos imortais, seguirão vivos e ativos, pesando negativamente no ar que respiramos.
E muitos poderão voltar piores do que foram.

O problema da criminalidade alimenta-se do egoísmo social, da exacerbação dos conceitos materialistas de vida, da deseducação e do desamparo das multidões ignorantes e carentes.

Sem que essas causas letais sejam removidas, será inútil e contraproducente o apelo a falsas soluções de violência punitiva, cujo efeito será apenas o agravamento das vinditas e o favorecimento a erros judiciais irreparáveis. Para quem não ama a vida que tem, e odeia os seus semelhantes, a ameaça de morte só faz aguçar-lhe a ferocidade e o desespero.

A função diretiva dos Governos, em todos os níveis de autoridade, não pode ser a de implacáveis carrascos vingadores. Cabem-lhes, sim, as responsabilidades de prevenir e combater o crime, conter e recuperar os criminosos, minorar as carências sociais, provendo educação e assistência para todos. Será ilusão infeliz e criminosa a instituição de um Estado homicida e uma Justiça assassina, para viabilizar a paz social através da crueldade e do desforço.

O “não matarás” continua sendo lei divina, cujo descumprimento trará sempre, inevitavelmente, as mais desastrosas consequências.

E não adianta matar o corpo de um Espírito imortal, que somente o amor legítimo e fraterno pode transformar o bem, a felicidade e a paz.

(Transcrito de “Reformador”, pág. 290, outubro de 1991)