sábado, 28 de abril de 2018

“Nóis é esprito”

por Marcus Vinicius Azevedo Braga


Certa feita, Samuel dirigiu uma peça na casa espírita, na qual interagiam encarnados e desencarnados, e o tom era um tanto cômico, retratando os Espíritos como pessoas, com seus conflitos e as suas confusões. Nada diferente do que se vê no cinema todo dia. Tal representação foi objeto de pesadas críticas do grupo dirigente da instituição espírita, alegando que estavam debochando dos guias espirituais, e a peça foi proscrita.

Essa visão sisuda dos Espíritos desencarnados, como avatares gélidos, oráculos com voz gutural, acima do bem e do mal, anjos modernos, é comum nas falas e nos textos espíritas. Um certo guiismo, perdoem o neologismo emprestado de outro amigo articulista, mas é uma percepção de uma espiritualidade distante da humanidade, angelical, sem sentimentos, infalível. Santos...

Esse caso fictício narrado, bem como outros que colecionamos no que tange à relação com a prática mediúnica, com o teor das mensagens, a sua pertinência, mostra que temos essa herança dos deuses greco-romanos, do judaico-cristão, bem como do afro, de entidades extracorpóreas que regem as nossas vidas, de forma alheia, superior, e que só podem ser objeto de adoração, jamais de contestação ou, ainda, de comédia, posto que estão acima dos Espíritos encarnados, os humanos.

Independente de onde vêm essas ideias em nossa cultura e de como absorvemos isso no Espiritismo, o fato é que Kardec quebrou esse paradigma, e talvez não tenhamos percebido que a doutrina se pauta em outros referenciais, em pressupostos que mudam práticas e escritos decorrentes. Vejamos em alguns trechos da chamada codificação como Kardec se posiciona em relação aos Espíritos desencarnados, como na introdução de O Livro dos Espíritos: “O Espiritismo no-la mostra preenchida pelos seres de todas as ordens do mundo invisível e estes seres não são mais do que os Espíritos dos homens, nos diferentes graus que levam à perfeição”, na qual Kardec se posiciona como fará ao longo dos outros livros, em relação a natureza dos Espíritos.

Tem-se também O Livro dos Médiuns no seu item 19: “No Espiritismo, a questão dos Espíritos é secundária e consecutiva; não constitui o ponto de partida. Este precisamente o erro em que caem muitos adeptos e que, amiúde, os leva a insucesso com certas pessoas. Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens, o verdadeiro ponto de partida é a existência da alma”, bem como o item 49: “4º Os Espíritos não são seres à parte, dentro da criação, mas as almas dos que hão vivido na Terra, ou em outros mundos, e que despiram o invólucro corpóreo; donde se segue que as almas dos homens são Espíritos encarnados e que nós, morrendo, nos tornamos Espíritos”.

O que é o Espiritismo - Cap. 1: “Todos os Espíritos têm a mesma origem e o mesmo destino; as diferenças que os separam não constituem espécies distintas, mas exprimem diversos graus de adiantamento. Os Espíritos não são perfeitos, porque não são mais do que as almas dos homens, que não atingiram também a perfeição; e, pela mesma razão, os homens não são perfeitos por serem encarnações de Espíritos mais ou menos adiantados. O mundo corporal e o mundo espiritual estão em contínuo revezamento; pela morte do corpo, o mundo corporal fornece seu contingente ao espiritual; pelos nascimentos, este alimenta a humanidade”.

Apenas esses trechos são suficientes para exemplificar a visão de Kardec sobre os Espíritos, seres criados por Deus, simples e ignorantes, e que se alternam entre mundos, como encarnados e desencarnados, pelo fenômeno da reencarnação, na busca de crescer e evoluir, sendo a mediunidade apenas a faculdade de abrir portas entre esses mundos. Mas insistimos em buscar santos de pés de barro...

Sim, buscamos Espíritos para saber nosso futuro, resistimos a analisar as comunicações destes (que audácia a nossa), e colocamos estes em um pedestal inatingível e de superioridade, que leva a situações de endeusamento, e até de dependência, na qual a mais simples é a crítica de um roteiro teatral. Queremos guias e não amigos espirituais.

Essa divinização é muito preocupante, em especial no que tange ao uso da razão como guia diante do nebuloso mundo das interações com os desencarnados, e é estranha à ideia essencial do Espiritismo, necessitando uma profunda reflexão (ou uma revolução) de como temos nos posicionado em relação aos Espíritos, e a nossa interação com estes, sendo necessário humanizar estas relações.

O título do presente artigo, para fechar a ideia proposta, é oriundo de um vídeo de internet do Canal Amigos da Luz, que, explorando linguagem menos convencional, tem abordado com seriedade temas espíritas, popularizando estes, e pela sua veia cômica, tem sido objeto de críticas. Um reflexo de como essa negação do paradigma kardequiano traz consequências por vezes inusitadas.

Fonte: O Consolador

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Veja a história curiosa de Meimei, espírito que se manifestava por meio de Chico Xavier

Irma de Castro Rocha, conhecida como Meimei por meio de psicografias, foi um espírito que se manifestava mediante as cartas do líder espírita Chico Xavier. Ela deixou grandes lições de benevolência com o próximo e sua história foi contada em diversas obras mediúnicas. São elas: “Pai Nosso”, “Amizade”, “Palavras do Coração”, “Cartilha do Bem”, “Evangelho em Casa”, “Deus Aguarda” e “Mãe”.

Meimei nasceu na cidade de Mateus Leme, em Minas Gerais, em 22 de outubro de 1922. Seu nome espiritual trata-se de uma expressão familiar adotada por ela e seu marido, Arnaldo Rocha, com quem se casou aos 22 anos. O apelido surgiu a partir da leitura que o casal fez do livro “Momentos em Pequim”, do filósofo chinês Lyn Yutang. No glossário da obra, eles encontram o significado da palavra Meimei – que significa “a noiva bem amada”. A partir deste momento, Rocha chamava Irma pelo apelido, mas ninguém a conhecia por esse nome. Era o segredo daquele casal.

Seu marido dizia que qualquer criança que passasse por Meimei recebia o cumprimento: “Deus te abençoe”. Mesmo sendo católica, ela já demonstrava sinais de mediunidade. Ela tinha um filho imaginário. Quando chegava do trabalho, às vezes ela falava ao esposo: “meu bem, você está sentado em cima de meu princepezinho”. Na época ele pensava que suas visões se tratavam de disfunções psíquicas.

Segundo os relatos de sua vida passada, psicografados por Chico, esses fatos se tratavam dos compromissos na corte de Felipe II, ao lado do marido Fernando Álvares de Toledo – O Duque de Alba. Após dois anos em matrimônio, ela ficou doente por dois meses e desencarnou em Belo Horizonte, em 1º de outubro de 1946.

Após 50 dias do retorno da esposa à Pátria Espiritual, Arnaldo Rocha e seu irmão Orlando (que era espírita), estavam em Belo Horizonte quando encontraram o médium Francisco Cândido Xavier. Segundo Rocha, o que aconteceu o surpreendeu de forma nunca antes vista. “Chico olhou-me e disse: ‘ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio de saudades da querida Meimei…’”. O fato foi intrigante, pois ninguém sabia do apelido Meimei, até então mantido em sigilo.

Logo após abraçá-lo, o médium acrescentou: “Deixe-me ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você guarda na carteira”. Ao olhar a foto, o líder espírita disse: “Nossa querida princesa Meimei quer muito lhe falar!”. Rocha ficou aturdido e curioso sobre o que sua mulher poderia lhe dizer sobre o mundo espiritual. Naquela mesma noite, o médium redigiu a primeira mensagem de Irma ao marido. Meimei ainda é homenageada por diversas casas espiritas até os dias de hoje.

sábado, 21 de abril de 2018

Fé raciocinada – um tanto demodé, mas tão necessária


Por Marcus Vinicius de Azevedo Braga

O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec (Item 253/Cap. XXIII), narra de forma incidental a história de um agricultor que padece com problemas no seu rebanho havia doze anos, e que para a solução buscou mandar rezar missas, fez novenas, buscou exorcismos e ao buscar Kardec, obteve deste uma orientação, oriunda dos espíritos, de forma que o problema era que o gado estava infectado, pois o homem economizava nas medidas preventivas necessárias.

Esse remoto fato não é muito distante do momento atual que passamos. Basta ligar a televisão, e ver que a racionalidade, e no caso especial, a sua derivação trazida por Kardec – a fé raciocinada -, anda em baixa no mercado, no qual pululam soluções mágicas para questões complexas, soluções essas por vezes truculentas, perdidas em guerras de narrativas.

Essas breves linhas visam adentrar no complexo universo da fé raciocinada na seara espírita e apresenta uma singela tese de por que estamos com esse conceito tão desprestigiado, e que ele pode ser um dos caminhos para superação de nossos conflitos.

1 – A racionalidade

A racionalidade é uma forma de se interpretar a realidade, e vem amadurecendo no decorrer da história da humanidade, com impulsos trazidos por diversos pensadores, como Descartes, Hume, Hegel e outros, numa forma de se contrapor a outras formas de interpretação, como a religiosidade, e é inconteste que o avanço dessa racionalidade permitiu à civilização superar doenças e problemas outros que tornavam a vida humana de menor qualidade.

Em uma visão mais psicológica, Gardner[1] no estudo da obra dos psicólogos Paul Slovic (1938-) e Daniel Kahneman (1934-), esse último laureado com o Nobel de Economia em 2002, indica que a nossa mente funciona com dois sistemas.

Um que chamaremos de Razão, que é mais lento, e examina evidências, calcula e pondera, Trabalha com o tempo e com causas, consequências e riscos. Tem suas motivações possíveis de serem traduzidas em palavras.

Um segundo, que chamaremos de emoção, tem percepção rápida, mesclada de medo, de pressentimento e de intuição, e motiva a ação por impulso, não sendo possível traduzir essas motivações em palavras. Um mecanismo de defesa em situações que não se pode pensar, e se precisa agir.

O segundo foi muito útil em nossa trajetória, e ainda é. Ele não explica, simplifica, se relacionando com a ideia de instinto, presente em O Livro dos espíritos, como uma espécie de inteligência para conservação, mas também com a ideia de pensamento mágico.

O pensamento mágico se apresenta por mitos e contos de fadas, como uma forma de dar explicações rápidas para situações apresentadas, nos permitindo ficar seguros[2] em nosso mundo interior. Assim, explicam-se as trovoadas como São Pedro arrumando os móveis, ou se utiliza a história de João e Maria para se apreender a crueldade do mundo, em exemplos de formas de mediar a realidade de acordo com nosso estágio evolutivo.

Essa visão mágica, direta e intuitiva, foi ao longo da história humana sendo acrescida de uma dimensão racional, que explica, compara, pondera e critica. Que não se contenta com essa explicação superficial e busca se aprofundar na raiz, nas forças que levam àquele fenômeno.

Hoje em dia, em que pese a tecnologia, e suas maravilhas a olhos vistos, curiosamente temos sinais de que essa racionalidade anda meio em baixa, por movimentos terraplanistas, negação de vacinas, messianismos e polarizações, que simplificam o complexo, e fazem as decisões apartadas da realidade, e o movimento espírita não está longe desse contexto.

2 – A fé raciocinada

A princípio a ideia de uma fé raciocinada parece contraditória, dado que a fé visa suprir as lacunas, sendo um sentimento interior, misterioso e inexplicável, certamente residente no sistema “emocional” do cérebro.

Nesse sentido, Kardec, ao trazer essa ideia, diferencia em O Evangelho segundo o Espiritismo a fé sentimento, confiança na realização de algo, da fé como crença em dogmas particulares, e daí, nesse sentido, ele adjetiva uma fé de cega, pautada em ilusões, isolando o indivíduo da realidade, de uma fé raciocinada, que teria um caráter libertador, por se valer da força da razão, como mecanismo de interpretação da realidade.

Mas por que algo sintonizado com a realidade tem sido tão mal cotado em nossas fileiras? É fato, é muito mais oneroso aplicar métodos às novas verdades, do que seguir por um caminho mais simplista. Assim como as verdades se vinculam a autoridades e questionar fere poderes, coisas postas, hábitos e seguranças aos quais as pessoas se agarram.

Mas pode-se dizer que o contexto externo, de confronto da racionalidade, dela se tornar um tanto demodé, também afeta ao nosso singelo movimento, que oferta explicações complexas para situações que queremos simples, como um produto semipronto adquirido no supermercado, e que basta colocar no forno micro-ondas.

Não digo que necessitamos abandonar a dimensão simbólica, natural do ser humano (valei-me Carl Gustav Jung), ou mesmo que se proscreva a intuição, mas o que está acontecendo é o oposto, tratando-se da redução da racionalidade como caminho, esquecendo-se, no caso espírita, que essa é uma marca indelével de nossa filosofia, sendo uma bússola que nos orienta e protege.

3 – Assustados, fugimos da realidade.

Vivemos uma época de profusão de tecnologia, o que trouxe uma aproximação das pessoas, na ideia da Aldeia Global[3], e na velocidade de um raio temos acesso ao mundo que alguém se dispõe a nos mostrar. Caem os véus, e isso desnuda a realidade e permite a sua manipulação. Temos mais acesso ao saber, mas isso também causa ansiedade e medo.

Um tempo pós-moderno, no qual tudo se transforma, tudo é um vir-a-ser e isso abala rumos e pressupostos, o que gera perplexidade, medo e abala a confiança, nas estruturas e nas pessoas. Recebemos coisas prontas, mas que não são confiáveis.

Hoje, com a revolução tecnológica invadindo cada espaço, a informação percorre milhas em segundos e o saber que vinha de longe, de boca em boca, perde a sua importância, fazendo com que os fatos já nos cheguem acompanhados da sua explicação. As informações surgem novas a cada segundo, sobre os mais diversos pontos, onde o valor maior desta é a sua estranheza, novidade ou violência. “É como se estivéssemos privados de uma faculdade que nos parecia segura e inalienável. A faculdade de intercambiar experiências[4]

Nesse complexo turbilhão de forças e informações, queremos o pensamento mágico, simplificador, que nos trará a paz pelas narrativas heroicas, explicações fantasiosas, que nos abrigam diante da realidade que não damos conta, como crianças assustadas, que precisam de contos de fadas mediadores.

Aí, destrona-se a racionalidade, abandonando a essência, na busca da aparência, esquecidos que os avanços se dão na realidade. Fugas pelas drogas, pela fantasia, pelo fanatismo, pela idolatria. Fuga de um mundo que quando já entendemos, ele muda.

Conclusão:

O que o espiritismo vem sofrendo com o enfraquecimento da racionalidade pode ter relação com o contexto mundial em que vivemos, de extremismos, de baixa confiança, de aversão a se adentrar na raiz das coisas, quebrando as ilusões.

A fé raciocinada se faz necessária. Mais do que nunca. Como forma de interpretar o mundo e trazer o equilíbrio concreto, na essência das coisas, como método de separação do joio do trigo, como orientação diante desse mundo ciclópico. Junto da fé raciocinada, vem o diálogo, o respeito, a temperança.

O pensamento mágico tem seu papel, e já teve a sua predominância, mas para aplacar o medo nessa escura caverna platônica em que nos aninhamos, cabe-nos largar o espetáculo de sombras e caminhar no sentido de ver o belo dia que desponta lá fora. E o sol é radiante!



[1] GARDNER, Dan. Risco: A ciência política do medo. Rio de Janeiro: Odisséia, 2009.

[2] BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

[3] Aldeia global é um termo criado pelo filósofo canadense Herbert Marshall McLuhan. Ele tinha o objetivo de indicar que as novas tecnologias eletrônicas tendem a encurtar distâncias e o progresso tecnológico tende a reduzir todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia: um mundo em que todos estariam, de certa forma, interligados, conforme https://pt.wikipedia.org/wiki/Aldeia_Global

[4] BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.



Fonte: Blog da ABPE

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Doenças mentais à luz do Espiritismo


MEDICINA E ESPIRITUALIDADE | Dr. Ricardo Di Bernardi

1) O que são e quais são as deficiências mentais?

São significativas dificuldades de desenvolver raciocínios, organizar idéias, manifestar sentimentos ou a aparente impossibilidade de expressar sentimentos e raciocínios. São inúmeras!!! Poderemos detalhar mais adiante.

2) O que são e quais são os transtornos mentais?

Considero que são dificuldades súbitas ou secundárias a outros fatores, de expressar pensamentos e sentimentos. São inúmeros, dependendo da personalidade de cada pessoa, portanto, das peculiaridades de cada indivíduo.

3) Qual a origem destes transtornos sob a ótica da medicina tradicional e sob a ótica espírita?

Não consigo raciocinar nem entender as deficiências mentais ou transtornos sem incluir o raciocínio espírita, mas poderia dizer que surgem quando um indivíduo sente-se agredido por um fator externo o qual bloqueia seu raciocínio ou sua sensibilidade psíquica. É muito comum que um fato tenha ocorrido muitos anos atrás, na infância por exemplo, e um fato novo, muitas vezes simples e sem gravidade, seja associado, até inconscientemente, com fatos anteriores trazendo à tona questões antigas.

Do ponto de vista espiritual, onde e quando se originam?

A origem é sempre espiritual, pois o cérebro não pensa, quem pensa é o espírito. O cérebro retransmite o que pensamos. O cérebro também não produz sentimentos, apenas reproduz sentimentos da alma. Nossos arquivos perispirituais contém registros de inúmeras encarnações que muitas vezes jazem adormecidos a espera do estímulo para serem corrigidos, burilados e reorganizados de forma equilibrada. Todo o raciocínio acima da medicina tradicional é aceito pela visão espírita, apenas é ampliado pelo conhecimento do espírito. E isto vale para todas as questões nesta área.

3) Sob o ponto de vista médico, e espírita quais as causas ou origens das deficiências mentais?

Existem do ponto de vista médico:

1- As que se manifestam pelo encontro de genes do pai e da mãe , genes que trazem determinação para defeitos ou doenças;

2- As que se manifestam por erros na separação ou distribuição de cromossomos no óvulo e ou espermatozóide;

3- As congênitas ou seja as que aparentemente surgem por problemas durante a gestação como provocadas pela rubéola e outras doenças;

4- As que se manifestam por traumas de parto, como por exemplo falta de oxigenação cerebral, determinando paralisia cerebral etc.

5- As adquiridas após o nascimento, ocasionadas por:

a) acidentes graves;

b) infecções que afetam o sistema nervoso central tipo encefalites e outras:

c) desequilíbrios hormonais como doenças da tireóide e outras,

d) intoxicações graves por venenos,

e) Senilidade ou seja envelhecimento do sistema nervoso central.

f) Doenças Degenerativas do cérebro, como Alzheimer. g) Acidentes Vasculares cerebrais, AVC (derrames, tromboses cerebrais ).

g) E muitas outras…

Na visão espírita, o corpo espiritual, (corpo astral, psicossoma, perispírito…) traz, de outras encarnações, alterações energéticas ou desequilíbrios que vibram em uma determinada freqüência e por isto sintonizam, favorecem, ou atraem estas situações de distúrbios mentais. Há, também, situações decorrentes da atual existência, assim: O espírito quando produz, constantemente, pensamentos ou expressa sentimentos de baixo nível ou seja, doentios, estes são veiculados pelo perispírito e manifestam-se no corpo gerando graves problemas e alterações no corpo físico modificando a expressão de idéias, pensamentos e sentimentos…

4) Quais as finalidades ou objetivos espirituais das deficiências físicas e mentais? Débitos? Resgates?

As finalidades são, sempre, gerar benefícios, ou oportunidades de crescimento para o espírito.São conseqüências do automatismo da Lei Perfeita do Universo. Nunca são punições ou castigos. A LEI UNIVERSAL é automática. Deus é onipresente e, portanto, está dentro de nós. Quando o Mestre disse: “Vós sois deuses, Deus está em vós”, quis nos dizer: Deus não é um ser emocional e externo a nós, que tenha uma personalidade mutável… a Lei está escrita na nossa consciência, no nosso espírito. A LEI Universal não pune, não premia, não castiga e não perdoa, simplesmente é a LEI DE AMOR E JUSTIÇA… Como estamos mergulhados na Energia Divina, tudo que pensamos, sentimos ou fazemos retorna para nós, é a Lei de Ação e Reação. Automaticamente, há o retorno como há a liberdade em semear mas a obrigatoriedade (automatismo) da colheita. No entanto, cabe-nos continuar a semear para colher ainda nesta vida melhoras importantes. Isto é o mais importante!

5) Existe alguma deficiência mental e/ou física que não tenha causas espirituais ? Toda deficiência física e mental é decorrente da ação do espírito?

Somos espíritos encarnados, tudo que ocorre no corpo biológico decorre de fragilidades e tendências (que podem ser amenizadas, tratadas ou evitadas) do nosso corpo espiritual as quais, por sua vez, refletem as tendências e fragilidades da essência espiritual. Até mesmo acidentes ocorrem devido a predisposições espirituais do indivíduo. Predisposições não são fatos ou situações que são determinadas, repito, são tendências a serem evitadas ou tratadas. Lembro que podem ser, também, predisposições ou atitudes do espírito tomadas na vida atual.

6) Os transtornos mentais podem surgir subitamente em pessoas maduras?

Aparentemente sim, mas sabemos que os computadores do perispírito trazem não uma determinação mas uma fragilidade ou tendência neste sentido. A manifestação pode ser evitada conforme seu modo de vida ou conforme as atitudes desta pessoa ou poderão não ser evitadas conforme seu modo de agir nesta encarnação…


7) As deficiências e ou transtornos mentais manifestam-se em estágios? É possível alguém ser portador de uma deficiência mental de manifestação tão sutil que permite o ser desfrutar de uma vida normal ? Elas podem ser hereditárias? Podem aparecer em fases da vida, de um momento para o outro? Quais os motivos?

Há uma autoprogramação nos nossos “computadores” perispirituais no sentido de que o indivíduo expresse uma tendência ou dificuldade na época mais adequada para a eliminação do corpo espiritual dessa deficiência… Tudo que fizemos em vidas anteriores está nos nossos arquivos. somos constituídos de trilhões de núcleos de energia. Tudo que somos , inclusive as questões que ainda não superamos constituem-se em registros ou núcleos de energia. Tais núcleos pulsam, irradiam vibrações que partem da profundidade do nosso espírito e atingem nosso corpo. Como continuamos pensando e emitindo sentimentos, estamos refazendo nosso destino e portanto com pensamentos de amor e harmonia neutralizando alguns núcleos, higienizando outros ou mantendo-os, e até estimulando novos registros. Problemas eclodem em certas épocas da vida dependendo das tendências anteriores, e das atitudes atuais. Há também registros que se exteriorizam na faixa etária correspondente a mesma idade que ocorreram no passado. É a nova oportunidade de refazermos o que fizemos de forma equivocada.

8) No âmbito do perispírito, como podemos entender as deficiências físicas e mentais? São sempre provas?

Não , são muitas vezes oportunidades que pedimos pra desenvolver novas habilidades, novas percepções, novas sensibilidades. Um grande missionário entre cegos solicitou que antes deste trabalho pudesse reencarnar como cego para associar todo seu amor e sabedoria a experiência de, também, ter sido cego. Associar teoria, amor, sabedoria e vivência prática.

9) Os processos obsessivos prolongados podem resultar em danos mentais permanentes?

Sim, podem. Lembremos, no entanto, que esta história tem antecedentes. Ninguém está sendo obsediado sem uma longa história anterior que precisa ser detalhada, conhecida , analisada com amor e sabedoria.

10) Explique a síndrome de Down.

Dá um livro bem grande… São espíritos que estão,por amor, tendo uma oportunidade de drenarem algumas deficiências perispirituais para o novo corpo físico. Estão se libertando de deficiências no corpo espiritual através desta drenagem. Cada caso é um caso específico. Seus pais ou afins que convivem, tem um histórico que os une e uma oportunidade de crescimento. Nunca devemos pensar em castigo nem punição esta é uma idéia distorcida e de influência judaico-cristã medieval. Exemplificando na síndrome de Down (= Mongolismo) como o fenômeno ocorre: Um espírito possui lesões no corpo astral , ao sintonizar as suas vibrações com a psicosfera materna, e com o chakra genésico materno, o seu magnetismo perispiritual determina, automaticamente, que a ovulação se faça de forma patológica. O óvulo ao ser formado ao invés de conter 1 cromossomo de cada par, (numero haplóide) levará um dos pares colados (o par número 21 irá em número diplóide) não se separam na meiose, ou seja, no processo em que o óvulo divide cada par em sua metade (daí meio = meiose), seus cromossomos. Antes de ser fecundado, este óvulo é envolvido pelas vibrações do espírito reencarnante refletindo o distúrbio perispiritual. As vibrações do óvulo, que correspondem as vibrações do espírito, atrairá o espermatozóide cujos genes estão na freqüência vibratória do merecimento ou necessidades evolutivas do espírito. Assim se oportuniza sejam drenadas os desequilíbrios energéticos para o corpo físico, visando libertar o corpo astral de campos energéticos ainda não harmonizados.

11) Há sofrimento para o portador de deficiência física ou mental acentuada, que não pode usar o livre arbítrio e é dependente integral de terceiros?

Depende de cada espírito, não se pode generalizar um conceito para todos os casos. Na realidade , o que importa é que está sendo muito beneficiado. Alguns (não todos!) podem estar nesta condição para serem protegidos de grandes equipes de perseguidores espirituais que o deixavam desesperado, outros estão , por amor, se exercitando para outras vidas, outros ainda drenando defeitos do perispírito, e outros se propondo a auxiliar os pais a vencerem dificuldades etc…

12) Os filhos de mães dependentes químicos podem ser afetados em sua gênese fisio-psíquica e apresentarem deficiência mental ao nascer?

Sim.

Ambos estariam entrelaçados por provas e expiações comuns?

Sim.

13) Qual a situação do deficiente mental durante o sono físico? Seu espírito emancipa-se do corpo físico? Ele tem percepção de sua situação atual? Ele goza de lucidez? Mantém a deficiência mental ou liberta-se dela?

É variável. Às vezes é importante que ele fique preso ao corpo biológico para sua proteção dos obsessores, ás vezes se emancipa e retorna a consciência de seus conhecimentos, pois sua passagem aqui é para fins de experiência que solicitou. Às vezes é um espírito violento e , igualmente aos não-deficientes que são violentos, ao se libertar do corpo buscam companhias trevosas. Vejam , depende de cada caso. Não é possível generalizar.

14) Os deficientes mentais comunicam-se com o mundo espiritual?

Sim.

De que forma?

Pela emancipação da alma no sono, pela sintonia e influência dos protetores, pela sintonia e influência dos obsessores.

Como ocorrem suas vivências espirituais e emocionais? Como é a percepção deles destes fenômenos?

Depende de cada caso. Alguns buscam ou são levados durante o sono às colônias de tratamento na espiritualidade, outros guardam percepções de encontros em outras regiões, outros ainda, registram no seu espírito-perispírito e cérebro novas intuições ou estímulos para despertar pensamentos e sentimentos.



15) Ao desencarnar, o deficiente físico ou mental leva consigo, em seu perispírito, a deficiência experimentada na última existência?

A curto prazo, alguns sim, outros não.

A médio e longo prazo depende da mudança do padrão vibratório mental ou seja da natureza do seu pensamento e sentimento.

No seu futuro imediato ou longínquo, todos serão não-deficientes.

16) Uma encarnação é suficiente para curar uma deficiência mental grave?

Depende da mudança íntima do espírito.

17) Como entender a evolução do espírito perante a deficiência física e mental?

Cada indivíduo tem um histórico:

Em alguns, o desequilíbrio, conseqüência do passado, está sendo reequilibrado através da drenagem no corpo físico. É uma oportunidade, dada pela Lei de Amor ,para que o espírito não permaneça no estágio de desequilíbrio;

Para outros é como um momento de repouso mental visando aliviar suas angústias ou seu desespero.

18) Nas famílias onde há portadores de deficiências físicas e mentais, é sempre prova para os pais de filhos portadores ou apenas para o reencarnante?

Geralmente todos ESTÃO envolvidos por um passado em comum. Lembro que este envolvimento pode ser, também, por amor, ou por se oferecerem pra auxiliar, mas não há o “acaso” simplesmente.

19) Como podemos entender o caso de uma pessoa normal, que manifesta uma deficiência mental após ser vítima de um acidente, e fica tolhida do uso de seu livre arbítrio, já na idade adulta? Isto também é prova?

Já havia nos arquivos do seu corpo espiritual regiões em desarmonia que não foram trabalhadas e, permanecendo em baixa vibração, atraíram ou sintonizaram fatores ambientais que levaram ao acidente. Trata-se de uma conseqüência. Sempre será um aprendizado.

20) O espírito que reencarnará com deficiência mental recebe antecipadamente auxílio daqueles que serão seus pais?

Alguns sim, se os pais tem condições.

Outros tem pais que não possuem equilíbrio ou condições para tal, os protetores espirituais fazem este trabalho.

21) Quais os aspectos do tratamento e da conduta do indivíduo que merecem maior ênfase, no caso dos transtornos mentais?

Disposição, na sua essência, para Reforma Íntima.



22) Existe algum processo fisiopsíquico que permita a restauração do psicossoma de um deficiente mental? Como funcionaria?

Sim. Há casos de desencarnados que tratamos nas nossas sessões espíritas. Iniciamos esta restauração (tive a ousadia de criar o verbete perispiritoplastia para este processo). A maioria deles continua o processo nos hospitais da espiritualidade.

Funciona pela impregnação perispiritual no enfermo de energias dos presentes, ectoplasma, energias da natureza e auxílio dos mentores espirituais.Não é infalível, não depende só de nós, sobretudo depende da fruta estar madura para ser colhida. Mas é preciso existir quem possa colhê-la.

23) Quais as terapêuticas médica e espiritual indicada para o caso das deficiências mentais? E para os transtornos mentais?

Depende do cada tipo, melhor é associar várias frentes ou tratamento multidisciplinar com o espiritual.
Psicológico (espírita melhor ainda)
Médico Homeopático
Médico Clínico
Médico Psiquiátrico
Sessões de Desobsessão
Tratamento e apoio aos familiares
Serviço Social de Caso e de Grupo com Assistente social.
Educação
Educação Espírita
Reunião Semanal de Harmonização no Lar

24) A terapêutica do passe pode auxiliar no tratamento de cura das deficiências mentais? E no caso dos transtornos mentais?

Sim, a transfusão de energias pode auxiliar em qualquer situação. Como sempre, depende de sintonia, ambiente adequado, conhecimento melhor do problema e dedicação.

25) Quais as recomendações práticas, ao paciente e aos familiares, para lidar com as deficiências físicas e mentais e com os transtornos mentais?

Daria um livro bem grande… Resumindo: AMOR.

26) Qual a importância da convivência social para os portadores de deficiências mentais e transtornos mentais? (educação escolar, trabalho, esporte, etc.)

Aprendizado constante, exercício constante, renovação constante, oportunidade constante.

27) A Casa Espírita, através da Doutrina Espírita poderia evangelizar os portadores de deficiência e/ou transtorno mentais?

Sim, porém, com trabalhos adequados e especializados.


Espero que aproveitem as elucidações dadas com sabedoria e grande discernimento pelo
Dr. Ricardo Di Bernardi, médico homeopata, residente em Florianópolis – Sta. Catarina.

18 de abril – Dia do Espiritismo


Foi numa manhã de 18 de abril que, na Galeria D’Orleans, na bela Paris, França, o honorável Allan Kardec levou a público a obra basilar da Doutrina Espírita – “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” – e, de certa forma, oficializou o Espiritismo, o que resulta considerarmos esta data simbolicamente como o dia oficial de aniversário da nossa amada Doutrina..

Aqui no Brasil, 18 de abril é legitimamente declarado “Dia Nacional do Espiritismo”, conforme Decreto Lei 291/2007, de autoria da Deputada Federal pelo Ceará, Gorete Pereira, aprovada em 2007, por ocasião das comemorações do sesquicentenário de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” e, por conseguinte, do Espiritismo. No ensejo de mais um aniversário, convém uma reflexão: a respeito de o quanto o Espiritismo tem contribuído para o desenvolvimento da Humanidade.

O Espiritismo é a terceira revelação divina recebida pelos homens, de acordo com a promessa de Jesus no Evangelho de João: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco.” (14:16).

Sua missão é guiar os homens à Verdade, restabelecendo o ensino do Cristo em sua pureza primitiva e abrindo novos horizontes à compreensão humana da vida: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a Verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.” (16:12, 13 e 14).

terça-feira, 17 de abril de 2018

Antes de reencarnar, escolhemos nossa família?


Antes de encarnar, todos nós obrigatoriamente escolhemos nossos pais e irmãos? Ou podemos nascer em uma família com integrantes com os quais nunca convivemos, em vida alguma?

A reencarnação é um processo complexo. Suas variáveis decorrem do nível espiritual de cada um, levando em conta as necessidades de aprendizagem não só do espírito que volta, mas também das pessoas com as quais ele irá conviver nesse período. Quando o espírito possui mais conhecimento, pode ajudar a programar sua próxima encarnação – mas sempre com a supervisão dos espíritos superiores.

Algumas vezes, ele pretende desenvolver algum lado seu que esteja dificultando seu progresso. Então, lhe é facultado reencarnar no meio de pessoas comas quais nunca tenha se relacionado antes, a fim de trocar conhecimento. Ao reencarnar, o espírito sabe que esquecerá do passado e sente-se inseguro com isso. Natural que queira ter, como pais, pessoas amigas de outras vidas, figuras nas quais confia. Mas é bom saber que isso só será possível se elas aceitarem a responsabilidade e se essa união favorecer o processo.

Reencarnar com pessoas com as quais o espírito tem afinidade é sempre muito bom, pois permite que, juntos, eles possam apoiar-se mutuamente e progredir. Tal oportunidade não é concedida a espírito que tenha prejudicado pessoas ou criado inimizades em outras vidas. Em casos assim, a reencarnação é compulsória e quase sempre ele terá de conviver na mesma família, exatamente em meio às pessoas com as quais se desentendeu.

É uma chance que a vida oferece para que ele conheça um pouco melhor seus desafetos e modifique sua maneira de se relacionar com eles. Então, os laços de parentesco servem, a princípio, para suavizar o confronto. A mesma oportunidade é dada aos espíritos que, apesar de terem feito muitos inimigos no passado, se arrependem.

Sentem remorso e necessidade de reparar seus erros. Aí, recebem a chance de programar, com o auxílio dos mentores, a reencarnação junto dos seus inimigos. Portanto, há, ainda no astral, um trabalho de aproximação entre eles, feito pelos por espíritos superiores, para que se entendam e concordem em se relacionar de novo na Terra.

Às vezes, leva muito tempo para que eles aceitem e estejam prontos para essa nova encarnação. E, ainda assim, quando tudo está bem entre eles, podem surgir dificuldades práticas na concretização do projeto.

Em certos casos, a rejeição energética da futura mãe é tão grande que acaba se tornando uma gravidez de risco, que não chega a bom termo, sendo necessárias várias tentativas. Nesse caso, atuam também as energias do espírito reencarnante que, embora queira aproximar-se daquelas pessoas, reage instintivamente ao contato energético, que se torna insuportável para ele.
Pode acontecer que as pessoas com as quais o espírito se desentendeu no passado já a tenham perdoado – e aí elas estão livres, podendo seguir adiante sem precisar recebê-lo na família. Numa situação assim, pode reencarnar em meio a desconhecidos que precisem de ajuda. Ao ajudá-las, ele irá se libertar do remorso.

Quando o espírito progride, a noção da própria maldade lhe faz mal. Só poderá seguir adiante se conseguir livrar-se dela. Pois ninguém é vítima. Todos somos responsáveis pelas nossas escolhas. O respeito às leis cósmicas é fundamental para que nosso espírito prossiga na conquista do bem. Agir com inteligência é evitar sofrimento.

domingo, 15 de abril de 2018

Como cuidar dos doentes próximos do desencarne


Regis Mesquita – Blog Nascer Várias Vezes


A jornada na Terra sempre chega ao fim. Algumas vezes é necessário que o processo da velhice, doença e morte seja acompanhada de perto por alguém. Esta pessoa pode ser você, que terá a responsabilidade de garantir o respeito, a dignidade e o conforto físico de seu parente amado.

Acredito eu que não exista gesto mais nobre de amor. Tenho a certeza que também não existe momento mais oportuno para o aprendizado e para a vivência espiritual.

Muitas pessoas sentem-se desconfortáveis frente à morte. Mas, acredite, para o espírito é um momento belo e grandioso. Este texto tem a missão de desmistificar a morte, facilitar sua vida ao lado da pessoa que se prepara para partir e te ajudar a viver plenamente o amor que existe dentro de você (sem medo e sem receio).

Se este texto for útil para você, será para outras pessoas. Portanto, te convido a divulgar o link deste texto.


"A separação da alma e do corpo é dolorosa?
— Não; o corpo, frequentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que às vezes se provam no momento da morte são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio.


No momento da morte, a alma tem, às vezes, uma aspiração ou êxtase, que lhe faz entrever o mundo para o qual regressa?
— A alma sente, muitas vezes, que se quebram os liames que a prendem ao corpo, e então emprega todos os seus esforços para os romper de uma vez. Já parcialmente separada da matéria, vê o futuro desenrolar-se ante ela e goza por antecipação do estado de Espírito."

Allan Kardec - "O Livro dos Espíritos"


Ajudar alguém nos últimos meses ou anos é uma das maiores responsabilidades que alguém pode ter. Sob certos aspectos é bem mais difícil que criar uma criança. A criança coleciona conquistas, o idoso ou o doente coleciona dificuldades. Mas, porém, virão conquistas; conquistas para o espírito e para o amadurecimento pessoal. Nesta fase os grandes ganhos não são exteriores, são interiores.
Tenha claro esta realidade: há muito aprendizado nos últimos anos de vida. 

E mais, são alguns dos aprendizados mais importantes para o futuro do espírito.
Uma criança nasce e aprende a falar e a andar. São ganhos que parecem grandes, mas que se perdem com o falecimento. Já os aprendizados dos últimos anos são realmente centrais para o espírito. Por exemplo: uma pessoa muito orgulhosa, ao se ver necessitada de ajuda, descobriu na humildade a paz que lhe faltou por toda a vida. Ela dizia: "Meu Deus, porque não aprendi a viver assim antes?" Não aprendeu antes, mas aprendeu quando as limitações físicas se fizeram mais fortes.

Alguém poderia dizer; "antes tarde do que nunca". Quem conhece a vida espiritual sabe que NUNCA é tarde para esta transformação positiva. Esta transformação será muito importante por décadas e séculos. 
Por isto, não fique tão triste com as perdas que acompanham a velhice e as doenças. São oportunidades únicas. São oportunidades importantíssimas.

Primeiro porque "tira de cima da pessoa" o peso da sociedade. A sociedade é uma prisão brutal para grande parte das pessoas. Somos orgulhosos, esta é a verdade. São raríssimos os seres humanos que não são orgulhosos. A doença e as limitações da idade jogam por terra grande parte das vaidades, orgulho e desejo de ser aceito (os místicos dizem: tudo desaba). É um choque que coloca o ego da pessoa lá embaixo; algumas até deprimem. Mas, a queda do ego é a porta aberta para a emersão do que é realmente importante para o espírito.

São bilhões de pessoas que tem na velhice e nas doenças as últimas oportunidades para realizar seu progresso espiritual.
Importante: aprenda a olhar para a pessoa amada como um espírito que dá os últimos passos e que tem as últimas oportunidades de realizar conquistas nesta vida (nesta encarnação).

O corpo perde, mas o espírito pode ganhar. O corpo vai finalizar, mas a vida espiritual ainda é longa. Por isto, tranquilize-se com as perdas. Tenha serenidade para acompanhar estas perdas. Cuide com carinho, mas treine-se para o desligamento. Aceite cada passo que a natureza der; traga conforto e use sempre um diálogo espiritualizado para facilitar o entendimento e a superação das dificuldades.

Treine com a mensagem de Jesus: "seja feita a Sua vontade". Nada é perda, tudo é transformação. Tenha paciência, porque você é apenas alguém que acompanha uma trajetória que é muito pessoal e especial - a trajetória do seu ente querido até a libertação do corpo.

Veja a morte como saudade para quem fica e liberdade para quem vai. É uma libertação, porque chegará um momento em que os aprendizados serão pequenos; este é o momento de voltar para a vida espiritual.


segunda-feira, 2 de abril de 2018

Chico Xavier - Curiosidades


Nascido em Pedro Leopoldo-MG, em 02 de abril de 1910, Chico Xavier foi batizado com o nome de Francisco de Paula Cândido, em homenagem ao santo do dia de seu nascimento.

Em 1966, mudou, oficialmente, seu nome para Francisco Cândido Xavier quando chegou da sua segunda viagem aos Estados Unidos.

Escreveu mais de quatrocentos livros, mas nunca admitiu ser o autor de nenhuma obra, pois insistia reproduzir apenas o que os espíritos ditavam. Nunca aceitou o dinheiro lucrado com a venda de seus livros, doando os direitos autorais para a FEB – Federação Espírita Brasileira.

Parnaso de Além-Túmulo, o seu primeiro livro com 256 poemas atribuídos a poetas mortos, foi publicado, pela primeira vez, em 1932.

Psicografou mais de quatrocentos livros. Vendeu mais de cinquenta milhões de exemplares em português, com traduções em inglês, espanhol, esperanto, francês, alemão, italiano, russo, mandarim, romeno, sueco, grego, húngaro, braile, e etc..

Psicografou cerca de dez mil cartas “de mortos para suas famílias”, nunca tendo cobrado por isso. As cartas eram tidas como psicografias autênticas pelos familiares e algumas chegaram a ser aceitas como provas em casos de julgamentos jurídicos.

Sua entrevista, ao vivo, cedida ao programa Pinga-Fogo da TV Tupi, em 28 de julho de 1971, conseguiu a maior audiência da história da TV brasileira.
Ao longo de sua vida, Chico Xavier recebeu o titulo de cidadania em aproximadamente 80 cidades brasileiras;

Foi homenageado em filmes e documentários como: “Chico Xavier – O Filme”, “As Mães de Chico Xavier” e “100 Anos com Chico Xavier – Gratidão e Homenagem”;

Cantores como Roberto Carlos, Gilberto Gil, Fábio Júnior, Moacir Franco, Nando Cordel, Vanusa e Lucas e Luan, compuseram músicas em sua homenagem

Em 1981 foi indicado para o Premio Nobel da Paz;

Em 1999, o Governo de Minas Gerais instituiu a “Comenda da Paz Chico Xavier”, lei do Deputado Estadual Paulo Piau, atual prefeito de Uberaba-MG – condecoração que é outorgada anualmente a pessoas físicas ou jurídicas que trabalham pela paz e pelo bem estar social;

Em 2000, Chico Xavier foi eleito o “Mineiro do século XX”; por um concurso popular realizado pela Rede Globo de Minas Gerais, tendo vencido com 704.030 votos;

Após Chico Xavier falecer, a casa onde ele morou entre 1948 e 1959 e a casa em que ele morou entre 1959 e 2002 foram transformadas em museus sem fins lucrativos, em referência a sua vida e obra, e o interior da Fazenda Modelo de Pedro Leopoldo, local onde ele trabalhou como datilógrafo entre 1930 e o final dos anos 50, também foi transformado em um memorial em sua homenagem;

Em 2006, em uma votação popular promovida pela Revista Época, Chico foi eleito o “O Maior Brasileiro da História“;

Em 2009, a Lei nº 12.065 deu o nome “Chico Xavier” ao trecho da rodovia BR 050, entre a divisa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais e a divisa dos municípios de Uberaba e Uberlândia;

Em 2010, o Correio Brasileiro lançou o selo e o cartão postal comemorativo em homenagem ao centenário do médium. No mesmo ano, a Casa da Moeda do Brasil lançou a “Medalha Comemorativa do Centenário de Chico Xavier”;

Em 2 de abril de 2010, data em que Chico completaria 100 anos, estreou, nos cinemas, “Chico Xavier – O Filme”, baseado na biografia “As Vidas de Chico Xavier”, do jornalista Marcel Souto Maior, dirigido e produzido pelo cineasta Daniel Filho. Nesse filme, Chico Xavier é retratado pelos atores Matheus Costa, Ângelo Antônio e Nelson Xavier, respectivamente, em três fases de sua vida: de 1918 a 1922 – 1931 a 1959 e 1969 a 1975. O filme alcançou a marca de mais de 3,5 milhões de espectadores nos cinemas;

Em Outubro de 2012, no programa “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos”, transmitido pelo SBT, Chico foi eleito, por voto popular, como “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos“. Na semifinal do programa, disputou com Ayrton Senna, venceu com 63,8% dos votos. Na final do programa, Chico disputou com Santos Dumont e Princesa Isabel, vencendo com 71,4% dos votos. Esse programa foi ao vivo e o repórter Saulo Gomes foi quem defendeu Chico, com embaixador nomeado pelo SBT.

Em 2012, recebeu homenagem póstuma do Sport Club Corinthians Paulista – como torcedor nº 000326 – Semper Fidelis.

Chico Xavier desencarnou, em Uberaba, em 30 de junho de 2002, com 92 anos de idade.

O Memorial Chico Xavier é uma obra construída pelo Instituto Chico Xavier e a Prefeitura de Uberaba-MG, em homenagem a Chico Xavier, para que sua história seja perpetuada.

2 de Abril, Aniversário de Chico Xavier


Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, nasceu em Pedro Leopoldo, interior de Minas Gerais, no dia 2 de Abril de 1910 numa família humilde.

Foi um dos mais conhecidos espíritas do Brasil.

Foi educado na fé católica, mas teve seu primeiro contato com os Espíritos desencarnados aos 4 anos de idade.

Sua mãe desencarnou quando ele tinha 5 anos de idade.

O pai, sem ter condições de criar os 9 filhos, os distribuiu entre os familiares.

Chico ficou por 2 anos na casa da madrinha Rita de Cássia que logo se mostrou cruel ao aplicar-lhe torturas terríveis.

O espírito da mãe desencarnada aparecia para ele e recomendava "paciência, resignação e fé em Jesus".

O pai casou-se novamente e a madrasta Cidália exigiu reunir os 9 irmãos. O casal teve mais 6 filhos. Chico começou a vender legumes da horta da casa para ajudar na despesa.

Chico era motivo de chacota na escola por ver e falar com espíritos. O pai pensou em interná-lo, mas o padre Scarzelli disse que era apenas "fantasias de menino". Aconselhou que ele começasse a trabalhar. Então, ingressou como operário em uma fábrica de tecidos, onde foi submetido à rigorosa disciplina do trabalho fabril, que lhe deixou sequelas para o resto da vida; depois foi servente de cozinha no bar de Claudovino Rocha; caixeiro no armazém de Felizardo Sobrinho e aposentou como inspetor agrícola na Fazenda Modelo, onde trabalhou de 1930 até ao final dos anos 1950. Hoje, a Fazenda Modelo tornou-se o Espaço Cultural Chico Xavier.

Em 1924 terminou o curso primário e nunca mais voltou a estudar.

Quando ele estava com 17 anos sua madrasta desencarnou e ele começou a estudar o Espiritismo.

Sofria com doença complexa nas vistas: o deslocamento do cristalino e estrabismo. Sofreu crises de angina e dois enfartes.

Em 1931 teve o primeiro contato com Emmanuel e publicou o primeiro livro "Parnaso de Além Túmulo".

Psicografou mais de quatrocentos livros, e nunca admitiu ser o autor de nenhuma obra. Pois insistia dizer que reproduzia o que os espíritos ditavam.

Nunca aceitou o dinheiro lucrado com a venda de seus livros, doando os direitos autorais para instituições espíritas: creches, orfanatos e outros. A venda dos livros ajudava e ainda ajuda pessoas necessitadas.

Viveu sempre de sua modesta aposentadoria. O seu nome foi muito conhecido no Brasil, por sua humanidade e assistência ao próximo sem cobrar nada.

Psicografou cartas de desencarnados que consolaram muitos corações, principalmente os das mães. 

Chico dizia que gostaria de desencarnar no dia em que o povo brasileiro estivesse feliz. Seu pedido foi atendido. Ele desencarnou em 2002 já com 92 anos de idade no dia em que o Brasil ganhou a Copa do Mundo. Merecimento por tantos anos de dedicação a causa espírita cristã. Pensou até o último instante na dor alheia e mostrou mais um ato de humildade. Não queria a atenção só para si. 

Em Outubro de 2012, no programa O Maior Brasileiro de Todos os Tempos, transmitido pelo SBT, Chico foi eleito, por voto popular, como "O maior brasileiro de todos os tempos". 

Só nos resta agradecer a Deus por ter proporcionado o privilégio de ter este Espírito de grande evolução entre nós. E presentear o Chico lendo e estudando os livros por ele psicografados. Obrigada, Chico, pelo seu amor, exemplo cristão e dedicação a causa do Cristo.