sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Fraternidade



 “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.” – Jesus. (João, 13:35.)

Desde a vitória de Constantino, que descerrou ao mundo cristão as portas da hegemonia política, temos ensaiado diversas experiências para demonstrar na Terra a nossa condição de discípulos de Jesus.
Organizamos concílios célebres, formulando atrevidas conclusões acerca da natureza de Deus e da Alma, do Universo e da Vida.
Incentivamos guerras arrasadoras que implantaram a miséria e o terror naqueles que não podiam crer pelo diapasão da nossa fé.
Disputamos o sepulcro do Divino Mestre, brandindo a espada mortífera e ateando o fogo devorador.
Criamos comendas e cargos religiosos, distribuindo o veneno e manejando o punhal.
Acendemos fogueiras e erigimos cadafalsos, inventamos suplícios e construímos prisões para quantos discordassem dos nossos pontos de vista.
Estimulamos insurreições que operaram o embate de irmãos contra irmãos, em nome do Senhor que testemunhou na cruz o devotamento à Humanidade inteira.
Edificamos palácios e basílicas, famosos pela suntuosidade e beleza, pretendendo reverenciar-lhe a memória, esquecidos  de  que ele, em verdade, não possuía uma pedra onde repousar a cabeça.
E, ainda hoje, alimentamos a separação e a discórdia, erguendo trincheiras de incompreensão e animosidade, uns contra os outros, nos variados setores da interpretação.
Entretanto, a palavra do Cristo é insofismável.
Não nos faremos titulares da Boa Nova simplesmente através das atitudes exteriores.
Precisamos, sim, da cultura que aprimora a inteligência, da justiça que sustenta a ordem, do progresso material que enriquece o trabalho e de assembleias que favoreçam o estudo; no entanto, toda a movimentação humana, sem a luz do amor, pode perder-se nas sombras.
Seremos admitidos ao aprendizado do Evangelho, cultivando o Reino de Deus que começa na vida íntima.
Estendamos, assim, a fraternidade pura e simples, amparando-nos mutuamente... Fraternidade que trabalha e ajuda, compreende e perdoa, entre a humildade e o serviço que asseguram a vitória do bem. Atendamo-la, onde estivermos, recordando a palavra do Senhor que afirmou com clareza e segurança: - "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros."

Do cap. 15 do livro Fonte Viva, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Paulo de Tarso e as tribulações



Causou-nos surpresa a carta de um leitor desta revista*, publicada na edição passada, na qual o missivista disse estranhar o porquê de tanto sofrimento e de tanto trabalho para que alguém chegue à purificação espiritual.
Foi-lhe dito, em resposta, que em um planeta como o nosso, cujos habitantes estão ainda sujeitos ao regime de provas e/ou expiações, é natural que encontremos em todos os lugares o sofrimento, a dor e a dificuldade; contudo, nada disso é realmente indispensável na caminhada que nos levará à perfeição. As provas, os desafios, os obstáculos existirão sempre, porque fazem parte do processo evolutivo; mas a dor e o sofrimento surgem em nossa vida como medidas corretivas cujo objetivo é avisar-nos de que nos encontramos em um rumo equivocado que não nos levará à meta para a qual fomos criados.
Em sua epístola aos Romanos, Paulo escreveu: "Também nos gloriamos nas tribulações" (Romanos, 5:3).
Essa frase do apóstolo da gentilidade mereceu de Emmanuel interessantes considerações que o leitor pode ler no cap. 142 do livro Vinha de Luz, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Muitas pessoas recordam Paulo fixando-se tão-somente no seu encontro com Jesus, às portas de Damasco, mas se esquecem do esforço hercúleo que ele teve de realizar para vencer as vicissitudes e tentações inúmeras e, por fim, regressar redimido às esferas mais altas da vida.
Nas cartas paulinas encontramos inúmeras referências feitas pelo grande apóstolo às lutas e às dilacerações do caminho, nas quais se evidenciam as estações educativas e restauradoras, entre o primeiro clarão da fé e o supremo testemunho.
Prisão, açoites, pedradas, desesperanças, serviço áspero e contínua renunciação – eis os recursos que outorgaram ao notável pregador o passaporte para um novo estágio evolutivo.
A tribulação produz fortaleza e paciência.
Ninguém encontra o tesouro da experiência no pântano da ociosidade.
É preciso acordar com o dia, seguindo-lhe o curso brilhante de serviço, nas oportunidades de trabalho que ele nos descortina.
A existência terrestre é passagem para a luz eterna.
As quatro últimas frases acima colocadas são de Emmanuel, que também nos adverte, com toda a clareza, que prosseguir com o Cristo é acompanhar-lhe as pegadas, evitando desvios insidiosos, e que o grande serviço de preparação tem de iniciar-se na maravilhosa e desconhecida "terra de nós mesmos".

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Saber regenerar


MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Brasília, DF (Brasil)  
 


A classificação apresentada por Allan Kardec em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, acerca dos mundos habitados, nos apresenta as facetas coletivas, agregadas ao processo de evolução, destacando, entre outras características, que no mundo de regeneração predomina a ideia do bem. Mas, para desejar, é preciso ter uma ideia do que é esse bem. Amadurecer a ideia do bem é parte do avanço da humanidade... Trabalhar a consciência do que se deseja como mundo de regeneração faz parte do ingresso de entrada nesse novo contexto.
Ainda que a evolução seja um continuum, como a vida encarnada, ela tem ciclos, momentos de transição em que esse processo atinge ápices. Apesar dessas demarcações, a nossa percepção da melhora por vezes é prejudicada, por se fazer de forma isolada, descontextualizada.
Assustamo-nos, boquiabertos, com os espetáculos de violência, tão temidos pelas gerações atuais. Passam despercebidos os avanços ocorridos no campo da extinção do preconceito e da escravidão, os progressos na promoção da equidade e do respeito e, ainda, a valorização crescente do conhecimento e dos direitos. Falamos do individualismo, esquecendo este como uma consequência da autonomia de determinados grupos, que acabam por precisar menos do próximo, o que gera a oportunidade do aprendizado de amar sem precisar do outro.
O predomínio do bem será denotado pela prevalência do diálogo, da valorização da liberdade e da igualdade associadas à ideia de fraternidade, e ainda, da reconceituação do prazer. Sim, o prazer precisa ser revisto no contexto de uma época de regeneração, como instrumento de progresso, proscrito em outras épocas, mas necessário, como força a ser educada no processo de evolução do Espírito encarnado. Para entender o bem, é preciso entender o conceito de bom, do que valorizamos como coletividade e quais serão esses valores em um contexto de transição.
O prazer valorizado como produto, como objeto de troca e opressão nos jogos de poder, causa tristeza e vício. Como disfunção que mistura o prazer com a dor, em um engano fantasiado de glória, pelo consumo superficial de coisas e pessoas, em um vórtice insaciável, mais focado na opinião dos outros do que na comunhão de almas. Transformado em mercadoria, o prazer se sobrepõe ao diálogo e ao convívio, elementos essenciais na relação de amor com o próximo, ideia já asseverada por Jesus.
Na regeneração, é preciso transcender o conceito de prazer, agregar ao seu significado consensuado à visão da confiança mútua, do respeito e da riqueza dos sentimentos, para ser um prazer para mais além. O prazer, entendido de forma unânime como uma coisa boa, demanda comedimento para não se converter em fonte de decepção e sofrimento, passando de benefício a instância de resgate.
A luta pelo prazer, como desejo individualista, desconsidera as potencialidades desse instrumento valioso para o crescimento do Espírito, bem como a importância do gozo dos bons momentos que importam não só pelo “o que fazemos” e sim pelo “como fazemos” e “com quem fazemos”. O prazer sem pensar no outro, nas consequências e nas interações é raso e nos empurra ao ciclo interminável de busca pelo prazer, qualificado pela quantidade.
A regeneração demanda reflexão, uma visão integrada e global que nos permita enxergar traços de onde queremos chegar na jornada do Espírito encarnado e, ainda, avaliar as potencialidades das situações presentes e como aproveitá-las nessa caminhada. Exemplificado por uma breve análise do prazer neste artigo, fica claro que outros sentimentos trazem em si o gérmen de construção de um mundo melhor, necessitando de reflexão sobre as disfunções de que eles têm sido vítimas, na visão de que regenerar é melhorar, é uma arte, diante dos desafios do mundo real.

Nota do Autor:
Este artigo é uma síntese autoral das discussões realizadas nas oficinas com jovens, conduzidas por Alberto Almeida (PA) e Janine Mattar/Frederico Pifano (ES) no âmbito do 2° Congresso Espírita do Distrito Federal, realizado este ano em Brasília-DF.


Fonte: http://www.oconsolador.com.br/ano6/274/marcus_braga.html

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Experiência e treinamento



 •  Postado por Redação
Os Espíritos que desde o princípio seguem o caminho do bem nem por isso são Espíritos perfeitos. Não têm, é certo, maus pendores, mas precisam adquirir a experiência e os conhecimentos indispensáveis para alcançar a perfeição. Podemos compará-los a crianças que, seja qual for a bondade de seus instintos naturais, necessitam de se desenvolver e esclarecer e que não passam, sem transição, da infância à madureza. Simplesmente, assim como há homens que são bons e outros que são maus desde a infância, também há Espíritos que são bons ou maus desde a origem, com a diferença capital de que a criança tem instintos já inteiramente formados, enquanto que o Espíritos, ao formar-se, não é nem bom, nem mau; tem todas as tendências e toma uma ou outra direção, por efeito do seu livre-arbítrio. (L.E. 127)1
Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito? Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência. (L.E. 171)1
Na Terra, os homens são desigualmente adiantados. Uns já dispõem da experiência que a outros falta, mas que adquirirão pouco a pouco. Deles depende o acelerar-se-lhes o progresso ou retardar-se indefinidamente. (L.E. 195)1
Pode dar-se que uma criança que morreu em tenra idade seja um Espírito muito mais adiantado que o de um adulto, se já adquiriu maior soma de experiência em outras existências. (L.E. 197)1
O Espírito, em sua origem, é simples, ignorante e carecido de experiência. Deus lhe supre a inexperiência, trançando-lhe o caminho que deve seguir. À medida que o seu livre-arbítrio se desenvolve, senhor de proceder à escolha, é que muitas vezes lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons Espíritos. (L.E. 262)1
O homem aproveita a experiência de vidas passadas pela intuição, sendo as nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado. E a nossa consciência, que é o desejo que experimentamos de não reincidir nas faltas já cometidas, nos concita à resistência àqueles pensadores. (L.E. 393)1
O Espírito que reencarna para desempenhar determinada missão não tem apreensões idênticas às de outro que o faz por provação porque traz a experiência adquirida. (L.E. 580)1
Somos hoje o resultado de nossas experiências pretéritas, tanto quanto seremos amanhã o seguimento do presente.
O momento que passa é de treinamento para nos tornarmos mais aptos a viver em harmonia com as leis do Criador, que regem o Universo e a Vida.
Os ensinamentos de Jesus representam o roteiro a seguir.
Cada exercício na direção do bem nos habilita a alcançar as virtudes que ainda não temos.
Daí a importância de adequarmos nosso centro de interesses em função do contínuo aprimoramento espiritual e moral.
A reforma íntima é um esforço no sentido de exercitar os princípios cristãos na direção desse ideal a ser atingido por todos.
O treino dos bons sentimentos, no dia a dia, a cada momento, é de fundamental importância.
No curso do tempo vamos nos tornando mais experientes no aspecto evolutivo, ainda que experimentados pelo sofrimento.
A força de vontade no cultivo da humildade e da caridade material e moral representa paz de espírito para quem se esforça de verdade.
Treinamento e experiência no autocombate às tendências voltadas para o orgulho, o egoísmo e o materialismo é investimento na direção de um futuro mais feliz, para o homem e para a humanidade.

1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

COMO VIVER BEM e TER TRANQUILIDADE




 acaso 

1. Comece o dia na luz da Oração.
O amor de Deus nunca falha.
2. Aceite qualquer dificuldade sem discutir.
Hoje é o tempo de fazer o melhor.
3. Trabalhe com alegria.
O preguiçoso, ainda mesmo quando se mostre num pedestal de ouro maciço, é um cadáver que pensa.
4. Faça o bem o quanto possa.
Cada criatura transita entre as próprias criações.
5. Valorize os minutos.
Tudo volta, com exceção da hora perdida.
6. Aprenda a obedecer no culto das próprias obrigações.
Se você não acredita na disciplina, observe um carro sem freio.
7. Estime a simplicidade.
O luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte.
8. Perdoe sem condições.
Irritar-se é o melhor processo de perder.
9. Use a gentileza, mas, de modo especial dentro da própria casa.
Experimente atender os familiares como você trata as visitas.
10. Em favor de sua paz conserve fidelidade a si mesmo.
Lembre-se de que, no dia do Calvário, a massa aplaudia a causa triunfante dos crucificadores, mas o Cristo, solitário e
vencido, era a causa de Deus.
Espírito: ANDRÉ LUIZ
Médium: Francisco Cândido Xavier

domingo, 12 de agosto de 2012

Mozart: Glória (post dedicado ao Dia dos Pais)



Herbert von Karajan conduz a Filarmônica e o Coral de Viena diretamente da Basílica de São Pedro, no Vaticano, em Roma.

Os cantores são:

Soprano: Kathleen Battle
Contralto: Trudeliese Schimidt
Tenor: Gösta Winbergh
Baixo: Ferruccio Furlanetto

Linda, magnífica composição deste iluminado espírito que foi Mozart, e que ainda vive, agora já em esferas superiores, situado numa colônia espiritual no planeta Júpiter, como relatado na "Revista dos Espíritos" entre maio de 1858 e maio de 1859 e evocado pelo próprio Allan Kardec, como relatado neste blog na postagem de 09/07/2012.

A letra dessa missa é a do tipo que só um espírito muito evoluído como um Mozart poderia fazer. Segue a sequência da letra, em latim e em português:

GLORIA                                                                      GLÓRIA

Gloria!                                                                          Glória!
Gloria!                                                                          Glória!
Gloria!                                                                          Glória!  
Gloria!                                                                          Glória!
Gloria!                                                                          Glória!
...in excelsis Deo...                                                        ...a Deus nas alturas...
...et in terra pax hominibus...                                          ...e paz na Terra para os homens...
...bonae voluntatis.                                                        ...de boa vontade.

Laudamus te,                                                                Nós Vos louvamos,
benedicimus te,                                                             Nós Vos Bendizemos,
adoramus te,                                                                 Nós Vos Adoramos,
glorificamus te,                                                              Nós Vos Glorificamos,
...gratias agimus tibi...                                                    ...nós vos damos graças...
...propter magnam gloriam tuam,...                                ...por Vossa imensa glória,...

Domine Deus, Rex caelestis,                                          Senhor Deus, Rei dos Céus,
Deus pater omnipotens,                                                 Deus Pai Todo-poderoso,
Domine Fili unigenite,                                                     Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Jesu Christe, Domine Deus,                                           Senhor Deus,
...agnus Dei, Filius Patris,                                               ...cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai,
...qui tollis peccata mundi,                                              ...Vós que tirais o pecado do mundo,
...miserere nobis;                                                           ...tende piedade de nós;

...qui tollis peccata mundi,                                              ...Vós que tirais o pecado do mundo,
...suscipe deprecationem nostram.                                  ...acolhei a nossa súplica.

Qui sedes ad dexteram Patris,                                        Vós que estais à direita do Pai,
...miserere nobis.                                                            ...tende piedade de nós.
Quoniam tu solus Sanctus,                                              Só Vós sois o Santo,
...tu solus Dominus,                                                         Só Vós sois o Senhor,
...tu solus Altissimus!                                                       Só Vós sois o Altíssimo!

...Jesu Christe...                                                              ...Jesus Cristo...
...cum Sancto Spiritu:                                                      ...com o Espírito Santo:
...in gloria Dei Patris.                                                       ...na glória de Deus Pai.
Amen!                                                                             Amém!


Esta postagem é dedicada à meu Pai, Fernando da Silva Menezes, devoto de Nossa Senhora, e à seu Pedro, meu Sogro, e à todos os Pais, espíritas ou não, que visitam este nosso humilde blog nesse 12/08/2012: FELIZ DIA DOS PAIS!






Paz íntima - André Luiz


Guarda sempre:



•        a confiança em Deus e em ti mesmo;
•        a consciência tranquila;
•        o tempo ocupado no melhor a fazer;
•        a palavra construtiva;
•        a oração com trabalho;
•        a esperança em serviço;
•        a paciência operosa;
•        a opinião desapaixonada;
•        a bênção da compreensão;
•        a participação no progresso de todos;
•        a atitude compassiva;
•        a verdade iluminada de amor;
•        o esquecimento do mal;
•        a fidelidade aos compromissos assumidos;
•        o perdão incondicional das ofensas;
•        o devotamento ao estudo;
•        o gesto de simpatia;
•        o sorriso de encorajamento;
•        o auxílio espontâneo ao próximo;
•        a simplicidade nos hábitos;
•        o espírito de renovação;
•        o culto da tolerância;
•        a coragem de olvidar-se para servir;
•        a perseverança no bem.


Conservemos semelhantes traços pessoais, na experiência do dia-a-dia, e adquiriremos a ciência da paz íntima com o privilégio de encontrar a felicidade pelo trabalho, no clima do amor.

Do cap. 27 do livro Astronautas do Além, de autoria de Francisco Cândido Xavier, J. Herculano Pires e Espíritos diversos.


Elucidações de Emmanuel


 

Em que perseveras?
"E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão e no
partir do pão e nas orações." - Atos, 2:42. 

 
Observadores menos avisados pretendem encontrar inteira negação de espiritualidade nos acontecimentos atuais do Planeta.
Acreditam que a época das revelações sublimes esteja morta, que as portas celestiais permaneçam cerradas para sempre.
E comentam entusiasmados, como se divisassem um paraíso perdido, os resplendores dos tempos apostólicos, quando um pugilo de cristãos renovou os princípios seculares do mais poderoso império do mundo.
Asseveram muitos que o Céu estancou a fonte das dádivas, esquecendo-se de  que a generalidade dos crentes entorpeceu a capacidade de receber.
Onde a coragem que revestia corações humildes, à frente dos leões do circo? onde a fé que punha afirmações imortais na boca ferida dos mártires anônimos? onde os sinais públicos das vozes celestiais? onde os leprosos limpos e os cegos curados?
As oportunidades do Senhor continuam fluindo, incessantes, sobre a Terra.
A misericórdia do Pai não mudou.
A Providência Divina é invariável em todos os tempos.
A atitude dos cristãos, na atualidade, porém, é muito diferente. Raríssimos perseveram na doutrina dos apóstolos, na comunhão com o Evangelho, no espírito de fraternidade, nos serviços da fé viva. A maioria prefere os chamados "pontos de vista", comunga com o personalismo destruidor, fortalece a raiz do egoísmo e raciocina sem iluminação espiritual.
A Bondade do Senhor é constante e imperecível. Reparemos, pois, em que direção somos perseverantes.
Antes de aplaudir os mais afoitos, procuremos saber se estamos com a volubilidade dos homens ou com a imutabilidade do Cristo.

Do cap. 39 do livro Vinha de Luz, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Fonte: 
http://www.oconsolador.com.br/ano6/273/emmanuel.html

domingo, 5 de agosto de 2012

MUSEU ESPÍRITA DE SÃO PAULO



Domério de Oliveira

Por diversas vezes, prazerosamente, já visitamos o Museu Espírita de São Paulo. Posso dizer que fiquei encantado com essa valiosa Casa que se destina a guardar a memória dos fatos espíritas.Sim, neste Museu, encontram-se documentos que registraram o nascimento da nossa doutrina, bem como, fotografias e dados biográficos de Eminentes Filósofos e Escritores Espíritas, cujos nomes guardam a luminosidade dos seus talentos fulgurantes.
O prédio do Museu possui 600 metros quadrados de área construída, com todos os requisitos da tecnologia moderna. Encontramos, no andar superior, o espaço suficiente para guardar 16.000 livros. 
No andar térreo, vislumbra-se magnífico e amplo salão nobre, para conferências, com poltronas estofadas, projetores, audio-tv-vt-, sistema de sons e tela "draper - automática", contando, ainda, com ventiladores, piano, mesa, parlatório e sistema de microfone sem fio. Enfim, tudo o que há de moderno, encontramos nas confortáveis instalações do aludido Museu. Fiquei comovido, quando o Dr, Paulo me mostrou páginas e páginas escritas pelo próprio Kardec, com aquela sua caligrafia uniforme e bem legível. Também, vi quadros alusivos ao Espiritismo e fotografias dos Expoentes Máximos da nossa Doutrina.
Evidente que, nos limites de uma modesta crônica, não há espaço para descrevermos as demais maravilhas do Museu Espírita de São Paulo, talvez o primeiro Museu Espírita do mundo. Cumpre-me esclarecer que este Museu tem suas raízes no "Lar da Família Universal" e foi criado estatuariamente em 18 de abril de 1.992e inaugurado em 18 de abril de 1.997 Coincidência agradável, o Museu foi inaugurado no dia em que veio a lume o Livro dos Espíritos.
O Museu Espírita de São Paulo tem por objetivo principal: "assegurar a perpetuidade e a memória da cultura espírita, bibliográfica, histórica e pedagógica".
Mas, os prezados leitores poderão me perguntar: quem cuidou de fundar este Museu; quem planejou; quem executou o seu projeto; quem conseguiu todo o seu magnífico acervo? podemos responder, com o maior respeito e com a mais ampla admiração: o autor de tudo isso foi o nosso valoroso Irmão de Ideal:
DR. PAULO TOLEDO MACHADO.
Sim, meus amigos, Dr. Paulo, de família espírita, digno e esforçado trabalhador da nossa Seara, por certo, não mediu sacrifícios para edificar esta obra perene, um verdadeiro marco na história do Espiritismo em nosso Pais.
Disse-me o Dr. Paulo que a idéia de um Museu Espírita foi do nosso Mestre Kardec, mas não conseguiu este seu intento , por que veio a falecer inesperadamente em 31 de março de 1.869. Então, Dr. Paulo, com aquela coragem dos grandes pioneiros, levou avante o plano de Kardec e, hoje graças aos seus ingentes esforços, contamos com este verdadeiro monumento que demonstra a pujança do Espiritismo, esta luz que não se perde e nunca se resume.
Um dia, quando se fizer o inventário destes nossos dias, quando as gerações vindouras voltarem os olhos para a história do Espiritismo, nestas plagas de Santa Cruz, haverão de encontrar neste nosso Museu a fonte suprema de inspiração, da verdade e do Amor. Nós passaremos, mas o Museu Espírita de São Paulo, por certo permanecerá - "adperpetuam rei memoriam", desafiando os ventos do materialismo e nos mostrando a outra face da vida, o Mundo Maior do Espírito. 
Em tempo: disse-me o Dr. Paulo que já adiquiriu área anexa ao Museu, onde pretende ampliar, ainda mais, as atividades desta Abençoada Casa. Você leitor amigo, faça uma visita ao Museu: situa-se na rua Guaricanga, nº 357/359 - Lapa S.P - Capital - Telefone: (011)- 260-6225.
Fonte Reformador - Julho 2000

Frase do dia


"Procurai com zelo os melhores dons
e eu vos mostrarei
um caminho ainda mais excelente."

 

Paulo.  I Coríntios, 12:31.