terça-feira, 1 de março de 2011

86 anos

Redação

No dia 15 de fevereiro de 1925, nasceu a Revista Internacional de Espiritismo pelo idealismo e trabalho de Cairbar Schutel.
Em apoio à Doutrina Espírita, no seu tríplice aspecto, tem sido incansável órgão de divulgação das ideias espíritas.
Desde o início, buscou manter, sempre em alto nível, sua linha editorial, contando com a colaboração, principalmente no aspecto científico, dos grandes pesquisadores mundiais dessa área, na primeira metade do século XX, como Sir Oliver Lodge, Sir Arthur Conan Doyle, Camile Flamarion, Gabriel Delane e Ernesto Bozzano, entre outros.
Cairbar desejava levar as luzes do conhecimento espírita às pessoas mais cultas e numa linguagem mais elaborada.
As experiências que eram realizadas no mundo, na época, para se provar a imortalidade da alma e a comunicabilidade dos Espíritos, vinham ao encontro desse seu objetivo.
Há mais de oito décadas, a R.I.E. tem sido mensageira da Doutrina Espírita, em todos os cantos do mundo.
Dificuldades não faltaram, sempre sendo superadas pelo denodo e perseverança de Cairbar.
Foi com a ajuda financeira de Luiz Carlos de Oliveira Borges, fazendeiro da cidade de Dourado, Estado de São Paulo, que puderam ser compradas as máquinas para a editoração da revista. Ele era amigo pessoal de Cairbar e admirador de sua obra, na divulgação espírita, e leitor assíduo d’O Clarim, que havia sido fundado em 15 de agosto de 1905.
Cairbar havia lhe confidenciado que tinha o coração apertado por receber grande volume de correspondência do estrangeiro, sem poder divulgá-la, pois O Clarim havia sido feito para as pessoas mais simples e numa linguagem que lhes fosse acessível.
A ajuda de Luiz Carlos foi além das compras das máquinas, colaborando na compra de papel e outros acessórios mais.
A primeira revista foi impressa na cidade de São Carlos.
A partir do terceiro número, a R.I.E. passou a ser impressa nas oficinas de Matão, como ocorre até hoje.
Impressa a primeira revista, Cairbar foi, pessoalmente, à casa de médicos, engenheiros, advogados, de várias cidades, divulgar a Revista Internacional de Espiritismo.
A maior parte de suas páginas trazia transcrições traduzidas e autorizadas dos periódicos Light, La Revue Spirite, Vie d’Outre Tombe, Hoy, The Harbinger of Light, City News, Kalpale, Luce e Ombra, The Two Worlds, Luz del Porvenir, La Tribune de Genève, Ghost Stories, Psychic Science.
Após o desencarne de Luiz Carlos, sua esposa, Maria Elisa de Oliveira Borges, apoiou, financeiramente, a R.I.E., e o fez também até o seu desencarne.
Com ajudas como essa, entre outras, Cairbar pôde construir um salão para a gráfica, que funcionava ainda numa sala alugada e apertada.
Após o desencarne de Cairbar, e com a ajuda da família do Dr. Augusto Militão Pacheco, foram levantados outros dois salões: um para o Centro e outro para a Oficina, e que permitiu estocar papel, durante a guerra, e, tanto a revista como o jornal não terem interrompidas as suas publicações.
Colaboraram para as traduções, publicadas pela revista, Ismael Gomes Braga, Severiano Ivens Ferraz e Watson Campello, além de Cairbar que realizava algumas delas. Campello, após o desencarne de Cairbar, mudou-se para Matão, casou-se com Antonina Perche e foi um dos esteios da revista, a partir de então.
Maiores dados sobre a trajetória da Revista o leitor poderá encontrar no livro “Cairbar Schutel – O Bandeirante do Espiritismo”, do qual elementos foram retirados para a elaboração deste editorial.

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