Todas as pessoas que se ocupam do bem encontram oposição por parte
daquelas que ainda se devotam ao mal.
O médium, em verdade, não sofre mais do que sofre o homem que procura
construir algo de positivo em prol da Humanidade. Os pioneiros do progresso
humano não puderam se eximir do sofrimento da incompreensão, da intolerância,
do preconceito, do fanatismo... Muitos perderam a vida lutando pelo ideal que
abraçaram ou se expondo aos perigos que ousavam enfrentar.
Os cristãos dos tempos apostólicos choraram no testemunho da fé... Eram
perseguidos e presos, humilhados e mortos pela causa do Evangelho.
Todavia, além desse sofrimento externo, o médium padece muito mais no
confronto íntimo com as sutis tendências inferiores... A oposição ao médium é mais
de dentro para fora do que de fora para dentro. Dentro do medianeiro bem
intencionado, o homem-velho, seu milenar inquilino espiritual, teima em não deixar a
sua cidadela psíquica, reclamando a posse definitiva do que entende ser- -lhe
propriedade. E a luta interior do médium que, sem dúvida, mais o desgasta e
consome.
Escreveu célebre espiritualista que, “quanto mais próximo do Céu, mais sofre o
homem na Terra”... De fato, o caminho da verdadeira ascensão é repleto de
obstáculos, porquanto as forças que acomodam o homem nas trevas de si mesmo,reagem quando percebem escapar-lhe a presa, intentando mantê-la em seu milenar
cativeiro.
Consideremos, ainda, que muitos medianeiros dramatizam excessivamente o
próprio sofrimento, no incompreensível propósito de supervalorizar a tarefa na
qual se encontram empenhados.
(Extraido do livro Mediunidade perguntas e respostas)
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