segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A prece traduzindo aspiração

Todos lançamos, em torno de nós, forças criativas ou destrutivas, agradáveis ou desagradáveis ao círculo pessoal em que nos movimentamos. A árvore alcança-nos com a matéria sutil das próprias emanações. A aranha respira no centro das próprias teias. A abelha pode viajar intensivamente, mas não descansa a não ser nos compartimentos da própria colméia. 

Assim também o homem vive no seio das criações mentais a que dá origem. Nossos pensamentos são paredes em que nos enclausuramos ou asas com que progredimos na ascese. Como pensas, viverás. Nossa vida íntima - nosso lugar. A fim de que não perturbemos as leis do Universo, a Natureza somente nos concede as bênçãos da vida, de conformidade com as nossas concepções. Recolhe-te e enxergará o limite de tudo o que te cerca. Expande-te e encontrarás o infinito de tudo o que existe.

Para que nos elevemos, com todos os elementos de nossa órbita, não conhecemos outro recurso além da oração, que pede luz, amor e verdade. A prece, traduzindo aspiração ardente de subida espiritual, através do conhecimento e da virtude, é a força que ilumina o ideal e santifica o trabalho. Narram os Atos que, havendo os apóstolos orado, tremeu o lugar em que se encontravam e ficaram cheios do Espírito Santo: iluminou-se-lhes o anseio de fraternidade, engrandeceram- se-lhes as mentes congregadas em propósitos superiores e a energia santificadora felicitou-lhes o espírito. 

Não olvides, pois, que o culto à prece é marcha decisiva. A oração renovar-te-á para a obra do Senhor, dia a dia, sem que tu mesmo possas perceber.


Francisco Cândido Xavier. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 149

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