sexta-feira, 20 de novembro de 2009

COMO COMBATER A MISTIFICAÇÃO

Publicado em Junho 28, 2008 por alexdeoxossi



Mistificar quer dizer: enganar, mentir, trapacear, burlar, tapear, iludir, iniciar alguém nos mistérios de um culto, torná-lo iniciado, abusar da boa fé.

A mistificação são as escolhas mais desagradáveis da prática espírita, mas há um meio de evitá-los, o de não pedir ao espiritismo nada mais do que ele pode e deve nos dar. O objetivo do espiritismo é o aperfeiçoamento moral da humanidade. Desde que não nos afastemos disso jamais seremos enganados, pois não há duas maneiras de compreender a verdadeira moral, aquela de que todo homem de bom senso pode admitir; mesmo que o homem nada peça, nem evoque, sofre mistificações, se aceitarem o que dizem os espíritos mistificadores. Se o homem recebesse com reserva e desconfiança tudo que se afasta do objetivo essencial do espiritismo, os espíritos levianos não o enganariam tão facilmente.

Então concluímos que mistificado é somente aquele que merece ser enganado! Emmanuel diz sobre a vaidade: “Não te mortifiques pela obtenção do ensejo de aparecer nos cartazes enormes do mundo. Isso pode traduzir muita dificuldade e perturbação para teu espírito, agora ou depois.” (Vinha de Luz, pág 23)…

E sobre o orgulho: “Se Jesus tivesse adotado a reação da dignidade ferida, o apelo à justiça teria apagado o esplendor da Boa Nova; no entanto, o silêncio e o sacrifício do Mestre Divino, ainda hoje, como ontem e qual ocorrerá no futuro, suscita o aprendizado e a sublimação da Humanidade inteira.”

E um outro espírito de luz: “O orgulho nos induz a julgar-nos mais do que somos; a não suportarmos uma comparação que nos possa rebaixar; a nos considerarmos tão acima dos nossos irmãos que o menor paralelo nos irrita e aborrece.”

O exercício correto da mediunidade requer determinadas normas, disciplina, seriedade, propósitos elevados para que os objetivos sejam alcançados e o fenômeno ocorra com equilíbrio. Embora todos os cuidados que a prática mediúnica exige, nenhum médium está isento de ser mistificado.

As mistificações podem ser: inconscientes (involuntárias) e conscientes (voluntárias).

Diz-se que as mistificações são inconscientes ou involuntárias quando o médium não as detecta, ou seja, quando não tem noção de que estão ocorrendo. O espírito mistificador é, em geral, ardiloso, astuto e, de modo proposital, tenta enganar o médium.

A este respeito leciona Allan Kardec: a astúcia dos espíritos mistificadores ultrapassa às vezes tudo o que se possa imaginar. A arte, com que dispõem suas baterias e combinam os meios de persuadir seria uma coisa curiosa se eles nunca passassem dos simples gracejos; porém, as mistificações podem ter conseqüências desagradáveis para os que não se acham em guarda.

A mistificação inconsciente acontece pela inexperiência, ingenuidade, invigilância e/ou falta de estudo do médium, como também dos demais integrantes da equipe mediúnica. Nas mistificações desse teor o médium é colocado, às vezes, em situações ridículas, apresentando comunicações absurdas, mentirosas, vazias em seu conteúdo, sem que se dê conta disso.

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