segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Cérebro e Energia

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"Sendo o pensamento força sutil e inexaurível do Espírito, podemos categorizá-lo, assim, à conta de corrente viva e exteriorizante, com faculdades de auto-excitação e autoplasticização inimagináveis."

GERADOR DO CÉREBRO - Com alguma analogia, encontramos no cérebro um gerador auto-excitado, acrescido em sua contextura íntima de avançados implementos para a geração, excitação, exteriorização, captação, assimilação e desassimilação da energia mental, qual se um gerador comum desempenhasse não apenas a função de criar força eletromotriz e conseqüentes potenciais magnéticos para fornecê-los em certa direção, mas também todo acervo de recursos dos modernos emissores e receptores de radiotelefonia e televisão, acrescidos de valores ainda ignorados na Terra.
Erguendo-se sobre os vários departamentos do corpo, a funcionarem por motores de sustentação, o cérebro, com as células especiais que lhe são próprias, detém verdadeiras usinas microscópicas, das quais as pequenas partículas de germânio, na construção do transistor, nos conjuntos radiofônicos miniaturizados, podem oferecer imperfeita expressão.
É aí, nesse microcosmo prodigioso, que a matéria mental, ao impulso do Espírito, é manipulada e expressa, em movimento constante, produzindo correntes que se exteriorizam, no espaço e no tempo, conservando mais amplo poder na aura da personalidade em que se exprime, através de ação e reação permanentes, como acontece no gerador comum, em que o fluxo energético atinge valor mínimo, segundo a resistência integral do campo, diminuindo de intensidade na curva de saturação.
Nas reentrâncias de semelhante cabine, de cuja intimidade a criatura expede as ordens e decisões com que traça o próprio destino, temos, no córtex, os centros da visão, da audição, do tato, do olfato, do gosto, da palavra falada e escrita, da memória e de múltiplos automatismos, em conexão com os mecanismos da mente, configurando os poderes da memória profunda, do discernimento, da análise, da reflexão, do entendimento e dos multiformes valores morais de que o ser se enriquece no trabalho da própria sublimação.
Nessas províncias fulcros da individualidade, circulam as correntes mentais constituídas a base dos átomos de matéria da mesma grandeza, qual ocorre na matéria física, em que as correntes elétricas resultam dos átomos físicos excitados, formando, em sua passagem, o conseqüente resíduo magnético, pelo que depreendemos, sem dificuldade, a existência do eletromagnetismo tantos nos sistema interatômicos da matéria física, como naqueles em que se evidencia a matéria mental.

CORRENTE DO PENSAMENTO - Sendo o pensamento força sutil e inexaurível do Espírito, podemos categorizá-lo, assim, à conta de corrente viva e exteriorizante , com faculdades de auto-excitação e autoplasticização inimagináveis.
À feição do gerador "shunt", se a mente jaz desatenciosa, como que mantendo o cérebro em circuito aberto, forma-se, no mundo intracraniano, reduzida força mentocriativa que não determina qualquer corrente circulante no campo individual; mas, se a mente está concentrada, fazendo convergir sobre si mesma as próprias oscilações, a força mentocriativa gerada produz uma corrente no campo da personalidade que, a seu turno, provoca a formação de energia mental de sentido análogo àquele em que se exprime o magnetismo de resíduo, dilatando o fluxo até que a força aludida atinja o seu valor máximo, de acordo com a resistência do campo a que nos referimos.
Surpreendemos, nessa fase, o mesmo fenômeno de elevação da voltagem no gerador elétrico, porquanto, no cosmo fisiopsicossomático, a corrente mentocriativa se alteia até o ponto de saturação, do qual se alonga, com menor expressão de potencial, no rumo dos objetivos a que se afeiçoe, conforme a linha do desejo.

NEGAÇÃO DA CORRENTE MENTAL - Sempre que a corrente mental, ou mentocriativa não possa expandir-se, tal negação se filia a causas diversas, das quais, como acontece na máquina "shunt", assinalamos as mais expressivas:

1) Ausência de magnetismo residual, em se tratando de cérebros primitivos, isto é, de criaturas nos primeiros estágios do pensamento contínuo, no reino hominal, ou de pessoas por lago tempo entregues a profunda e reiterada ociosidade espiritual.

2) Circuitos mentais invertidos, em razão de monoideísmo vicioso, na maioria das vezes agravado por influências obsessivas.

3) Deficiência da aparelhagem orgânica, por motivo de enfermidade ou de perturbações temporárias, oriundas do relaxamento da criatura, no trato com o próprio corpo.


(Mecanismos da Mediunidade, cap. IX, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB)

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