sábado, 9 de dezembro de 2017

Raciocínio versus credulidade


"A Doutrina Espírita considera que sua teoria está em constante aperfeiçoamento, na medida em que ocorrem novas descobertas da ciência. Tanto o Espiritismo quanto o espiritualismo que o antecedeu seguem, desta forma, o racionalismo crítico proposto por Kant. O fato de Kardec ter estabelecido o Espiritismo por meio de "explicações teóricas" dos fenômenos espíritas prova que sua intenção estava em compreender suas causas e "não crer nelas cegamente":

Queríamos fazer do Espiritismo uma ciência de raciocínio e não de credulidade. [...] os espíritas acreditaram porque compreenderam, e não é duvidoso que é a isto que se deve atribuir o crescimento rápido do número de adeptos sérios. É a essas explicações que o Espiritismo deve por ter saído do domínio do maravilhoso e de estar ligado às ciências positivas; por elas demonstrou aos incrédulos que isto não é uma obra de imaginação; sem elas estaríamos ainda para compreender os fenômenos que surgem a cada dia. (Revista Espírita, 1867)

E então conclui que "era urgente colocar, desde o princípio, o Espiritismo sobre o seu verdadeiro terreno. A teoria fundada sobre a experiência foi o freio que impediu a credulidade supersticiosa, tanto quanto a malevolência, de fazê-lo desviar de seu caminho.""

Extraído do livro Revolução Espírita, de Paulo Henrique de Figueiredo.

Fonte: Blog Traço de União

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