Sérgio Biagi Gregório
1. Como os filósofos da antiguidade viam o destino da alma?
Anaxímenes dizia que a alma seria uma espécie de ar, fino e rarefeito, que sobreviveria ao ar mais grosso; Pitágoras falava que o destino da alma era determinado pela vida neste; Heráclito afirmava que alma era semelhante ao fogo fino e rarefeito; Empédocles falava em entrar em outro e continuar a viver; Demócrito expressava-se em termos dos átomos-alma, que também passavam de um corpo para outro; Platão enfatizava que alma deveria libertar-se do corpo, a fim de poder ver claramente a verdade; Para Aristóteles, a imortalidade da alma é impossível. A única parte da alma que sobrevive à morte faz verdadeiramente parte de Deus, e a Ele volta. (Frost jr., cap. VI)
2. O que é e como podemos expressar a Cosmovisão?
Cosmovisão significa visão ou concepção geral de mundo. Pode ser vista sob três aspectos: materialista, espiritualista (religioso) e idealista. Essas diversas visões representam um anelo de saber integral, a apreensão da totalidade e a solução de problemas do sentido do mundo e da vida.
3. Como um pensador chega a uma determinada cosmovisão?
Refletindo sobre os diversos tipos de visão de mundo existentes, ele começa a organizar o seu sistema de ideias. Daí, o niilismo, o panteísmo e o espiritualismo.
4. O que expressa o niilismo?
O Niilismo vem do latim nihil, nada, e significa ausência de toda a crença. Como a matéria é a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo. Os adeptos do materialismo incentivam o gozo dos bens materiais. A conseqüência é a corrida em busca dos prazeres materiais.
5. O que significa o panteísmo?
O Panteísmo vem do grego pan, o todo, e Theos, Deus, e significa absorção no todo. De acordo com essa doutrina, o Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum. As conseqüências morais dessa doutrina são semelhantes às do materialismo, pois ir para o todo, sem individualidade e sem consciência de si, é como não existir.
6. O que podemos extrair do dogmatismo religioso?
O Dogmatismo Religioso afirma que a alma, independente da matéria, é criada por ocasião do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade após a morte. A sua sorte já está determinada: os que morreram em "pecado" irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso. Essa visão deixa sem respostas uma série de anomalias que acompanham a humanidade, como, por exemplo, os aleijões e a idiotia.
7. Qual é a Cosmovisão espírita?
O Espiritismo mostra-nos que o Espírito, independente da matéria, foi criado simples e ignorante. Todos partiram do mesmo ponto, sujeitos à lei do progresso. O Espírito progride no estado corporal e no estado espiritual. O estado corpóreo é necessário ao Espírito, até que haja galgado certo grau de perfeição. Desta forma, o estado ditoso ou inditoso dos Espíritos é inerente ao adiantamento moral deles.
8. O que distingue a concepção espírita das demais com relação à vida futura?
A distinção está na individualidade da alma. Para o panteísmo, somos absorvidos no todo, sem individualidade; para a dogmática religiosa, vamos para um céu ou inferno e não existiremos mais. Para o Espiritismo, vamos sofrer ou gozar as consequências de nossos atos terrestres, mas com consciência de progresso, realizado pelo esforço pessoal.
Fonte de Consulta
FROST JR., S. E. Ensinamentos Básicos dos Grandes Filósofos. Tradução de Leônidas Gontijo de Carvalho. São Paulo: Cultrix, sdp
KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.
São Paulo, setembro de 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário