domingo, 27 de setembro de 2009

Armadilhas

Redação Jornal O Clarim

Os adversários do bem, astuciosamente, buscam armar ciladas para conturbar o que é bom e conforme à moral.
Invejando o bem alheio, inconformados, agitam-se em sua ausência de preparo para compreender e sentir o amor.
Isso ocorre nos dois planos da vida e mentes de encarnados e desencarnados, muitas vezes, em perfeita simbiose, articulam desvios de conduta, individuais e coletivos.
Seja no relacionamento entre povos e nações, seja na vida em sociedade – onde está presente a família, o trabalho, a atividade religiosa, entre outras –, agentes do mal existem.
Certamente já o fomos também, um dia.
Hoje, buscamos acertar, reparando equívocos pregressos.
Todavia, somos ainda imperfeitos, vulneráveis e precisamos estar vigilantes, tanto em relação ao que emerge de nós mesmos quanto ao que nos é sugerido por flashes mentais.
Uma das estratégias utilizada para provocar a desunião é a intriga.
E ela é alimentada, por Espíritos menos preparados, quando o encarnado invigilante descamba para essa sintonia maledicente.
É intrigante a pessoa que leva-e-traz.
É intriguista aquela que indispõe um contra o outro.
É intrigante aquela outra que trama contra alguém.
Maquinar conspiração é algo tão antigo como a humanidade, mas distancia-se da postura cristã, que estabelece a fraternidade.
Enquanto os benfeitores espirituais nos orientam e influenciam para a união e o convívio fraterno, os adversários do bem sugerem a cizânia e o ódio.
Ninguém é imune a cair na tentação da intriga.
Todo cuidado é pouco nesse sentido.
Para pôr em confusão um lar, um ambiente de trabalho, um grupo idealista, basta, muitas vezes, um mexerico ou uma observação maldosa.
Desqualificar alguém é, quase sempre, malquistar, criar antipatias, difamar.
Jesus recomendou que sejamos mansos como as pombas, mas prudentes como a serpente.
Ensinou, também, que somente lobos caem em armadilhas para lobos.
Isso se aplica à nossa maneira de pensar e sentir, falar e agir, uma vez que semelhante atrai semelhante; elegemos as nossas companhias.
A Doutrina Espírita esclarece sobre os transtornos que pode causar o domínio que alguns desencarnados logram adquirir sobre certas pessoas.
É sempre o processo mente a mente.
De um breve mal estar, pode transformar-se num processo obsessivo, indo desde a obsessão simples até a subjugação e a fascinação.
O antídoto para isso tudo reside em seguir os ensinamentos do Mestre, hoje compreendidos à luz do Espiritismo:
Identificarmos e lidarmos com o nosso orgulho e o nosso egoísmo, exercitando a solidariedade e a prática da reforma íntima;
Buscarmos a simplicidade e a pureza de coração;
Evitarmos julgar, para não sermos julgados;
Perdoarmos as ofensas;
Sermos indulgentes;
Fazermos aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem;
Praticarmos a caridade, em todos os sentidos, buscando nutrir sentimentos elevados;
Fazermos bom uso dos nossos talentos, sejam eles quais forem;
Orar e vigiar sempre.

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