O Livro dos Espíritos - 3ª Parte - Capítulo VI "Da Lei de Destruição”
Questão 730:
á-la ê-la
— Uma vez que a morte nos faz passar a uma vida melhor, nos livra dos males desta, sendo, pois, mais de
desej do que de tem , por que lhe tem o homem, instintivamente, tal horror, que ela lhe é sempre motivo de apreensão?
“Já dissemos que o homem deve procurar prolongar a vida, para cumprir a sua tarefa. Tal o motivo por que Deus lhe deu o
instinto de conservação, instinto que o sustenta nas provas. A não ser assim, ele muito frequentemente se entregaria ao
desânimo. A voz íntima, que o induz a repelir a morte, lhe diz que ainda pode realizar alguma coisa pelo seu progresso. A
ameaça de um perigo constitui aviso, para que se aproveite da dilação que Deus lhe concede. Mas, ingrato, o homem
rende graças mais vezes à sua estrela do que ao seu Criador.”
“Já dissemos que o homem deve procurar prolongar a
vida, para cumprir sua tarefa...”
“Tal motivo por que Deus lhe deu o instinto de
conservação, instinto que o sustenta nas provas. A não
ser assim, ele muito frequentemente se entregaria ao
desânimo...”
“A voz íntima, que o induz a repelir a morte, lhe diz que
ainda pode realizar alguma coisa pelo seu progresso. A
ameaça de um perigo constitui aviso, para que se
aproveite da dilação que Deus lhe concede...”
“Mas, ingrato, ohomemrende graças mais vezes à sua
estrela do que ao seu Criador.”
Deus, ao criar nosso espírito, colocou em sua composição
a “centelha divina” que é o grande indicador sobre o bem e o
mal, preparando-nos para a nossa tarefa, inicialmente por
nós desconhecida, e para que a cumpramos no menor tempo
possível.
Ao reencarnarmos, já trazemos o conhecimento da tarefa
a ser cumprida, para que possamos distinguir os traços
maléficos que serão empecilhos para a sua execução, tão
desejada peloAlto.
Muita das vezes nos envolvemos somente com as
questões dos bens materiais, que as tarefas do campo moral
passam a ser de pouca importância para nós; tarefas essas
que, se cumpridas, serão de grande importância para a
percepção da presença de Deus. Lembremos que
“prolongar a vida” representa, também, incluirmos um tempo
para estudar sobre o que são e como executar essas tarefas.
Este estudo nos fortalecerá para cumpri-las da melhor forma
que nos for possível.
Os Espíritos nos falam do conhecido instinto de
sobrevivência, tão ignorado por nós, sinalizando-nos sobre
os desvios do bem, quando então, desanimados pelo nosso
orgulho ferido, buscamos retornar para o melhor caminho.
Essas sinalizações são sempre dolorosas, forçando-nos
de forma inconsciente, a encontrar no nosso íntimo as lições
deixadas por Jesus, como um pedido de melhor observação
sobre nossos atos.
A maioria das pessoas desconhece ou desacredita na
continuidade do espírito, que, alforriado do corpo (matéria),
retorna à pátria espiritual e, lá chegando, toma consciência
da verdade, sofre a maior desilusão pelo tempo perdido e
busca retornar à vida terrena, mais compromissado ainda,
para que possa, em mais uma reencarnação, cumprir a lei
divina, sabendo que o retorno será, novamente, um caminho
que necessitará de muito esforço e, quiçá, de muito
sofrimento.
Tais avisos de perigo, que se apresentam de várias formas
e revestidos de mil facetas, nos alertam sobre nossas
responsabilidades, materiais sim, mas principalmente as
espirituais.
Indica-nos o retorno ao mundo espiritual, muitas vezes
com as “mãos vazias” de boas ações, e a nossa inteligência,
aliada à nossa consciência, já nos dá a entender que Deus
espera mais de nós do que vivermos uma vida tão fútil e, na
maioria, tão curta.
Tomemos consciência de uma diferente realidade:
estamos preparados para executar uma tarefa muito
importante para o nosso crescimento espiritual e ser-nos-á
penoso, ao desencarnarmos, voltarmos ao verdadeiro lar,
falidos nesse compromisso.
Por esse temor, entendemos o medo da morte,
principalmente para nós, espíritas que, através de tão rica
literatura, que não nos deixa esquecer as mínimas
orientações sobre a vida espiritual, passamos a ter a visão
mais clara sobre esse fracasso.
Mas Deus é justo. Apesar de estar conosco nessa
caminhada, carregando-nos no colo sem que percebamos,
acreditando em nosso progresso espiritual, fornecerá novas
oportunidades de regresso, através de tantas outras
reencarnações, para o término dessa execução.
Só assim, cumpridos todos os nossos débitos,
retornaremos ao Pai, agradecidos.
Lembremos que a destruição se faz necessária, para que
tudo renasça melhor, devendo a conservação obedecer
sempre à melhoria e ao tempo determinado por Deus.
Não cai uma só folha sem o consentimento de Deus.
Neste final de orientação, vemos o nosso retrato.
Julgamo-nos estar acima de tudo e, olhando para dentro
de nós, julgamos nossas vitórias como atitudes inteligentes.
Quando não, nos momentos difíceis, barganhamos com os
servidores do Cristo, pagando com materiais fúteis, isto se
atenderem aos nossos pedidos!
Esquecemos de agradecer a Deus quando conseguimos
evitar os desenganos e a retomada à vida íntegra.
Estamos em aprendizado; mas se faz imperioso que
reconheçamos essa tomada de consciência , não
perdendo uma nova oportunidade de cumprirmos
integralmente essa tarefa designada pelo Alto, a seu tempo e
com o amor que já aprendemos a ter.
Ao Mestre, o nosso muito obrigado!
hoje
Vano
Bibliografia: O Livro dos Espíritos - Allan Kardec - Tradução de Guillon
Ribeiro, Editora FEB – 84ª ed.
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