Deste ponto de vista, se poderia perguntar : por que Atila não invadiu Roma quando tinha tudo para vencer os romanos? O que fez Anibal não esmagar Roma e esperar para que os romanos se rearmassem? Por que Alexandre desencarnou tão novo antes de completar o seu projeto? O que aconteceria se Moisés não matasse um egípcio e tivesse que fugir para Madiã? Não sabemos com certeza. Porém, estou certo de que,se tais coisas fossem de outro modo, o mundo contemporâneo seria muito diferente . A minha proposta neste, artigo é examinar, por este ponto de vista, um capitulo da História do Brasil : A Vinda de D. João VI para a nossa terra.
Ao que parece o século XIX foi um momento propício para grandes transformações no planeta. Basta lembrar os grandes avanços da cultura terrena no ponto de vista filosófico, cientifico e artístico. Sem nos esquecermos de que o Século XIX tenha sido o escolhido para o surgimento da Doutrina dos Espíritos com a publicação de um livro revolucionários que estabeleceu os princípios fundamentas da religião do futuro. Refiro-me ao livro dos Espíritos, publicado em 18 de abril de 1857. No século XIX, o Brasil estava terminando uma espécie de preparação para uma nova etapa em sua história política. Muitos movimentos nativistas haviam acontecido e todos eles buscavam emancipar o nosso país do jugo de Portugal, o que culminou com a nossa independência.
Seguindo o Projeto Divino, encarnou, na Córsega, um espírito que possuía um tipo de missão especifico: pôr fim à Revolução Francesa e inaugurar uma nova ordem para a França e para toda a Europa. Nessa encarnação chamou-se Napoleão Bonaparte. Os que gostam de pesquisar as vidas passadas dos grandes vultos da História já escreveram que Napoleão Bonaparte é o mesmo espírito que viveu na Grécia como Alexandre Magno e em Roma como Júlio César. Se essa hipótese estiver correta, Napoleão estaria talhado para missão que recebera. Espírito forte e voluntarioso, Napoleão quis voar alto e se impor sobre todo o mundo europeu, mas encontra um adversário à sua altura: a Inglaterra. Para superar este adversário, em 1806, declarou o Bloqueio Continental que proibia os países a ele submetidos, abrir os portos para a Inglaterra. Por não desejar se indispor com o Império Britânico, mas sem poder militar para enfrentar a França, D. João VI decide vir para o Brasil com Toda a sua corte. É claro que a história oficial explica a decisão de D. João politicamente, entretanto, de nosso modo de ver, ele foi intuído, não só ele como seus conselheiros a tomar esta decisão já que seria uma decisão vital para os interesses de nossa pátria. A abertura dos portos às Nações Amigas, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, o impulso nas artes plásticas foram acontecimentos notáveis que levaram a ocupar o lugar que hoje ocupa..
Tenho a certeza de que, para esse momento de nossa história, os personagens foram escolhidos a dedo. Isso não significa que fossem espíritos de escol mas espíritos talhados para viverem as tarefas que iriam desempenhar. É muito comum, por exemplo, que se denigra a personalidade D.João VI, considerando-o um preguiçoso glutão que guardava coxinha de galinha nos bolsos de suas calças. Penso que isso é puro folclore. A espiritualidade não entregaria em um momento tão especial como aquele, a liderança de uma das grandes nações européias a um pobre imbecil. D. João deveria ser um espírito atilado, uma alma simples mas não simplista. Uma prova disto foi o conselho que ele deu a seu filho Pedro antes de voltar a Portugal. Penso ainda que ele estava aberto a certas intuições da espiritualidade e que Carlota Joaquina fosse vitima de um duro processo obsessivo no qual as trevas trabalhavam para impedir o bom sucesso de seu marido pois os inimigos do projeto divino não são poucos. Observe ainda o Leitor a eclosão de um grave movimento político em Portugal que levou D. João VI a regressar fez com que aqui ficasse seu filho Pedro I que fará a nossa independência. Fatos como esses não podem ser explicados por razões apenas histórias, excluindo-se as espirituais.
Por fim, gostaria de deixar claro que, para mim, o Espiritismo é uma forma de se ler a realidade entre outras formas. Assim, enquanto instrumental teórico, o Espiritismo aclara certas questões que outras leituras não aclaram, como acabamos de ver. Sugiro ao leitor interessado a o exame do livro A Caminho da Luz. - Emmanuel pela psicografia de F.C.Xavier onde a tese que desenvolvo aqui está bastante clara e o meu livro O Projeto Divino publicado pela CELD.
Publicado no Jornal Correio Espírita edição 32 de Fevereiro de 2008.
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