domingo, 18 de abril de 2010

Obrigar os filhos a sair de casa?

O Globo.com publica uma notícia vinda da Itália onde pretende-se criar uma lei obrigando os filhos a sair de casa após uma certa idade. Veja a visão espírita sobre o assunto.

Ministro italiano propõe lei para obrigar filhos adultos a deixar casa dos pais

Plantão | Publicada em 19/01/2010 às 12h07m

BBC

  • O ministro da Administração Pública da Itália, Renato Brunetta, propôs que seja criada uma nova lei para forçar filhos adultos a sair da casa dos pais.

    A sugestão foi uma reação a uma decisão de um tribunal da cidade de Bergamo, que obrigou um pai - Giancarlo Casagrande, de 60 anos - a contribuir para as despesas da filha de 32 anos que ainda mora com a família, embora ela tenha concluído um curso universitário há oito anos.

    Segundo Brunetta, os filhos deveriam ser obrigados a deixar a casa dos pais aos 18 anos de idade, mesmo que por força de lei.

    Na Europa, os italianos estão entre aqueles que demoram mais tempo para sair da casa dos pais.

    Uma pesquisa feita no ano passado pelo instituto nacional de estatísticas da Itália indica que mais de sete entre dez italianos com idades entre 18 e 39 anos ainda vivem com a família.

    Polêmica

    Segundo o correspondente da BBC em Milão, Mark Duff, a ideia de Brunetta foi recebida como um tanto extrema.

    Para Duff, no entanto, ela colocou em evidência a tendência crescente entre jovens italianos de permanecer em casa, mesmo quando se aproximam da meia-idade.

    A recessão e as dificuldades de obter empregos seguros tornaram mais difícil para os jovens italianos saírem de casa.

    Apesar de sua proposta polêmica, o próprio Brunetta já admitiu que, quando saiu da casa de seus pais, aos 30 anos, não sabia sequer arrumar a própria cama.

    Visão Espírita sobre o assunto.

    Respeite seu Filho
    Seu filho é abençoado aprendiz da vida. Não lhe dificulte a colheita das lições, fazendo-lhe as tarefas. Seu filho é flor em botão nos verdes ramos da existência. Não lhe precipite o desabrochar, estiolando-lhe a vitalidade espontânea. Seu filho é discípulo da existência. Não lhe cerceie a produtividade, tomando sobre os seus ombros os misteres que lhe competem. Seu filho é lâmpada em crescimento de luz. Não lhe coloque o óleo viscoso da bajulação para que não afogue o pavio onde crepita a chama da esperança. Seu filho é fruto em formação para o futuro. Não procure colher, antes do tempo, o benefício que lhe não pertence. Lembre-se, mãe devotada que você é, que seu filho é também filho de Deus. Você poderá caminhar ao seu lado na estrada apertada, mas ele só terá honra quando conseguir chegar ao objetivo conduzido pelos próprios pés. Você tem o dever de lhe apontar os abismos à frente; mas a ele compete contornar os obstáculos e descer às baixadas da existência para testar a fortaleza do próprio caráter. Você deve ministrar-lhe o pábulo do Evangelho; mas a ele compete o murmúrio das orações, na prece continuada das ações nobres. Seu filho é o discípulo amado que Deus pôs ao alcance de seu coração enternecido, no entanto, a sua tarefa não pode ir além daquele amor que o Pai propicia a todos, ensinando ao tempo, corrigindo na luta, e educando através da disciplina para a felicidade. Mostre-lhe a vida, mas deixe-o viver. Fale-lhes das trevas, mas dê-lhe a luz do conhecimento. Mande-o à escola, mas faça-se mestra dele no lar. Apresente-lhe o mundo, mas deixe-o construir o próprio mundo. Tome-lhe as mãos e ponha-as no trabalho, ensinando com o seu exemplo, mas não lhe desenvolva a inutilidade, realizando as tarefas que lhe compete. Seu filho é vida da sua vida que vai viver na vida da Humanidade inteira. Cumpra o seu dever amando-o, mas exercite o seu amor ensinando-o a amar e fazendo que no serviço superior ele se faça um homem, para que o possa bendizer, mais tarde. Ame, em seu filho, o filho de todas as mães e ame nos filhos das outras o seu próprio filho, para que ele, honrado pelo amor de outras mães, possa enobrecer o mundo, amando outros filhos. Seu filho é semente divina; não lhe negue, por falso carinho, a cova escura da fertilidade, pretextando devotamento, porque a semente que não morrer jamais será fonte de vida. Mãe! Seu filho é a esperança do mundo; não o asfixie no egoísmo dos seus anelos, esquecendo-se de que você veio á Terra sem ele e retornará igualmente a sós, entregando-o a Deus consoante as leis sábias e justas da Criação.
    Amélia Rodrigues
    (Mensagem recebida pelo médium Divaldo Franco, de Salvador, Bahia).


    Fonte : Globo.com

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