quarta-feira, 28 de abril de 2010

Potente antibiótico

Os sofrimentos mais demorados não são os que as bactérias ou as enfermidades materiais provocam. Estes duram períodos que passam ou são tratados pelos medicamentos e tratamentos. Os piores males e as mais graves dores estão distantes dos medicamentos, todos eles ineficazes para seu combate.

Se pudéssemos observar e estudar com atenção o acúmulo de mazelas que conseguimos para nós mesmos com um simples pensamento de rancor ou do íntimo desejo de vingança, ver-nos-íamos surpreendidos pelo tamanho do mal que produzem.

As piores enfermidades estão no sentimento da alma, de onde são extraídos os elementos-força negativos que atingem o físico do próprio autor, iniciando a devastação celular. Mágoas guardadas, acumuladas, além de inacessíveis aos remédios atuais, vendidos em farmácias, indutoras de processos depressivos, abatimentos, estados de amedrontamento, ansiedade e nervosismo, rompem a harmonia das células, invadem o interior dos tecidos celulares. São eles, os sentimentos de mágoa e vingança, de rancor, de inveja e ciúme torturantes, que abrem campo para o crescimento de úlceras, para a destruição das células do músculo cardíaco, produzem o estreitamento das artérias e veias, modificando a pressão arterial e propiciando, muitas vezes, o deslocamento de placas gordurosas acumuladas no interior de tais condutos sanguíneos, provocando os diversos efeitos como derrames, tromboses etc.

Da mesma forma, a ação nociva, constante e insidiosa de sentimentos amargos pode alimentar o desequilíbrio orgânico e produzir o surgimento de tumorações de várias naturezas. Enquanto, pois, perdurarem os rancores, mágoas, ciúmes e invejas, seremos fabricantes bem eficientes de enfermidades.

No entanto, há um tratamento eficaz e definitivo, apontado pelo Mestre, Modelo e Guia da Humanidade. É o perdão!

O perdão é um dos mais poderosos antibióticos que podemos usar, sem efeitos colaterais, e, portanto, com grande vantagem sobre aqueles fabricados em laboratórios. E é acessível a qualquer pessoa, pois não há custo financeiro. Solicita somente o sacrifício do orgulho, da vaidade, da prepotência, da arrogância.

Afinal, quem não perdoa, não ama a si mesmo. Deixando de perdoar e guardando mágoas e ressentimentos, estamos exercendo sobre nós mesmos um poder destrutivo muito grave e perigoso. Não é o ódio, a inveja, o ciúme ou o desejo de nos prejudicar alimentados por outras pessoas que atingem nosso equilíbrio. São os nossos sentimentos e reações os verdadeiros algozes de nós mesmos.

Quem perdoa, liberta-se. Quem perdoa tira de si mesmo o peso da tortura.

Quem não perdoa, escraviza-se. Quem guarda mágoas, como afirmou o poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare, em duas de suas frases: a) Guardar mágoas é como tomar veneno e esperar que o inimigo morra; b) Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.

Mágoa ou ressentimento guardado é uma das causas de tumores cancerígenos. Mágoa destrói amizades, casamentos, empresas. Ela é inimiga de nossa felicidade interior, de nossa serenidade. Trata-se de um sentimento inútil que só serve para paralisar nossas oportunidades de crescimento, aprendizado e renovação. Libertemo-nos desse sentimento que tanto faz sofrer. Muito mais saudável usar o potente antibiótico do perdão. Seremos muito mais felizes e a vida será mais leve.

Foi por amor e sabedoria que Jesus recomendou o perdão e a reconciliação...

Nota do autor: Baseado no capítulo 15 – O perdão, do livro Jesus no teu caminho, edição IDE, ditado pelo Espírito Públio, da psicografia de André Luiz Ruiz, inclusive com adaptações e transcrições parciais para elaboração do artigo.

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