Aprendizes e servidores

FELINTO ELÍZIO DUARTE CAMPELO
felintoelizio@gmail.com 
Maceió, Alagoas (Brasil) 

“No campo da Doutrina Espírita, onde permanecemos como aprendizes e servidores fiéis, cumpre-nos, principalmente, estarmos de vigilância no posto que nos foi designado de mais alto.” - Bezerra de Menezes

Ao adentrarem-se na Casa Espírita, muitos neófitos deslumbram-se com a sublimidade da doutrina, maravilham-se ante a racional e cristalina interpretação dada pelos Espíritos e pelos espíritas ao Evangelho de Jesus. Alguns, muito cedo, acreditam-se habilitados a difundir a nova fé, por se considerarem conhecedores de todas as verdades do Reino de Deus.

Ledo engano!  Há um longo caminho a percorrer, feito de estudo, labor, renúncia, renovação íntima, até que se alcance a condição de divulgador dos princípios filosófico-religiosos ou de doutrinador de homens e almas.

Entendemos o afã de que são possuídos os iniciantes, compreendemos e até aplaudimos suas manifestações de boa vontade, entretanto, preciso é lembrar as palavras do iluminado Bezerra de Menezes: “... permanecemos como aprendizes e servidores fiéis...”.

Espírito de escol, Bezerra de Menezes - o Apóstolo da Fé - ardoroso defensor da Causa Espírita, infatigável trabalhador da Seara do Cristo, quando encarnado e, depois, nas altas esferas da espiritualidade, dá-nos o exemplo de humildade ao intitular-se “aprendiz” e nos ensina que, antes de ensaiarmos passos mais largos, devemos ser servidores fiéis, devemos exercer permanente vigilância dos nossos pensamentos e atos, guardando o posto que nos foi determinado pelo Senhor.

Disse-nos ainda o inolvidável Bezerra de Menezes:

“Homem hoje, Anjo amanhã, preparemos nossas asas para o grande voo através do conhecimento da Luz Eterna”.