sexta-feira, 11 de maio de 2012

Joana D'Arc



Considerada (...) a grande bruxa da Idade Média, é hoje, para muitos, a mulher do milênio. Movida por intensa fé e patriotismo contribuiu de forma decisiva para mudar o rumo da Guerra dos 100 Anos, entre a França e a Inglaterra. Nascida em Domrémy, em 6 de janeiro de 1412, filha de camponeses, distinguiu-se, desde pequena, por sua índole piedosa e devota. Aos 13 anos, através de sua mediunidade, passou a receber orientações de seus Guias Espirituais que a exortavam às virtudes cristãs.
Seu país encontrava quase todo sob o domínio inglês. Cumprindo ordens do Além, partiu de sua aldeia, aos 17 anos, indo ao encontro do capitão Robert de Bandricourt, que a conduziu até Chinon, onde encontrava o príncipe Carlos. Nesse encontro, Joana comunica ao futuro Rei a respeito de sua divina missão e recebe um pequeno exército para defender Orléans.
Com sua atitude heróica e fervorosa, atraiu, pelo caminho, a adesão de muitos, aumentado as tropas sob o seu comando. Antes do primeiro ataque, tentou convencer os ingleses a renderem-se, no que não foi atendida e conquista a sua primeira vitória, aumentando o seu prestígio, até mesmo entre os adversários. Sua estranha figura à frente dos combatentes franceses, com seu estandarte, aumentou a crença em seu poder “sobrenatural”. Com sua força e coragem, elevou o espírito abatido dos franceses a um grande civismo.
A nova tarefa de Joana foi levar ao trono Carlos VII que se sagrou rei na catedral de Reims, como mandava a tradição na realeza francesa, em julho de 1429. Uma vez no poder, entrega-se a leviandade da corte, abandonando a guerreira, em seu novo empreendimento: o de libertar Paris. Menos de um ano depois, Joana é presa e submetida a um escandaloso processo por heresia, enfrentando os juízes da Inquisição com serenidade, apesar da pouca idade e de ser analfabeta, responde com grande desembaraço e inteligência as perguntas, às quais nem os mais notáveis clérigos teriam respostas tão firmes e lúcidas.
Preparada pela Espiritualidade para a sua grande missão, Joana mostrou tanta coragem e fé que chegou a conquistas consideradas efetivamente milagrosas. De vitórias ao suplício, legou ao mundo o nacionalismo dentro dos princípios cristãos, que os poderosos daquela época não podiam compreender e aceitar. Condenada à fogueira na praça de Rouem, em 30 de maio de 1431, foi queimada viva. Seu martírio serviu para imortaliza-la e até hoje desperta interesses, mas destacamos entre tantas obras a de Léon Denis, Joana D’Arc, Médium, como a mais completa.

Maria Vilma de Oliveira – DCSE/UEM
Jornal O Espírita Mineiro - Nº 253

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