quinta-feira, 24 de maio de 2012

Esse Tal De Espiritismo



Wellington Balbo 

Artigo publicado originalmente em O Clarim – abril de 2012.

Dia desses após palestra em um dos centros espíritas que visitei fui abordado por um senhor:

- Qual seu nome?

- Wellington.

- Então, Wellington, é a nona semana que compareço a este centro espírita e desde então mudei muito minha forma de ver avida. Até a minha esposa notou e disse: “Bem,você mudou seu comportamento desde que começou a assistir as palestras no centro espírita. Não implica mais com os netos e deixou de reclamar da vida.Esse tal de Espiritismo foi bom para você!”.

Conversamos mais um pouco e despedimo-nos.

Fui para casa extremamente satisfeito e pensando:

- Beleza! Esse tal de Espiritismo é bom mesmo!

Ensina AllanKardec que o objetivo essencial do Espiritismo é melhorar os homens nos aspectos moral e intelectual.

De nada adianta crer nas manifestações dos Espíritos se os ensinamentos destes não adentram o coração do Homem fazendo-o um indivíduo mais maduro e consciente do papel que deve desempenhar.

O Espiritismo quando bem compreendido amolece o coração do ser humano, tornando-o mais afetuoso e fraterno, portanto, melhor.

O implicante de ontem torna-se o compreensivo de hoje.

O chatode ontem torna-se a pessoa simpática e positiva de hoje.

É que esse tal de Espiritismo tem o poder de nos fazer abrir o guarda roupa existencial e substituir as peças velhas e amarrotadas por modelitos mais novos.

Porém, é interessante observar que mesmo com a clareza deixada por Allan Kardec sobre os objetivos da Doutrina espírita ainda viceja a ideia de que estamos aqui na Terra para pagarmos débitos de existências pregressas ou mesmo da atual.

Entretanto,esta posição é incompatível com o que ensina o Codificador quanto ao papel da doutrina. Estamos encarnados para sermos pessoas melhores, ou seja, aprendermos e evoluirmos. Naturalmente que, como Espíritos ainda em busca de virtudes damos nossas “boladas na trave” e adquirimos compromissos perante a Lei.

Todavia,esta Lei não visa nos punir, mas educar.

E indivíduos educados pagam sem reclamar suas contas não as enxergando como débitos, mas como compromissos necessários ao seu aperfeiçoamento.

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