EFEITO INTELIGENTE - Enviei artigo com o título "Efecto inteligente" para diversas pessoas da lista de contatos. Alguns são rápidos e fui encontrá-lo num Fórum em Portugal, no tópico em que se colocou “O Credo da Ciência” de Huberto Rohden (1).
Também foi disponibilizado, sem as referências bibliográficas, na "Federación Espírita Española" (2).
Isso parece demonstrar que o fenômeno mediúnico possui o poder de despertar curiosidades.
Sem pretender ser extenso e profundo “Efeito inteligente” é útil aos que se iniciam neste estudo. Vamos ver alguns recortes para avaliar nosso interesse.
O médico Arthur Conan Doyle, criador da série Sherlock Holmes, escreveu o livro "A História do Espiritismo". Nele diz que os homens de ciência se dividem em três classes:
1° - Os que absolutamente não examinaram o assunto – o que não os impede de pronunciar opiniões muito violentas;
2° - Os que sabem que a coisa é verdadeira, mas temem confessá-lo; e, finalmente,
3° - A brilhante minoria dos que sabem que é verdade e não temem proclamá-lo.
Como se percebe, o Espiritismo, a despeito de ter surgido através do método científico, é alvo da postura discriminatória. Na origem do preconceito estão menos os argumentos religiosos (filosóficos) e mais os de interesses políticos.
Os espíritos na realidade são as almas dos seres humanos que já deixaram a Terra, por isso é que lidamos com mentes caprichosas, que não estão à nossa disposição na hora que melhor nos convier. No entanto, pesquisadores que se submeteram à observação criteriosa, disciplinada e principalmente sem intenções subalternas, ficaram diante de fenômenos inusitados. Fatos que se repetiram tantas vezes quantas as necessárias para recolher dados estatísticos ao máximo.
Alguns até que gostariam de pegar um espírito na ponta de uma pinça ou observá-lo num microscópio.
Disse Bezerra de Menezes: "Um espírito claro e aberto para a apreensão da Ciência é um supremo bem que Deus confia a certos homens, afim de que eles o empreguem em favor dos mais pobres e humildes".
O observador comanda as pesquisas físico-químicas até onde as energias podem ser controladas. No campo das ciências sócio-morais o cientista faz colheita de dados. Estão na mesma classe a Psicologia, a História, o Direito, a Sociologia... O objeto dessas Ciências é o animal racional, a criatura divina, no uso do livre-arbítrio.
Na Ciência da mediunidade há dois "socius": o encarnado e o desencarnado, agindo e reagindo, racionalmente. O médium e o espírito se interpenetram para o efeito da ação conjunta. O melhor então é controlar, observar, registrar, analisar, sintetizar e avaliar para na conclusão chegar o mais próximo que se possa da realidade.
O pesquisador deve estar ciente de que ele será um dos elementos da pesquisa. Não haverá condições para uma “neutralidade axiológica” absoluta, como nas “ciências exatas”. Fator que faz diferença é o que diz respeito à conduta moral do investigador. Nas ciências exatas o estado moral do cientista aparentemente não tem a menor interferência no andamento da experiência, mas aqui não se pode dizer o mesmo.
Se o leitor desejar examinar o texto completo basta acessar as páginas no endereço que segue abaixo (1).
Certa vez o nosso Chico Xavier contou que dois espíritos, amigos na Terra, se encontraram depois da “prova final”. Um estava em razoáveis condições no plano espiritual, mas o outro em sofrimento.
No encontro a surpresa foi maior, quando o ex-amigo irritado lhe disse que ele era um dos culpados, pela sua desfavorável situação. Sem entender perguntou: “mas, por que eu?”
E, ouviu estupefato: - “por que você sabia da existência da Doutrina Espírita e não me disse nada”.
Isso vocês não poderão me dizer! Nem ao Júlio César* que enviou aos seus amigos a fotografia da sua cicatriz (http://www.jornaldosespiritos.com/fotos/26.6.9.5.jpg) que surgiu após a incisão cirúrgica, feita com bisturi invisível. Júlio tem um grande coração e um coração de “boi”.
Procuramos saber sobre o médium não espírita e encontramos a tese de Mestrado de Inácio Manuel Neves Frade Cruz, “Voador: hibridizações e sincretismos na terapia espiritual de Chico Monteiro.”
Não fora e-mail que recebi do psicólogo Júlio Cezar não a teria procurado, pois meu interesse no momento está deslocado para outras áreas de atuação. A tese é da área da Teologia e foi defendida em 2008. Vou colocar o endereço para os que desejarem examiná-la com mais profundidade (3).
Em meados da década de oitenta do século passado, o médium Chico Monteiro iniciava um trabalho feito com materialização de instrumentos cirúrgicos e tratamento com vibração das mãos. Inaugurava-se o processo de cura com a entidade espiritual, doutor Adolfo Fritz, através de Monteiro e sua equipe. Essa terapêutica está inserida em um processo amplo de tratamento espiritual comumente verificável no campo religioso brasileiro. O estudo de Cruz teve como propósito realizar reflexão sobre a atualidade do Espiritismo, que o autor chamou “Kardecista”, das possibilidades de apropriações/resignificações na tessitura social, com base na observação da experiência de vida do paranormal.
Abro parêntesis para uma observação que parece importante e pertinente, a que o próprio médium não se diz espírita e não esta preocupado em agradar ao movimento espírita brasileiro, o que não nos impede de verificar “no laboratório de pesquisa” a existência ou não do fenômeno mediúnico e a eventual cura obtida pelos pacientes. Seria interessante explicar de que forma o “placebo” é capaz de produzir uma ferida incisa cicatrizada, uma vez que se utiliza na técnica, um bisturi invisível. Não tenho interesse pessoal em realizar a investigação, mas gostaria que meus colegas das Ciências Biomédicas, criassem as hipóteses explicativas para o fenômeno, não afastando a velha hipótese da fraude, mas incluindo a hipótese do absurdo.
A tese de mestrado partiu de uma noção de experiência que não se encerra no modelo dicotômico que contrapõe sujeito e objeto, considerando assim o corpo como condição de nossa inserção no mundo. O pesquisador diz acreditar estar diante de um processo de reestruturação de pactos entre indivíduos e pertenças que altera a vivência dos próprios indivíduos, ao contrário de uma espécie de retorno à cultura de origem.
Relata que sua pesquisa fecha o foco em uma possível nova conformação terapêutico-religiosa a partir do Espiritismo, algo que faz conviver o ideário de Allan Kardec com seres extraterrestres. Em suma, um Espiritismo à lá Chico Monteiro.
Sabemos que o fenômeno mediúnico não é propriedade exclusiva do Espiritismo e por isso a Academia já possui fortes razões para investigar o fenômeno, que até hoje foi magistralmente estudado pelo professor que usou o pseudônimo de Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns". (LUIZ CARLOS FORMIGA)
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