As muitas moradas da casa do Pai
Édo Mariani
Encontramos no Evangelho de João, capítulo XIV: 1 a 3, a seguinte afirmação de Jesus: “Que o vosso coração não se perturbe: Crede em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse eu vos teria dito, porquanto eu vou para preparar o lugar para vós e depois que eu tiver ido e preparado o lugar, voltarei, e vos retirarei para mim, a fim de que, lá onde eu estiver, vós estareis também”.
Por essa afirmação de Jesus entendemos, nós espíritas, que Ele nos informou sobre a existência, no universo, de uma infinidade de mundos habitados.
O Espiritismo vem nos esclarecer a respeito desses ensinamentos de Jesus nas questões 55 a 58 de “O Livro dos Espíritos”, onde os instrutores espirituais não só o confirmam como também trazem-nos novos esclarecimentos sobre a pluralidade dos mundos habitados.
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo III, itens 3 e 4, Kardec apresenta estudo sobre as diferentes categorias de mundos habitados, concluindo pela classificação deles “em mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde o mal domina; mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm que expiar obtêm novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos felizes, onde o bem supera o mal; mundos celestes ou divinos, moradas dos espíritos puros, onde o bem reina inteiramente”.
Assevera ele ainda que: “A Terra pertence à categoria de mundo de expiações e provas, eis por que o homem nela está exposto a tantas misérias”.
Ainda em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo III, item 19, deparamos com instrutiva mensagem de Santo Agostinho, onde ensina: “O progresso é uma das Leis da Natureza; todos os seres da Criação, animados e inanimados, a ela estão submetidos pela bondade de Deus, que deseja que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o fim das coisas, não é mais do que um meio de chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, porque tudo morre para renascer e nada volta ao nada”. (grifamos)
Sendo a Terra um mundo de expiação e provas e sendo a evolução Lei da natureza, é certo que um dia, em vista do progresso que aqui vem se realizando, passará à categoria de mundo de regeneração. É evidente que os espíritos que fazem parte integrante da atual atmosfera espiritual da Terra, se desejarem passar a reencarnar no mundo regenerado, terão de trabalhar na sua transformação íntima para adquirirem esse merecimento.
Um dos grandes e sérios empecilhos para esse merecimento, que é instrumento da Lei de Justiça, é a permanência do homem velho que ainda habita em nós.
É sabido, e assim também pensa Santo Agostinho quando ensina: “que na aparente destruição, o que realmente se realiza é a transformação para melhor”.
Assim também acontece com o homem velho que insiste em permanecer conosco. Necessitamos transformá-lo no homem novo e a eficácia do trabalho de renovação depende essencialmente da capacidade de encontro harmonioso com as mazelas que, habitualmente, desejamos ignorar.
Para nos aceitarmos, como somos, é preciso ter a coragem de olhar para dentro de nós, criarmos um instrumento qual um espelho para analisar as nossas reações e proceder as mudanças necessárias com dignidade.
A aceitação não é conformismo com o mal, é uma forma pacífica de realizar as mudanças que se fizerem necessárias.
O trabalho maior e necessário é o de conhecer a si mesmo para descobrir a causa dos desajustes atuais. E aí, então, com muito discernimento aceitarmos as imperfeições, reconhecendo que elas não são erros, mas aquisições nossas do passado, que poderão nos ter feito felizes, mas que hoje nos fazem sofrer e por isso necessitam ser modificadas, transformadas, de acordo com as nossas novas cogitações renovadoras.
Só assim, transformando o homem velho no homem novo, ainda não perfeito, mas caminhando nesse rumo, é que estaremos em condições de continuarmos habitando a Terra, quando se transformar em mundo de regeneração, que consiste em uma das muitas moradas da Casa do Pai de que se referiu Jesus.
Ao contrário, todo aquele que não se dispuser a transformar-se, pela Lei Divina de Afinidade, será conduzido aos mundos inferiores, onde, segundo Jesus, haverá choro e ranger de dentes, até que se decida pelas mudanças benfeitoras, pois todos um dia terão que seguir o bom caminho, pois ensinou ainda Jesus: “das ovelhas que o Pai Me confiou, nenhuma se perderá”.
Édo Mariani
Encontramos no Evangelho de João, capítulo XIV: 1 a 3, a seguinte afirmação de Jesus: “Que o vosso coração não se perturbe: Crede em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse eu vos teria dito, porquanto eu vou para preparar o lugar para vós e depois que eu tiver ido e preparado o lugar, voltarei, e vos retirarei para mim, a fim de que, lá onde eu estiver, vós estareis também”.
Por essa afirmação de Jesus entendemos, nós espíritas, que Ele nos informou sobre a existência, no universo, de uma infinidade de mundos habitados.
O Espiritismo vem nos esclarecer a respeito desses ensinamentos de Jesus nas questões 55 a 58 de “O Livro dos Espíritos”, onde os instrutores espirituais não só o confirmam como também trazem-nos novos esclarecimentos sobre a pluralidade dos mundos habitados.
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo III, itens 3 e 4, Kardec apresenta estudo sobre as diferentes categorias de mundos habitados, concluindo pela classificação deles “em mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde o mal domina; mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm que expiar obtêm novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos felizes, onde o bem supera o mal; mundos celestes ou divinos, moradas dos espíritos puros, onde o bem reina inteiramente”.
Assevera ele ainda que: “A Terra pertence à categoria de mundo de expiações e provas, eis por que o homem nela está exposto a tantas misérias”.
Ainda em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo III, item 19, deparamos com instrutiva mensagem de Santo Agostinho, onde ensina: “O progresso é uma das Leis da Natureza; todos os seres da Criação, animados e inanimados, a ela estão submetidos pela bondade de Deus, que deseja que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o fim das coisas, não é mais do que um meio de chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, porque tudo morre para renascer e nada volta ao nada”. (grifamos)
Sendo a Terra um mundo de expiação e provas e sendo a evolução Lei da natureza, é certo que um dia, em vista do progresso que aqui vem se realizando, passará à categoria de mundo de regeneração. É evidente que os espíritos que fazem parte integrante da atual atmosfera espiritual da Terra, se desejarem passar a reencarnar no mundo regenerado, terão de trabalhar na sua transformação íntima para adquirirem esse merecimento.
Um dos grandes e sérios empecilhos para esse merecimento, que é instrumento da Lei de Justiça, é a permanência do homem velho que ainda habita em nós.
É sabido, e assim também pensa Santo Agostinho quando ensina: “que na aparente destruição, o que realmente se realiza é a transformação para melhor”.
Assim também acontece com o homem velho que insiste em permanecer conosco. Necessitamos transformá-lo no homem novo e a eficácia do trabalho de renovação depende essencialmente da capacidade de encontro harmonioso com as mazelas que, habitualmente, desejamos ignorar.
Para nos aceitarmos, como somos, é preciso ter a coragem de olhar para dentro de nós, criarmos um instrumento qual um espelho para analisar as nossas reações e proceder as mudanças necessárias com dignidade.
A aceitação não é conformismo com o mal, é uma forma pacífica de realizar as mudanças que se fizerem necessárias.
O trabalho maior e necessário é o de conhecer a si mesmo para descobrir a causa dos desajustes atuais. E aí, então, com muito discernimento aceitarmos as imperfeições, reconhecendo que elas não são erros, mas aquisições nossas do passado, que poderão nos ter feito felizes, mas que hoje nos fazem sofrer e por isso necessitam ser modificadas, transformadas, de acordo com as nossas novas cogitações renovadoras.
Só assim, transformando o homem velho no homem novo, ainda não perfeito, mas caminhando nesse rumo, é que estaremos em condições de continuarmos habitando a Terra, quando se transformar em mundo de regeneração, que consiste em uma das muitas moradas da Casa do Pai de que se referiu Jesus.
Ao contrário, todo aquele que não se dispuser a transformar-se, pela Lei Divina de Afinidade, será conduzido aos mundos inferiores, onde, segundo Jesus, haverá choro e ranger de dentes, até que se decida pelas mudanças benfeitoras, pois todos um dia terão que seguir o bom caminho, pois ensinou ainda Jesus: “das ovelhas que o Pai Me confiou, nenhuma se perderá”.
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