Obsessão e Consciência |
Redação Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, questão 237, esclarece que a obsessão é o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. A palavra obsessão – afirma o codificador – é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta espécie de fenômeno, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação. Cairbar Schutel, em “Conversando sobre Mediunidade”, capítulo VIII, nos fornece subsídios para reflexão sobre a consciência que se tem ou não no que diz respeito à obsessão simples, cujos dados, além de elementos de estudo, contêm informações que podem nos ajudar em nosso cotidiano cristão, em apoio às orientações de Kardec. Pode-se – diz Cairbar – dividir a obsessão simples em: 1. Simplesmente involuntária 2. Voluntária consciente 3. Involuntária consciente 4. Involuntária inconsciente Na obsessão simplesmente involuntária (1), a pessoa não deseja ser obsidiada mas, por alimentar algum sentimento negativo, abre uma brecha que é aproveitada por Espíritos inferiores para obsidiá-la. Conscientizada a respeito, modifica sua postura mental e se liberta. Na obsessão voluntária consciente (2), a pessoa tem consciência de seus pensamentos negativos, sente a presença do obsessor e permite a obsessão, aceitando a situação passivamente. Na obsessão involuntária consciente (3), a obsessão principia de maneira não desejada. Sendo a pessoa cientificada de que está obsidiada, mantém o seu livre arbítrio voltado a pensamentos negativos, assumindo conscientemente o risco da situação. Pode vir a ser fascinada ou subjugada sem o perceber. Na obsessão involuntária inconsciente (4), a pessoa não quer ser obsidiada mas, nutrindo pensamentos negativos, sentimentos inferiores e atitudes malsãs, torna-se presa de entidades inferiores, sem que disso tenha ciência. Vê-se, portanto, que a conscientização que a pessoa tenha, ou venha a ter, do domínio que sua mente está sofrendo por parte de Espíritos malfazejos, pode ajudá-la a libertar-se desse processo, se tiver vontade firme na direção do bem, direcionando seu livre-arbítrio nesse sentido. O Evangelho de Jesus é guia seguro nessa direção, representando roteiro de luz para todos. À luz da Doutrina Espírita, sabe-se que somos influenciados pelos Espíritos permanentemente e que essa influência é muito maior do que alguns podem imaginar, sendo ela positiva ou não conforme a sintonia em que cada um se coloca. E, a sintonia, tem a ver com os sentimentos vivenciados no dia a dia. Exercitar, pois, os bons sentimentos, como a humildade, a fé, a caridade, o amor, é fator fundamental para se manter harmonia com os Espíritos benfazejos. No relacionamento com o próximo, a solidariedade e a fraternidade são elementos decisivos nesse contexto. Pode-se, assim sendo, prevenir simbioses mentais de baixa frequência vibratória, tanto quanto interrompê-las. Nem sempre a pessoa consegue, sozinha, resolver a questão. Ao propósito de mudança de hábitos para melhor, ou seja, do esforço no campo da reforma íntima, a ajuda da Casa Espírita pode auxiliar a pessoa no processo da desobsessão, seja no esclarecimento do atendimento fraterno, seja no apoio das palestras e passes, seja, sobretudo, pela ação mais ostensiva dos benfeitores espirituais. |
Blog com a finalidade da Divulgação do Espiritismo, através das lições de Amor que Jesus nos deixou.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Ler Matéria - Jornal O CLARIM
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