quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Ler Matéria - Revista RIE A Prece

Redação

Da oração dominical, compreendida e sentida, àquela espontânea que parte do coração, a prece é instrumento importante no contexto de nossa programação reencarnatória.
Provas e expiações fazem parte da nossa jornada em mais um estágio no plano físico, representando obstáculos a serem vencidos com vistas ao nosso progresso espiritual.
O espírita sabe que seu passado mais remoto tem pés fincados na animalidade e que a meta a ser alcançada é a pureza de coração.
Entre esses dois extremos, temos o hoje, o agora.
Hoje, somos o resultado de nossos acertos e equívocos anteriores, os quais se manifestam em nossas boas ou más tendências.
Agora, temos a preciosa oportunidade de colocar em prática as boas tendências porventura adquiridas, muitas vezes a duras penas, e lidar com os maus pendores remanescentes.
A prece é poderoso recurso tanto para a permanência no exercício dos bons propósitos quanto para a superação nas dificuldades oriundas de erros pregressos que tendam a se repetir.
Na prece, o pensamento é tudo e a forma nada vale, coloca Kardec no preâmbulo do capítulo XXVIII de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, assinalando que um pensamento bom vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração.
Condição essencial à prece é que seja inteligível; a qualidade principal da prece é ser clara, simples e concisa, esclarece o codificador.
A prece pode ser proferida por aquele mesmo que ora, pelos encarnados, pelos desencarnados.
Nas reuniões espíritas a prece contribui para potencializar os bons propósitos dos reunidos, favorecendo as vibrações de elevada frequência vibratória que auxiliam os benfeitores espirituais nos atendimentos e encaminhamentos que realizam.
A prece por aquele mesmo que ora enseja-lhe receptividade à ajuda dos bons Espíritos, tanto nas tarefas que realiza quanto nos seus esforços de reforma íntima, entre outros aspectos da sua existência corpórea.
A prece pelos encarnados pode ajudar quem esteja em aflição, seja mitigando seu sofrimento, seja imprimindo-lhe resignação e coragem.
Pode, também, aplacar os sentimentos contrários de quem eventualmente nos queira mal, bem como à doutrina que abraçamos.
A prece por uma criança que acaba de nascer, por um agonizante, pelos enfermos e obsidiados são outras formas de exercitar a caridade moral em favor do próximo.
A prece pelos desencarnados pode ser feita por alguém que acaba de retornar à pátria espiritual, por aqueles a quem tivemos afeição, pelos Espíritos sofredores, por um desafeto, por um criminoso, por um suicida, pelos Espíritos endurecidos.
Os ensinamentos de Jesus representam o roteiro seguro a ser seguido para alcançar-se melhores estágios de desenvolvimento espiritual e moral. E a prece nos foi por ele recomendada, tanto quanto ele orava ao Pai Maior, nos servindo de exemplo e modelo.
Influi na prece o padrão vibratório de quem ora, seja na sinceridade do seu proceder, seja na sua força de vontade.
A prece tem no pensamento sua onda portadora, no sentimento de quem ora a sua qualidade, e na vontade determinada o potencial.
A prece pode movimentar forças fluídicas e espirituais, invocar a ajuda do Alto, somar forças na direção do bem.
Somos convidados a exercitar a prece no nosso dia a dia: ao nos prepararmos para o desprendimento durante o sono físico; ao despertarmos; nos momentos significativos do nosso cotidiano cristão.
Ler e reler, estudar e reestudar o capítulo XXVIII acima mencionado é de suma importância. Pôr em prática, ainda mais.

Nenhum comentário: