domingo, 7 de junho de 2009

A Crise de Valores na Sociedade Atual

Estamos no final de mais um século, século esse que proporcionou ao homem, graças ao seu esforço de pesquisa, um progresso surpreendente comparado com os séculos anteriores.

A tecnologia, a cada dia mais sofisticada, a indústria e o comércio com novas dimensões, os meios de comunicação, rádio, televisão, o computador que revolucionou o mundo. O homem tem por missão trabalhar pela melhoria material do Globo. Estamos praticamente no terceiro milênio com todos os recursos para vivermos de forma bem melhor.

Mas, o homem é feliz? Ajustou-se a esse progresso como ser imortal?

Infelizmente, o medo, a angústia, a depressão, aumenta e invade os corações da humanidade. O homem desconhecendo quem é, sua importância como Espírito imortal valoriza apenas as coisas materiais. Allan Kardec no cap. I do O Céu e o Inferno - O futuro e o nada -, dá-nos uma razão bem coerente sobre a angústia de todos aqueles que não acreditam na vida futura, no mundo espiritual.

Eduardo Carvalho Monteiro em seu livro Allan Kardec – Um druida reencarnado relembra a passagem do enterro do Codificador – "No dia 2 de abril de 1869 cerca de mil e duzentas pessoas assistiam ao descenso dos despojos físicos do Codificador. O sr. Levant fala em nome da Sociedade Espírita de Paris: Será possível que Deus – exclama o orador, tenha chamado a si o homem que ainda poderia fazer tanto bem, a inteligência transbordante de seiva, o farol enfim, que nos libertou das trevas e nos fez entrever um novo mundo, muito mais vasto, muito mais admirável que o descoberto pelo gênio de Colombo? Novo Mundo esse que mal começara a nos descrever e do qual já pressentíamos as leis fluídicas e espirituais. Esta partida era, todavia, necessária. O mestre infatigável consegue finalmente um pouco de repouso. Em nome da Sociedade de Estudos Parisienses, não te dizemos adeus, mas até a vista, até logo.
O mundo admirável que Kardec descreve é o mundo espiritual, a possibilidade de intercâmbio entre os chamados mortos e os encarnados, comprovando através da Codificação, a reencarnação, e com ela a possibilidade de evoluirmos. Mas a reencarnação não era uma novidade 3.000 anos antes de Cristo. As tradições egípcias falavam de reencarnação e diziam que "antes de nascer a criança já tinha vivido e que a morte não era o fim."

Encontramos na Bíblia várias passagens. No Novo Testamento Jesus afiança a Nicodemos que deveria nascer de novo.

Annie Besant – Teósofa inglesa cita uma frase para profunda reflexão:
"Excluindo a reencarnação do número de suas crenças, o mundo moderno arrebatou a Deus a sua Justiça e ao homem a sua esperança."

Foi no Concílio de Nicéia ano 325 que decidiu-se modificar, ou acrescentar textos nos Evangelhos e que a humanidade se desligasse da responsabilidade futura preocupando-se apenas com a existência atual, tornando-se egoísta e indiferente.

Cabe, portanto, ao Espiritismo trazer novamente, com provas concretas que a vida continua, o espírito é imortal, retornará quantas vezes for necessário, até alcançar a perfeição relativa da qual nos falou Jesus.

Ana Gaspar

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