Estamos no final de mais um século, século esse que proporcionou ao homem, graças ao seu esforço de pesquisa, um progresso surpreendente comparado com os séculos anteriores.
A tecnologia, a cada dia mais sofisticada, a indústria e o comércio com novas dimensões, os meios de comunicação, rádio, televisão, o computador que revolucionou o mundo. O homem tem por missão trabalhar pela melhoria material do Globo. Estamos praticamente no terceiro milênio com todos os recursos para vivermos de forma bem melhor.
Mas, o homem é feliz? Ajustou-se a esse progresso como ser imortal?
Infelizmente, o medo, a angústia, a depressão, aumenta e invade os corações da humanidade. O homem desconhecendo quem é, sua importância como Espírito imortal valoriza apenas as coisas materiais. Allan Kardec no cap. I do O Céu e o Inferno - O futuro e o nada -, dá-nos uma razão bem coerente sobre a angústia de todos aqueles que não acreditam na vida futura, no mundo espiritual.
Eduardo Carvalho Monteiro em seu livro Allan Kardec – Um druida reencarnado relembra a passagem do enterro do Codificador – "No dia 2 de abril de 1869 cerca de mil e duzentas pessoas assistiam ao descenso dos despojos físicos do Codificador. O sr. Levant fala em nome da Sociedade Espírita de Paris: Será possível que Deus – exclama o orador, tenha chamado a si o homem que ainda poderia fazer tanto bem, a inteligência transbordante de seiva, o farol enfim, que nos libertou das trevas e nos fez entrever um novo mundo, muito mais vasto, muito mais admirável que o descoberto pelo gênio de Colombo? Novo Mundo esse que mal começara a nos descrever e do qual já pressentíamos as leis fluídicas e espirituais. Esta partida era, todavia, necessária. O mestre infatigável consegue finalmente um pouco de repouso. Em nome da Sociedade de Estudos Parisienses, não te dizemos adeus, mas até a vista, até logo.
O mundo admirável que Kardec descreve é o mundo espiritual, a possibilidade de intercâmbio entre os chamados mortos e os encarnados, comprovando através da Codificação, a reencarnação, e com ela a possibilidade de evoluirmos. Mas a reencarnação não era uma novidade 3.000 anos antes de Cristo. As tradições egípcias falavam de reencarnação e diziam que "antes de nascer a criança já tinha vivido e que a morte não era o fim."
Encontramos na Bíblia várias passagens. No Novo Testamento Jesus afiança a Nicodemos que deveria nascer de novo.
Annie Besant – Teósofa inglesa cita uma frase para profunda reflexão:
"Excluindo a reencarnação do número de suas crenças, o mundo moderno arrebatou a Deus a sua Justiça e ao homem a sua esperança."
Foi no Concílio de Nicéia ano 325 que decidiu-se modificar, ou acrescentar textos nos Evangelhos e que a humanidade se desligasse da responsabilidade futura preocupando-se apenas com a existência atual, tornando-se egoísta e indiferente.
Cabe, portanto, ao Espiritismo trazer novamente, com provas concretas que a vida continua, o espírito é imortal, retornará quantas vezes for necessário, até alcançar a perfeição relativa da qual nos falou Jesus.
Ana Gaspar
Nenhum comentário:
Postar um comentário