Ao acordar, temos a primeira higiene do dia. O rosto, os dentes, o banho. E o espírito? Durante o sono, o espírito desprende-se parcialmente do corpo, e atinge planos diversos. Genericamente, os que buscam o aperfeiçoamento, encontram os anjos guardiões, ouvindo conselhos e angariando forças e incentivo para o dia seguinte. Os que se comprazem em prazeres terrestres, encontram-se com espíritos que buscam emoções semelhantes.
Pois então, que dizer do despertar? Como as mães sabiamente ensinam, devemos orar, pedindo proteção para o dia que segue. Os conselhos de nossos mentores, quando voltamos à carne, entram em zona de esquecimento, mas perduram na mente como intuição. Assim, se oramos pela manhã, reavivamos a palestra noturna, ainda que sem consciência disso, e mantemos a proximidade com os protetores. Mas, se não rezamos, logo a mente se turva com os problemas, e o esforço da noite se perde. Os conselhos fenecem, imersos nas vicissitudes terrenas.
Por isso, além da higiene do corpo, ao levantarmos, devemos fazer a primeira higiene do espírito, que, na verdade, nada mais é que manter a limpeza que a noite trouxe, libertando a alma das nódoas dos maus pensamentos.
Àqueles que, durante a vigília, estiveram envolvidos com almas menos felizes, a oração da manhã, ao invés da lembrança, é uma forma de apagar a noite e buscar a aproximação com o espírito protetor.
O período matutino nos reserva a primeira refeição, que repõe a energia necessária ao trabalho. O espírito também se alimenta, não da água do mundo, mas da fonte que não seca, dos mananciais celestes. É pela oração que recebemos fluidos divinos que fortalecem e purificam.
Oremos sempre, mas especialmente nas manhãs, para que o dia seja repleto da harmonia divina.
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