Idalina A. Mattos
É caso curioso, que pouca gente compreende a razão de verificar-se antipatia primeira vista ou imediata simpatia por alguém, sem causa justificada.
Toda causa, ainda que se desconheça deve ter um efeito. A lei das reencarnações, que muitos, recalcados pelo orgulho, não a aceitam, demonstra-nos claramente o motivo dessa anomalia.
Em vidas anteriores espalhamos o joio da intriga, as parasitas da mentira.
Criamos com isso uma aura escura a qual nos acompanhara até que a clareemos pela construção do bem, pela aquisição do moral.
Encontramos na estrada da vida aqueles a quem destruímos as mais caras afeições.
Topamos com os que se desiludiram por nossa culpa; portanto, ss poderemos inspirar-lhes antipatia.
É bem verdade, que ignoramos os feitos do passado, no entanto nos deparamos com as nossas pobres vítimas, devemos, como cristãos, desejosos de progresso, abeirarmo-nos delas, procurando reparar o mal que lhes causamos.
Conhecedores desta filosofia profunda - A Terceira Revelação - poderemos nos reeducarmos para conquistar e irradiar simpatia, desfazendo rixas antigas, resgatando velhas dúvidas. Daqui não sairemos sem que tenhamos pago até o último centavo.
Uma das causas, também das antipatias instintivas, é a divergência dos sentimentos, da maneira de pensar, resultando daí uma antipatia., porque não ha entre um e outro afinidade de idéias. Um, pensa de modo mais elevado que outro que é mais retardado, não havendo entre ambos um entendimento mútuo, originando daí uma aversão natural.
Se lidamos com alguém que não é tratável, portador de atitudes grosseiras, não nos podemos sentir bem ao seu lado, se por ventura formos diferentes. A simpatia é o sol interior que se irradia através de uns olhos meigos ou ativos. Quando simpatizamos sinceramente com alguém podemos estar certos de que estamos lidando com espíritos do mesmo nível de progresso, com raras exceções; semelhante atrai semelhante.
A simpatia entre duas almas vem, muitas vezes, de um passado longínquo, em que ávidas de reencontro se buscam no palco da vida. E, quando deparamos, casualmente, com criatura cuja presença nos encanta, sentindo um arroubo, instintivo, saibamos tratar-se da alma gêmea.
Verificamos que ha pessoas com quem todos simpatizam! Parece existir nos seus tragos fisionômicos algo magnético que prende e seduz! É a irradiação de sua alma que se extravasa!
Ao contrario daquele que espalhou intrigas ou calúnias, semeou, esta, no campo onde vivera as sementes do bem.
Revista Espírita do Brasil - Junho de 1950
Nenhum comentário:
Postar um comentário