Iris Zuhldorff Corduan
Todos conhecem a bela história de Romeu e Julieta, uma história triste e romântica de dois seres que se amavam e que o destino separou.
Pois bem. Seus espíritos, muitas vezes, depois de mortos os seus corpos, se reencarnaram desde a época de seu romance, e levaram vidas de sofrimento e de angústia, pois Romeu nunca encontraria Julieta, , corporalmente.
Mas, a humanidade estava se desenvolvendo cada vez mais no campo moral e intelectual, e o ano de 2,200 marcaria um acontecimento excepcional: é que, para essa época, fora marcada uma reunião da qual participariam todos os espíritos iluminados, encarnados e desencarnados, do nosso mundo.
Na data marcada, Romeu e Julieta abandonaram seus corpos ( como fazem todos os espíritos evoluídos) para se dirigirem ao monte do Himalaia, lugar escolhido para a reunião.
Naquele dia, realizava-se um espetáculo nunca visto por olho de espírito, quanto mais por olho humano... Milhares de clarões esplendorosos singravam o espaço, e a noite parecia dia, visa pelos olhos espirituais. Voando, esses espíritos assemelhavam-se a sóis em movimento, espalhando a sua luz por toda a terra.
Voltemos a Romeu e Julieta. Eram belos espíritos, de enormes áureas espirituais.
O curioso era que suas áureas coincidiam em tamanho e luminosidade. Quando se viram, logo se reconheceram!
E que encontro feliz foi aquele! Souberam imediatamente que ainda se amavam muito, mas com amor puríssimo, extraterreno. Permaneceram juntos durante toda a reunião, e foram horas felicíssimas. A reunião, que foi magnífica, durou uma semana, e então Romeu e Julieta se separaram, com o consolo, porém, de que muito se visitariam espiritualmente, pois que viviam em países apartados por grandes distâncias.
Muitas vezes eles atravessariam essas distâncias num abrir e fechar de olhos, porque qualquer lugar do mundo está a fácil alcance de um espírito de luz. Freqüentemente se visitaram, conforme combinaram, e sua felicidade consistia nessas visitas, nas quais festejavam o seu reencontro depois de tantos anos. Mas essa felicidade pouco duraria...
Certa vez, quando se visitaram, esqueceram de marcar outro encontro.
Que fazer então? A saudade era tanta... e cada qual resolveu fazer uma visita imprevista.
Mas, quis o destino que Romeu saísse do seu corpo ao mesmo tempo que Julieta.
Assim, seus espíritos tomaram rumos diferentes quando cruzaram o espaço. E o pobre Romeu achou o corpo de Julieta inerte, e a infeliz Julieta encontrou o corpo de seu amado como se estivesse morto... Julgaram ambos, então, que o seu amado tivesse morrido. Que dor terrível eles sentiram! Cada qual voltou triste a seu corpo e passaram o resto da vida em prantos e sofrimento.
Eis o que aconteceu: um desencontro de almas. Foi o destino, foi Deus que assim o quis. Mas, os espíritos de Romeu e Julieta desencarnarão, um dia, e então estarão novamente unidos, espiritualmente, e terão épocas felizes
Revista Kardequinho – Fevereiro de 1965
Um comentário:
Que horror! E vocês chamam isso de "Consolador"? Passar séculos e séculos na angústia, sentindo a ausência do outro? Tô fora.
Postar um comentário